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Quanto à escolha do método, concordamos com Campos (2000) no momento em que ele nos atenta sobre a escolha do método,

O interesse em conhecer a problemática humana necessita de uma forma de fazê-lo, ou seja, um método. Esse mesmo método determinaria a melhor forma para se atingir o objeto estudado. O método seria amparado por uma filosofia ou corpo de conhecimentos que garantiriam a ele e ao produto final de sua procura, um “rigor científico”, avalizando assim uma maior consistência ou confiabilidade aos resultados finais. (p.1)

Delimitada a importância da escolha de um método que seja capaz de atingir aos objetivos da pesquisa, destacamos autores que discorrem sobre a importância do ato de pesquisar e de como fazê-lo.

Pesquisar é um processo de desencantamento e de encantamento simultâneos do mundo físico e social. Pesquisar é também penetrar nas camadas de leitura que vão sendo construídas pelo pesquisador através da sua interação simbólica no mundo. Os meios simbólicos não cessam de alimentar a compreensão que construímos das experiências contemporâneas, criando sempre novas possibilidades de interpretação e uma realidade em permanente mutação (FREITAS, JOBIM e SOUZA, KRAMER, 2007, p.81).

Partindo desta citação, destacamos não só a importância do envolvimento do pesquisador com os aspectos circundantes a sua realidade, mas, como a necessidade do inserir-se num processo de aceitar o novo, de livrar-se de mitos, tabus e preconceitos para que sua visão sobre o discurso do outro possa ser mais próxima possível da verdade.

Entendemos que a metodologia de pesquisa enquanto, caminho percorrido pelo pesquisador, é necessário assim, neste momento, buscarmos explicitar as opções metodológicas, os objetivos do trabalho, a caracterização dos participantes, bem como, a descrição dos instrumentos de coleta de dados e, subsequentemente, os processos de análise dos mesmos.

Sendo assim, a escolha das técnicas a serem utilizadas, são de suma importância, pois podem facilitar ou camuflar ao pesquisador dados que podem afetar o resultado da pesquisa.

Entendemos por metodologia de pesquisa o caminho do pensamento e a prática e a abordagem realizada na realidade. Ou seja, a metodologia, inclui simultaneamente a teoria da abordagem (o método), os instrumentos de operacionalização do conhecimento (as técnicas) e (sua experiência, sua capacidade pessoal e sua sensibilidade) (MINAYO, DESLANDES, GOMES, 2011, p. 14).

Uma vez delimitado nossos objetivos de pesquisa e formuladas a hipóteses e feito a escolha dos sujeitos, seria o momento de buscar o método mais eficaz, para garantir resultados que nos fossem plenamente satisfatórios. A escolha do caminho a ser percorrido é de grande responsabilidade, uma vez que se trata de uma pesquisa social, abordando pessoas, sentimentos, valores morais e éticos. A necessidade de preservar a integridade de todos esses aspectos também constituem parte integrante do resultado da pesquisa.

De acordo com Ludke e André (1986), para a realização de uma pesquisa é necessário saber que,

[...] é preciso promover um confronto entre os dados, as evidências, as informações coletadas sobre determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele. Em geral isso se faz a partir do estudo de um problema, que ao mesmo tempo desperta o interesse do pesquisador e limita sua atividade de pesquisa a uma determinada porção do saber, a qual ele se compromete a construir naquele momento (p.01-02).

Atentamo-nos não somente para fatos que estejam explícitos, mas tão importante quanto é compreender aquilo que foi silenciado e detectar os motivos que levaram o sujeito a calar-se perante determinada situação. Muitas vezes os dados mais significativos não estão visíveis aos olhos, pois devemos considerar também o ocultamento de dados e como se trata de um trabalho investigativo que volve a fala dos sujeitos, devemos considerar que por muitas vezes no silêncio pode estar implícitos dados importantes a serem considerados.

Após questionamentos suscitados a partir da verificação dos objetivos da pesquisa, verificamos a melhor opção seria a realização de uma pesquisa de cunho qualitativo, por possuir características que valorizam a participação e a valorização do sujeito por meio de seu discurso.

