Leis em vigor no município de Mossoró para Combate à Violência contra a

Existem duas Leis em vigor no município de Mossoró para Combate à Violência contra a Mulher.

A primeira lei vigente e de nº 2623 de 2010, que institui o Sistema de Notificação Compulsória da Saúde e o Disque Denúncia para mulheres vítimas de violência, abuso sexual e maus tratos.

“Implantar o DISQUE-DENÚNCIA no município de Mossoró, tem objetivo de coibir, dar proteção, orientação e assistência para os casos de violência, abuso sexual e maus tratos contra as mulheres mossoroenses”, de acordo com o artigo 2º a lei nº 2623 de 2010.

A presente lei encoraja as mulheres a denunciar os agressores, já que muitas mulheres tem receio de comparecer diretamente na Delegacia, o disque denúncia orienta a mulher vitima de violências, bem como, facilita o acesso das mulheres que busca ajuda para coibir a violência sofrida.

A segunda lei em vigor e de Nº 3.409 de 2016, onde dispõem que Executivo pode instituir a Semana Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher:

Art. 1º. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir a Semana Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, a ser comemorada anualmente a partir do dia 8 de março. Art. 2º. Durante a Semana Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher o Poder Executivo Municipal poderá realizar campanhas de conscientização acerca das questões que envolvem a mulher em sociedade, seus direitos, saúde, emprego e renda, combate à violência doméstica etc. Art. 3º. Na aplicação desta lei, o Poder Executivo Municipal poderá firmar parcerias com Organizações Não Governamentais visando difundir ações de conscientização e assistência à mulher nos bairros e comunidades rurais. Art. 4º. As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias, suplementando-as, caso necessário.

As duas leis vigente no Município de Mossoró, demostra a preocupação para combater a violencia contra a mulher, além das leis vigentes, existem dez 10 projeto de lei na Câmara Municipal de Mossoró, todas com objetivo de protege a mulher são:

O Projeto de Lei nº 10 tem o objetivo divulgação do serviço de disque denúncia de violência contra a mulher. O Projeto de Lei nº 16 tem por finalidade a Prioridade de matrícula na rede de ensino para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, bem como seus filhos e filhas.

O Projeto de Lei nº 91 uso de espaços públicos de publicidades para campanhas educativas contra atos de violência contra a mulher. Por seu turno, o Projeto de Lei nº 176,

tem a finalidade e institui no âmbito do município de Mossoró a patrulha Maria da Penha com o objetivo de prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e dá outras providências.

O Projeto de Lei nº 244, o objetivo e institui a semana de combate e prevenção a violência doméstica no Município de Mossoró e dá outras providências. Enquanto o Projeto de Lei nº 23 dispõe sobre a criação em Mossoró, da parada segura para mulheres em horários noturnos no itinerário do transporte coletivo e dá outras providências.

O Projeto de Lei nº 142 autoriza a disponibilização da lei Maria da Penha nos estabelecimentos que indica para consulta da população, em local visível e de fácil acesso, no âmbito do município de Mossoró, e dá outras providências. O Projeto de Lei nº 151 institui programa de combate à violência e abuso sexual no transporte coletivo em Mossoró e dá outras providências. Projeto de Lei nº 160, cria o aplicativo (app) “sos mulher”, no âmbito do Município de Mossoró, e dá outras providências.

Por fim, o Projeto de Lei nº 177 tem por finalidade insere no cotidiano escolar da rede municipal de ensino o programa de combate à violência contra a mulher e dispõe sobre mecanismos para coibir a violência doméstica proposições legislativos - combate à violência contra a mulher.

Diante do exposto concluísse que Mossoró-RN contém várias políticas públicas para combater a violência contra a mulher e o Feminicidio. Evidente que as mulheres precisam de constante apoio em virtude de constantes violações de direitos. O respeito à dignidade humana, é fruto de longo processo de amadurecimento histórico dos povos, constitui-se, atualmente, no ponto central das legislações de praticamente de todo o mundo, ainda que incutido de valores políticos, filosóficos, religiosos, conforme cada nação que os adotam.

