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MATERIAL E MÉTODOS

2.2. LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO

O LCE utilizado é constituído de duas passarelas de madeira, dispostas

perpendicularmente, formando uma cruz simétrica (quatro braços de 50cm de

comprimento por lOcm de largura). Dois braços opostos são fechados por

paredes laterais de madeira de 40cm de altura, enquanto os braços restantes

são abertos, circundados por uma borda de Icm de acrílico transparente para

reduzir a ocorrência de quedas. Na junção entre os quatro braços delimita-se

uma área central de 10X10cm. 0 labirinto como um todo é elevado 50cm do

solo. Quatro lâmpadas fluorescentes (15W cada), dispostas igualmente em

forma de cruz, 100 cm acima do labirinto foram utilizadas como única fonte de

iluminação do experimento.

2.3. PROCEDIMENTO

Cada sessão teve início com a cuidadosa colocação do animal no centro

do labirinto, voltado para um dos braços fechados. Permitiu-se ao animal

explorar livremente o labirinto por 5, 2 ou 1 minuto. Vinte e quatro horas após a

primeira exposição, os animais receberam salina ou midazolam (MDZ 1,5mg/Kg,

ROSA et al., 2000) via intra-peritoneal (ip). Trinta minutos após a injeção todos

foram submetidos a uma segunda exposição ao LCE, com duração de 5

minutos (Tabela 5).

As variáveis comportamentais analisadas foram: número (A) e

porcentagem de entradas (%A) nos braços abertos, porcentagem de tempo de

permanência nos braços abertos (%T), bem como o número de entradas nos

braços fechados (F) e total de entradas (T). “Entrada” e “Saída” dos braços

foram definidas como a colocação das quatro patas do animal dentro ou fora de

um braço, respectivamente.

Com a finalidade de evitar pistas odoríferas, após cada teste o labirinto foi

limpo com tecido umedecido em uma solução de álcool 20%. A eventual queda

de um animal do labirinto implicou necessariamente na exclusão do mesmo.

Aprendizado no LCE_______________________________ Maria Luiza Cleto Dal-Cól

TABELA 5. Grupos experimentais, com relação à exposição ao labirinto, droga/veículo, e o tempo de duração da primeira e da segunda sessão.

GRUPO PRIMEIRA EXPOSIÇÃO

(sem droga) SEGUNDA EXPOSIÇÃO SAL ou MDZ 5 5 min 5 min 2 2 min 5 min 1 1 min 5 min 2.4. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram analisados por análise de variância de duas vias (Two-

way ANOVA) seguida do teste de Newman-Keuls para múltiplas comparações.

Apenas valores com p<0,05 foram considerados significantes.

Aprendizado no LCE____________________________ Maria Luiza Cleto Da|-C^

RESULTADOS

CAPÍTULO III - RESULTADOS

A figura 4 mostra a porcentagem de entradas nos braços abertos (%A;

gráfico A) e a porcentagem de tempo despendido nos braços abertos (%T;

gráfico B) de ratos submetidos à primeira exposição (E1) com duração de 5, 2

ou 1 minutos e segunda exposição de 5 minutos (E2) no labirinto em cruz

elevado (LCE), com administração de salina.

O teste de Newman-Keuls para múltiplas comparações revelou que a

porcentagem de entradas nos braços abertos (%A) durante a segunda

exposição esteve reduzida quando os ratos foram previamente expostos ao

LCE por 2 minutos (p<0,05). Quando os animais foram previamente expostos

ao LCE por 5 minutos, a porcentagem de entradas nos braços abertos (%A)

também mostraram-se reduzidas, porém não atingiram significância estatística

(p=0,0557). Os ratos submetidos à primeira exposição de 1 minuto

apresentaram uma porcentagem semelhante de entradas nos braços abertos

(%A) durante as duas exposições.

A porcentagem de tempo despendido nos braços abertos (%T) esteve

reduzida na segunda exposição, independentemente da duração da primeira

exposição (1, p<0,05; 2, p<0,001 e 5 minutos, p<0,05) ao LCE.

