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3.5 Dispositivos Legais

3.5.1 Legislação Federal

3.5.1.1 Artigo 225 da Constituição Federal de 1988

A Constituição Federal é o conjunto de leis, normas e regras que regulamentam o funcionamento do Estado. Em seu artigo 225, a constituição assegura o direito de todos, a um meio ambiente propicio a sadia qualidade de vida, no qual tanto o poder público quanto a coletividade devem preservá-lo.

No § 3º, o legislador, abordou a Recuperação de Áreas Degradadas de forma subjetiva, onde considera que as condutas que são lesivas ao meio ambiente sujeitarão o infrator, sendo pessoa física ou jurídica, a sanções penais e administrativas, independe da obrigação de reparar os danos causados. Dessa forma, cabe ao infrator, tenha ele danificado o ambiente de forma lícita ou ilícita, a recuperação da área degradada.

Tratando-se da área degradada em estudo, inserida no bioma Mata Atlântica, seu uso será feito assegurando a preservação do meio ambiente, bem como o uso dos recursos naturais, como estabelece o § 4º desta mesma lei.

3.5.1.2 Lei Federal n. 12.651, de 12 de maio de 2012

A Lei nº 12.651/2012 altera a Lei 6.938/1981, revoga outras leis, dispõe sobre a vegetação nativa e dá outras providências, é mais conhecida como Código Florestal Brasileiro.

Esta lei estabelece:

[...] as normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.

O § 1º do Art. 35º reitera que o plantio ou reflorestamento com espécies florestais nativas ou exóticas não dependem de autorização prévia, desde que leve em consideração as condições previstas em lei.

A área objeto de estudo constitui uma parte sendo Área de preservação permanente, tendo sua definição no artigo 3, inciso III que define como área protegida que visa a preservação dos recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar da população humana.

Em seu artigo 6, considera-se também como área de preservação permanente, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação que estejam destinadas a proteger várzeas, restingas ou veredas; conter erosão solo e mitigar riscos de enchentes; abrigar exemplares de fauna ou da fauna ameaçados de extinção e proteger áreas úmidas.

3.5.1.3 Lei n.º 6.938 de 31 de agosto de 1981

Esta lei estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. É desta lei que derivam todas as demais leis ambientais, antecedendo até mesmo a Constituição da República Federativa do Brasil. Em seu Artigo 2º apresenta como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia a vida e neste mesmo parágrafo, no inciso VIII, a lei prevê a recuperação de áreas degradadas.

A lei no Art. 4º, inciso VII, dispões sobre o princípio do poluidor-pagador, em que obriga ao poluidor e o predador a recuperação e/ou indenização dos danos causados ao meio ambiente.

3.5.1.4 Decreto n.º 97.632 de 10 de abril de 1989

De acordo com o Decreto nº 97.632/89 artigo 2º, considera-se degradação ambiental os processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos ambientais. A recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano

preestabelecido para o uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente.

3.5.1.5 Resolução CONAMA n.º 001 de 23 de janeiro de 1986

Dispõe sobre Impacto Ambiental, no qual considera-se qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas quem direta ou indiretamente afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.

3.5.1.6 Lei n.º 9.605 de 12 de fevereiro de 1998

Lei de crimes ambientais, que dispões sobre as sanções penais e administrativas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. São considerados crimes contra o meio ambiente, os crimes cometidos contra a fauna, flora, poluição, Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural e crimes contra a administração ambiental.

No Artigo 38, dos crimes contra a fauna e flora, têm-se que destruir ou danificar floresta de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção é passível de pena de uma a três anos ou multa, podendo ser ambas cumulativas. Ainda no mesmo artigo trata-se da destruição ou danificação de vegetação primária ou secundário, em estado avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-lo com infringência das normas de proteção, incorre pena de um a três anos ou multa, ou ambas cumulativamente.

3.5.1.7 Lei n.º 12.305 de 02 de agosto de 2010

A Lei nº 12.305/2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e dispões sobre seus princípios, objetivos e instrumentos. A Lei prevê a prevenção e redução na geração de resíduos, além de e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação adequada dos rejeitos. No artigo 3, inciso VII, define que a disposição final

ambientalmente adequada é a destinação em aterros que atendam normas, para evitar danos ou riscos à saúde pública, à segurança e proporcionar menos impactos ambientais.

No que tange esse trabalho, essa lei se faz importante, uma vez que na área a ser recuperada, há resíduos que devem ser dispostos adequadamente. No Art. 47º desta lei, proíbe-se que os resíduos e rejeitos gerados tenham disposição final seu lançamento in natura, sendo assim, torna-se necessário que a equipe executora deste projeto realize o planejamento para destinação correta.

3.5.1.8 Instrução Normativa IBAMA n.º 04 de 13 de abril de 2011

Com a necessidade de se fazer cumprir a legislação ambiental, no que se refere aos procedimentos relativos a reparação de danos ambientais e considerando-se a necessidade de se estabelecer exigências mínimas para elaboração de Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas, foi estabelecida a Instrução Normativa nº 04, de 13 de abril de 2011 do IBAMA.

3.5.1.9 Lei n.º 9.985 de 18 de julho de 2000

Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC e estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. Em seu capítulo III traz as categorias de unidade de conservação de proteção integral e de uso sustentável.

Para a recuperação da área degradada e para dar um novo uso ao fragmento florestal, têm-se o objetivo de transformar em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Esta lei em seu Art. 21, define como RPPN uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica.

3.5.1.10 Decreto n.º 5.746 de 05 de abril de 2006

Regulamenta o Art. 21 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que trata sobre a Reserva Particular do Patrimônio Natural.

3.5.1.11 Decreto n.º 1.922 de 05 de junho de 1996

Dispõe sobre o reconhecimento das Reservas Particulares do Patrimônio Natural, e dá outras providências.

3.5.1.12 Instrução Normativa nº 07 de 17 de dezembro de 2009

Esta instrução normativa regulamenta os procedimentos para a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

3.5.1.13 Resolução CONAMA n.º 369 de 28 de março de 2006

A propriedade estudada, contará com um projeto para recuperação desta área, através de sistemas agroflorestais. Conforme a resolução que dispões sobre os casos que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Áreas de Preservação Permanente – APP, em seu Art. 2º, são possíveis à implantação e o manejo de sistemas agroflorestais em APP em pequenas propriedades.

3.5.1.14 Resolução CONAMA n.º 346 de 16 de agosto de 2004

A propriedade estudada, contará com um projeto para recuperação desta área, através de sistemas agroflorestais. Conforme

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