LDCB CANDIDÍASE OROFARÍNGEA INFECÇÃO DE PARTES MOLES

12 LDCB Ausente ENDOCARDITE INFECICIOSA EM VÁLVULA MITRAL

13 LDCB Não informado NÃO INFORMADO

14 LT Ausente NEUTROPENIA FEBRIL

15 LT Não informado SEPSE DE FOCO RESPIRATÓRIO

16 LH Ausente NEUTROPENIA FEBRIL+ENTEROCOLITE

NEUTROPÊNICA

17 LH Ausente NEUTROPENIA FEBRIL

18 LH CANDIADÍSE OROFARÍNGEA NEUTROPENIA FEBRIL DE REPETIÇÃO ID: Identificação; Histo: Histopatológico; LB: Linfoma de Burkitt; LDCB: Linfoma difuso de células B; LT: Linfoma de células T; LH: Linfoma de Hodgkin

DISCUSSÃO

Na população do estudo observamos um predomínio de linfomas relacionados ao HIV em indivíduos do sexo masculino, o que também foi observado por outros autores10. Este fato pode estar relacionado a razão de prevalência de infecção por HIV no Brasil ser maior nos homens do que nas mulheres11.

Quanto ao tempo de diagnóstico de infecção pelo HIV até o diagnóstico do linfoma, observamos que metade dos casos tiveram o diagnóstico da infecção pelo HIV concomitante ao do linfoma, sendo realizado nos exames de sorologia que fazem parte do protocolo inicial de exames dos pacientes com câncer nos serviços do estudo. Este fato revela baixa adesão da população de risco aos testes sorológicos, que na atualidade são, amplamente disponibilizados pelo sistema público de saúde, o que demonstra uma necessidade de educar a população sobre os riscos e a necessidade de um diagnóstico e início do tratamento o mais precoce possível, conduta esta que demonstrou claramente diminuir a morbidade e mortalidade relacionada ao HIV6. Em um estudo do Reino Unido foi observado que em apenas uma pequena porcentagem o linfoma é diagnosticado simultaneamente ao HIV, evidenciando boa adesão aos testes sorológicos por parte desta população com início precoce do tratamento12.

Os valores de DHL estavam aumentados em 12 dos pacientes (66,7%), semelhante a uma série realizada por Cabrera1 _{com 55 pacientes, onde o DHL era maior do que 1,5 vezes o valor normal}

em 37 casos (75%), dado este que confere maior risco quando avaliado o Índice de Prognóstico Internacional (IPI) para os linfomas não-Hodgkin, escore prognóstico que também é utilizado para os linfomas relacionados à infecção pelo HIV13_{. Por outro lado, a elevação do DHL é}

inespecífica em pacientes com aids, podendo estar elevada em diversas situações, a exemplo da infecção pelo Pneumocystis jiroveci, o que pode apresentar-se como um viés de confusão ao avaliar o IPI desta população em estudo14. Apesar de o valor do DHL aumentar os índices do IPI, deslocando os pacientes para uma classificação de risco com pior prognóstico, na avaliação do status performance pelo ECOG ao diagnóstico oito pacientes (44,4%) não apresentavam comprometimento das suas atividades diárias com um escore entre 0 e 1, o que pode ter sido observado devido à baixa média de idade em que se encontravam os pacientes ao serem diagnosticados com o linfoma.

A distribuição dos tipos histológicos foi semelhante ao encontrado em outros estudos15 predominando o linfoma difuso de células B e o linfoma de Burkitt. O perfil imuno- histoquímico foi semelhante a população geral HIV negativo, chamando atenção que em sete casos (38,8%) a expressão do antígeno Ki-67 era superior a 90%, conferindo à doença um alto índice de proliferação celular 16.

A classificação de Ann Arbor com modificação de Cotswolds foi semelhante ao observado em outros trabalhos17 havendo predomínio dos estadios mais avançados sendo observado os estádios III e IV em 14 pacientes (77,7%), associado a presença de sintomas B, doença bulky e doença extra linfonodal em mais de 50% dos pacientes, o que parece estar associado com o estado de imunodeficiência relacionado com a infecção pelo HIV.

