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Art. 118. A liberdade as-

sistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acom- panhar, auxiliar e orientar o adolescente.

§ 1º A autoridade desig- nará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual

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poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.

§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo míni- mo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorroga- da, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Públi- co e o defensor.

Art. 119. Incumbe ao orien-

tador, com o apoio e a supervi- são da autoridade competen- te, a realização dos seguintes encargos, entre outros:

I - promover socialmente

o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comu- nitário de auxílio e assistência social;

II - supervisionar a freqüên-

cia e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;

III - diligenciar no sentido

da profissionalização do ado- lescente e de sua inserção no mercado de trabalho; IV - apresentar relatório do caso. Seção VI Do Regime de Semi- liberdade Art. 120. O regime de

semi-liberdade pode ser de- terminado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades exter- nas, independentemente de autorização judicial.

§ 1º São obrigatórias a esco- larização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos exis- tentes na comunidade.

§ 2º A medida não com- porta prazo determinado

aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à in- ternação.

Seção VII Da Internação Art. 121. A internação cons-

titui medida privativa da liber- dade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

§ 1º Será permitida a reali- zação de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em con- trário.

§ 2º A medida não com- porta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.

§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de interna- ção excederá a três anos.

§ 4º Atingido o limite esta- belecido no parágrafo ante- rior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liber- dade assistida.

§ 5º A liberação será com- pulsória aos vinte e um anos de idade.

§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedi- da de autorização judicial, ou- vido o Ministério Público.

§ 7o A determinação judi-

cial mencionada no § 1o pode-

rá ser revista a qualquer tem- po pela autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)

Art. 122. A medida de in-

ternação só poderá ser aplica- da quando:

I - tratar-se de ato infracio-

nal cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;

II - por reiteração no come-

timento de outras infrações graves;

III - por descumprimento

reiterado e injustificável da me- dida anteriormente imposta.

§ 1o O prazo de internação

na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal. (Re- dação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)

§ 2º. Em nenhuma hipóte- se será aplicada a internação, havendo outra medida ade- quada.

Art. 123. A internação de-

verá ser cumprida em entida- de exclusiva para adolescen- tes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obede- cida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.

Parágrafo único. Durante o período de internação, inclu- sive provisória, serão obriga- tórias atividades pedagógicas.

Art. 124. São direitos do

adolescente privado de liberda- de, entre outros, os seguintes:

I - entrevistar-se pessoal-

mente com o representante do Ministério Público;

II - peticionar diretamente

a qualquer autoridade;

III - avistar-se reservada-

mente com seu defensor;

IV - ser informado de sua

situação processual, sempre que solicitada;

V - ser tratado com respeito

e dignidade;

VI - permanecer internado

na mesma localidade ou na- quela mais próxima ao domicí- lio de seus pais ou responsável;

VII - receber visitas, ao me-

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VIII - corresponder-se com

seus familiares e amigos;

IX - ter acesso aos objetos

necessários à higiene e asseio pessoal;

X - habitar alojamento em

condições adequadas de hi- giene e salubridade;

XI - receber escolarização e

profissionalização;

XII - realizar atividades cul-

turais, esportivas e de lazer:

XIII - ter acesso aos meios

de comunicação social;

XIV - receber assistência re-

ligiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje;

XV - manter a posse de

seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá- -los, recebendo comprovante daqueles porventura deposi- tados em poder da entidade;

XVI - receber, quando de

sua desinternação, os docu- mentos pessoais indispensá- veis à vida em sociedade.

§ 1º Em nenhum caso have- rá incomunicabilidade.

§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender tempora- riamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se existi- rem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade aos in- teresses do adolescente.

Art. 125. É dever do Es-

tado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medi- das adequadas de contenção e segurança.

Capítulo V Da Remissão

Art. 126. Antes de iniciado

o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a re- missão, como forma de exclu- são do processo, atendendo às

circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do ado- lescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.

Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judi- ciária importará na suspensão ou extinção do processo.

Art. 127. A remissão não

implica necessariamente o re- conhecimento ou comprova- ção da responsabilidade, nem prevalece para efeito de an- tecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previs- tas em lei, exceto a colocação em regime de semi-liberdade e a internação.

Art. 128. A medida aplica-

da por força da remissão po- derá ser revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido expresso do adoles- cente ou de seu representante legal, ou do Ministério Público.

Título IV

Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável

Art. 129. São medidas apli-

cáveis aos pais ou responsável:

I - encaminhamento a ser-

viços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família; (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

II - inclusão em programa

oficial ou comunitário de auxí- lio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

III - encaminhamento a tra-

tamento psicológico ou psi- quiátrico;

IV - encaminhamento a

cursos ou programas de orien- tação;

V - obrigação de matricular

o filho ou pupilo e acompa-

nhar sua freqüência e aprovei- tamento escolar;

VI - obrigação de encami-

nhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;

VII - advertência; VIII - perda da guarda; IX - destituição da tutela; X - suspensão ou desti-

tuição do poder familiar. (Ex- pressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

Parágrafo único. Na apli- cação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.

Art. 130. Verificada a hipó-

tese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pe- los pais ou responsável, a au- toridade judiciária poderá de- terminar, como medida caute- lar, o afastamento do agressor da moradia comum.

Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixa- ção provisória dos alimentos de que necessitem a criança ou o adolescente dependen- tes do agressor. (Incluído pela Lei nº 12.415, de 2011)

Título V

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