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7. Conclusão, Limitações e Sugestões

7.1. Limitações e sugestões para investigações futuras

Relativamente às limitações deste estudo, estas prendem-se com o número reduzido de sujeitos que compõem a amostra o que não nos permite generalizar os dados obtidos. Por outro lado, a morosidade das questões burocráticas inviabilizou a recolha de um maior número de sujeitos.

Outra limitação refere-se ao estado de grande vulnerabilidade e fragilidade emocional em que estas mães se encontravam no momento da resposta aos questionários, devido à prematuridade dos seus bebés e à proximidade com o momento do parto. Embora a maioria das inquiridas tenha dado o seu consentimento para participar, foi comum estas sentirem que a sua experiência com o bebé ainda era muito reduzida por este se encontrar internado.

Por outro lado, considero que o número elevado de itens que constituíam a totalidade do questionário possa ter também condicionado a disponibilidade para responder aos instrumentos.

Embora se tenham produzido resuldos interessantes, a investigação teria ficado mais completa se, devido à multicolinearidedade, não se tivessem retirado as variáveis “Satisfação Conjugal” e “Suporte Social”, visto que, nesta fase da vida, ambas as variáveis têm uma importância muito relevante.

Por fim, é importante referir que existe pouca literatura actual acerca deste tema, sendo que, os estudos existentes remetem-se à década passada e têm por base autores clássicos.

Relativamente às sugestões, considera-se que seria uma mais valia perceber como as variáveis “Satisfação Conjugal” e “Suporte Social” influenciam a percepção materna acerca da diferença bebé real-imaginário. Compreender se a percepção materna das mães pré-termo se

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altera com o tempo ou com a alta do bebé da unidade de neonatologia. E, por outro lado, perceber se a vivência do parto influencia a percepção materna acerca do bebé.

Também seria interessante, perceber a influência da percepção materna acerca da diferença real-imaginário em mães de bebés com uma idade gestacional inferior. E, ainda, como esta diferença se observa em mães de gémeos.

Por fim, penso que também seria interessante compreender de que forma a diferença entre o bebé imaginário e o bebé real, em mães de bebés com algum tipo de anomalia ou deficiência, pode influenciar a percepção materna quer ao nível dos comportamentos do bebé, quer ao nível da sua capacidade em cuidar deste.

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