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53 54 55 56 57 52 51 50 27 Pelotas Rio Gran de S an ta Vitória do Palmar B agé Santana do L ivramento Quaraí Uru guaiana C amaquã En cruzilhad a do Sul San ta M aria São Gabriel Taquari Po rto A legre Cach oeirin ha CanoasC amp o B om Torres C amb ará do Sul

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B ento G on çalves Lagoa Verm elha Iraí

São Luiz Gonzaga

San to Ân gelo Passo Fundo

Júlio de C astilhos C ruz A lta Ibirubá 1 2 3 4 5 04/02/2004 - 12 UTC VEN TO (m/s) (30 estações) c) Santa C ata rina Ocea no A tlânt ico Arge ntina Uruguai Lago a do s Pa tos Lago a M irim 28 29 30 31 32 33 LA T IT U D E S U L LO NG ITUDE OESTE 53 54 55 56 57 52 51 50 27 Pelo tas R io Gran d e

S anta Vitó ria do Palm ar B ag é En cruz ilhad a do Su l Po rto A legr e Can o as T orres C axias do Su l B om Jesu s Lag oa Vermelh a Ir aí Passo F un d o Santana d o L ivramento Uru g uaian a San ta M aria

Cru z A lta São Lu iz G on zag a San to An gelo 04/02/2004 - 12 UTC PRESSÃO (hPa) (19 estações) d) Figura 29 - Campos meteorológicos em superfície sobre o Estado do Rio Grande do Sul. (a) temperatura do ar, (b) depressão de temperatura, (c) vento horizontal e (d) pressão atmosférica, às 12 UTC do dia 04/02/2004, referente ao segundo caso de estudo.

CONCLUSÕES

Neste capítulo foi abordada a distribuição semanal de ocorrência dos SCM observados nos meses de fevereiro de 2003 a 2005 (analisados no capítulo “Fatores de grande escala e anomalias de precipitação”, pág. 13) e os principais resultados encontrados, a partir da análise dos dados de superfície, durante a ocorrência de dois casos de estudo nas proximidades do Estado do Rio Grande do Sul. Os casos selecionados ocorreram no mês de fevereiro de 2003 e de 2004 e apresentaram

interação entre diferentes SCM. No primeiro caso, a interação ocorreu entre três SCM grandes e bem definidos, enquanto que o segundo caso resultou da interação entre SCM pequenos e mais numerosos. Outra importante diferença residiu no fato da nebulosidade que, no primeiro caso, não penetrou sobre o território do Rio Grande do Sul, enquanto que no segundo caso houve nebulosidade por sobre grande parte do Estado.

Em relação ao primeiro e segundo casos, o campo de pressão em superfície não mostrou significativas alterações. No primeiro caso, porque nenhum dos SCM envolvidos se deslocou por sobre o território do Rio Grande do Sul. No segundo caso de estudo, os valores de pressão não indicaram alterações no campo de pressão a mesoescala, pelo fato da nebulosidade ocorrida ter sido estratiforme, com pequeno desenvolvimento vertical. O campo de temperatura apresentou diferenças entre os dois casos. No primeiro caso, as temperaturas sobre o Estado estavam elevadas, ultrapassando 30ºC em algumas regiões, enquanto que no segundo caso, os valores permaneceram em torno de 25ºC sobre todo o Estado durante o período analisado. Os valores de umidade em superfície mostraram que, no primeiro caso, o ar estava predominantemente seco. O contrário foi observado no segundo caso.

A qualidade dos campos de vento horizontal, obtidos a partir das estações em superfície, permitiu uma boa avaliação deste parâmetro. Foi verificado que o vento no Rio Grande do Sul agiu contribuindo ou impedindo a entrada da nebulosidade associada aos SCM que se formaram nas vizinhanças do Estado. O primeiro caso foi caracterizado por um escoamento bem definido de norte/nordeste nas regiões norte/noroeste do Estado, quando havia um SCM organizado e ativo no leste da Argentina. Este escoamento impediu a intrusão da nebulosidade destes SCM sobre o Estado, impossibilitando o seu deslocamento Estado adentro.

O campo de vento do segundo caso apresentou uma estrutura mais complexa, tendo sofrido a influência de escoamentos de grande escala associados à alta subtropical, a um centro de baixa pressão localizado no Oceano Atlântico (perto da costa) e ao escoamento de latitudes tropicais. Ainda, próximo do horário de desenvolvimento máximo dos SCM, no norte da Argentina/oeste do Paraguai, os ventos no norte do Rio Grande do Sul sofreram a influência do escoamento ciclônico associado à esta convergência em baixos níveis.

CONCLUSÕES GERAIS

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar a ocorrência de Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) na região sul da América do Sul. Os resultados foram apresentados na forma de três capítulos, cujas principais conclusões são sintetizadas abaixo.

1. para os Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) observados no mês de fevereiro dos anos 2002 a 2005, a análise das anomalias de precipitação em superfície no Rio Grande do Sul mostraram que em fevereiro de 2003 houve excesso de precipitação (com valores de anomalias semelhantes aos valores climatológicos) enquanto que, nos outros meses, houve déficit de precipitação. Foi verificado que nos três meses de fevereiro em que houve estiagem no Estado, os centros de alta pressão no Oceano Atlântico sul estavam deslocados para leste e havia anomalias negativas de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) próximo da costa sul da AS. Situação contrária foi encontrada no mês de fevereiro de 2003, em que houve excesso de precipitação no Estado do Rio Grande do Sul e anomalias positivas de TSM no Oceano Atlântico Sul. Esta condição de grande escala favoreceu a formação de inúmeros SCM que atingiram o Estado em fevereiro de 2003 enquanto que, nos meses secos, a quantidade de SCM identificados foi desprezível, em comparação ao mês chuvoso. A maioria dos SCM observados nos três meses de fevereiro se formou sobre o Estado, com tempo de vida predominante

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