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O presente estudo é, de facto, um passo importante na demonstração das estruturas semânticas específicas da teoria implícita da personalidade sendo que, no entanto, reflecte algumas limitações.

Primeiramente, alguns resultados obtidos carecem de uma explicação teórica fundamentada e, por isso mesmo, necessitam de ser estudados e investigados com maior cuidado, de forma a haver uma melhor compreensão. Especificamente, alguns resultados obtidos no teste de reconhecimento gist, nas condições de formação de impressões e memória, apresentam um nível de falsas memórias difícil de explicar. Como pode ser observado nas Tabelas IV e V, as listas “intelectual-positiva” apresentam níveis de falsas memórias da primeira metade da lista significativamente superiores aos da segunda metade da lista. Estes dados são estranhos, principalmente quando comparados com os resultados obtidos nas listas “social-positiva”. O que seria de prever no teste de reconhecimento gist era o desaparecimento ou manutenção das diferenças nos níveis de falsas memórias entre a primeira e a segunda metade das listas. É importante referir, no entanto que este desaparecimento ou manutenção devia ser generalizado a todos os quatro tipos de listas. O facto de isso não acontecer na lista “intelectual-positiva” pode demonstrar que as listas nas quais a primeira metade é maioritariamente constituída por traços da dimensão intelectual e de valência positiva, são alvo de um tratamento diferente por parte dos participantes, quando confrontados com um teste gist. Estes dados podem ser importantes até porque podem demonstrar alguma diferença em termos do processo de extracção do tema da lista quando os primeiros traços apresentados são da dimensão intelectual e de valência positiva. Mais ainda, torna-se interessante tentar perceber porque é que este efeito é apenas observado no teste de reconhecimento gist e não no teste de reconhecimento standard.

Para além do que foi referido, seria também interessante explorar o efeito de correlação ilusória baseado na expectativa, aplicando uma tarefa de estimação de frequência. Tal como descrito por Garcia-Marques e Hamilton (1996), uma tarefa de recuperação para a estimação apenas envolve uma busca em amostras de itens associados com o alvo ou atributo em questão, sendo que os itens congruentes com a expectativa estão mais fortemente associados com o nódulo alvo do que os itens incongruentes e, por isso mesmo, são mais facilmente acedidos durante a recuperação, conduzindo a estimações de frequência mais elevadas. Se se verificasse uma maior

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estimação de frequência para os itens de dimensão e valência equivalentes à primeira metade das litas, então os dados seriam mais um apoio empírico para os resultados obtidos na presente investigação.

Outra limitação prende-se com o facto de que os processos inerentes à formação de impressões não se limitam apenas à percepção de traços apresentados numa modalidade auditiva. Uma limitação importante ao nível deste estudo prende-se com a ausência de uma variável que permita compreender de que forma o efeito de primazia pode ser verificado quando os sujeitos são expostos a faces em vez de traços de personalidade. Neste tipo de investigações em que os sujeitos estão expostos a traços de personalidade, mesmo que não tenham qualquer contacto com características físicas do sujeito alvo, têm tendência a desenvolver algumas ideias sobre o aspecto deste (Hamilton et al., 1980

)

. Desta forma, será legítimo assumir que, quando expostos a faces, os sujeitos tenham alguma tendência para inferir traços de personalidade a partir dos traços faciais.

Já Darwin (1872) se questionou sobre a forma como as expressões humanas eram importantes no sentido de descodificar as emoções dos outros. As pessoas avaliam de forma espontânea as faces de outras pessoas inferindo das mesmas diversos traços de personalidade como confiança, competência ou amabilidade (Stewart, Ajina, Getov, Bahrami, Todorov &, Rees, 2012). Alguns estudos neste sentido vieram demonstrar a grande importância que a avaliação facial tem nas inferências que fazemos acerca da personalidade dos outros. Em 1990, Berry realizou um estudo no sentido de comparar as impressões formadas por estudantes sobre os seus colegas a partir de imagens das suas faces, com impressões formadas a partir de contacto uns com os outros. Os resultados foram surpreendentes e demonstraram que as impressões formadas a partir das fotografias foram coincidentes com as impressões formadas a partir do contacto uns com os outros. Ainda nesta linha de estudos, Todorov, Madisodza, Goren e Hall (2005) defendem que, de uma perspectiva psicológica, as inferências rápidas que são retiradas da aparência dos políticos podem influenciar o processamento de informação subsequente sobre os mesmos. Os autores pediram a um conjunto de participantes para julgar a competência de dois candidatos, baseando-se apenas na sua aparência. Para tal, apresentaram a sujeitos pouco sensibilizados para a política um par de candidatos a cargos importantes na política, sendo que as pessoas teriam de escolher qual deles seria mais competente para vencer as eleições. Os resultados estão de acordo com as

