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Os Vários Métodos Utilizados pelos Espíritos para nos Contatar

LUZES ESPIRITUAIS

As luzes espirituais surgem como pontos, esferas ou faixas diáfanas numa gama de cores que vai do branco, amarelo e laranja ao azul e violeta. As cores podem mudar, e as luzes cintilam rapidamente na atmosfera. Muitas pessoas já me disseram que vêem essas luzes minutos antes de adormecer ou quando estão em meditação profunda. Essas bolas de luz aparecem na visão lateral de uma pessoa e às vezes são acompanhadas por um zumbido. Durante nossos círculos de desenvolvimento, víamos muitas centelhas de luz na sala.

Lembro-me bem de uma vez em que estávamos numa sessão espírita na casa de Brian Hurst. Ele tinha me convidado para participar com um grupo de médiuns ingleses. Esse grupo existia havia

pouco mais de três anos e era famoso entre os escalões superiores de médiuns por produzir fenômenos incríveis.

Cheguei às sete da noite, junto com vinte outros convidados. Reunidos na sala de estar, o responsável pelo grupo nos explicou o que poderíamos esperar presenciar aquela noite. Durante suas instruções, saí pé ante pé da sala e fui até a garagem, onde a sessão se realizaria. Queria me certificar de que tudo seria feito com honestidade.

É lamentável que muitas pessoas dessa área não sejam o que aparentam. Durante anos, tenho trabalhado responsável e honestamente, partilhando meus talentos mediúnicos com outros. Sinto-me na obrigação de denunciar qualquer pessoa que tente enganar o público, no tocante a espiritismo e fenômenos mediúnicos.

Inspecionei cada recanto da sala, à procura de microfones ocultos, fios ou dispositivos de algum tipo. Fiquei aliviado de nada encontrar, mas continuei um tanto cético.

O grupo entrou na garagem e sentou-se. Depois de vários minutos, dois médiuns se sentaram na frente, e um dos participantes amarrou seus pulsos às cadeiras com um tipo de corda que brilhava no escuro, para que pudéssemos observar suas mãos quando as luzes se apagassem.

Iniciamos a sessão com uma prece e nos revezamos expressando nosso entusiasmo por estar ali. Brian ligou o rádio numa estação de música clássica, para ajudar a formar a energia do ambiente. Ele havia pendurado enormes tubos no

teto. As luzes foram apagadas e ficamos sentados por quinze ou vinte minutos numa garagem às escuras.

No início o ar estava parado. Depois, inesperadamente, começou a se agitar. Os tubos passaram a repicar no ritmo da música que vinha do rádio, cada um fazendo um som diferente. Parecia impossível, e eu estava perplexo.

As pessoas começaram a sentir uma brisa fria lhes envolver as pernas.

- Você sentiu isso? - perguntou alguém à minha esquerda. -Subiu por toda a minha perna.

Meus olhos estavam fixos nas cadeiras da frente, onde os médiuns permaneciam amarrados. Enquanto as pessoas sussurravam umas para as outras suas sensações, ouviram-se várias batidinhas, que foram se tornando mais fortes, acima de nós e nas paredes laterais.

Os dois médiuns não tinham se mexido.

Simultaneamente, em toda a garagem, as pessoas manifestaram o que estava acontecendo: "Oh, meu Deus, alguém tocou no meu ombro!", exclamou um homem mais à minha esquerda. "Olhe ali! Viu aquilo?", gritou uma mulher. Ela se referia ao lampejo de luz que aparecera num canto da garagem.

Entretanto, eu mantinha os olhos fixos nos médiuns: eles continuavam sentados na mesma posição.

Em seguida, em questão de segundos, pequenas luzes laranjas, amarelas, azuis e violeta encheram o ambiente. "Que lindo!", admirou-se uma moça. Todos estavam aturdidos. As luzes ficaram mais

brilhantes e percorriam o ar. Quanto mais encantado o grupo se manifestava, mais reluziam as luzes. Quando as pessoas riam, as luzes aumentavam e brilhavam ainda mais. Logo elas começaram a dançar no espaço acima de nós, aparentemente saltando de uma pessoa para outra. A certa altura, uma esfera amarelo vivo parou à minha frente.

- Opa, James, ela gosta de você! - ouvi um homem dizer. Meus olhos estavam fixos na luz que pairava diante de mim.

- Será que é alguém que conheço? — comentei. A luz começou a dançar à minha frente e pareceu esboçar um sorriso. "Meu Deus, que loucura!", pensei.

— Ela está fazendo isso, James, porque você não acredita. Ela quer que você acredite — disse um dos médiuns ingleses.

Todos riram, porque sabiam que eu era médium. Fiquei meio constrangido, mas qualquer dúvida que eu pudesse ter tido naquela noite rapidamente havia desaparecido.

TELEFONE

Outro fenômeno comum é o uso de telefones e secretárias eletrônicas pelos espíritos. O telefone toca e você ouve, do outro lado da linha, o som de uma voz, quase sempre débil, acompanhada por muita estática.