Aprendizado no LCE Maria Luiza Cleto Dal-Cól ®E1 d E2 A 50 -j (0

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DURAÇÃO DA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO (min.)

FIGURA 4. Porcentagem de entradas nos braços abertos (%A; gráfico A) e porcentagem de tempo despendido nos braços abertos (%T; gráfico B) na primeira exposição (E1) com duração de 5, 2 ou 1 minutos e segunda exposição de 5 minutos (E2) no labirinto em cruz elevado (LCE) com administração de salina í.p., previamente à E2. Dados apresentados na forma de média ±E.P.M.: *p<0,05 e **p<0,001 em relação à primeira exposição. (Two- Way ANOVA seguida do Teste de Newman=Keuls para múltiplas comparações)

A figura 5 representa o número de entradas nos braços abertos (gráfico

A) e fechados (gráfico B), assim como o total de entradas (gráfico C), na

primeira e na segunda exposição, dos ratos submetidos à primeira exposição

com diferentes durações e reexpostos ao LCE 24 horas depois, com

administração de salina previamente á E2. O teste de Neuman-Keuls revelou

que os ratos expostos a 5 minutos de primeira exposição apresentaram maior

número de entradas nos braços abertos (p<0,05), fechados (p<0,05), e

conseqüentemente total (p<0,001), quando comparados ao grupo exposto a 1

minuto de primeira exposição; além disso, a primeira exposição de 5 minutos

induziu menor número de entradas nos braços abertos na segunda exposição

(p<0,05), mas não diminuiu o número de entradas nos braços fechados e o

total de entradas durante a segunda exposição.

Aprendizado no LCE Maria Luiza Cleto Dal-Cól È(Q 8 3 S « 2 z 0 ®E1 □ E2 B w « ■o SS

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DURAÇÃO DA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO (min.)

FIGURA 5. Número de entradas nos braços abertos (A), braços fechados (B) e total de entradas (C) na primeira exposição (E1) com duração de 5, 2 ou 1 minutos, e segunda exposição (E2) de 5 minutos ao labirinto em cruz elevado, com administração de salina previamente à E2. Dados apresentados na forma de média mais E.P.M.: *p<0,05 com relação à primeira exposição; #p<0,05 e ## p<0,001 com relação à primeira exposição de 1 minuto. (Two-Way ANOVA seguida do Teste de Newman-Keuls para múltiplas comparações)

A figura 6 apresenta a porcentagem de entradas nos braços abertos

(%A; gráfico A) e a porcentagem de tempo despendido nos braços abertos

(%T; gráfico B) de ratos não tratados, submetidos à primeira exposição (E l)

com duração de 5, 2 ou 1 minutos, e após 24 horas, tratados com midazolam

ou salina (i.p.) 30 minutos antes da segunda exposição (E2) ao labirinto em

cruz elevado (LCE). 0 teste de Newman-Keuls revelou que no grupo com

primeira exposição de 1 minuto, o tratamento com Midazolam prévio à segunda

exposição induziu aumento na porcentagem de entradas nos braços abertos

(%A; p<0,05) e na porcentagem de tempo despendido nos braços abertos (%T;

p<0,05) na segunda exposição, quando comparado ao grupo tratado com

salina. Nos grupos cuja primeira exposição ao LCE foi de 2 ou 5 minutos, o

Midazolam não alterou a porcentagem de entradas nos braços abertos (%A) e

tempo despendido nos braços abertos (%T) na segunda exposição, em

comparação ao grupo salina. Além disso, a %A e %T mostraram-se diminuídas

na segunda exposição nos grupos submetidos à E1 de 2 e 5 minutos (p<0,05),

em comparação ao grupo submetido à primeira exposição de 1 minuto tratado

com Midazolam previamente à segunda exposição.

