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JUSTIFICATIVA

No documento PLANO PEDAGÓGICO DE CURSO (páginas 18-21)

3. CONTEXTO DO CURSO

3.2 JUSTIFICATIVA

Com os avanços científicos e tecnológicos, o relacionamento econômico entre as nações mudou, a globalização favoreceu o deslocamento da produção de mercados por hora isolados para outros mercados, consequentemente, impõem-se novas exigências às instituições responsáveis pela formação profissional dos cidadãos.

Neste cenário, amplia-se a necessidade de formar jovens capazes de lidar com o avanço da ciência e da tecnologia, prepará-los para se situar no mundo contemporâneo e dele participar de forma proativa na sociedade e no novo mundo do trabalho.

Desde a extinção da Lei nº 5.692/71, a realidade brasileira apresentou um déficit na oferta de educação profissional, uma vez que essa modalidade de educação de nível médio deixou de ser oferecida nos sistemas de ensino estaduais. Desde então, a educação profissional esteve a cargo da rede federal de ensino, mas especificamente, das escolas técnicas, agrotécnicas, centros de educação tecnológica, algumas redes estaduais e nas instituições privadas, especificamente, as do Sistema “S”, na sua maioria, atendendo as demandas das capitais.

A partir da década de noventa, com a publicação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), a educação profissional passou por diversas mudanças nos seus direcionamentos filosóficos e pedagógicos, passa a ter um espaço delimitado na própria lei, configurando-se em uma modalidade da educação

profissional, foram reestruturadas para se configurarem em uma rede nacional de instituições públicas de EPT, denominando-se de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Portanto, tem sido pauta da agenda de governo como uma política pública dentro de um amplo projeto de expansão e interiorização dessas instituições educativas. Nesse sentido, o IFPB ampliou sua atuação em diferentes municípios do estado da Paraíba, com a oferta de cursos em diferentes áreas profissionais, conforme as necessidades locais.

Segundo o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (2013), a atividade construtiva é dividida pelos segmentos:

residencial ou de edificações, comerciais ou de empreendimentos; da construção pesada ou de infraestrutura e outros, que representam um faturamento anual de R$

180 bilhões. O setor da construção representou 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. Em 2011, o setor possuía cerca de 7,8 milhões de ocupados, representando 8,4% de toda a população ocupada do país.

Segundo dados da revista Valor Econômico (2013), o predomínio do setor da construção civil é de construtoras de pequeno porte. Das 15 mil empresas em atividade formal no país, 97,6% tinham menos de cem funcionários, 94,8%

empregavam até 50 pessoas, 77,2% não passavam de 10 funcionários e somente 0,3% tinham mais de 500 empregados.

Este resultado decorreu de uma combinação de fatores, tais como: aumento do crédito, queda das taxas de juros, programas de investimentos públicos em infraestrutura (Programa de Aceleração do Crescimento - PAC I, em 2007, e o Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV, em 2009), redução de impostos, aumento da renda dos ocupados e da massa de salários.

Logo, é sabido que houve um crescimento vertiginoso na necessidade de mão de obra qualificada para os mais diversos cargos dentro da construção civil. E o técnico em edificações é um dos profissionais mais demandados. Assim, no currículo dos cursos técnicos integrados, o Ensino Médio é concebido como última etapa da Educação Básica, articulado ao mundo do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia, constituindo a Educação Profissional, articulando-a as mudanças técnico-científicas do processo produtivo.

O IFPB, ao integrar a Educação Profissional ao Ensino Médio, inova pedagogicamente sua concepção de Ensino Médio, em resposta aos diferentes sujeitos sociais para os quais se destina, por meio de um currículo integrador de

conteúdo do mundo do trabalho e da prática social dos estudantes, levando em conta o diálogo entre os saberes de diferentes áreas do conhecimento.

Atento às novas tendências do mercado tecnológico, após a vinda a lume da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba se inseriu no contexto mercadológico e passou a oferecer diversos Cursos Técnicos, qualificando recursos humanos e fornecendo suporte tecnológico a instituições públicas e privadas nos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Nesta perspectiva, o IFPB propõe-se a oferecer o Curso Técnico de Nível Médio em Edificações, na forma Integrada, presencial, por entender que estará contribuindo para a elevação da qualidade dos serviços prestados à sociedade, formando o Técnico em Edificações, através de um processo de apropriação e de produção de conhecimentos científicos e tecnológicos, capaz de contribuir com a formação humana integral e com o desenvolvimento socioeconômico da região articulado aos processos de democratização e justiça social.

Nesse cenário, entende-se que o Curso Técnico em Edificações se caracteriza como promissor no que diz respeito à expectativa de emprego e valorização do profissional. Além disso, possibilitará a fixação dos alunos na própria região, contribuindo para o desenvolvimento do Cariri Paraibano e de municípios polarizados por Monteiro.

Ademais, o panorama educacional brasileiro e as metas indicadas no PL no 8.035/2010, que estabelece o Plano Nacional de Educação — PNE, 2011-2020, assume o desafio de promover a qualidade social da oferta educacional, o que implica ir além da ampliação de vagas, bem como estabelecer compromisso com o acesso, permanência e êxito no percurso formativo e na inserção socioprofissional.

A viabilidade da implementação do Curso Técnico em Edificações no Campus Monteiro é corroborada pelo funcionamento já consolidado do Curso Tecnólogo em Construção de Edifícios, o qual é constituído por um corpo docente especializado e por uma infraestrutura com laboratórios da área de construção, que poderão ser usufruídos para formação técnica. Outro ponto positivo é que a presença do curso superior na mesma área permite também a verticalização da formação do técnico dessa área.

A aceitabilidade do curso pela comunidade foi confirmada por pesquisas de opinião realizadas pelo Instituto, o que gera perspectivas positivas acerca do interesse

setor de construção civil atuando na região.

A presença do Curso de Técnico em Edificações contribui com os arranjos produtivos locais uma vez que estes poderão manter uma integração com a instituição de ensino visando inovações e um aprendizado interativo, além de enriquecer a região com a presença de profissionais especializados que poderão integrar esses arranjos.

No documento PLANO PEDAGÓGICO DE CURSO (páginas 18-21)

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