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Krigagem indicativa dos atributos físicos do solo do solo

No documento 2019RudimarLuisPetter (páginas 187-195)

4.5 Definição de zonas homogêneas de manejo na cultura da soja por krigagem

4.5.2 Krigagem indicativa dos atributos físicos do solo do solo

Os resultados obtidos pelos semivariogramas e o ajustes aos modelos para a krigagem indicadora dos atributos físicos do solo e altitude podem ser vistos no apêndice 25. A partir dos semivariogramas ajustados, realizou-se a interpolação pelo método da krigagem ordinária por pontos, para a estimação de valores não medidos e construção dos mapas temáticos para cada atributo que apresentou dependência espacial (Figuras de 46, 47 e 48).

O mapa de variabilidade espacial de classificação de solos de textura descreve na área algumas alterações texturais ao longo das camadas analisadas a partir da superfície do solo. Maior diferenciação estrutural ocorre perto do nordeste da área. Vale ressaltar que o mapa de argila apresenta duas pequenas áreas com maior teor de argila nessa área, o que faz com que a classificação textural seja diferenciada.

Os mapas da variabilidade espacial da composição estrutural do solo (argila, silte, areia, areia) nas profundidades estudadas mostram que a área de estudo na profundidade do perfil do 0-5 cm apresenta valores menores de argila (≤ 60%) em praticamente toda a área, somente uma pequena área possui valores mais elevados de argila (> 60%) na parte nordeste (Figura 46a). Na profundidade de 5- 10 cm observa-se que está área a nordeste com valores de argila elevados tende a aumentar (Figura 47a) e a profundidade de 10-20 cm, valores de argila > 60% ocupa todo o leste da área (Figura 48a). Os maiores valores de areia na profundidade de 0-5 cm (Figura 46c) são encontrados na parte leste da área (≥

30%), onde ocorrem os menores valores de argila. No mapa total de areia nas profundidades de 5-10 e 10-20 cm mostra que grandes variações no teor de areia não ocorrem na área, e que as maiores concentrações estão na parte sudeste e norte da área (figuras 47c e 48c). O mapa do conteúdo de areia na área de estudo indica que não ocorrem grandes variações no conteúdo na área.

Figura 46 - Mapas de Probabilidades gerados por meio de Krigagem Indicativa relativos às variáveis analisadas de acordo com as faixas de suficiência na profundidade de 0-5 cm. Não Me Toque - RS

(a) Argila

Mapa de probabilidade de Argila > 60 %

(b) Silte

Mapa de probabilidade de Silte > 15 %

(c) Areia

Mapa de probabilidade de Are > 30 %

(d) Densidade do solo

(e) Densidade máxima do solo

Mapa de probabilidade de Dsmax > 1,50 g.cm-3 (f) Densidade Relativa Mapa de probabilidade de Dr > 0,90 g.cm-3

(g) Porosidade total

Mapa de probabilidade de Pt > 0,50 m3.m-3

(h) Densidade sólidos do solo

Mapa de probabilidade de Dss > 2,65 g.cm-3

(i) IHO

Mapa de probabilidade de IHO > 0,0

Legenda

Fonte: Autor (2019)

1,0 0,5 0,0

Altas probabilidades de ocorrência dos teores de silte >15% são observadas na área de pesquisa na profundidade de 0-5 cm na maioria da área (Figuras 46b). Nos mapas das profundidades de 5-10 cm e 10-20 cm (Figuras 47b e 48b), os maiores teores concentram-se a noroeste e sudeste.

Além disso, é digno de nota que o mapa variabilidade espacial das componentes de textura do solo (argila, areia e silte) mostram uma relação com o mapa de elevação digital (Figura 49). As configurações do relevo e microrelevo influenciam não só na dinâmica da água, mas também na fertilidade do solo (ARTUR et al. 2014).

Os mapas de variabilidade espacial e a probabilidade de ocorrência da densidade do solo > 1,4 g.cm-3 (Figura 46d) na profundidade de 0-5 cm concentram-se em pequenas

partes do oeste e norte da área de estudo, e a maioria do mapa de probabilidade apresenta valores mais baixos de densidade do solo ≤ 1,4 g.cm-3. Na profundidade de 5-10 cm,

intensifica-se a probabilidade de ocorrência das maiores densidades do solo em praticamente toda metade oeste da área, mesma situação observada na profundidade de 10-20 cm.