A figura 7 mostra o número de entradas nos braços abertos, fechados, e

o total de entradas dos ratos expostos a E1 de 1, 2 ou 5 minutos, e tratados

com salina ou midazolam 30 minutos antes da segunda exposição. O teste de

Newman-Keuls revelou que no grupo submetido a um minuto de primeira

exposição, 0 tratamento com midazolam aumentou o número de entradas nos

braços abertos durante a segunda exposição, com relação ao grupo tratado

com salina (p<0,05), enquanto o número de entradas nos braços fechados e

Aprendizado no LCE Maria Luiza Cleto Dal-Cól

total permaneceram inalterados. Nos grupos submetidos à primeira exposição

de 2 ou 5 minutos, que receberam midazolam previamente à segunda

exposição, o número de entradas nos braços abertos encontrou-se diminuído,

quando comparado ao grupo MDZ exposto a 1 minuto de E1 (p<0,05).

Todos os dados são apresentados na forma de média e desvio padraão,

nos anexos 1, 2, 3, 4 e 5. (0 -§<0 (0 (0 50 - 40 - A # 8i 30 ss u> (0 ■o ÍS c 0> 20 10 - I 30

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D UR A Ç Ã O DA PRI MEI RA E X P O S I ÇÃ O (min.)

FIGURA 6. o gráfico apresenta a média +E.P.M da porcentagem de entradas nos braços abertos (%A; gráfico A) e porcentagem de tempo despendido nos braços abertos (%T; gráfico B). Ratos foram inicialmente submetidos a uma exposição com duração de 1, 2 ou 5 minutos. Previamente à segunda exposição, os animais foram tratados com salina ou midazolam (1,5mg/kg) i.p.. Two-Way ANOVA seguida do Teste de Newman-Keuls para múltiplas comparações: ^p<0,05 com relação ao grupo salina; ®p<0,05 em relação ao grupo com primeira exposição de 1 minuto.

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0> o z T • ■ ■ ^ □ Sal ■ MDZ (0 14 12 « 10 - *D 5 § 8 6 4 - 2 - 0

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DURAÇÃO DA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO (min)

FIGURA 7. Número de entradas nos braços abertos (A) e fechados (B) e total de entradas (0). Ratos foram inicialmente submetidos a uma exposição com duração de 1, 2 ou 5 minutos. Previamente à segunda exposição, os animais foram tratados com salina ou midazolam (1,5mg/kg) i.p.. Two-Way ANOVA seguida do Teste de Newman-Keuls para múltiplas comparações: com relação ao grupo salina; ®p<0,05 em relação ao grupo com primeira exposição

de 1 minuto.

Os dados referentes à primeira versus segunda exposições dos grupos

que receberam MDZ previamente à segunda exposição não são apresentados

na forma de gráfico devido à existência de duas variáveis independentes: a

administração ou não de droga (realizada apenas previamente à E2), e a

exposição (primeira X segunda).

Todos os dados obtidos são apresentados na forma de média e desvio

padrão em tabelas, nos Anexos 1, 2, 3, 4 e 5.

Aprendizado no LCE_______________________________Maria Luiza Cleto Dal-Cól

DISCUSSÃO

Aprendizado no LCE_________________________ Maria Luiza Cleto Dal-Cól

CAPÍTULO IV - DISCUSSÃO

As hipóteses para a perda de efeito ansiolítico dos benzodiazepínicos na

segunda exposição ao LCE têm variado entre “one-trial tolerance”, ou seja,

tolerância à droga (FILE, 1990), habituação locomotora (DAWSON et al.,

1994), e uma mudança de ansiedade experimental na segunda exposição

(FILE & ZANGROSSI, 1993a e 1993b), contra a qual os benzodiazepínicos não

são clinicamente efetivos. Análise fatorial tem mostrado que os índices de

ansiedade referentes à primeira e à segunda exposição ao LCE são

matematicamente fatores independentes (FILE etal., 1993).

A análise minuto a minuto do comportamento de ratos no labirinto em

cruz elevado realizada em nosso laboratório (ROSA et al., 2000) e de

camundongos, realizada por RODGERS (1996) mostrou significativa redução

na exploração dos braços abertos (tanto em porcentagem de tempo, quanto de

entradas nos braços abertos) no labirinto nos minutos finais da primeira

exposição, assim como em todos os minutos da segunda exposição. Além

disso, a ação do midazolam (MDZ), cujo efeito ansiolítico reflete-se no aumento

da exploração dos braços abertos do labirinto, decai a partir do terceiro minuto

(ROSA et al., 2000), além de perder efeito na segunda exposição ao labirinto

(FILE, 1990).

