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A Constituição Federal, promulgada em 1988, aborda a questão de meio ambiente, o controle da poluição e a disposição final de resíduos sólidos, de maneira abrangente, ao definir que:

Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

δ 1°. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substancias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.

- Lei n° 2.312, de 3 de setembro de 1954 - “Normas gerais sobre defesa e proteção da saúde”. (Nas questões referentes aos resíduos sólidos provenientes dos serviços de saúde devem ser observadas as Normas Técnicas da ABNT - n° 12.807, 12.809 e 12.810).

- Decreto n° 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961 - Regulamenta, sob a denominação de Código Nacional de Saúde, a Lei No. 2.312, de 03 de julho de 1954, relativas às “Normas gerais sobre defesa e proteção da saúde”.

- Decreto n° 50.877, de 29 de junho de 1961 - Dispõe sobre o lançamento de resíduos tóxicos ou oleosos nas águas interiores ou litorâneas do País e dá outras providências.

- Lei n° 4.771 ,de 15 de setembro de 1965 - Institui o novo Código Florestal

- Lei n° 5.357, de 17 de novembro de 1967 - Estabelece penalidades para embarcações e terminais marítimos ou fluviais que lançarem detritos ou óleo em águas brasileiras e dá outras providências (mantida explicitamente pela Lei n9 6.938, de 31 de agosto de 1981, sobre Política Nacional do Meio Ambiente).

- Decreto-Lei n° 1.413, de 14 de agosto de 1975 - Dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente provocada por atividades industriais.

prevenção e controle da poluição que trata o Decreto-Lei n° 1.413, de 14 de agosto de 1975 e, dá outras providências (alterado pelo Decreto n° 85.206, de 25 de setembro de 1980).

- Portaria n° 536, de 07 de dezembro de 1976 - Estabelece normas para a qualificação das águas de baíneabilidade.

- Portaria do Ministério do Interior n°. 53, de 10 de março de 1979 - Dispõe sobre os problemas oriundos da disposição dos resíduos sólidos.

- Lei n°. 6.766, de 19 de dezembro de 1979 - Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras diretrizes.

- Lei n° 6.803, de 02 de julho de 1980 - Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas criticas de poluição e dá outras providências.

- Lei n° 6.902, de 27 de abril de 1981 — Dispõe sobre a criação de estações ecológicas e áreas de proteção ambiental e é regulamentada pelo Decreto n° 99.274 de 1990, que tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia a vida.

- Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981 - Institui a PNMA - Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação.

- Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (com redação alterada pelas Leis n° 7.804 de 1989 e 8.028 de 1990).

- Resolução CONAMA n° 4, de 18 de setembro de 1985 - Dispõe sobre a definição do que é Reserva Ecológica.

- Resolução CONAMA n° 1, de 23 de janeiro de 1986 - Define impacto ambiental; exige Rima para atividades que enumera e dá diretrizes para EIA’s e RIMA’s.

- Resolução CONAMA n° 5, de 15 de junho de 1988 - Diz no seu Art. 10 -“Ficam sujeitos a licenciamento as obras de sistemas de abastecimento de água, sistemas de esgotos sanitário, sistemas de drenagem e sistemas de limpeza urbana.

- Resolução CONAMA n° 6, de 15 de junho de 1988 - Determina que, nos processos de licenciamento ambiental de atividades industriais, os resíduos gerados e/ou existentes deverão ser objeto de controle especifico.

da comercialização de substância que comporta risco de vida, a qualidade de vida e ao meio ambiente, e dá outras providências.

- Lei n° 7.802, de 11 de julho de 1989 - Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins e dá outras providências.

- Decreto n° 98.816, de 11 de janeiro de 1990 - Regulamenta a Lei n° 7.802 de 1989 e dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fis calização de agrotóxicos, seus componentes e afins e dá outras providências.

