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KARIRI categorias simples flexão derivação justaposição simples justaposição simples justaposição aglutinação simples simples

animotopônimos 1 – 1 5 1 – – – – – – antropotopônimos 3 – – 7 – – – – – – – axiotopônimos 1 – – – – – – – – – – corotopônimos 16 – – – – 1 16 – – – – ecotopônimos – – – 1 – – – – 1 – – ergotopönimos 1 2 – 1 – – – 2 1 – – estematotopônimos – 1 – – – – – – – – – etnotopônimos – 1 – – – – 1 – – – 1 fitotopônimos 2 3 2 4 – – 2 – 2 – – geomorfotopônimos 1 1 2 6 – – – – 2 – – hagiotopônimos – – – 13 1 – – – – – – hidrotopônimos 1 – 3 3 – 1 – 7 2 – – hierotopônimos 1 – – 6 – – 1 – – – – higienotopônimos 1 – – – – – – – – – – historiotopônimos 1 – – – – – – – – – – litotopônimo 2 – – – – – – 2 1 – – meteorotopônimos – – 1 – – – – – – – – odotopônimos – – 1 – – – – – – – – poliotopônimos – – – 1 – – – 1 – – – sociotopônimos – – – 2 – – – 1 – – – zootopônimos – – – – – – 4 1 – 1 –

A partir das informações do Quadro B (Apêndice C), observamos a seguinte distribuição percentual da toponímia dos municípios baianos em 1970:

Quadro 8: 1970 – Número de ocorrências e distribuição percentual em ordem decrescente dos nomes dos municípios baianos por categorias toponímicas específicas

categorias nº de ocorrências % corotopônimos 43 12,75 hidrotopônimos 41 12,16 fitotopônimos 39 11,57 geomorfotopônimos 35 10,38 antropotopônimos 32 9,5 zootopônimos 19 5,63 hagiotopônimos 18 5,34 hierotopônimos 15 4,5 ergotopônimos 14 4,15 poliotopônimos 14 4,15 litotopônimo 13 3,85 animotopônimos 12 3,56 axiotopônimos 10 2,96 etnotopônimos 5 1,48 cronotopônimos 4 1,18 ecotopônimos 4 1,18 sociotopônimos 4 1,18 odotopônimos 3 0,9 astrotopônimos 2 0,59 somatotopônimos 2 0,59 cardinotopônimo 1 0,3 dirrematopônimos 1 0,3 estematotopônimos 1 0,3 higienotopônimos 1 0,3 historiotopônimos 1 0,3 meteorotopônimos 1 0,3 mineratopônimo 1 0,3 mitotopônimo 1 0,3

Conforme acima exposto, nesta sincronia, as classes toponímicas mais expressivas são os corotopônimos, com 43 formas, assim distribuidas: uma forma derivada de procedência portuguesa (Olindina); as demais são formas simples, de diferentes procedências: três africanas (Gongoji, Gandu e Quinjingue,); uma francesa (Caém); 17 portuguesas (Água Fria, Alcobaça, Brumado, Cafarnaum, Camaçari, Candeal, Carinhanha, Cipó, Firmino Alves, Gavião, Lençóis, Nazaré, Rio de Contas, Rio do Antônio, Rio do Pires, Rio Real e São Desidério); 21 Tupi95 (Andaraí, Aramari, Aratuípe, Cairu, Catu,

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Mortugaba, Mucugê, Mucuri, Paramirim, Pojuca, Una, Urandi e Utinga).

Com 41 ocorrências, a segunda categoria mais incidente é a dos hidrotopônimos, em que há:

 um hibridismo justaposto luso-Tupi (Itaju do Colônia);

 11 formas portuguesas – uma simples (Cachoeira), uma flexional (Brejões), três derivadas (Alagoinhas, Correntina e Remanso), seis justapostas (Entre Rios, Riachão das Neves, Riachão do Jacuípe, Riacho de Santana, Ribeira do Amparo e Ribeira do Pombal) – ; e

 29 formas Tupi – 12 aglutinadas (Boquira, Chorrochó, Coribe, Cotegipe, Igaporã, Itajuípe, Itapebi, Ituberá, Macarani, Maragogipe, Mutuípe e Pindaí) e 17 justapostas (Iaçu, Ibicaraí, Iguaí, Ipiaú, Ipirá, Irecê, Itacaré, Itagi, Itagimirim, Itamari, Itororó, Ituaçu, Jacaraci, Jaguaripe, Paratinga, Piripá e Uibaí).