6 CONCLUSÃO

Os meios de comunicação denunciam diariamente a onda de violência que assola o Brasil e como respostas surgem consequências diante da ineficácia do Estado em garantir a segurança para a coletividade e uma manifestação dessa violência diz respeito às mulheres. Como foi observada durante anos a mulher sofreu com o preconceito e a submissão, ou seja, a concepção de que era inferior ao homem e que por essa razão deveriam aceitar conviver no âmbito de suas casas sem questionar se merecia ocupar um lugar melhor ou não na sociedade. Contudo, por mais que tenha durante séculos chegou o momento em que as mulheres saíram dos limites de suas residências e passaram a ocupar as ruas e reivindicar seus direitos e seus desejos de participar ativamente da política no país.

Após os fatos e fundamentos apresentados pode concluir alguns fatos: primeiro que a mulher sofre com o preconceito em todos os períodos históricos segundo que a mulher sempre foi vista como submissa ao homem em todos os aspectos. A violência contra a mulher sendo um mal que se faz presente na sociedade brasileira, sendo perpetuada de geração em geração, atacando bens jurídicos indisponíveis da mulher como sua integridade física e moral e até mesmo podendo ceifar sua vida, com isso, a dignidade humana da mulher é atacada constantemente.

Como consequência disso a máquina estatal buscou combater essa violência e esses desrespeitos aos direitos humanos que sustentam os pilares da Constituição Federal por meio de uma de suas maiores armas de controle cujo é o Direito. Posto isso, tornou-se necessário provocar a criação de normas de natureza penal para proteger esses direitos indisponíveis das mulheres que durante tanto tempo foram corrompidos e atacados enquanto nada era feito a respeito, contudo, com o movimento feminista e a união das mulheres e inclusive a participação de homens nesse processo a mulher passou a ser vista com outros olhos, é verdade que é uma batalha diária, entretanto, a pior parte já foi feito que fosse justamente fazer com que a voz da mulher fosse ouvida.

Com o elevado número de violência e mortes de mulheres por questão de gênero feminino, o Brasil buscou coibir estes crimes criando leis especificas.

Portanto, concluísse que a criação de leis, como por exemplo, a Lei Maria da Penha são ferramentas importantes para defender a dignidade humana das mulheres que são atacadas diversas maneiras sejam seu corpo, sua sexualidade e sua dignidade mental. A Lei Maria da Penha, bem com a Lei do Feminicidio foram um dos maiores artifícios jurídicos que a mulher tem para se defender da violência doméstica e homicídio por razão de gênero, as supracitadas

leis vêm fazendo grande diferença devido à prisão de agressores e até instigando a criação de delegacias especializadas na defesa da mulher.

O artigo expõe os dados da aplicabilidade da lei do feminicidio na cidade de Mossoró-RN focada na análise estatística descritiva dos dados apresentados. Diante do exposto conclui-se que Mossoró-RN esta aplicando a lei do feminicidio, houve dez (10) feminicidio na cidade nos períodos de 2015 a ate meados de 2018, onde dois (2) destes crimes foram aplicada a referida lei. Desse modo, os crimes como o estupro, homicídios, tráfico de mulheres, as mais diversas formas de violência devem ser combatidas não apenas por meio de leis, mas também por Políticas Públicas, a supracitada cidade apresenta varias Políticas Públicas para combater a violência contra a mulher. Através das Políticas já mencionadas existem poucos casos de homicídio por razão de gênero no referido Município, demostrando a importâncias das Políticas Públicas para coibir a violência contra a mulher.

Foram constatados que todos os crimes de feminicidio no Município de Mossoró-RN foram no âmbito doméstico, às vítimas viviam um relacionamento conturbado, compreende que este e um potencializado para o crime de feminicidio, ou seja, feminicidio intimo que poderia ser evitado. De acordo com a Delegacia da mulher muitas das as vitimas tem receio de denuncias os autores, situação que precisa ser repensada, quanto o efeito das ações de medidas protetivas do Estado fundamentadas na lei e isto amostra que só ação repressiva não irá coibir a violência contra mulher. Conforme o IBGE o machismo é presença muito forte nos feminicídios.

Embora muitas conquistas e lutas pela igualdade de gênero, muito precisa se avançar neste pleito.

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