Ao analisar os tratamentos realizados, pudemos observar uma grande variedade de esquemas quimioterápicos, sendo administrados desde quimioterapias citorredutoras (COP) até esquemas intensivos com drogas em infusão contínua (EPOCH). Como ainda não há consenso sobre o melhor tratamento para pacientes com linfomas relacionados ao HIV17 somado ao fato de o estudo ter sido realizado em mais de um hospital, sendo eles totalmente independentes, a escolha possivelmente esteve relacionada com a experiência e disponibilidade de drogas em cada serviço. No entanto observamos que em apenas um dos 15 casos em que CD20 era positivo na imuno-histoquímica o rituximabe foi administrado, a despeito de sua efetividade já ter sido demonstrada em alguns trabalhos, quando utilizado com critério em pacientes que apresentam CD4 acima de 50cél/mcL18,19. Esta conduta fundamenta-se na Portaria do Ministério da Saúde de 2014, vigente até o momento no Brasil, em que o uso do anticorpo monoclonal anti-CD20 é contra-indicado em pacientes com sorologias positiva para HIV e Hepatite B21 podendo ter sido este mais um fator que contribuiu para a evolução desfavorável dos pacientes estudados. Nesta série observamos uma mortalidade bastante elevada, equivalente a 44,4%, e resposta completa em apenas 11,1%, bastante inferior ao observado por outros autores10_{. Essa alta taxa}

de insucesso no tratamento pode estar relacionada com as frequentes complicações infecciosas relacionadas ao tratamento, que ocorreram em 83,3% dos casos, com a não utilização do anticorpo monoclonal anti-CD20, ao atraso no diagnóstico tanto do linfoma como do HIV e às precárias condições de saúde básica e de vida da população em estudo, reforçando a necessidade de melhores condições de acesso à saúde.

9 CONCLUSÕES

Os linfomas relacionados ao HIV predominaram em indivíduos do sexo masculino com idade média de 41 anos. Os tipos histológicos predominantes foram o Linfoma não Hodgkin difuso de células B e o Linfoma de Burkitt;

Metade dos pacientes foram diagnosticado com infecção pelo HIV concomitante ao diagnóstico do linfoma. Os valores de DHL estavam elevados e o Ki67 era superior a 90% em mais da metade dos pacientes, denotando a agressividade da neoplasia.

Pela classificação de Ann Arbor com modificação de Cotswolds 77,7% apresentavam estádio avançado entre III e IV e 61,1%, apresentavam sintomas B, massa Bulky estava presente também em 61,1% dos pacientes e a doença extralinfonodal em metade dos casos.

O tratamento utilizado variou de esquemas menos intensivos a mais intensivo, dependendo da gravidade da doença e do serviço em que o paciente se encontrava.

Dos 18 pacientes 44,4% evoluíram para óbito, apenas 11,1% apresentaram resposta completa e houve perda do seguimento também em de 11,1% pacientes.

As infecções oportunistas ocorreram em 44,4% dos casos, e as complicações infecções foram mais frequentes ocorrendo em 83,32% dos pacientes.

REFERÊNCIAS

AKANMU, A. S. AIDS-associated malignancies. African journal of medicine & medical sciences, Ibadan, v. 35, suppl., p. 57-70, 2006.

ALEXANDER. D. D. et al. The non-Hodgkin lymphomas: a review of epidemiologic literature. International journal of cancer, New York, v. 120, suppl. 12, p. 1-39, 2007. ARAÚJO, I. et al. EBV-associated lymphoma in Bahia, Brazil. Brazilian journal of infectious diseases, Salvador, v. 9, n. 5, p. 444-445, 2005.

AUDOUIN, J.; DIEBOLD, J.; PALLESEN, G. Frequent expression of Epstein-Barr virus latent membrane protein-1 in tumour cells of Hodgkin`s disease in HIV-positive patients. Journal of pathology, Edinburgh, v. 167, n. 4, p. 381-384, 1992.

BACCHI, C. E. et al. AIDS-related lymphoma in Brazil. Histopathology, immunophenotype, and association with Epstein-Barr virus. American journal of clinical pathology, Baltimore, v. 105, n. 2, p. 230-237, 1996.