A terceira categoria mais abundante é a dos fitotopônimos, com 39 nomes. Entre os portugueses, há: cinco formas simples (Canarana, Cansanção, Jussara, Prado e Xiquexique), três derivadas (Angical, Boninal, Juazeiro), quatro flexionais (Canavieiras, Cocos, Macaúbas, Palmeiras), oito justapostas (Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Floresta Azul, Mata de São João, Oliveira dos Brejinhos, Palmas de Monte Alto, Pau Brasil e Tabocas do Brejo Velho). Entre os de procedência Tupi, registram-se seis formas aglutinadas (Buerarema, Ibiraporã, Jeremoabo, Jitaúna, Muritiba e Pindobaçu), 12 justapostas (Acajutiba, Biritinga, Caatiba, Caetité, Ibirapitanga, Ibirataia, Ibotirama, Ipécaetá, Macajuba, Piritiba, Sapeaçu e Ubatã) e uma simples (Maraú).

A quarta categoria mais abundante é a dos geomorfotopônimos, com 35 formas, assim distribuídas:

 um hibridismo justaposto luso-Tupi (Morpará);

 18 formas portuguesas, sendo uma simples (Barra), uma flexional (Barreiras), uma aglutinada (Planalto), quatro derivadas (Esplanada, Pedrão, Planaltino e Serrinha) e 11 justapostas (Baixa Grande, Barra da Estiva, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barra do Rocha, Brotas de Macaúbas, Monte Santo, Morro do Chapéu, Serra Dourada, Serra Preta e Várzea do Poço); e

 16 formas de procedência Tupi, sendo sete aglutinadas (Aporá, Botuporã, Ibititá, Itambé, Itarantim, Itiruçu e Potiraguá) e nove justapostas (Ibiassucê, Ibicoara, Ibipeba, Ibiquera, Ibitiara, Itabuna, Itapetinga, Itapitanga e Itaquara).

A quinta categoria mais incidente é a dos antropotopônimos, com 32 nomes, dos quais apenas um homenageia uma mulher; além disso, registram- se uma forma simples de procedência alemã (Wagner) e uma outra, portuguesa (Seabra), origem também das demais, justapositivas96.

Como sexta categoria mais abundante, estão os zootopônimos, representados por 19 nomes, dentre os quais:

 duas formas simples de origem africana (Caculé e Candiba);  uma híbrida flexional de procedência luso-Tupi (Ouriçangas);

 cinco formas portuguesas, sendo duas flexionais (Antas e Cordeiros) e três simples (Jandaíra, Tucano e Uauá); e

 11 de procedência Tupi, sendo seis simples (Anajé, Guanambi, Ichu, Irará, Itanagra e Uruçuca) e cinco justapostas (Camamu, Guaratinga, Iramaia, Macururé e Tanhaçu).

Com 18 nomes97, todos justapositivos e de procedência portuguesa, os hagiotopônimos são a sexta categoria mais representativa.

A sétima categoria mais abundante é a dos hierotopônimos, com 15 formas, das quais: duas de origem Tupi: uma simples (Curaçá), outra justaposta (Ipupiara); e 13 portuguesas, dentre as quais uma simples (Salvador), uma flexional (Milagres) e onze justapostas (Conceição da Feira, Conceição do Almeida, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Coração de Maria, Cruz das Almas, Livramento do Brumado, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz da Vitória, Santaluz e Vera Cruz).

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São elas: Amélia Rodrigues, Antônio, Cardoso, Antônio Gonçalves, Aurelino Leal, Cândido Sales, Castro Alves, Cícero Dantas, Dário Meira, Elísio Medrado, Érico Cardoso, Euclides da Cunha, Firmino Alves, Lafayete Coutinho, Lauro de Freitas, Licínio de Almeida, Manoel Vitorino, Marcionílio Souza, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Muniz Ferreira, Nilo Peçanha, Paulo Afonso, Pedro Alexandre, Ruy Barbosa, Sátiro Dias, Sebastião Laranjeiras, Simões Filho, Souto Soares, Teodoro Sampaio e Wenceslau Guimarães

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São eles: Bom Jesus da Lapa, Santa Bárbara, Santa Brígida, Santa Inês, Santa Maria da Vitória, Santa Terezinha, Santaluz, Santana, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, São Felipe, São Félix, São Francisco do Conde, São Gonçalo dos Campos, São Miguel das Matas, São Sebastião do Passe e Senhor do Bonfim.

ergotopônimos e os poliotopônimos, com 14 formas cada. Entre os ergotopônimos, há: uma forma simples de procedência africana (Maiquinique), especificamente, Kikongo; um hibridismo luso-Tupi flexional (Maracás); três formas de procedência Tupi, sendo uma algutinada (Jequié) e duas justapostas (Irajuba e Paripiranga); e 8 formas portuguesas, sendo uma simples (Mascote), três flexionais (Candeias, Caravelas e Poções), duas justapostas (Caldeirão Grande e Pilão Arcado) e três derivadas (Malhada, Tanquinho e Tremendal).