A diminuição da exploração dos braços abertos e a perda do efeito

ansiolítico no decorrer da sessão experimental (ROSA et al., 2000) e nas

subseqüentes exposições (FILE, 1990) têm sido consideradas, então,

decorrentes de um aprendizado desenvolvido durante a primeira exposição do

animal ao labirinto (FILE, 1993c; ROSA etal., 2000).

No presente estudo, a comparação dos grupos que receberam salina

não mostrou diferença significativa na porcentagem de entradas nos braços

abertos e na porcentagem de tempo nos braços abertos tanto comparando-se

as primeiras exposições, quanto comparando as segundas exposições, o que

sugere semelhante nível de ansiedade entre os grupos em ambas as

exposições. Entretanto, comparando-se a primeira com a segunda exposição

de cada grupo, observou-se que nos grupos submetidos a cinco ou dois

minutos de primeira exposição ao LCE, houve diminuição na porcentagem de

entradas nos braços abertos (significantemente apenas no grupo 2 minutos) e

na porcentagem de tempo nos braços abertos na segunda exposição. Estes

dados sugerem um maior nível de ansiedade na segunda exposição,

provavelmente devido a uma aprendizagem durante a primeira exposição.

(FILE & ZANGROSSI, 1993b; RODGERS, 1996; ROSA et a i, 2000;

BERTOGLIO & CAROBREZ, 2000).

A modificação na porcentagem de entradas nos braços abertos da

primeira exposição de dois minutos para a segunda exposição corrobora os

resultados obtidos por RODGERS (1996) em experimento com camundongos,

destacando a importância dos minutos iniciais no aumento da esquiva e

ausência de efeito ansiolítico dos benzodiazepínicos na segunda exposição ao

LCE.

Em nosso estudo, no grupo submetido a um minuto de primeira

exposição verificou-se apenas diminuição na porcentagem de tempo nos

braços abertos. Observando a porcentagem de entradas nos braços abertos,

no mesmo grupo, podemos verificar a manutenção do comportamento da

primeira para a segunda sessão, o que pode suscitar dúvidas sobre a

ocorrência do aprendizado de aumento da esquiva dos braços abertos com

apenas um minuto de primeira exposição.

Como as drogas benzodiazepínicas perdem seu efeito ansiolítico no

labirinto em cruz elevado a partir do terceiro minuto de exposição (ROSA et al.,

2000) e são inefetivas na segunda exposição ao labirinto (FILE, 1990), os

animais foram submetidos à administração sistêmica de midazolam (MDZ)

previamente à segunda exposição, associada à redução no tempo de primeira

exposição. Com isto objetivamos verificar se essa redução no tempo de

primeira exposição impediria ou não o aprendizado que se reflete na perda de

efeito do midazolam. Verificamos, assim, que os animais que tiveram seu

tempo de exposição ao labirinto reduzido para um minuto na primeira

exposição apresentaram efeito ansiolítico do midazolam na segunda

exposição, ou seja, maior porcentagem de entradas e de tempo de

permanência nos braços abertos na segunda exposição, com relação ao

controle. Essa presença de efeito ansiolítico do midazolam sugere não haver

ocorrido o aprendizado na primeira exposição de apenas um minuto.

A presença de efeito ansiolítico do midazolam na segunda exposição

associada ao fato de não haver redução na exploração dos braços fechados na

segunda exposição, demonstra também não ter ocorrido habituação locomotora

no labirinto. Isso corrobora a literatura, pois estudos demostram que além de

não ocorrer diminuição no número de entradas nos braços fechados na segunda

exposição, não há adaptação na liberação de corticosterona (FILE et al., 1994;

FILE ef a/., 1999).

