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Parte II- Estudo empírico

Problema 3: Será que a aceitação de um duplo padrão sexual tradicional interfere com as

5. Limitações e implicações futuras

Apesar da maioria das conclusões deste estudo irem de encontro aos dados internacionais e nacionais encontrados, a presente investigação não está isenta de limitações, as quais serão apresentadas, no sentido de remeter propostas para estudos posteriores.

Uma das maiores limitações deste estudo foi a ausência de um instrumento validado para a população portuguesa, para avaliar este fenómeno. Isso implicou a criação de um instrumento, completamente de raiz e sem quaisquer dados de comparação. Por outro lado, é importante olhar para os resultados desta investigação com alguma precaução, pois os mesmos podem estar condicionados pela possível dificuldade dos indivíduos, na identificação dos comportamentos violentos. De qualquer modo, o questionário continuará a ser depurado e melhorado no sentido de culminar numa escala de violência nas relações ocasionais.

Outra das limitações desta investigação é a nossa amostra ser maioritariamente feminina, o que significa que estamos a comparar um elevado número de mulheres (N:192), a um reduzido número de homens (N:47), o que pode influenciar todos os resultados aqui apresentados. Tentamos colmatar esta limitação logo na primeira fase da recolha de dados, mas em todas as tentativas de equilíbrio da amostra, a resposta da população feminina ao apelo foi maior.

Apesar das implicações do presente estudo, parece-nos fundamental que se continue a apostar no desenvolvimento de novas investigações que abordem a temática em causa, razão pela qual, passaremos a sugerir questões para estudos futuros.

Parece-nos importante desenvolver estudos que examinem os contextos em que ocorre a violência nas relações ocasionais, visto tratar-se de um tipo de relação que não implica o contacto permanente entre os envolvidos. Outra das questões que nos parece fundamental, uma vez que alguns autores defendem que a violência nas relações de namoro e ocasionais

são um forte preditor da violência no casamento (Carneiro, 2013; Matos, 2000), é investigar o padrão evolutivo da violência ao longo das relações.

Por fim, é importante que se recorra a estudos com outro tipo de metodologia, como a qualitativa, com o intuito de aumentar o conhecimento teórico acerca desta problemática.

Conclusão

A presente dissertação teve como objetivos principais examinar a prevalência das relações ocasionais nos jovens portugueses, relacionar a violência nas relações ocasionais com as variáveis sociodemográficas em estudo, verificar qual o tipo de violência que predomina na amostra escolhida, perceber se a violência é um fenómeno unidirecional ou bidirecional e se a aceitação de um duplo padrão sexual possui influência nas experiências de violência dos jovens portugueses. Posto isto, julgamos que a nossa investigação possui dados relevantes para o estudo nesta área.

Um dos factos a salientar é que, face aos nossos dados, as relações ocasionais não se verificaram como o tipo de relação predominante junto da nossa amostra, já que apenas 37% relata possuir este tipo de relação. Outro dado curioso foi a idade mínima da primeira relação ocasional. Alguns participantes relataram que a sua primeira relação ocasional foi aos 8 anos, o que pode ser uma referência a jogos sexuais infantis, um dado importante para explorar-se em futuros estudos com metodologia qualitativa. Mas também um aspeto a acautelar na formulação desta pergunta no questionário definitivo. Por outro lado, remete-nos para a importância da realização de programas de educação sexual desde idades mais precoces.

O facto de a idade não estar relacionada com a violência sofrida neste estudo, deixa- nos com dúvidas, pois existem estudos que comprovam a sua relação (Carbone-Lopez, Rennison & Macmillan, 2011), e outros que obtiveram a mesma conclusão que a nossa investigação (Ferreira, 2011).

Quanto ao tipo de violência que mais se evidencia nas relações ocasionais, não nos surpreendeu que tenha sido a psicológica, uma vez que a maioria dos estudos internacionais e nacionais revela o mesmo (Fernandez-Fuertes & Fuertes, 2010; Rey-Anacona et al.,2010; Caridade & Machado, 2012). O mesmo se verifica relativamente à bidirecionalidade da violência, os nossos dados vieram corroborar o que, internacionalmente e nacionalmente defendem (Kaura & Lohman, 2009; Antunes & Caridade, 2012; Caridade & Machado, 2012). Outro dado que nos deixou surpresos foi o facto de, na amostra do nosso estudo, o

mostraram que já não se adequam às representações tradicionais impostas pela dupla moral. Através dos estudos que observamos, a nossa expetativa era que, de facto, ainda se verificasse um duplo padrão sexual, que daria mais liberdade sexual ao homem do que à mulher. Salientamos uma vez mais que isto pode ter ocorrido, pois a nossa amostra é maioritariamente feminina e o duplo padrão sexual está mais enraizado no sexo masculino (Allison & Risman, 2013; Sakaluk & Milhausem, 2012; Young et al., 2010).

Os resultados obtidos neste estudo corroboram muitos dos dados da investigação internacional e nacional e isso leva-nos a crer que as faixas etárias mais jovens não estão imunes à violência nas suas relações.

Podemos concluir que a incidência da violência nas relações dos jovens é um problema que não será de fácil resolução e que não é incomum junto dos jovens portugueses. É uma área que não está ainda devidamente estudada e explorada em Portugal, sendo muito poucos os estudos desenvolvidos e, por esta razão, esperamos que esta investigação demonstre a necessidade da realização de novos estudos e investigações.

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