Já os poliotopônimos estão assim distribuidos: uma forma híbrida justapositiva de raízes anglo-helênicas (Teolândia); uma justapositiva de raízes gregas (Crisópolis); duas de procedência Tupi, sendo uma simples (Mairi) e a outra, justaposta (Ubaitaba); e dez híbridas justapositivas de raízes luso- européia (Baianópolis, Brejolândia, Canápolis, Catolândia, Cravolândia, Cristópolis, Retirolândia, Serrolândia, Teofilândia e Santanópolis).

Com 13 ocorrências, a oitava categoria mais numerosa é a dos litotopônimos, em que há: oito formas portuguesas – uma simples (Laje), quatro derivadas (Almadina, Lajedão, Lajedinho e Lamarão), três justapostas (Barro Preto, Malhada de Pedras e Terra Nova); e cinco Tupi: uma aglutinada (Jacobina), quatro, justapostas (Ibicuí, Ibipitanga, Itaberaba e Itaetê).

A décima categoria mais significativa é a dos animotopônimos, com 12 ocorrências: uma forma híbrida justapositiva luso-Tupi (Boa Vista do Tupim); duas formas aglutinadas de procedência Tupi (Botuporã e Mirangaba); e dez formas portuguesas: duas aglutinadas (Amargosa e Belmonte), três simples (Glória, Valença e Valente) e cinco justapostas (Belo Campo, Boa Nova, Formosa do Rio Preto, Mundo Novo e Vitória da Conquista).

Na décima-primeira posição entre as taxes mais representativas, figuram os axiotopônimos, com dez nomes, entre os quais, há: duas formas de origem Tupi: uma aglutinada (Abaíra), outra justaposta (Abaré); e oito formas portuguesas: uma simples (Conde), as demais, justapostas (Cardeal da Silva, Coronel João Sá, Dom Basílio, Dom Macedo, Governador Mangabeira, Presidente Dutra e Presidente Jânio Quadros).

A décima-segunda categoria mais numerosa é a dos etnotopônimos, representada por cinco formas: uma simples de provável procedência Kariri

justaposta (Gentio do Ouro), duas flexionais (Ilhéus e Rodelas).

Na décima-terceira posição entre as categorias mais abundantes, estão os cronotopônimos, os ecotoponônimos e os sociotopônimos, com quatro ocorrências cada. Todos os cronotopônimos são formas justapostas: três tem procedência portuguesa (Nova Canaã, Nova Soure e Nova Viçosa), o outro é hibridismo luso-Tupi (Nova Itarana). Três dos ecotopônimos são formas justapositivas, sendo uma de procedência portuguesa (Casa Nova), as demais, Tupi (Aiquara e Iraquara), língua da qual provém a única forma aglutinada (Jaguaquara). Entre os sociotopônimos, há três formas justapostas portuguesas (Feira de Santana, Porto Seguro e Salinas da Margarida) e uma aglutinada de origem Tupi (Ubaíra).

Com apenas três ocorrências, a terceira categorias menos incidente é a dos odotopônimos – uma forma portuguesa derivada (Encruzilhada) e duas formas Tupi, uma justaposta (Itapé), a outra, aglutinada (Jussiape).

Empatadas, como penúltimas classes e duas lexias cada, estão:

 os astrotopônimos – duas formas justapostas Tupi (Araci e Coaraci);  os historiotopônimos – duas formas portuguesas, uma flexional (Caravelas), outra, justaposta (Contendas do Sincorá); e

 os somatotopônimos – formas justapostas de procedência Tupi (Camacan e Piatã).

As categorias menos incidentes registraram apenas uma ocorrência cada. Entre os nomes de origem portuguesa, há um cardinotopônimo derivado (Central), um estematopônimo flexional (Queimadas) e um higienotopônimo simples (Saúde). Entre os de procedência Tupi, há três formas aglutinadas (o dimensiotopônimo Aporá, o mineratopônimo Itagiba e o mitotopônimo Anguera) e duas justapostas (o dirrematopônimo Tapiramutá, e o meteorotopônimo Aracatu).

Cruzando e sintetizando todas essas informações, chega-se ao quadro-resumo 4, exposto na próxima página.