Figura 47 - Mapas de Probabilidades gerados por meio de Krigagem Indicativa relativos às variáveis analisadas de acordo com as faixas de suficiência na profundidade de 5-10 cm. Não Me Toque – RS

(a) Argila

Mapa de probabilidade de Arg > 60 %

(b) Silte

(e) Porosidade total

Mapa de probabilidade de Pt > 0,50 m3.m-3 (f) Densidade máxima do solo Mapa de probabilidade de Dsmax > 1,50 g.cm-3

(g) Densidade relativa

Mapa de probabilidade de Dr > 0,90 g.cm-3

(h) Densidade de sólidos do solo

Mapa de probabilidade de Dss > 2,65 g.cm-3

(c) Areia

Mapa de probabilidade de Are > 30 %

(d) Densidade do solo

(i) IHO

Mapa de probabilidade de IHO > 0,0

Legenda

Fonte: Autor (2019)

Os maiores valores de densidade máxima do solo (>1,5 g.cm-3) são encontrados

na parte nordeste da área na profundidade amostrada do 0-5 cm. Nos mapas 47d e 48d mostra que nas profundidades de 5-10 e 10-20 cm, ocorre maior probabilidade de ocorrência das densidades maiores do ponto de corte na metade oeste da área. Semelhante comportamento foi verificado para densidade de sólidos do solo (>2,65 g.cm-3) nas

profundidades analisadas.

O mapa de variabilidade espacial da densidade relativa do solo na profundidade de 0-5 cm descreve que no mapa de probabilidade ocorrem pequenas áreas no centro norte com valores > 0,90. Na profundidade de 5-10 cm concentra-se na metade oeste e na profundidade 10-20 cm ocorre na maioria do mapa.

O mapa de porosidade total deve ser considerado como uma fonte informação importante para o manejo, pois como pode ser observado na figura 46g, os valores de probabilidade maiores que o ponto de corte de 50% são maiores na área leste do mapa. Está tendência também é observada na profundidade de 5-10 cm (Figura 47e) e, diminui para uma área menor a nordeste do mapa na profundidade de 10-20 cm (Figura 48 g).

1,0 0,5 0,0

O mapa do Intervalo Hídrico Ótimo (IHO) na profundidade de 0-5 cm (Figura 46 i) determina uma definição clara de uma área de maior probabilidade (IHO> 0) na metade leste, indicando maior IHO, ou seja, maior disponibilidade de água do solo para as plantas para o mesmo valor de densidade do solo. Observa-se, com alguma variação, o mesmo comportamento para regiões onde os valores de IHO são maiores nas demais profundidades (Figura 47 i e 48 i).

A intervenção física do solo nas áreas com restrição física pode ser realizada de diferentes formas. Existem no mercado equipamentos para escarificação em sistema de plantio direto na palha, que possuem a característica de revolvimento mínimo da superfície do solo, mantendo a maior parte da palha sobre o solo. Essa operação deve ser feita com o solo seco, evitando assim a formação da camada conhecida como camada compactada, sendo essa causada pelos selamentos dos poros do solo a partir do atrito do equipamento em condições de solo muito úmido.

Figura 48 - Mapas de Probabilidades gerados por meio de Krigagem Indicativa relativos às variáveis analisadas de acordo com as faixas de suficiência na profundidade de 10-20 cm. Não Me Toque - RS

(a) Argila

Mapa de probabilidade de Argila > 60 %

(b) Silte

Mapa de probabilidade de Silte > 15 %

(c) Areia

Mapa de probabilidade de Areia > 30 %

(d) Densidade do solo

(i) IHO

Mapa de probabilidade de IHO > 0,0

Legenda

Fonte: Autor (2019) (e) Densidade máxima

Mapa de probabilidade de Dsmax > 1,50 g.cm-3

(f) Densidade relativa

Mapa de probabilidade de Dr > 0,90 g.cm-3

(g) Porosidade total

Mapa de probabilidade de Pt > 0,50 m3.m-3

(h) Densidade de sólidos do solo

Mapa de probabilidade de Dss > 2,65 g.cm-3

1,0 0,5 0,0

Também, pode ser realizada a utilização de plantas de cobertura que é uma forma eficiente e duradoura de descompactação do solo. Plantas como o nabo forrageiro possuem um sistema radicular bastante agressivo. Eles são capazes de alcançar grandes profundidades, mesmo em condições de solo compactada. Além disso, o nabo forrageiro é uma planta recicladora de nutrientes, trazendo nutrientes ao sistema que estavam sendo perdidos por lixiviação, ou em profundidade, onde o sistema radicular das culturas não alcançava.

Desta forma, a intervenção física no solo, seja por uma escarificação eficiente ou o uso de plantas de cobertura com sistema radicular agressivo pode solucionar, ou ao menos amenizar, o impedimento físico ao crescimento radicular da cultura, e consequentemente aumentar a produtividade dessas áreas.

Levando em consideração a variabilidade física existente na área e sua comparação com os dados de produtividade é possível identificar zonas diferenciadas. Elas podem ser caracterizadas como zonas de manejo, podendo assim, serem adotadas técnicas de maneira localizada o que diminui os custos de produção, bem como proporciona um aumento na produtividade das culturas.

No documento 2019RudimarLuisPetter (páginas 187-195)