BARRETO, L. Doença de Hodgkin e AIDS. Revista brasileira de cancerologia, Rio de Janeiro, v. 48, n. 3, p. 389-399, 2002.

BARRETO, L.; AZAMBUJA, D.; MORAIS, J. C. Expression of immunohistochemical markers in patients with AIDS-related lymphoma. Brazilian journal of infectious diseases, Salvador, v. 16, n. 1, p. 74-77, 2012.

BARTA, S. K. et al. A new prognostic score for AIDS-related lymphomas in the rituximabe era. Hematologica, Pavia, v. 99, n. 11, p. 1731-1737, 2014.

BARTA, S. K. To be or not to be HIV+, that is no longer the question. Blood, New York, v. 126, p. 124-126, 2015.

BESSON, C. et al. Changes in AIDS-related lymphoma since the era of highly active antiretroviral therapy. Blood, New York, v. 98, n. 8, p. 2339-2344, 2001.

BIGGAR, R. J. et al. AIDS-related cancer and severity of immunosuppression in persons with AIDS. Journal of national cancer institute, Cary, v. 99, n. 12, p. 962-972, 2007.

BIGGAR, R. J. et al. Hodgkin lymphoma and immunodeficiency in persons with HIV/AIDS. Blood, New York, v. 108, n. 12, p. 3786-3791, 2006.

BOHLIUS, J. et al. HIV-1 related Hodgkin Lymphoma in the era of combination

antiretroviral therapy: incidence and evolution of CD4+ T-cell lymphocytes. Blood, New York, v. 117, n. 23, p. 6100-6108, 2011.

BOHLIUS, J. et al. Incidence and risk factors of HIV-related non-Hodgkin´s lymphoma in the era of combination antiretroviral therapy: a European multicohort study. Antiviral therapy, London, v. 14, n. 8, p. 1065-1074, 2009.

BÖHM, J.; SCHAEFER, H. E. Chronic neutrophilic leukaemia: 14 new cases of an

uncommon myeloproliferative disease. Journal of clinical pathology, London, v. 55, n. 11, p. 862-864, 2002.

BOLARINWA, R. A. et al. AIDS related lymphoma in Nigeria. Brazilian journal of infectious diseases, Salvador, v. 13, n. 5, p. 359-361, 2009.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO AIDS E DST. Salvador: Ministério da Saúde, ano 2, p. 1-68, 2013.

BROWER, V. AIDS-related cancer increase in Africa. Journal of national cancer institute, Cary, v. 103, n. 12, p. 918-919, 2011.

CABRERA, M. E. et al. Linfoma relacionado a infección por vírus de la inmunodeficiencia humana em um hospital público de Santiago, Chile. Revista médica de Chile, Santiago, v. 140, n. 2, p. 243-250, 2012.

CAMILLERI-BROËT, S. et al. AIDS-related primary brain lymphomas: histopathologic and immunohistochemical study of 51 cases. The French Study Group for HIV-Associated Tumor. Human pathology, Philadelphia, v. 28, n. 3, p. 267-374, 1997.

CARBONE, A. Emerging Pathways in the development of AIDS-related lymphomas. The Lancet oncology, London, v. 4, n. 1, p. 22-29, 2003.

CARBONE, A. et al. HIV-associated Hodgkin Lymphoma. Current opinion in HIV and AIDS, Hagerstown, v. 4, n. 1, p. 3-10, 2009.

CARBONE, A. et al. Human immunodeficiency virus-associated Hodgkin´s Disease derives from post-germinal center B-cells. Blood, New York, v. 93, n. 7, p. 2319-2326, 1999. CARBONE, A. The Spectrum of AIDS-related Lymphoprolifeative disorders. Advances in clinical pathology, Udine, v. 1, n. 1, p. 13-19, 1997.

CARBONE, A.; GLOGHINI, A. AIDS-related lymphomas: from pathogenesis to pathology. British journal of haematology, Oxford, v. 130, n. 1, p. 662-670, 2005.

CARBONE, P. P. et al. Report of the Committee on Hodgkin´s Disease Staging Classification. Cancer research, Baltimore, v. 31, n. 11, p. 1860-1861, 1971. CASTILLO, J.; PANTANOWITZ, L. DEZUBE, B. J. HIV-associated plasmablastic lymphoma: lessons learned from 112 published cases. American journal of hematology, New York, v. 83, n. 10, p. 804-809, 2008.

