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Limitações do Estudo e Recomendações para Pesquisa Futura

CAPÍTULO V CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.2 Limitações do Estudo e Recomendações para Pesquisa Futura

Strategizing tem em conta a análise de relacionamentos não vistos como um todo, mas

sim individualmente. No entanto, dado o elevado número de clientes da empresa foi difícil obter a informação e registo individual de cada um, tendo em conta o limite de tempo e espaço imposto, tendo-se por isso procedido à sua segmentação. Assim, não houve especial atenção a diferenças entre relacionamentos do mesmo segmento, tendo os resultados sido descritos, com base na generalização das características que a maioria de cada segmento apresentou nos relacionamentos.

33 A segmentação terá dificultado a definição de uma linha de tempo exacta, para o registo temporal dos acontecimentos descritos.

Relativamente ao quadro de análise utilizado, a classificação dos vários tipos de relacionamentos, consoante as funções que apresentam, ter-se-á revelado um pouco subjectiva. As funções terão sido medidas com base na informação angariada sobre a importância dos clientes a vários níveis (Quota Mercado, por exemplo), para a empresa. Ainda na análise aos relacionamentos com estes clientes da empresa, a AccessFunction não terá sido encontrada.

Baraldi et al., (2007) sugerem que é possível contribuir bastante, tanto de forma teórica como empírica, para estudos acerca dos relacionamentos entre empresas, devendo estes incidirem sobre ambos os lados de um relacionamento. Tendo sido o estudo realizado apenas na perspectiva da empresa como fornecedora, devido ao limite de tempo imposto, recomenda-se a análise de um estudo similar, por uma perspectiva da empresa como cliente.

Dado o tema de strategizing ser de cariz altamente complexo, levanta a possibilidade de ser estudado por várias vertentes. Seria interessante efectuar um estudo com objectivos similares a este, utilizando como modelo de análise, os paradoxos que Ford e Hakansson (2002) detectaram inerentes à natureza das.

De acordo com o que foi investigado, a perspectiva de estratégia em redes tende a prevalecer sobre a convencional (Gulati et al., 2000), devido a um mundo cada vez mais globalizado onde os mercados tendem a ser cada vez menos pessoais, onde a comunicação é cada vez mais exigida e por isso as dimensões sociais e a cooperação são cada vez mais valorizadas. A falta de estudos que possam comprovar isso de forma empírica e realista, deixam em aberto uma possibilidade de pesquisa futura.

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ANEXOS

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Fontes: ANCIPA (Associação Nacional Comerciantes Industriais Produtos Alimentares) e dados

internos da Empresa

Quadro 1 – Estrutura Mercado24

Número Total Quota Mercado PZ Número Estabelecimentos PZ (aproximadamente) Comércio Tradicional 4.000 15% 2.200 Semi-Industria 70 30% 50 Indústria 14 5% 5 Distribuição Moderna 5 Cadeias Distribuiçao 50% 5 Cadeias Distribuição

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40 Guião Entrevista

1- Caracterização geral da empresa (tipo de negócio e indústria; que produtos compra e vende; fornecedores; clientes; missão)

2- Em que sentido são importantes para a empresa, os relacionamentos com cada cliente?

3- Que tipo de contacto é estabelecido com cada segmento?

4- Que tipo de relacionamentos tem a empresa com os clientes, de acordo com o quadro de Walter et al., (2001)?

5- Porque é que um relacionamento se insere num particular quadrante da matriz, no momento actual?

6- Como é que essa posição de Walter et al (2001) se manteve ou mudou ao longo do tempo (houve alguma mudança da posição do relacionamento nesse quadrante desde que o relacionamento surgiu)?

7- Quem (fornecedor, cliente, ambos) tem tido uma postura activa ou passiva na mudança da posição do relacionamento no quadrante?

8- Que barreiras podem existir à alteração ou manutenção da posição da empresa perante determinado cliente?

9- Em que medida é que as posturas diversas, de vários actores com os quais a empresa faz negócios, bloqueiam ou potenciam o posicionamento do cliente no quadro em questão?

10- Há algum tipo de parceria com Distribuição Moderna?

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