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previsões tendo em conta que as inferências demonstradas pelos participantes apresentaram uma correlação significativa com os votos recolhidos nas eleições em que os dois candidatos participaram. Mais ainda, apesar de os participantes não terem qualquer limitação temporal no que toca ao tempo de decisão, a média de respostas foi de um segundo. Isto demonstra que as pessoas fazem inferências sobre traços bastantes diferentes a partir da aparência facial e que estas inferências têm efeitos selectivos nas suas decisões. No que toca ao traço de inteligência, vários estudos têm sido realizados no sentido de tentar determinar se a inteligência inferida a partir das faces tem alguma correlação com a inteligência real (i.e., inteligência testada através de testes de QI). Zebrowitz, Hall, Murphy, & Rhodes (2002) realizaram uma investigação no sentido de comprovar se a relação entre a inteligência apercebida e a inteligência real é mesmo significativa ou se não passa de “guessing”. Os autores concluíram que os participantes eram capazes de inferir de forma correcta a inteligência de um indivíduo apenas a partir da visualização de uma fotografia do mesmo. Mais ainda, os autores referem que a atractividade facial contribui para o julgamento das pessoas, sendo que quanto mais atractiva é uma face, maior será a inteligência apercebida em relação à mesma. Isto acontece apenas nas crianças e nos adultos, sendo que as suas inferências são alteradas aquando da manipulação da atractividade. Bar, Neta e Linz (2002) demonstraram ainda que os julgamentos de personalidade baseados em aparências faciais podem ser realizados de forma muito rápida. Os autores expuseram os participantes a faces durante períodos mínimos de 39ms e estes conseguiram inferir informações sobre o sujeitos- alvo, mesmo num espaço de tempo de exposição bastante curto.

Tendo em conta os estudos referidos e outros (e.g., Willis & Todorov, 2006; Bar, Neta & Linz, 2006), Oosterhof e Todorov (2008) realizaram um estudo com o objecto de compreender as bases funcionais da avaliação facial. Baseando-se em estudos comportamentais e modelos computacionais sobre a forma como as faces variam em termos de dimensões sociais, os autores construíram um modelo 2D de avaliação facial constituído por duas dimensões, a Confiança e a Dominância. A avaliação da confiança refere-se a uma generalização da percepção de pistas faciais que servem de sinalização se devemos ou não aproximarmo-nos de determinada pessoa. Quanto à avaliação da dominância, trata-se de uma generalização da percepção de pistas faciais que assinalam a força/fraqueza do indivíduo. Este modelo dimensional engloba um conjunto de trabalhos que pode melhorar o estudo da avaliação facial podendo, desta forma, ter em

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conta múltiplas inferências de traço que surgem a partir de faces emocionalmente neutras.

Efeito de primazia na avaliação facial

Tendo em conta os estudos realizados sobre a inferência de traços a partir da avaliação facial, seria de esperar que o efeito de primazia, obtidos em vários estudos nos quais os traços são apresentados em palavras (e.g., Asch, 1946), fosse replicável aquando da exposição dos sujeitos a faces com traços diferentes.

O estudo que proponho teria como objectivo a replicação do efeito de primazia a partir da apresentação de faces.

Materiais. Utilizando a estrutura dimensional encontrada por Oosterhof e Todorov (2008), podem ser criados conjuntos de variações da mesma cara, cujos traços faciais variam entre uma confiança positiva (i.e., que transmitissem aos sujeitos uma sensação de segurança no sentido de amabilidade e possibilidade de aproximação) e uma confiança negativa (i.e., que transmitissem ao sujeito uma sensação de pouca receptividade e pouca vontade de interacção). As versões da face alvo, cujos traços variavam em termos da dimensão “confiança”, seriam depois organizadas da seguinte maneira: a primeira metade do conjunto era constituída por várias versões da face na qual os traços pertenciam à zona positiva da dimensão Confiança, ou seja, as várias versões da face eram diferentes, no entanto tinham uma característica em comum, que era o facto de serem positivas no que toca à valência da dimensão Confiança; a segunda metade da lista era constituída por várias versões diferentes da face, cuja única característica em comum era o facto de apresentarem traços faciais que tinham uma valência negativa no que respeita eixo da dimensão Confiança. Eram ainda formadas listas com a ordem inversa a esta (i.e., Confiança negativa na primeira metade e Confiança positiva na segunda). O mesmo processo seria repetido no sentido de criar um conjunto de variações da face em relação à dimensão de Dominância. Seria ainda utilizada uma variação da face utilizada nos conjuntos anteriores que, no entanto, tinha uma diferença específica em relação ao seu posicionamento na estrutura dimensional porque se encontrava numa posição neutra e, portanto, os sujeitos teoricamente não conseguiriam inferir qualquer traço a partir dessa face. Assim, poderíamos obter, tal como no estudo de Garcia-Marques e colaboradores (2010), quatro conjuntos de versões

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da face alvo diferentes: “confiança-positiva”; “confiança-negativa”; “dominância- positiva”; e, por último, “dominância-negativa”

Design. A experiência teria um plano factorial 2 dimensão da face (Confiança vs Dominância) X 2 valência da primeira metade do conjunto (negativa vs positiva). Todas as condições eram inter-participantes.