CESARMAN, E. et al. Kaposi`s sarcoma-associated herpesvirus-like DNA sequences in AIDS-related body-cavited-based lymphomas. New england journal of medicine, Boston, v. 332, n. 18, p. 1186-1192, 1995.

CESARMAN, E. Pathology of lymphoma in HIV. Current opinion in oncology, Philadelphia, v. 25, n. 5, p. 487-494, 2013.

CINGOLANI, A. et al. Epstein-Barr virus infection is predictive of CNS involvement in systemic AIDS-related non-Hodgkin’s lymphomas. Journal of clinical oncology, New York, v. 18, n. 19, p. 3325-3330, 2000.

CLIFFORD, G. M. et al. Hodgkin Lymphoma in the Swiss HIV Cohort Study. Blood, New York, v. 113, n. 23, p. 5737-5742, 2009.

COTÉ, T. R. et al. Non-Hodgkin´s lymphoma among people with AIDS: incidence,

presentation and public health burden. International journal of cancer, New York, v. 73, n. 5, p. 645-650, 1997.

CRUM-CIANFLONE, N. et al. Trends in the incidence of cancers among HIV-infected persons and the impact of antiretroviral therapy: a 20-yaer cohort study. AIDS, London, v. 23, n. 1, p. 41-50, 2009.

DAL MASO, L. et al. Pattern of cancer risk in persons with AIDS in Italy in the HAART era. British journal of cancer, London, v. 100, n. 5, p. 840-847, 2009.

DEAN, M. et al. Reduced risk of AIDS lymphoma in individuals heterozygous for the CCR5- ∆32mutation. Cancer research, Baltimore, v. 59, n. 15, p. 3561-3564, 1999.

DEEKEN, J. F. et al. The rising chellenge of non-AIDS-defining cancers in HIV-infected patients. Clinical infectious diseases, Chicago, v. 55, n. 9, p. 1228-1235, 2012.

DIAMOND, C. et al. Changes in the acquired immunodeficiency syndrome-related non- Hodgkin lymphoma in the era of highly active antiretroviral therapy. Incidence, presentation, treatment, and survival. Cancer, New York, v. 106, n. 1, p. 128-135, 2006.

ENGELS, E. A. et al. Cancer risk in people infected with immunodeficiency virus in the United States. International journal of cancer, New York, v. 123, n. 1, p. 187-194, 2008. FINK, V. I. et al. Cancer in HIV-infected persons from the Caribbean, Central and South America. Journal of acquired immune deficiency syndromes, Hagerstown, v. 56, n. 5, p. 467-473, 2011.

FRANCESCHI, S. et al. Changing in patterns of cancer incidence in the early- and late- HAART periods: the Swiss HIV Cohort Study. British journal of cancer, London, v. 103, n. 3, p. 416-422, 2010.

GAIDANO, G. et al. Frequent mutation of the 5`noncoding region of the BCL-6 gene in acquired immunodeficiency syndrome-related non-Hodgkin`s lymphomas. Blood, New York, v. 89, n. 10, p. 3755-3762, 1997.

GAIDANO, G. et al. Rearrangements of BCL-6 gene in acquired immunodeficiency

syndrome-associated non-Hodgkin´s lymphoma: association with diffuse large-cell subtype. Blood, New York, v. 84, n. 2, p. 397-402, 1994.

GÉRARD, L. et al. Improved survival in HIV-related Hodgkin´s lymphoma since the

GORMLEY, R. P. et al. Germinal center and activated B-cell profiles separate Burkitt Lymphoma and Diffuse Large B-cell Lymphoma in AIDS and non-AIDS cases. American journal of clinical pathology, Philadelphia, v. 124, n. 5, p. 790-798, 2005.

GROGG, K. L.; MILER, R. F.; DOGAN, A. HIV infection and lymphoma. Journal of clinical pathology, London, v. 60, n. 12, p. 1365-1372, 2007.

GRULICH, A. E. et al. B-cell stimulation and prolonged immune deficiency are risk factors for non-Hodgkin´s lymphoma in people with AIDS. AIDS, London, v. 14, n. 2, p. 133-140, 2000.

