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Lara Cruz Cantarelli 1 ; Alexandre Barbosa Beltrão

1Estudante do Curso de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e Saúde ; Voluntária. E-mail:

laracruz1995@gmail.com.

2Professor do Curso de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e Saúde; E-mail:

alexndre.beltrão@unicap.br

Introdução: A teoria de reprodução social, proposta por Juan Samaja, é dividida em dimensões que facilitam a compreensão social da saúde. Quando o indivíduo e coletividade passam a ser analisados sob a teoria da reprodução social em todas as suas esferas, torna-se mais fácil o entendimento dos fatores que atuam no processo de saúde e de adoecimento e, assim, facilita-se a elaboração de estratégias de abordagem educacional da população tomando como base primordialmente estratégias de prevenção e promoção da saúde, que são pilares dos programas de saúde coletiva. Objetivo: Analisar os problemas de saúde e necessidades sob a visão dos profissionais de saúde de duas unidades de saúde da família do município de Olinda-PE. Material e Métodos: O estudo tem natureza qualitativa exploratório, e toma por base para a análise o modelo da Reprodução Social do Juan Samaja. O cenário do estudo foram duas unidades de saúde da família, Jardim Brasil II e Salgadinho do município de Olinda. Foram entrevistados 31 profissionais de saúde que participam da estratégia de saúde da família. Após a coleta, foi construído um banco de dados qualitativo. As entrevistas foram digitalizadas em documento Word Office e os dados foram sistematizados em categorias de análise segundo o modelo de reprodução social. Foi utilizado o método qualitativo de análise, onde as falas dos entrevistados foram organizadas em categorias da reprodução social. Resultados: De acordo com os dados obtidos através do questionário aplicado aos profissionais de saúde das unidades de saúde de Jardim Brasil II e Salgadinho, observou- se que a hipertensão (88,23%) e o diabetes mellitus (88,23%) foram os problemas de saúde mais citados em Jardim Brasil. Por sua vez, em Salgadinho, os principais foram diabetes mellitus (100%) e a hipertensão (95,5%). O problema de saúde escolhido pelos profissionais como sendo o principal foi hipertensão arterial, sendo citado em 21 das entrevistas. As necessidades mais relatadas pelos profissionais em Jardim Brasil foram alimentação 29,4%, saúde 17,6%, saneamento 17,6%, e acesso a especialistas 17,6%. Já as necessidades em Salgadinho foram financeiras 35,7%; alimentação 21,4% e saneamento básico 21,4%. As categorias explicativas dos problemas e necessidades das duas comunidades sob a ótica dos profissionais de saúde mostram-se distintas, variando de acordo com os contextos de vida de cada comunidade e percepção dos profissionais. Conclusão: Os resultados do estudo revelam os principais problemas e necessidades de saúde das duas comunidades estudadas sob a percepção dos profissionais de saúde e seu contexto de atuação. As evidências indicam que os problemas e necessidades têm um forte cunho social, econômico, político e cultural. De acordo com a visão do profissional de saúde e contexto de análise pode-se encontrar distintas explicações do processo saúde- doença na coletividade, segundo o modelo da Reprodução Social e suas categorias.

Palavras-chave:Estratégia Saúde da Família; Epidemiologia; Profissionais de saúde.

Projeto de Pesquisa: “Território, meio ambiente e situação epidemiológica em comunidades situadas nas áreas

21ª JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA ANAIS ELETRÔNICOS

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"MECANISMOS DE EMPODERAMENTO: O QUE DIZEM OS MÉDICOS

A RESPEITO DA SAÚDE SEXUAL NA ATENÇÃO BÁSICA”

Larissa Cordeiro Diniz¹; Paulo Marcelo Freitas de Barros²

¹Estudante do Curso de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde- CCBS; Bolsista PIBIC UNICAP. Email: cdiniz.lari@gmail.com

²Professor do Curso de Fonoaudiologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS. Email: paulofreitasb@gmail.com

A sexualidade vai além do ato sexual, sendo um aspecto central na vida das pessoas. Saúde, por sua vez, é conceituada como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não apenas ausência de doenças. Essa visão vem sendo ampliada, migrando de uma percepção fragmentada para uma visão sistêmica, passando a ser percebida como uma complexa rede interativa de fatores físicos, psicológicos, sociais, ambientais e espirituais. Tendo em vista que saúde e sexualidade são áreas indissociáveis, o objetivo do presente estudo foi identificar o nível de abrangência de médicos da AB a respeito dos seus conceitos sobre saúde, sexualidade, transmissão de saúde, além dos principais problemas vivenciados e suas possíveis soluções. Para tal, foi feita uma pesquisa do tipo qualitativa com análise de conteúdo, durante o período de agosto de 2018 a junho de 2019, em Unidades Básicas de Saúde do Município de Olinda. Foram selecionados quatro médicos, aos quais foi aplicada uma entrevista com quatro perguntas. Acerca do conceito de saúde, todos mencionaram os aspectos físico, mental e social, apenas um abordou ambiental e nenhum citou o fator espiritual. Quanto ao conceito de saúde sexual, houve predomínio dos aspectos físico e social, seguidos de duas citações ao aspecto mental e ausência do ambiental e do espiritual. Sobre saúde sexualmente transmissível, todos os entrevistados citaram o aspecto físico, dois deles o mental, apenas um, o social, e nenhum abordou o ambiental e o espiritual. No que tange aos problemas, os principais relatados foram doenças sexualmente transmissíveis, machismo, preconceito e ausência de educação sexual. Nas soluções, todos os entrevistados citaram as áreas de gestão e sócio- cultural-educacional, dois mencionaram rede e mudança comportamental, enquanto apenas um citou o aspecto financeiro e nenhum o jurídico; além disso, nenhum deles incluiu-se nas soluções que propôs. O nível de abrangência das soluções, assim, foi considerado regular, com pontuação quatro, para todos os entrevistados. Quanto ao seminário, foi apresentado o resultado das entrevistas e distribuído uma cartilha informativa. Os participantes reconheceram não lidar com os novos aspectos integrados ao conceito de saúde. O fator físico, portanto, foi soberano em relação a todos os outros aspectos. Vive-se a transição da visão fragmentada para a sistêmica e é normal que a ampliação da percepção seja algo gradual. Assim, é evidente a necessidade de aprofundamento acerca dessa temática em variados níveis educacionais.

Palavras-chave: centro de saúde; saúde pública; sexualidade

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OCORRÊNCIADESINTOMASPSICOPATOLÓGICOSEMESTUDANTESDE

MEDICINA:UMACOMPARAÇÃOCOMALUNOSDECURSOSSUPERIORESDA

ÁREADECIÊNCIASHUMANAS

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