• Nenhum resultado encontrado

Levar o conhecimento a respeito da Um-banda é um dos objetivos desse livro, mas não o único nem o principal.

Jurema, esse espírito iluminado e incan-sável na propagação do bem, nos mostra como devemos lidar com as nossas encar-nações, com o intuito de nos valorizarmos e trazer para nossas vidas momentos de maior felicidade.

O espírito de Jurema, e a falange que ela representa, retira sua força da natureza, das florestas e rios que existem por toda parte no nosso planeta.

161

Tudo é energia, todas as coisas vibram numa intensidade própria, captando e dis-persando fluidos na nossa atmosfera. Toda vez que entrarmos em lugares onde a ma-ta impera, ali esma-tará a essência de Jurema e dela poderemos absorver o melhor para nos-sas vidas.

Em qualquer lugar, no Brasil ou não, essa energia está disponível para quem quiser acessá-la. Basta ligar-se a ela através do pensamento, para sentir o bem-estar e a paz de sua iluminação.

Jurema é a própria mata em toda sua quietude e vida, guiada pela energia da natu-reza que ali tem o seu domínio.

A finalidade do livro, além de desmistificar alguns preconceitos que giram em torno da umbanda, tem um objetivo mais profundo, que toca a alma de cada leitor. Umbanda, catolicismo, kardecismo, candomblé...

Somos todos um só, e a religião que bus-ca despertar Deus no coração de seus segui-dores está agindo conforme Seus princípios.

Mas a verdadeira e única religião há de ser a do amor, porque, sem ele, não há espe-rança para a humanidade nem meio de se alcançar a elevação. Somente chegará ao Alto o ser que já compreendeu isso e que usa de sua existência para cultivar e cativar amor.

Esse patamar, alcançaremos através das opor-tunidades que a reencarnação nos oferece.

E é justamente isso que o livro aborda:

o poder regenerador da reencarnação. A reen-carnação é a maior chance de renovação que possuímos.

A cada final de existência, Deus nos acena com a esperança de refazer nossas atitudes, por meio de nova existência no planeta. É através da reencarnação que experienciamos a vida, usufruímos das nossas conquistas e tenta-mos, incansavelmente, modificar o que ainda não se encontra adequado a um mundo de amor. É através dela que sentimos que nada está perdido e que sempre teremos uma no-va chance, seja nesse planeta ou em outro.

O que precisamos, agora, é aproveitar a última chance que o universo nos concedeu para assegurar o nosso direito de permanecer aqui, neste mundo tão lindo.

Foi por gratidão às inúmeras oportuni-dades de reencarnar que o espírito de Jurema permitiu a Leonel que nos trouxesse a sua história, para que servisse de exemplo a to-dos nós.

O exemplo que fica não é o do sofrimento, mas o da persistência, da fé, da humildade, do amor. Jurema não se limitou simplesmente a viver, mas viveu com intensidade cada momen-to que lhe foi concedido para sua melhora.

O que ela pretende nos mostrar com tudo isso? Que devemos sempre buscar no passado

163

a razão para os nossos sofrimentos? Que sofremos porque fizemos algo de ruim no pas-sado? Que passado e sofrimento estão intima-mente ligados? Não exataintima-mente.

Não precisamos mais nos prender ao passado para desvendar o presente nem asse-gurar um futuro melhor. Precisamos, sim, com-preender que estamos num processo constante de aprimoramento e, com isso, somos convi-dados a oferecer o nosso melhor.

No atual estágio do espiritismo e do espi-ritualismo, não há quem não saiba que toda causa gera uma consequência e que estamos todos, inexoravelmente, sujeitos à lei de causa e efeito.

Sabemos também que, se passamos por determinada dificuldade no presente é porque, lá atrás, existe uma sucessão de incidentes que nos fez reavaliar nossas ações e tentar imprimir a esta vida um novo rumo.

Estamos todos cientes de que o sofri-mento de hoje foi originado pelo nosso dese-quilíbrio de ontem.

Em razão disso, não temos mais a ne-cessidade de tentar descobrir o que fizemos em outra vida, se fomos ruins, levianos, assas-sinos, traidores... não importa.

O que fizemos está feito, não tem como desfazer na nossa dimensão atual. O tempo que ficou para trás somente poderá ser alterado

em outro universo, ao qual a nossa essência de agora não tem acesso.

Portanto, deixemos o passado onde está e concentremo-nos no presente, com vistas ao nosso futuro. Em vez de nos preocuparmos com coisas ruins do passado, devemos dar mais importância a tudo o que aprendemos a fazer de bom.

Ao mesmo tempo em que cometemos muitos desvarios, conquistamos valores im-portantes também, e é neles que devemos nos mirar quando buscarmos justificativas para nossa vida atual.

Lembremos que o novo acontece a todo instante, e se nos desapegarmos do que é velho, abriremos espaço na nossa vida para coisas novas que realmente valem a pena.

Vamos nos acostumar a pensar positi-vamente, a imaginar as encarnações passadas como etapas vencidas, superadas, que servi-ram para construir as coisas boas que con-quistamos hoje.

É isso que a Jurema tentou nos mostrar, para que nos acostumemos a cultivar os bons momentos, a dar importância aos fatores posi-tivos, a nos espelharmos nos nossos próprios valores.

É com eles que ingressaremos no novo mundo que nos aguarda, em uma Terra renova-da, onde a paz e o respeito serão recorrentes

na vida de todos nós e onde não haverá mais espaço para o mal e suas consequências.

O que é velho merece o nosso respeito porque foi o que nos ajudou a ser o que so-mos hoje.

Mas o novo é sempre belo, traz espe-rança, leveza e alegria. Provoca sempre um sorriso ou uma lágrima de admiração e grati-dão pelo milagre de viver. Ou será que alguém duvida disso?

37

As drogas e