Procedimento. Um dos conjuntos de versões da face alvo era apresentado aos sujeitos, dependendo da condição em que se encontravam, de forma sequencial e era pedido aos mesmos que formassem uma impressão sobre o indivíduo que lhes estava a ser apresentado.

Após a apresentação do conjunto, era apresentada ao sujeito uma tarefa distratora (e.g., TETRIS; SUDOKU) com o objectivo de eliminar um efeito de recência devido à proximidade das tarefas.

Depois da tarefa distratora era apresentado aos sujeitos uma versão da face que fosse neutra em termos das dimensões em questão, ou seja, a face apresentada nesta fase da experiência teria uma valência neutra tanto no que toca à dimensão de Confiança como à dimensão de Dominância. Depois da visualização desta ultima versão da face, era pedido aos sujeitos que avaliassem a mesma. Para tal, aos sujeitos que tinham sido expostos a variações da face da dimensão Confiança, era pedido que avaliassem quão fiável e disposto a interagir era o indivíduo da face alvo sendo que, para tal avaliação, era apresentada aos sujeitos a escola com valores de -7 a 7, sendo -7 “Muito pouco fiável e disposto a comunicação” e 7 “Muito fiável e disposto a comunicação”. O mesmo aconteceria para os participantes que se encontrassem na condição da dimensão Dominância com a excepção de que, após a apresentação da face de valência neutra, era pedido aos participantes para avaliaram na mesma escala (i.e., -7 a 7) qual o nível de dominância que o sujeito apresentava, sendo -7 “Nada dominante” e 7 “Muito dominante”.

Resultados esperados. Nesta investigação esperar-se-ia que os sujeitos apresentassem o efeito de primazia descrito por Asch (1946) aquando da avaliação da versão neutra da face alvo. Mais especificamente, a avaliação que os sujeitos realizavam no último momento da investigação deveria ser coincidente com a valência da primeira metade do conjunto de versões que lhes tinha sido previamente apresentada. Desta forma, os sujeitos aos quais tinha sido apresentado um conjunto “confiança-positiva” deveriam fazer uma avaliação tendencialmente positiva (i.e., entre 0 e 7 na escala apresentada) no que toca à confiança que aquela face lhes transmitia, enquanto os

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sujeitos aos quais era apresentado o conjunto “confiança-negativa” deveriam efectuar uma avaliação tendencialmente negativa (i.e., entre -7 e 0 na escala apresentada) no que toca à confiança que a face lhes transmitia. O mesmo padrão de resultados deveria ser obtido com os sujeitos que eram expostos aos conjuntos “dominância-positiva” e “dominância-negativa”, sendo que a única diferença se prendia com a dimensão que estariam a avaliar no fim da experiência.

No caso de se confirmarem os resultados previstos, esta investigação permitia dar um passo em frente no que se refere à compreensão da formação de impressões e dos processos que estão na sua base. Após a demonstração de que há estruturas semânticas específicas da teoria implícita de personalidade que são activadas quando o objectivo de processamento é a formação de impressões, este estudo permitira compreender que o efeito de primazia não surge apenas quando os sujeitos são expostos a palavras, mas também quando são expostos a traços faciais. Mais especificamente poder-se-ia assumir que a formação de impressões assume vias semelhantes, mesmo quando o processo não exige um processamento semântico, mas sim um processamento de traços faciais. No entanto, se estes resultados não se confirmassem, abrir-se-ia uma nova porta na área da investigação da formação de impressões porque, tendo em conta que o efeito de primazia não era observado nesta investigação, então seria possível assumir que o processo de formação de impressões era diferente quando os sujeitos apenas eram expostos a faces e, portanto, seria muito interessante para a cognição social uma melhor compreensão desse processo.

Independentemente da confirmação ou não dos resultados, os dados desta investigação poderiam tornar o conhecimento sobre a formação de impressões mais completo, no sentido em que ajudaria a compreender melhor como esta funciona no dia- a-dia das pessoas. Isto porque a formação de impressões não acontece de forma tão simplista como a apresentação auditiva de traços de personalidade, mas sim com um conjunto de informações muito mais complexo que o sujeito percepciona na situação em que se encontra. Os traços faciais fazem parte do conjunto de informações que permitem ao sujeito inferir traços de personalidade e, por isso mesmo, a forma como este os percepciona e interpreta deve ser alvo de maior investigação.

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