GRULICH, A. E. et al. Incidence of cancers in people with HIV/AIDS compared with

immunosuppressed transplant recipients: a meta-analysis. Lancet, London, v. 370, n. 9581, p. 59-67, 2007.

GUECH-ONGEY, M. et al. AIDS-related Burkitt lymphoma in the United States: what do age and Cd4 lymphocyte patterns tell us about etiology and/or biology? Blood, New York, v. 116, n. 25, p. 5600-5604, 2010.

GUTERMAN, K. S.; HAIR, L. S.; MORGELLO, S. Epstein-Barr virus and AIDS-related primary central nervous system lymphoma.Viral detection by immunohistochemistry, RNA in situ hybridization and polymerase chain reaction. Clinical neuropathology, Munich, v. 15, n. 2, p. 79-86, 1996.

HAMILTON-DUTOIT, S. J. et al. In situ demonstration of Epatein-Barr virus small RNAs (EBER 1) in acquired immunodeficiency syndrome-related lymphomas: correlation with tumor morphology and primary site. Blood, New York, v. 82, n. 2, p. 619-624, 1993. HENTRICH, M. et al. Stage-adapted treatment of HIV-associated Hodgkin Lymphoma: results of a prospective multicenter study. Journal of clinical oncology, New York, v. 30, n. 33, p. 4117-4123, 2012.

HENTRICH, M. et al. Therapy of HIV-associated lymphoma – recommendations of oncology working group of the German Study Group of Physicions in Private Practice Treating HIV- Infected Patients (DAGNA), in cooperation with the German AIDS Society (DAIG). Annals of hematology, Berlin, v. 93, n. 6, p. 913-921, 2014.

HERIDA, M. et al. Incidence of non-AIDS definig cancers before and during the highly active antiretroviral therapy era in a cohort of human immunodeficiency virus-infected patients. Journal of clinical oncology, New York, v. 21, n. 18, p. 3447-3453, 2003.

HERNDIER, B. G. et al. High prevalence of Epstein-Barr Virus in the Reed-Sternberg cells of HIV-associated Hodgkin's Disease. American journal of pathology, Philadelphia, v. 142, n. 4, p. 1073-1079, 1993.

HISHIMA, T. et al. Decrease in Epstein-Barr virus-positive AIDS-related lymphoma in the era of highly active antiretroviral therapy. Microbes and infection, Paris, v. 8, n. 5, p. 1301- 1307, 2006.

HOFFMAN, C. et al. AIDS-related B-cell lymphoma (ARL): correlation of prognosis with differentiation profiles assessed by immunophenotyping. Blood, New York, v. 106, n. 5, p. 1762-1769, 2005.

JACOBSON, C. A.; ABRAMSON, J. S. HIV-associated Hodgkin´s Lymphoma> prognosis and therapy in the era of cART. Advances in hematology, London, v. 2012, 2012.

Disponível em: <http://www.hindawi.com/journals/ah/2012/507257/>. Acesso em: 20 jun. 2016.

KAPLAN, L. D. et al. Low-dose compared with standard-dose m-BACOD chemotherapy for non-Hodgkin’s lymphoma associated with human immunodeficiency virus infection:National Institute of Allergy and Infectious Diseases AIDS Clinical Trials Group. The new england journal of medicine, Boston, v. 336, n. 23, p. 1641-1648, 1997.

KAPLAN, L. D. Management of HIV-associated Hodgkin Lymphoma: How far we have come. Journal of clinical oncology, New York, v. 30, n. 33, p. 4056-4058, 2012.

KAPLAN, L. D.; AI, W. AIDS-related lymphomas: Epidemiology, risk factors, and pathobiology. In: WOLTERSKLUWER HEALTH. UpToDate. Philadelphia, 2016.

Disponível em: <http://www.uptodate.com/contents/aids-related-lymphomas-epidemiology- risk-factors-and-pathobiology>. Acesso em: 18 nov. 2015.

