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Levantamento de dados factuais implicados na realidade observada

No documento GC Tais Ramos Mestrado (páginas 47-51)

APRESENTAÇÃO 27 1 INTRODUÇÃO

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

2.2.3 Levantamento de dados factuais implicados na realidade observada

Em complementação as informações levantadas em fontes secundárias (bibliográficas e documentais), uma coleta de dados factuais foi realizada com objetivo de elucidar questões específicas relacionadas com o tema principal desta pesquisa e com a contextualização do objeto de estudo no âmbito da gestão institucional. Foram realizadas entrevistas de profundidade junto a alguns gestores e outros atores das unidades educacionais em estudo que tiveram significativa participação no processo de transformação de CEFET-SC para IFSC.

O principal critério de seleção da amostra foi identificar se os entrevistados faziam parte da instituição durante o processo de transição da marca e se a função dos entrevistados estava de alguma forma relacionada ao processo, bem como se estava inserida nos contextos de comunicação e gestão.

Malhotra (2001, p.163) explica que entrevista de profundidade constitui um método de obtenção de dados qualitativos. “Uma forma não estruturada, pessoal e direta de obter informações”. Assim, deve ser realizada uma a uma. Nela o entrevistador deve estimular o respondente, incentivando-o a falar abertamente das suas sensações, motivações, crenças, atitudes e sentimentos, experiências vivenciadas sobre determinado tópico.

Deste modo, foi utilizado um roteiro semiestruturado de entrevista (APÊNDICE A) que permitiu aos respondentes expressarem

de forma aberta e livre as suas impressões e pontos de vistas sobre tópicos relevantes desta pesquisa exploratória. Procurou-se levantar informações, conhecimentos a respeito de como os participantes do processo de reposicionamento institucional conheceram, vivenciaram e compreenderam a situação de mudança, através das estratégias e ações de comunicação interna, quais os impactos associados ao processo de mudança e como esses respondentes avaliam a situação atual em relação à situação anterior.

O roteiro foi intencionalmente pensado e semiestruturado para que os entrevistados pudessem contribuir com informações e conhecimentos necessários para uma discussão e confrontação com as teorias relacionadas ao objetivo desta pesquisa.

A entrevista foi estrategicamente dividida em seis momentos: • Momento 1: Serviu para informar ao respondente

sobre a contextualização e o objetivo do trabalho e da entrevista;

• Momento 2: Serviu para identificar a alocação do respondente na Instituição – este momento foi fundamental para legitimar e justificar a escolha da amostra que compôs o campo de pesquisa;

• Momento 3: Serviu para conhecer e delimitar o entendimento do respondente sobre o conceito de “marca” (tema central da pesquisa);

• Momento 4: Serviu para conhecer e registrar a percepção do respondente em relação à situação atual – A marca IFSC;

• Momento 5: Serviu para conhecer e registrar a percepção do respondente em relação à situação anterior – A marca CEFET-SC;

• Momento 6: Serviu para conhecer e registrar a percepção do respondente em relação ao momento da transição – Zoom metodológico – foco da pesquisa: reposicionamento institucional – Transformação de CEFET-SC para IFSC.

Cada momento subtende as categorias de conhecimentos que foram utilizadas para orientar a sistematização e análise das informações coletadas e a discussão dos resultados da pesquisa. Essas categorias

representam conhecimentos necessários para a realização desta pesquisa. O Quadro 1 lista as categorias pensadas para a pesquisa e relacionadas a cada momento da entrevista.

Quadro 1 – Categorias de conhecimentos para as entrevistas Momentos

das entrevistas

Categorias

correspondentes Função

Momento 1 Sem correspondente. categoria O respondente é informado sobre as especificidades do trabalho e os objetivos da entrevista. Momento 2 Informações relativas à identificação e contextualização dos entrevistados.

Legitimar e justificar a escolha da amostra que compõe o campo de pesquisa.

Momento 3

Percepção sobre o

conceito de marca. Registrar respondente sobre o conceito de o entendimento do “marca” e suas implicações no âmbito das organizações.

Momento 4

Percepção sobre a marca IFSC.

Registrar percepções em relação a identidade institucional e principais características atreladas à marca IFSC.

Momento 5

Percepção sobre a marca

CEFET-SC. Registrar percepções em relação a identidade institucional e principais características atreladas à marca CEFET-SC.

Momento 6

Percepção sobre o processo de transição da marca

Registrar percepções em relação ao processo de transição da marca CEFET-SC para IFSC: principais eventos associados; orientações técnicas, políticas e administrativas; mecanismos de planejamento e gestão; instrumentos de comunicação, divulgação e implementação do processo em suas diferentes etapas; bem como seus impactos na cultura institucional. Fonte: autora

O momento um (1) não representa uma categoria específica, pois ele serviu para introduzir o entrevistado sobre o contexto da entrevista.

Vale ressaltar que o conteúdo de cada categoria reflete o roteiro das entrevistas e engloba o conjunto das questões incorporadas ao questionário indicado no APÊNDICE A.

As entrevistas foram gravadas em áudio e depois transcritas na sua forma literal. As informações e conhecimentos levantados foram sistematizados em categorias e alocados em tabelas, para facilitar o processo de comparação e análise qualitativa das informações. Estas informações resumem as observações e as percepções de entrevistados alocados nos seguintes campi: Câmpus Florianópolis, Câmpus Florianópolis-Continente, Câmpus São José e Reitoria. Desta forma o campo de pesquisa restringiu-se as unidades do IFSC dos municípios de Florianópolis e São José, considerando que essas unidades são centrais no processo de gestão estadual em Santa Catarina.

Das oito entrevistadas realizadas foram selecionadas as sete que atenderam aos critérios de seleção anteriormente citados.

A finalidade das entrevistas foi compreender como o processo de transição aconteceu efetivamente na prática cotidiana vivenciada no contexto dos diferentes aspectos de atuação institucional a partir de uma comparação entre os relatos dos entrevistados e os documentos oficiais pesquisados.

As falas registradas foram trabalhadas para melhor compreender o processo de transição da marca CEFET-SC para IFSC em seus diferentes aspectos, características, perspectivas, principais avanços, dificuldades e limitações. A identificação dos entrevistados não pôde ser veiculada já que os participantes não autorizaram a divulgação de informações pessoais referentes à: identidade, cargo, função ou outros dados capazes de revelar suas observações ou qualquer forma de participação durante o processo.

A obtenção de dados primários foi ainda complementada a partir da observação “in loco” junto às diretorias de gestão do conhecimento e

comunicação do IFSC, do relato de servidores bem como, das anotações decorrentes de reuniões realizadas no próprio contexto metodológico da construção da política de comunicação institucional e nos processos de construção do Planejamento Institucional 2013-2014.

A condição da pesquisadora, como servidora do IFSC, lotada na Reitoria/ Diretoria de Comunicação (Dircom)/ Departamento de Marketing e Jornalismo/ Coordenadoria de Programação Visual (CPV), facilitou a participação nessas atividades, permitindo observar e acompanhar em diferentes etapas da gestão institucional, o planejamento a operacionalização e resultados dos processos comunicacionais referentes à instituição.

No documento GC Tais Ramos Mestrado (páginas 47-51)