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Graças ao advento da modernidade, juntamente com a internet (seu maior expoente), a educação a distância foi tornada adequada e moldada às necessidades práticas, e suas várias modalidades são um exemplo claro disso.

Assim, o art. 2o do Decreto no 5.622/2005 diz que:

[...] Art. 2o A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais:

I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto;

II - educação de jovens e adultos

III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes;

IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas:

a) técnicos, de nível médio; e b) tecnológicos, de nível superior;

V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas:

a) seqüenciais;

b) de graduação;

c) de especialização;

d) de mestrado; e

e) de doutorado. (BRASIL, 2005, p. 1).

Desse modo, a respeito da necessidade de comparecimento do aluno à instituição, o art. 1o, §1o do Decreto no 5.622/2005 explicita que:

[...] § 1o A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para:

I - avaliações de estudantes;

II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente;

III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e

IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. (BRASIL, 2005, p. 1).

Ainda sobre a presença do aluno, como complemento, o art. 10o, §2o do Decreto no 6.303/2007, que altera alguns dispositivos do Decreto no 5.622/2005, diz que:

[...] § 2o As atividades presenciais obrigatórias, compreendendo avaliação, estágios, defesa de trabalhos ou prática em laboratório, conforme o art. 1o, § 1o, serão realizados na sede da instituição ou nos pólos de apoio presencial, devidamente credenciados. (BRASIL, 2007a, p. 1).

Quando se fala na questão da equiparação entre cursos a distância e cursos presenciais, o mesmo Decreto no 5.622/2005 já deu por resolvida e expressa claramente que:

[...] Art. 3o A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e programas a distância deverão observar ao estabelecido na legislação e em regulamentações em vigor, para os respectivos níveis e modalidades da educação nacional.

§ 1o Os cursos e programas a distância deverão ser projetados com a mesma duração definida para os respectivos cursos na modalidade presencial [...]. (BRASIL, 2005, p. 1).

Há, inclusive, no mesmo decreto, disposição a respeito da avaliação de desempenho e promoção do aluno. Assim, o art. 4o diz o seguinte:

[...] Art. 4o A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no processo, mediante:

I - cumprimento das atividades programadas; e

II - realização de exames presenciais (BRASIL, 2005, p. 1).

Sobre a expedição de diploma e sua validade, o art. 5o e seu parágrafo único do Decreto no 5.622/2005 expressa que:

[...] Art. 5o Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional.

Parágrafo único. A emissão e registro de diplomas de cursos e programas a distância deverão ser realizados conforme legislação educacional pertinente. (BRASIL, 2005, p. 1).

A respeito do credenciamento de instituição de ensino para educação a distância, o art. 11 diz que:

Art. 11. Compete às autoridades dos sistemas de ensino estadual e do Distrito Federal promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos a distância no nível básico e, no âmbito da respectiva unidade da Federação, nas modalidades de:

I - educação de jovens e adultos;

II - educação especial; e III - educação profissional.

§ 1o Para atuar fora da unidade da Federação em que estiver sediada, a instituição deverá solicitar credenciamento junto ao Ministério da Educação.

§ 2o O credenciamento institucional previsto no § 1o será realizado em regime de colaboração e cooperação com os órgãos normativos dos sistemas de ensino envolvidos [...]. (BRASIL, 2005, p. 1).

Sobre a oferta de educação a distância para jovens e adultos, objeto desta pesquisa, os arts. 18 e 19 dispõem que:

Art. 18. Os cursos e programas de educação a distância criados somente poderão ser implementados para oferta após autorização dos órgãos competentes dos respectivos sistemas de ensino.

Art. 19. A matrícula em cursos a distância para educação básica de jovens e adultos poderá ser feita independentemente de escolarização anterior, obedecida a idade mínima e mediante avaliação do educando, que permita sua inscrição na etapa adequada, conforme normas do respectivo sistema de ensino. (BRASIL, 2005 p. 1).

Até mesmo o Ministério da Educação, órgão máximo na questão educacional do país, reconheceu a necessidade de adequar-se à modernidade e à era digital e criou o e-MEC, tendo sua legalidade instituída pela Portaria Normativa no 40, de 12 de dezembro de 2007, a qual diz:

[...] Institui o e-MEC, sistema eletrônico de fluxo de trabalho e gerenciamento de informações relativas aos processos de regulação da educação superior no sistema federal de educação.

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições, considerando o Decreto no 5.773, de 09 de maio de 2006, alterado pelo Decreto no 5.840, de 13 de julho de 2006, que dispôs sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de cursos e instituições de graduação e sequenciais; bem como a conveniência de simplificar, racionalizar e abreviar o trâmite dos processos objeto do Decreto, utilizando ao máximo as possibilidades oferecidas pela tecnologia da informação; [..] resolve:

[..] Art. 1o A tramitação dos processos regulatórios de instituições e cursos de graduação e sequenciais do sistema federal de educação superior será feita exclusivamente em meio eletrônico, no sistema e-MEC, e observará as disposições específicas desta Portaria e a legislação federal de processo administrativo, em especial os princípios da finalidade, motivação, razoabilidade, moralidade, interesse público, economia e celeridade processual e eficiência, [...].

(BRASIL, 2007b, p. 1).

Como se pode ver, a educação a distância como regra está na ordem do dia, e não é considerada mais como exceção. A digitalização como um facilitador da educação e do trâmite veio para ficar, e até mesmo o Estado, rendeu-se a ela, reconhecendo que, para a educação acontecer, não mais se fazem necessários uma sala de aula cheia de alunos e um professor, ambos de corpo presente.

4 PROJETO DE INTERVENÇÃO: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA MODALIDADE EaD