KILLEBREW, D.; SHIRAMIZU, B. Pathogenesis of HIV-associated Non-Hodgkin Lymphoma. Current HIV research, San Francisco, v. 2, n. 3, p. 215-221, 2004. LASCAUX, A. S. et al. Beneficial effect of highly active antiretroviral therapy on the prognosis of AIDS-related systemic non-Hodgkin lymphomas. AIDS research and human retroviruses, New York, v. 21, n. 3, p. 214-220, 2005.

LEVINE, A. M. Acquired immunodeficiency syndrome-related lymphoma. Blood, New York, v. 80, n. 1, p. 8-20, 1992.

LEVINE, A. M. et al. Evolving characteristics of AIDS-related lymphoma. Blood, New York, v. 96, n. 13, p. 4084-4090, 2000.

LIM, S. T. et al. Prognostic factors in HIV-related diffuse large-cell lymphoma: before versus after highly active antiretroviral therapy. Journal of clinical oncology, New York, v. 23, n. 33, p. 8477-8482, 2005.

LISTER, T. A. et al. Report of a committee convened to discuss the evaluation and staging of patients with Hodgkin´s disease: Cotswolds meeting. Journal of clinical oncology, New York, v. 7, n. 11, p. 1630-1636, 1989.

MADAN, R. et al. AIDS and non-AIDS diffuse large B-cell lymphomas express different antigen profiles. Modern pathology, Baltimore, v. 19, n. 3, p. 438-446, 2006.

MARTINS NETTO, E.; LUZ, E.; BRITES, C. Epidemiology of AIDS-related malignancies in Bahia. Brazilian journal of infectious diseases, Salvador, v. 9, n. 5, p. 433-434, 2005. MARTIS, N.; MOUNIER, N. Hodgkin Lymphoma in patients with HIV infection: a review. Current hematologic malignancy reports, Philadelphia, v. 7, n. 3, p. 228-234, 2012.

MATTHEWS, G. V. et al. Changes in the acquired immunodeficiency syndrome-related lymphoma since the introduction of highly active antiretroviral therapy. Blood, New York, v. 96, n. 8, p. 2730-2734, 2000.

MICHELETTI, A. R. et al. Benign and malignant neoplasias in 261 necropsies for HIV- positive patients in the period of 1989 to 2008. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, São Paulo, v. 53, n. 6, p. 309-314, 2011.

MONTOTO, S. et al. HIV status does not influence outcome in patients with classical Hodgkin Lymphoma treated with chemotherapy using doxorubicin, bleomycin, vinblastine, and dacarbazine in the highly active antiretroviral therapy era. Journal of clinical oncology, New York, v. 30, n. 33, p. 4111-4116, 2012.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Data and statistics. Disponível em: <www.who.int/hiv/data/en/>. Acesso em: 15 jul. 2016.

PATEL, P. et al. Incidence of types of cancer among HIV-infected persons compared with the general population in the United States, 1992-2003. Annals of internal medicine,

Philadelphia, v. 148, n. 10, p. 728-736, 2008.

PETHEUMENOS, K. et al. Cancer, immunodeficiency and antiretroviral treatment: results from the Australian Observational Database (AHOD). HIV medicine, Oxford, v. 14, n. 2, p. 77-88, 2013.

PIRIOU, E. et al. Loss of EBNA1-specific memory CD4+ and CD8+ T cells in HIV-infected patients progressing to AIDS-related non-Hodgkin lymphoma. Blood, New York, v. 106, n. 9, p. 3166-3174, 2005.

POLESEL, J. et al. Non-Hodgkin lymphoma in the Swiss HIV Cohort Study before and after highly active antiretroviral therapy. AIDS, London, v. 22, n. 2, p. 301-306, 2008.

POWLES, T. et al. Highly active antiretroviral therapy and the incidence of non-AIDS- defining cancers in people with HIV infection. Journal of clinical oncology, New York, v. 27, n. 6, p. 884-890, 2009.

PUGA L., B. et al. Linfoma de Burkitt en pacientes HIV positive tratados con quimioterapia intensive en el Hospital del Salvador entre 2011 y 2014. Protoclo Nacional de Cáncer del Adulto, Chile. Revista médica de Chile, Santiago, v. 143, n. 12, p. 1505-1511, 2015. QUEIROGA, E. M. et al. Burkitt lymphoma in Brazil is characterized by geographically distinct clinicopathologic features. American journal of clinical pathology, Philadelphia, v. 130, n. 6, p. 946-956, 2008.