- Resolução CONAMA n° 3, de 03 de junho de 1990 - Dispõe sobre padrões de qualidade do ar e concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

- Decreto n° 99.274, de 06 de junho de 1990 - Regulamenta a Lei n° 6.902, de 27 de abril de 1981 e a Lei n° 6.938 de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental - APA e sobre a Política Nacional de Meio Ambiente.

- Portaria Normativa do IBAMA n° 1.197, de 16 de julho de 1990 - Dispõe sobre a importação de resíduos, sucatas, desperdícios e cinzas.

- Resolução CONAMA n° 8, de 06 de dezembro de 1990 - Estabelece os limites máximos de emissões de poluentes do ar, previstos no PRONAR.

- Resolução CONAMA n° 2, de 22 de agosto de 1991 - Estabelece que as cargas deterioradas, contaminadas, fora de especificação ou abandonadas são tratadas como fonte especial de risco para o meio ambiente até manifestação do órgão do meio ambiente competente.

- Resolução CONAMA n° 8, de 19 de setembro de 1991 - Proíbe a entrada no Pais de materiais residuais destinados à disposição final e incineração no Brasil.

- Resolução CONAMA n° 6, de 19 de setembro de 1991 - Desobriga a incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes dos

estabelecimentos de saúde, postos e aeroportos, ressalvados os casos previstos em leis e acordos internacionais.

- Resolução CONAMA n° 5, de 05 de agosto de 1993 - Dispõe sobre normas mínimas para tratamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários, dá definições, classificações e procedimentos para seu gerenciamento e baixa outras providências.

- Resolução CONAMA n° 37, de 30 de dezembro de 1994 - Dispõe sobre as definições e classificações sobre os tipos de resíduos sólidos e dá diretrizes para circulação de resíduos perigosos no Brasil.

- Resolução CONAMA n° 23 de 12 de dezembro de 1996 - Dispõe sobre as definições adotadas para resíduos sólidos e a necessidade de controlar a entrada destes em nosso país.

- Resolução CONAMA n° 237, de 19 de dezembro de 1997 - Dispõe sobre a revisão do processo de Licenciamento Ambiental, estabelecido pela Resolução CONAMA n9 001/8, para os órgãos estaduais de controle de poluição e ratifica, através da relação constante do Anexo 1, quais atividades ou empreendimentos estão sujeitos ao Licenciamento Ambiental, onde consta : tratamento e/ou disposição de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas.

- Lei n° 9.605, de 28 de janeiro de 1998 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências.

Como se pode inferir da listagem exposta, o aparato legal, em nível federal, é uma coleção de medidas casuísticas, sem conexão entre si, que não pode ser considerado como fazendo parte de uma “política para o setor”. Encontra-se em discussão na Câmara Federal projetos de leis para regulamentação e definição da política de resíduos sólidos.

Com o intuito de definir a referida “política”, o Serviço Nacional de Saneamento instituiu uma Comissão para elaboração de um Programa Nacional de Limpeza Urbana.

estabeleceu no seu Artigo 30, a competência privativa dos municípios para organizar e prestar os serviços públicos de interesse local, aí incluídas evidentemente as tarefas de limpeza pública, coleta, transporte e disposição dos resíduos sólidos.

Trata-se, contudo, de tema de elevada importância ambiental com reflexos diretos na saúde da população, de tal modo a ter o legislador constitucional conferido à União Federal, competência para traçar normas gerais destinadas a garantir o controle da poluição e impedir a degradação do meio ambiente (Constituição Federal, 1988, Artigo 24, VI). Indiscutível, portanto, a submissão do tema “disposição de resíduos sólidos” ao regulamento da legislação sanitária e ambiental.

No âmbito Federal, vários Projetos de Lei foram formulados desde 1992 e estão em discussão, entre estes se destaca o Projeto de Lei n° 3.029/97 - Institui a Política Nacional de Resíduos, cria o Sistema Nacional de Resíduos - SISNARES - que disciplinará os tratamentos e as disposições finais dos resíduos industriais, domésticos e hospitalares, bem como as emissões gasos as de partículas e outros resíduos provenientes do processo produtivo industrial e dá outras providências.

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