O estudo teve algumas limitações, como: dificuldade de recebimento TCLE, alguns coordenadores impediram a realização da pesquisa, vírus no website, o que parou a continuidade de coleta dos dados duas vezes. Na primeira vez, por quatro dias, na segunda, por cinco dias.
Em cada visita realizada nos grupos, poucos adolescentes negaram-se a participar da pesquisa. O tema, sexualidade e prevenção de IST/HIV/aids, deixou alguns intimidados, envergonhados. Outros aderiram prontamente. Em certo grupo de jovens, foram distribuídos, aproximadamente, 50 termos. Os adolescentes menores de idade que consentiram participar da pesquisa, levaram o TCLE para casa. Todos foram orientados a trazer na outra semana, quando o grupo se encontrava novamente para reunião. Ao retornar na semana seguinte para pegar os termos, nenhum adolescente lembrou de levá-lo assinado. Desta maneira, a mestranda solicitou que levassem na outra semana. Ao retornar pela segunda vez ao grupo, apenas uma adolescente levou o termo assinado pelo responsável.
Observou-se a grande dificuldade do recebimento do TCLE por parte dos adolescentes. Muitos pediram desculpas e disseram haver esquecido, ou que o pai esqueceu de assinar. Outros disseram que fosse outro dia que eles levariam, ou então que haviam perdido, e acabaram pedindo os termos para levar para casa novamente.
A entrega do TCLE teve baixa adesão quando foram entregues aos menores de idade pelos fatores já mencionados. Ao observar esta limitação, em alguns locais a mestranda teve iniciativa de solicitar aos coordenadores uma reunião com os pais dos adolescentes a fim de explicar o trabalho, seu objetivo, e receber as assinaturas. Contudo, apenas uma coordenadora de um grupo de jovens aceitou a realização da reunião. Nem todos os pais compareceram, e os que foram fizeram diversas perguntas, aprovaram a participação dos filhos, assim como falaram da relevância do trabalho para os adolescentes no meio católico. Outros coordenadores acharam inviável, disseram que era muito difícil fazer a reunião. Então, a coleta continuou com a estratégia inicial, onde eram entregues os termos em uma semana, e na outra, recolhidos.
A importância do coordenador do grupo de jovens é elementar para que possa ocorrer adesão de forma efetiva. Nos grupos onde houve intervenção do líder, quando ele mandou mensagens lembrando os jovens levarem os termos, de responderem a pesquisa, houve um
quantitativo maior do que outros grupos em que o coordenador intervia pouco.
Salienta-se que o Arcebispo de Fortaleza autorizou a pesquisa nos grupos de jovens. Não houve interposição de nenhum padre das paróquias visitadas a fim de realizar a pesquisa. Contudo, alguns coordenadores de grupos não permitiram a realização da mesma.
Antes desta pesquisa com o público alvo, o site foi cuidadosamente construído com base na literatura, e plenamente de acordo com os documentos da Igreja Católica, contendo, inclusive as referências para o aporte teórico. Após sua construção foi avaliado por especialistas enfermeiros, educadores em saúde, teólogos e designers gráficos. Os mesmos consideraram o website satisfatório com ressalvas que foram sanadas após a avaliação (FERREIRA, 2014).
Outra limitação deu-se pelo fato do website ter sido invadido por vírus, e ficado alguns dias fora do ar durante a coleta de dados. Este fato reforça a necessidade de atualização não somente do conteúdo, mas sobretudo da versão pelo qual foi desenvolvido, que teve o ambiente atualizado em 2017.
Recomenda-se realizar a validação do website com grupos religiosos e não religiosos, assim como também em escolas religiosas ou não, públicas e privadas, com intenção de dar ao maior quantitativo de adolescentes oportunidade de se sensibilizarem acerca da sexualidade e se prevenirem contra IST/HIV/aids. Se possível, para estudos posteriores, deve-se atentar para procurar os locais e solicitar as devidas autorizações com certa antecedência, assim como realizar a coleta dos dados. Caso a adesão seja baixa em algum local, não insistir nele por muito tempo, e sim, após duas tentativas, procurar outros locais.
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