Aprendizado no LCE_______________________________ Maria Luiza Cleto Dal-Cól

Segundo BERTOGLIO & CAROBREZ (2000), a exploração dos dois tipos

de braços do labirinto (abertos e fechados) em uma mesma exposição é

essencial para o aprendizado no labirinto. Assim, a expressão de ansiedade no

labirinto não está relacionada apenas à aversividade dos braços abertos, mas

sim ao conflito gerado pela comparação, entre a pulsão de exploração e de

esquiva. É possível, então, que a ausência do aumento da esquiva dos braços

abertos e a presença de efeito ansiolítico do midazolam na segunda exposição,

verificado nos animais com apenas um minuto de primeira exposição, seja

devido à menor possibilidade de exploração, e conseqüentemente de

comparação, entre dos braços abertos e fechados do labirinto.

Segundo FILE et al. (1999), na primeira exposição, a principal fonte de

aversividade é a natureza dos braços abertos, porém na segunda exposição, a

altura do labirinto seria o fator aversivo. 0 núcleo basolateral da amígdala tem

sido considerado o substrato neural para aquisição e consolidação da

informação adquirida durante a primeira exposição (FILE et al., 1998).

LAMPREA et al. (2000) demonstrou que animais com lesão no septo não

apresentam modificações no comportamento na primeira exposição ao LCE,

porém na segunda exposição demonstram menores índices de ansiedade que

os controles, isso sugere que a lesão do septo interfere no aprendizado sobre o

ambiente (no caso o labirinto) durante a primeira sessão. Assim, o sistema

septo-hipocampal parece envolvido na aquisição e consolidação das mudanças

comportamentais da primeira para a segunda exposição ao labririnto em cruz

elevado.

O fato de um minuto de primeira exposição ser insuficiente para a

aquisição do aprendizado no LCE, evidenciando presença de efeito ansiolítico

do midazolam no LCE na segunda exposição, corrobora a literatura no que diz

respeito à ausência de tolerância á droga a partir da segunda exposição (FILE &

ZANGROSSI, 1993b; RODGERS et a i, 1996; ROSA et a i, 2000; BERTOGLIO

& CAROBREZ, 2000; TREIT et a i, 1993), e reforça a necessidade de

modificação e não-utilização do termo "One-trial tolerance” como descritivo do

fenômeno.

A literatura tem proposto que o aumento da esquiva dos braços abertos e

a ausência de efeito ansiolítico do midazolam na segunda exposição são frutos

do aprendizado de um medo condicionado, possivelmente um estado fóbico

(FILE& ZANGROSSI, 1993b; FILE, ZANGROSSI, VIANA & GRAEFF, 1993c;

FILE, GONZALEZ, L.E. & GALLANT, 1998). Assim, nossos resultados

corroboram a literatura no que diz respeito à atribuição do fenômento a uma

modificação intrínseca ao animal, o aprendizado (condicionamento). Através da

delimitação de nosso estudo verificamos uma alteração funcional do organismo,

necessária à sobrevivência do animal. Este estudo não nos permite realizar

correlação com um ou outro distúrbio de ansiedade verificado na clínica.

A análise temporal, ou curva de aprendizado verificada através da

redução do tempo do animal ao labirinto na primeira exposição indica que o

Labirinto em Cruz elevado, assim como o labirinto em “T” elevado, pode ser

uma ferramenta para o estudo de aprendizado e memória emocional.

Aprendizado no LCE_______________________________ Maria Luiza Cleto Dal-Cól

CONCLUSÃO

Aprendizado no LCE___________________ ___________Maria Luiza Cleto Dal-Cól

CAPÍTULO V - CONCLUSÃO

õ Reduzido tempo de exploração do LCE impede a aquisição do

aprendizado do aumento da esquiva dos braços abertos em ratos na

segunda exposição.

õ 0 Midazolam apresenta efeito ansiolítico na segunda exposição quando

a redução no tempo de exploração do LCE impede a aquisição do

aumento da esquiva dos braços abertos.

õ 0 aumento da esquiva dos braços abertos e ausência de efeito

ansiolítico do midazolam na segunda exposição ao LCE podem ser

decorrentes de aprendizagem emocional durante a primeira exposição a

LCE.

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