RABKIN, C. S. Epidemiology of AIDS-related malignancies. Current opinion in oncology, Philadelphia, v. 6, n. 5, p. 492-496, 1994.

RAPHAEL, M. et al. Lymphomas associated with infection by the immune deficiency virus (HIV). In: JAFFE, E. et al. (Ed.). World Health Organization classification of tumours, pathology and genetics tumours of hematopoetic and lymphoid tissues. Lyon: IARC Press, 2001. p. 260-230.

RE, A. et al. High-dose therapy and autologous peripheral blood stem cell transplantation as salvage treatment for AIDS-related lymphoma: long-term results of the Italian Cooperative Group on AIDS and Tumors (GICAT) study with analysis of prognostic factors. Blood, New York, v. 114, n. 7, p. 1306-1313, 2009.

ROBERT, N. J.; SCHNEIDERMAN, H. Hodgkin´s Disease and the acquired

immunodeficiency syndrome. Annals of internal medicine, Philadelphia, v. 101, n. 1, p. 142-143, 1984.

ROJAS H., C. et al. Linfomas associados a infección por Virus de Inmunodeficiencia Humana: Experiencia de um centro hospitalário de la V región, Chile. Revista Médica de Chile, Santiago, v. 139, n. 1, p. 27-35, 2011.

ROSENFELT, F. P.; ROSENBLOOM, B. E.; WEINSTEIN, I. M. Non-Hodgkin´s lymphoma in homosexual men. Western Journal of Medicine, San Francisco, v. 138, n. 1, p. 108-109, 1983.

SAMPAIO, J. et al. AIDS related malignancies in Brazil. Current Opinion in Oncology, Philadelphia, v. 19, n. 5, p. 476-478, 2007.

SANTO, A. H.; PINHEIRO, C. E.; JORDANI, M. S. Causas básicas e associadas de morte por Aids, Estado de São Paulo, Brasil, 1998. Revista de saúde pública, São Paulo, v. 34, n. 6, p. 581-588, 2000.

SARKER, D. et al. Leptomeningeal disease in AIDS-related non-Hodgkin’s lymphoma. AIDS, London, v. 17, n. 6, p. 861-865, 2003.

SENEVIRATNE, L. et al. Clinical, immunologic, and pathologic correlates of bone marrow involvement in 291 patients with acquired immunodeficiency syndrome-related lymphoma. Blood, New York, v. 98, n. 8, p. 2358-2363, 2001.

SERRAINO, D. et al. Risk of cancer following immunosuppression in organ transplant recipients and HIV-positive individuals in southern Europe. European journal of câncer, Oxford, v. 43, n. 14, p. 2117-2123, 2007.

SILVA NETO, M. M.; JALIL, E. M.; ARAÚJO, I. B. O. Linfomas não-Hodgkin extranodais em Salvador-Bahia: aspectos clínicos e classificação histopatológica segundo a OMS-2001. Revista brasileira de hematologia e hemoterapia, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 36-40, 2008. SIMARD, E. P.; PFEIFFER, R. M.; ENGELS, E. A. Spectrum of cancer risk late after AIDS onset in the United States. Archives of internal medicine, Chicago, v. 70, n. 15, p. 1337- 1345, 2010.

SPAGNUOLO, V. et al. Ten-year survival among HIV-1-infected subjects with AIDS or non- AIDS-defining malignancies. International journal of cancer, New York, v. 130, n. 12, p. 2990-2996, 2012.

SPARANO, J. A. et al. Rituximab plus concurrent infusional EPOCH chemotherapy is highly effective in HIV-associated B-cell non-Hodgkin lymphoma. Blood, New York, v. 115, n. 15, p. 3008-3016, 2010.

SPINA, M. et al. Human immunodeficiency virus-associated Hodgkin`s disease. Seminars in oncology, Philadelphia, v. 27, n. 4, p. 480-488, 2000.

SPITZER, T. R. et al. Dose-reduced bussulfan, cyclophosphamide and autologous stem cell transplantation for humam immunodeficiency vírus-associated lymphoma: AIDS Malignancy