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B) Incontroláveis

10. COMPARAÇÃO ENTRE A PUBLICAÇÃO NÚMERO 103 DA CIPR

10.7. Limites de Dose

A CIPR concluiu que os limites de doses existentes que foram recomendados na Publicação 60 (CIPR, 1991b) continuam a fornecer um grau de proteção apropriado. Dentro de uma categoria de exposição, laboral ou público, os limites de dose se aplicam para a soma das exposições devido a fontes relacionadas com as práticas que já foram justificadas. Os limites de dose recomendados são resumidos na Tabela 2.

Tabela 2. Limites de dose recomendados para situações de exposição planejadasa, pela CIPR

Tipo de Limite Laboral Público

Dose efetiva 20 mSv por ano, média calculada

para um período de 5 anos definidoe

1 mSv em um anof

Dose equivalente anual:

Cristalino dos olhosb 150 mSv 15 mSv

Pelec,d 500 mSv 50 mSv

Mãos e pés 500 mSv -

a Os limites para dose efetiva são válidos para a soma das doses efetivas específicas devido a exposição externa recebidas no período de tempo especificado e a dose efetiva comprometida devido as incorporações de radionuclídeos no mesmo período. Para pessoas adultas, a dose efetiva comprometida é calculada para um período de 50 anos após a incorporação, enquanto que para crianças é calculada para um período até atingir a idade de 70 anos.

b Atualmente estes limites estão sendo revisados por um Grupo Tarefa da CIPR .

c A limitação para a dose efetiva proporciona proteção suficiente para a pele devido os efeitos estocásticos. d Média calculada em 1 cm2 de área da pele ao invés da área exposta.

e Com uma clausula adicional de que a dose efetiva não deve exceder a 50 mSv em um único ano. São aplicadas restrições adicionais para a exposição laboral da mulher grávida.

f Em circunstâncias especiais, pode ser permitido um valor maior para a dose efetiva em um único ano, desde que a média em um período de 5 anos não exceda a 1 mSv por ano.

120 Para a exposição laboral em situações de exposição planejadas, a Comissão continua recomendando que o limite deve ser expressado como uma dose efetiva de 20 mSv por ano, como média calculada num período de 5 anos definido (100 mSv em 5 anos), com uma cláusula adicional que a dose efetiva não deve exceder a 50 mSv em um único ano.

Para a exposição de público em situações de exposição planejadas, a Comissão continua recomendando que o limite deva ser expressado como uma dose efetiva de 1 mSv em um ano. Entretanto, em circunstâncias especiais pode-se permitir um valor maior de dose efetiva em um único ano, desde que a média calculada num período de 5 anos não exceda a 1 mSv por ano.

Os limites de dose efetiva se aplicam para a soma das doses devido as exposições externas e doses comprometidas devido as exposições internas causadas pela incorporação de radionuclídeos. Na Publicação 60 (CIPR, 1991b), a Comissão estabelece que as incorporações ocupacionais possam ter sua média calculada num período de 5 anos para proporcionar alguma flexibilidade. A Comissão continua mantendo este ponto de vista. Similarmente, a média calculada para as incorporações de público durante um período de 5 anos seria aceita naquelas circunstâncias especiais onde a média calculada para a dose de membros do público fosse permitida.

Os limites de dose não são aplicados em situações de exposição de emergência uma pessoa exposta, que seja informada, é envolvida em ações voluntárias para salvar vida ou é acionada para evitar uma situação catastrófica. Para voluntários informados realizando operações urgentes de resgate, a dose restritiva normal pode ser relaxada. Entretanto, para pessoas acionadas para responder em operações de recuperação e restauração numa fase posterior da situação de exposição de emergência deve ser considerada como trabalhador exposto e deve ser protegido de acordo com o padrão de proteção radiológica laboral normal, e suas exposições não devem exceder os limites de dose ocupacionais recomendados pela Comissão. Desde que a Comissão recomenda medidas de proteção específicas para trabalhadores do sexo feminino que tenham declarado que estão grávidas ou está amamentando uma criança, e tenha considerado as incertezas desfavoráveis que envolvem as medidas de resposta imediatas no evento de uma situação de exposição de emergência, os trabalhadores do sexo feminino nestas condições não devem ser empregados como primeiros atuadores para salvar vidas ou em outras ações de urgência.

121 Na publicação do OIEA os limites de dose para a exposição laboral de trabalhadores com idade superior aos 18 anos os limite de dose são:

(a) uma dose efetiva de 20 mSv por ano mediada sobre cinco anos consecutivos (100 mSv em 5 anos) e 50 mSv em qualquer ano singular;

(b) uma dose equivalente no cristalino de 20 mSv por ano mediada em 5 anos consecutivos (100 mSv em 5 anos) e de 50 mSv em qualquer ano singular; (c) uma dose equivalente nas extremidades (mãos e pés) ou na pele de 500 mSv em um ano.

Para exposição do público, os limite de dose são: (a) uma dose efetiva de 1 mSv em um ano;

(b) em circunstâncias especiais pode ser aplicado um valor maior para a dose efetiva em um ano singular, desde que a dose efetiva média sobre 5 anos consecutivos não exceda 1 mSv por ano;

(c) uma dose equivalente no cristalino de 15 mSv em um ano; (d) uma dose equivalente na pele de 50 mSv em um ano A tabela 3 resume as informações apresentadas;

Tabela 3. Limites de dose recomendados para situações de exposição planejadas pelo OIEA

Tipo de Limite Laboral Público

Dose efetiva 20 mSv/ano, média calculada

para um período de 5 anos definido

1 mSv em um ano

Dose equivalente anual:

Cristalino dos olhos 20 mSv/ano 15 mSv

Pele 500 mSv 50 mSv

Mãos e pés 500 mSv -

Para a mulher trabalhadora que tenha notificado a gravidez ou que esteja amamentando aplicam-se mail restrições.

Para a exposição laboral de aprendizes na faixa etária entre16 e 18 anos que estão sendo treinados para um emprego envolvendo radiação e para a exposição de estudantes na mesma faixa etária que usam fontes no decorrer de seus estudos, os limites de dose são: (a) uma dose efetiva de 6 mSv em um ano;

122 (b) uma dose equivalente no cristalino de 20 mSv em um ano;

(c) uma dose equivalente nas extremidades (mãos e pés) ou na pele de 150 mSv em um ano.

Os limites de dose aqui especificados aplicam-se à soma das doses pertinentes causadas por exposição externa em um período especificado com as doses comprometidas pertinentes originadas de incorporações no mesmo período; o período para o cálculo da dose comprometida, normalmente deve ser de 50 anos para incorporações por adultos e até a idade de 70 anos para incorporações por crianças.

10.7.1. Discussão dos Resultados

Como podemos observar nas duas publicações os limites vem se mantendo o mesmo desde publicações anteriores, a grande diferença observada aqui é por parte do OIEA que diminuiu drasticamente o Limite para o Cristalino, sendo que na CIPR é de 150mSv/ano e no OIEA 20mSv/anos

10.7.2. Conclusão

Acreditamos que a mudança apresentada pelo OIEA é de extrema importância devido a sensibilidade radiológica do cristalino e que a revisão do mesmo limite prometido pela CIPR já deveria ter sido descrito em sua publicação.

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