A experiência mais próxima que tive desse fenômeno foi no dia seguinte à morte da Princesa Diana. Eu participava de uma conferência em Nova

Orleans. Era domingo de manhã e eu estava com o televisor do quarto ligado na CNN. Como todo mundo, fiquei paralisado em frente à TV, assistindo aos detalhes da tragédia, sem conseguir acreditar. No momento em que eu ouvia a descrição de como o carro entrara no túnel, seguido por outro veículo cheio de paparazzi, o tom agudo do telefone me fez dar um salto. Em geral não existe nada demais em ouvir esse som, mas o toque do telefone era diferente, parecido com o dos telefones ingleses.

Peguei rapidamente o aparelho. - Alô! Alô! Quem é? — perguntei.

Não houve resposta. Coloquei o fone no gancho e segundos depois o mesmo toque se fez ouvir. Atendi novamente e, desta vez, gritei:

— Alô! Quem fala, por favor?

Mais uma vez ninguém respondeu. Liguei para a recepção do hotel, perguntando se haviam me chamado, e a resposta foi negativa: ninguém ligara para o meu quarto naquela manhã. Indaguei:

- O serviço de vocês tem o toque inglês? — e procurei reproduzir aquele som bem típico.

- Não, Sr. Van Praagh. Os telefones têm o toque americano. E vem sendo assim há sessenta anos. Eu estava atônito ao desligar o telefone. Eu sabia muito bem o que tinha escutado.

O toque voltou mais uma vez.

De novo, saltei ao ouvir o som. Peguei o telefone e fiquei em silêncio: consegui ouvir o som de alguém respirando e em seguida o telefone ficou mudo.

Pensei: "O que estará acontecendo?" Nesse instante, virei a cabeça e vi uma imagem da Princesa Diana na tela da TV. Senti o corpo todo formigar:

— Era você? — perguntei à imagem.

Tenho certeza de que era um espírito tentando fazer contato. Devido ao incomum toque inglês do telefone, acho que deve ter sido alguém das Ilhas Britânicas, mas nunca vou saber se era a princesa.

TELEVISÃO

Várias pessoas me disseram já ter recebido mensagens mediúnicas através da televisão. Isso é raro, mas possível. Pode-se ver a imagem de um ente querido na tela quando o televisor está desligado, ou a imagem de uma fotografia quando a TV está ligada. Eu ainda não tive essa experiência.

No entanto, na semana passada, estava no quarto e ouvi um barulho na sala de estar. Fui até lá e constatei que a televisão estava ligada. Ela se tinha ligado sozinha. Como sabia que um espírito devia ter feito isso, pensei: "Alguém quer que eu preste atenção no que está aparecendo." Mas, naquele momento, não tinha tempo para me sentar e assistir à TV. Sabia que, se fosse importante, eu ficaria sabendo mais cedo ou mais tarde.

A resposta chegou no dia seguinte. Eu me dei conta de que era aniversário de morte da minha mãe, e o programa que estava sendo mostrado

quando a TV se ligou misteriosamente era seu favorito.

APARIÇÕES

Aparições são formas fantasmagóricas de pessoas e animais, comumente chamadas de fantasmas. O que é um fantasma? E geralmente um espírito recentemente desencarnado que ainda não se adaptou à sua nova vida no além. Pensamentos da pessoa falecida são projetados externamente e costumam conectar-se aos entes queridos, fazendo com que os vivos vejam, de alguma forma, o morto. As aparições parecem mover-se através de material sólido, abrindo portas ou janelas, e mesmo fazendo com que objetos caiam de prateleiras. Essas almas estão desesperadamente procurando passar a mensagem de sua existência através das várias dimensões e freqüentemente aparecem e desaparecem num instante.

Também é comum que os moribundos vejam aparições alguns dias antes de falecer, como se estivessem sendo chamados ao além pelos que já se encontram lá.

No entanto, alguns espíritos desencarnados podem surgir, para completos estranhos, como seres semi-sólidos. Mais uma vez, só se pode dizer que essas almas são extremamente apegadas ao plano físico e que vão permanecer na sua atmosfera indefinidamente.

Materialização é o processo pelo qual a força vital dos membros de um grupo de desenvolvimento criam um material sólido. Uma substância diáfana, incolor e inodora, conhecida como ectoplasma, surge dos ouvidos, do nariz, da boca ou da área do plexo solar do médium, compondo "matéria" física. Pode ser um espírito desencarnado ou partes de um espírito. Esse espírito possuirá todas as propriedades e aparência de um corpo físico e geralmente parece ter carne e ossos sólidos.

O ectoplasma é extremamente sensível e quase impossível de se manifestar sob luz normal. Por isso, os médiuns físicos normalmente trabalham num ambiente escuro. Existem muito poucos médiuns físicos atualmente na Terra. Tive a oportunidade rara de participar desse fenômeno numa viagem ao Brasil, numa experiência que descreverei no capítulo 5, sob o título "A Casa no Morro".