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O Brasil, ao longo dos anos busca introduzir políticas de incentivo para o uso da energia solar fotovoltaica. Porém, por outro lado, segundo apurado pelo programa das Nações Unidas para o meio ambiente (PNUMA, 2016), países como China, Japão e Alemanha, têm maior incidência na utilização desta energia. No ano de 2008, o governo federal criou dentro do Ministério de Minas e Energia, o GT-GDSF18 pela portaria nº 36, de 26 de novembro de 2008, tendo como objetivo criar estudos, critérios e propostas de política para as unidades consumidoras que pretendem utilizar a energia solar conectada à rede. (JANNUZZI, 2009)

18 Grupo de Trabalho de Geração Distribuída com Sistemas Fotovoltaicos. (MME, 2009)

Um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos traçou a criação de um conjunto de políticas, que ampliasse a participação da indústria brasileira no processo do silício para aplicação em energia fotovoltaica entre 2010 e 2025. (JANNUZZI, 2009)

Conforme o Primeiro capítulo da Resolução Normativa nº 482 (ANEEL,2012), que trata sobre a microgeração e minigeração distribuída, sistemas de compensação de energia elétrica, condições gerais. Segue da seguinte forma:

[...] Art. 2º Para efeitos desta Resolução, ficam adotadas as seguintes definições: I - microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras;

II - minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5 MW para fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras;

III - sistema de compensação de energia elétrica: sistema no qual a energia ativa gerada por unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída compense o consumo de energia elétrica ativa.

III - sistema de compensação de energia elétrica: sistema no qual a energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou de outra unidade consumidora de mesma titularidade da unidade consumidora onde os créditos foram gerados, desde que possua o mesmo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto ao Ministério da Fazenda. (Redação dada pela REN ANEEL 517, de 11.12.2012.) I - microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras; (Redação dada pela REN ANEEL 687, de 24.11.2015.)

II - minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 MW para fontes hídricas ou menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou para as demais fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras; (Redação dada pela REN ANEEL 687, de 24.11.2015.)

II - minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5MW e que utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras; (Redação dada pela REN ANEEL 786, de 17.10.2017)

Fica assim estabelecido que a compensação da energia gerada é constituída em forma de crédito, que pode ser utilizado pela unidade consumidora ou por outra unidade do mesmo grupo, cadastrada e atendida pela mesma distribuidora num prazo de até 60 meses.

Desta maneira, a energia elétrica gerada e não consumida, sendo injetada na rede, fica como crédito futuro. A unidade consumidora é cobrada pela concessionária em um valor mínimo estabelecido para distribuição aos consumidores do grupo B e demanda contratada aos do grupo A. Ainda deve ser observado as definições do capítulo terceiro como abaixo:

[...] II - o consumo a ser faturado, referente à energia elétrica ativa, é a diferença entre a energia consumida e a injetada, por posto horário, quando for o caso, devendo a distribuidora utilizar o excedente que não tenha sido compensado no ciclo de faturamento corrente para abater o consumo medido em meses subsequentes. III - caso a energia ativa injetada em um determinado posto horário seja superior à energia ativa consumida, a diferença deverá ser utilizada, preferencialmente, para compensação em outros postos horários dentro do mesmo ciclo de faturamento, devendo, ainda, ser observada a relação entre os valores das tarifas de energia, se houver.

IV - os montantes de energia ativa injetada que não tenham sido compensados na própria unidade consumidora poderão ser utilizados para compensar o consumo de outras unidades previamente cadastradas para este fim e atendidas pela mesma distribuidora, cujo titular seja o mesmo da unidade com sistema de compensação de energia elétrica, ou cujas unidades consumidoras forem reunidas por comunhão de interesses de fato ou de direito.

V - o consumidor deverá definir a ordem de prioridade das unidades consumidoras participantes do sistema de compensação de energia elétrica.

VI - os créditos de energia ativa gerada por meio do sistema de compensação de energia elétrica expirarão 60 (sessenta) meses após a data do faturamento, não fazendo jus o consumidor a qualquer forma de compensação após o seu vencimento, e serão revertidos em prol da modicidade tarifária.

[...] V - o consumidor deverá definir a ordem de prioridade das unidades consumidoras participantes do sistema de compensação de energia elétrica, devendo a unidade consumidora onde se encontra instalada a geração ser a primeira a ter seu consumo compensado. (Redação dada pela REN ANEEL 517, de 11.12.2012.)

O valor do investimento e custos de compatibilidade ao sistema de medição, para compensação de energia elétrica, ficam a cargo da unidade consumidora interessada em ingressar na modalidade.

Assim a Resolução Normativa nº 482, é de todo interesse das indústrias que pretendem utilizar a geração de energia fotovoltaica, visto que normalmente os horários de pico de suas produções está no período matutino e vespertino, onde a luz solar e geração fotovoltaica estão favoráveis.

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