Licenças de uso de softwares

Inicialmente destaca-se que as licenças de uso de softwares distribuídos e vendidos atualmente obedecem a características bem definidas em seus termos e que influenciam diretamente nas características de distribuição e aquisição de produtos e programas no mercado. Hoje há vertentes proprietárias de venda e distribuição que operam sobre o

Copyright de autoria e são mais restritivas e financeiramente onerosas e as que operam

sobre o Copyleft de autoria e são mais acessíveis e menos onerosas financeiramente. Dentro das licenças de Copyleft há dois vieses, um que opera ideologicamente sobre as definições do Free Software Fundation e projeto GNU, ligados a seu idealizador Richard Stallman e as que operam através da iniciativa Open Source sem viés ideológico ligados a Open Source Initiative do idealizador Eric Raymond. Assim, as licenças possuem semelhanças, porém o Free Software não possui propriedade sob o software, respeitando suas quatro liberdades (abaixo descritas) ao contrário do Open Source que pode ter um proprietário conhecido e este por sua vez pode definir as ações sobre seu código fonte, por exemplo, todas as atualizações realizadas em um código devem ser submetidas ao criador original do código para aprovação.

Mesmo ocorrendo a divergência ideológica entre estes padrões de licenças, isto não se torna impedimento para a utilização de softwares licenciados sob uma ou outra licença, porém as duas estão bem distantes das limitações de licenças Copyright proprietárias, o que as torna válidas para o desenvolvimento da presente proposta.

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dos softwares de interesse e sua forma de distribuição/licenciamento, ficando a critério de quem vai elaborar a estrutura lógica proposta.

O conceito Open Source surge do ideal de distribuição livre e gratuita, com a possibilidade de utilização e/ou modificação de suas partes desde que o autor original seja creditado (KATZ, 2011).

De acordo com Avital (2011), a condição de distribuir livremente qualquer produto deve passar por três esferas básicas: a visualização, que diz respeito ao compartilhamento; a modificação, considerando o compartilhamento dos resultados e as melhorias efetuadas no projeto; e, o uso, que se refere ao compartilhamento da propriedade criada.

Cinelli et al. (2016) afirmam que a maioria dos projetos open source são protegidos por licenças Creative Commons (CC), que garantem a abertura própria deste conceito. Dentre as licenças de software livres mais difundidas no segmento de TI e que adotam a filosofia Open Source, podem ser citadas:

1) GNU General Public License (GNU GPL):

Esta licença é aplicada à produção de Softwares Livres e possuem quatro liberdades básicas:

• Executar o programa para qualquer finalidade;

• Estudar o código do programa e como ele funciona e proceder às adaptações conforme a necessidade do usuário da licença;

• Redistribuir cópias idênticas/modificadas com finalidade de ajudar ao próximo; • Aperfeiçoar o código do programa e disponibilizar as alterações/modificações

com finalidade de beneficiar toda a comunidade.

Uma das premissas principais nesta licença é o acesso ao código-fonte. Sem ele nenhuma das ações acima poderia ser realizada e não produziria os efeitos de forma ampla. A garantia destas liberdades permite que um software sob a licença GPL sejam distribuídos, usados e reaproveitados mantendo os direitos do autor.

Informações sobre a licença podem ser encontradas em: http://www.gnu.org/licenses/gpl.html

2) Apache Licence v2.0:

É uma licença para software livre de autoria da Apache Software Foundation. Tal licença permite que o software Apache seja usado em qualquer projeto, desde que sejam obedecidos os termos e condições contidos na Licença de Uso. Ela permite o uso e distribuição do código-fonte tanto no software livre, quanto no proprietário. Entretanto, exige a inclusão do aviso de copyright (direito autoral), termo de responsabilidade (informa os direitos e as responsabilidades assumidas e não assumidas pelo autor) no produto.

Informações sobre a licença podem ser encontradas em: http://www.apache.org/licenses

3) Mozilla Public License - Mozilla v1.1:

É uma licença para software livre de código aberto. Esta licença define que o código-fonte copiado ou alterado sob ela deve continuar sob a mesma licença. Entretanto, é permitido que esse código seja combinado em um software com arquivos proprietários. Além disso, é possível criar uma versão proprietária de um código sob a licença Mozilla. Esta licença também permite a redistribuição do código produzido, mas obriga a inclusão de citação do autor.

Informações sobre a licença podem ser encontradas em: http://www.mozilla.org/MPL/

4) Licença Berkeley Software Distribution - BSD:

É uma licença de código aberto que teve sua origem nos sistemas operacionais com base no sistema operacional UNIX e que foram distribuídos sob a licença BSD. Ela impõe poucas restrições e a Licença é considerada de domínio público podendo ser alterada sem restrições desde que seja informado o nome do indivíduo ou organização responsável pela modificação. Esta licença permite que o software desenvolvido sobre a licença BSD seja incorporado a produtos proprietários ou anexado a outras licenças.

Informações sobre a licença podem ser encontradas em: http://www.opensource.org/licenses/bsd-license.php

5) Licença Instituto de Tecnologia de Massachusetts - MIT:

Esta licença foi criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts e pode ser aplicada tanto em softwares livres quanto em softwares proprietários. Ela não impõe nenhuma restrição de uso, permite o uso, modificação e distribuição sem obrigatoriamente do copyright. Assim qualquer grupo pode modificar o código e a licença com o objetivo de atender suas necessidades. Por não ter cláusula de endosso, ela facilita o direito a usar, copiar, modificar, mesclar, publicar, distribuir e vender copias do software.

Informações sobre a licença podem ser encontradas em: http://www.opensource.org/licenses/mit-license.php