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perturbações mentais, violência e traumatismos

5. DESAFIOS, OBSTÁCULOS E LIÇÕES APRENDIDAS

5.2 Lições Aprendidas

232. O reforço da colaboração multissectorial é necessário para apoiar eficazmente os Estados-Membros na implementação dos programas prioritários. O sector da saúde pode influenciar outros sectores, através da geração e partilha de evidências, que sirvam de base às suas políticas e acções.

233. A inclusão de intervenções de elevado impacto nas propostas dos países para o GFATM e outras iniciativas mundiais na área da saúde tem potencial para alargar e reforçar a base de recursos disponível para implementar uma grande variedade de programas de saúde, incluindo os sistemas de saúde.

234. O panorama e a arquitectura mundial da saúde, que se encontram em constante mutação, requerem que a OMS se adapte e novas realidades, se concentre nas suas funções essenciais e expanda as parcerias e alianças estratégicas, conforme necessário, para levar a cabo o seu mandato com eficácia.

235. Em virtude da crise económica mundial, a disponibilidade de fundos voluntários continuará a ser imprevisível e ficará certamente muito abaixo dos tectos orçamentais adoptados pela Assembleia Mundial da Saúde, mesmo nas áreas prioritárias. A contínua dependência da OMS das contribuições voluntárias dos doadores para a implementação do Orçamento-Programa exige a identificação de fontes de financiamento sustentáveis e previsíveis.

236. A presença de pessoal técnico competente nas Representações da OMS, nas Equipas de Apoio Interpaíses e no Escritório Regional, a delegação de competências e a disponibilidade de orientações e instrumentos apropriados foram fundamentais para assegurar o papel continuado de liderança da OMS e sua visibilidade na saúde, bem como para prestar apoio de qualidade em resposta às solicitações dos países.

6. CONCLUSÃO

237. Apesar da recessão económica mundial e da crise alimentar, assistiram-se a grandes realizações na implementação do Orçamento-Programa da OMS para 2008–2009. Aos níveis político e das políticas, declarações históricas sobre o reforço dos sistemas de saúde e aumento das intervenções de elevado impacto foram adoptadas pelos Estados- Membros, a fim de melhorar a situação da saúde das populações africanas.

238. A OMS desempenhou o seu papel de líder na área da saúde na Região, através de uma advocacia contínua a todos os níveis, descentralização de algumas funções de cooperação técnica do Escritório Regional para as Equipas de Apoio Interpaíses e reforço da sua presença nos países. Outras áreas que melhoraram foram: a governação; as parcerias; a mobilização de recursos; a responsabilização; e comunicação oportuna com os Estados-Membros, parceiros e outros intervenientes, em áreas de interesse comum.

239. A OMS continuará a advogar junto das autoridades nacionais e parceiros, para que os governos dos países assumam uma forte apropriação e liderança para um reforço acelerado, de base factual e abrangente das intervenções com uma relação comprovadamente custo-eficaz, para a prevenção primária e controlo da SIDA, paludismo e tuberculose, a redução da mortalidade materna e infantil e a prevenção e controlo de outras doenças transmissíveis e não transmissíveis. A OMS exercerá igualmente a sua advocacia pelo aumento dos recursos domésticos e pelo envolvimento dos parceiros internacionais na mobilização de recursos destinados ao reforço dos sistemas de saúde, em conformidade com a abordagem dos Cuidados de Saúde Primários, e à prestação de programas de cuidados primários que promovam a cobertura universal para a consecução dos ODM.

240. A OMS continuará a reforçar e a concentrar-se nas suas funções essenciais. Será criado no Escritório Regional um Observatório Africano da Saúde, destinado a melhorar a situação da saúde e suas tendências, bem como a geração, partilha e uso da informação, evidências e conhecimentos, para inspirar as políticas e as tomadas de decisão.

241. Para uma ainda maior eficácia do trabalho da OMS na Região Africana, será dada maior prioridade à identificação e mobilização de financiamento mais sustentável, para dar resposta às crescentes solicitações dos Estados-Membros. Um desses esforços pelo Escritório Regional será a facilitação da criação do proposto Fundo Africano para as Emergências de Saúde Pública. Para além de outras medidas, a coordenação e a colaboração no seio do Secretariado da OMS para missões conjuntas aos países serão reforçadas para garantir o uso eficaz dos recursos disponíveis.

242. À entrada do novo biénio, já surgiram claramente no horizonte novas oportunidades. A saúde é actualmente reconhecida como fundamental para o desenvolvimento. Isso é evidente nos vários compromissos mundiais e regionais assumidos na área da saúde, tais como os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e do esforço desenvolvido para o acesso universal às intervenções de saúde de elevado impacto. A nível de país, a saúde está agora presente nos instrumentos nacionais para o desenvolvimento socioeconómico, tais como as Estratégias de Redução da Pobreza. A boa utilização que se fizer de todas estas oportunidades será um bom argúrio para o desenvolvimento sanitário na Região Africana da OMS.

Reduzir o fardo social, económico e para a saúde das doenças transmissíveis.

1.

Combater o VIH/SIDA, o paludismo e a tuberculose. 2.

5.

3. Evitar e reduzir as doenças, aos incapacidades e a morte prematura devidas a doenças crónicas não transmissíveis, pertubações mentais, violência e traumatismos e deficiências visuais.

4. Reduzir a morbilidade e a mortalidade e melhorar a saúde durante certas fases críticas da vida, incluindo a gravidez, o parto, o período neonatal, a infância e a adolescência, e melhorar a saúde reprodutiva e sexual, bem como promover um envelhecimento activo e saudável para todos os indivíduos.

Reduzir as consequências para a saúde das situações de emergências, catástrofes, crises e conflitos, e minimizar o seu impacto social e económico.

6. Promover a saúde e o desenvolvimento, e prevenir ou reduzir os factores de risco para as condições de saúde associadas ao abuso do tabaco, álcool, drogas e outras substâncias psicoactivas, dietas não saudáveis, inactividade física e sexo de risco.

7.

8.

Enfrentar os determinantes sociais e económicos subjacentes da saúde, através de políticas e programas que promovam a equidade na saúde e integrem abordagens em favor dos pobres, contemplem a dimensão do género e sejam baseadas nos direitos humanos. Promover um ambiente mais saudável, intensificar a prevenção primária e influenciar as políticas públicas em todos os sectores, para se poderem atacar as causas profundas das ameaças ambientais para a saúde.

ANEXO 1: Plano Estratégico a Médio Prazo da OMS,