Para salientar a importância do discurso do sujeito, temos o aporte de França (1989, p. 18) na medida em que ele esclarece,

linguagem, constitui um modo de ser do homem, é parte integrante do homem como ser-no-mundo. Através do discurso o ser humano se manifesta, exprime a própria existência. O discurso se expressa por intermédio da linguagem e, como meio de expressão do discurso, a linguagem é uma totalidade de palavras que possibilita o fenômeno da comunicação interpessoal.

Sendo assim, justificamos nossa opção metodológica, baseada na pesquisa qualitativa, sobre análise do discurso dos sujeitos, a observação de campo e a interpretação dos dados por meio de entrevista semiestruturada, como sendo a mais eficaz para que possamos alcançar aos objetivos propostos.

4.1 Natureza da Pesquisa

Por tratar-se de uma pesquisa científica, realizada com seres humanos, que em sua essência, possuem concepções que diferenciam-se uns dos outros, devido as mais variadas características psico-sócio-políticas, a quantificação reduziria a qualidade e relevância dos dados. Optou-se por uma pesquisa qualitativa, considerando fundamental a participação e valorização do sujeito na pesquisa, por meio de seu discurso.

Segundo Minayo (1994), a pesquisa qualitativa,

[...] se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis (p.21-22).

A pesquisa qualitativa que evidenciamos como a mais eficiente na obtenção das respostas que buscamos, associamos a duas técnicas que consideramos indispensáveis: o estudo de caso e a observação.

Segundo Bell (2008), os estudos de caso, são indicados quando se necessita de um maior detalhamento na pesquisa,

[...] devem ser feitos para acompanhar e proporcionar mais detalhes a um levantamento. Também podem preceder um levantamento e ser usados como um meio para identificar questões-chave que mereçam mais pesquisa, mas a maioria é realizada como exercícios independentes. Os pesquisadores identificam o um “momento”, que pode ser a introdução de uma nova maneira de trabalhar, o modo como uma organização se adapta a um novo

papel, ou a qualquer inovação ou fase de desenvolvimento em uma instituição. (p.18)

Partindo do objetivo da pesquisa, em apurar com maior veracidade os dados, a observação do campo, a entrevista realizada de maneira que permita o olhar do pesquisador e do sujeito em identificar fatos explícitos ou implícitos ao discurso, contata-se mais eficaz ao quantificar e qualificar respostas inçadas, que podem camuflar dados importantes ao resultado da pesquisa. Por esse motivo optamos pela pesquisa qualitativa e descartamos a quantificação dos dados.

Com a pretensão de maior proximidade com a verdade, garantindo a fidedignidade da pesquisa, utilizaremos a técnica de entrevista semi-estruturada e também a observação direta. Concordando com os autores Bogdan e Blinquem (1994), na medida em que relatam que “a entrevista é utilizada para recolher dados descritivos na linguagem do próprio sujeito, permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente uma idéia sobre a maneira como os sujeitos interpretam aspectos do mundo” (p.134)

Triviños (1987, p.170), ao discorrer sobre a importância da pesquisa qualitativa, esclarece que:

[...] pelo tipo de técnicas que emprega, de preferência a entrevista semi- estruturada, o questionário aberto, o método clínico, a análise de conteúdo, etc., não estabelece separações marcadas entre a coleta de informações e a interpretação das mesmas. (...) A dimensão subjetiva desse enfoque, cujas verdades se baseiam em critérios internos e externos, favorece a flexibilidade da análise dos dados. Isso permite a passagem constante entre informações que são reunidas e que, em seguida, são interpretadas, para o levantamento de novas hipóteses e nova busca de dados.

A pesquisa qualitativa, mesmo com o aspecto de valorizar a subjetividade e opondo- se a pesquisa quantitativa, que por sua vez, valoriza a objetividade e a quantificação do método experimental, não perde seu caráter científico, na medida em que opta por seguir caminhos diferentes a fim de obter resultados em comum, que no caso seria a verificação de determinada realidade.

Para efetuarmos a análise dos dados, utilizaremos a análise de conteúdo, que constitui um conjunto de técnicas de análise da comunicação e que também utiliza-se de procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, que nada

mais são do que indicadores que possibilitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção dessas mensagens (BARDIN, 1997).

Quanto ao método de análise de interpretação de dados, a partir do discurso dos participantes, Bardin (1997, p. 21) esclarece:

[...] esse método constitui em um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, obter indicadores quantitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/ recepção ( variáveis inferidas) das mensagens.

De acordo com o autor, devemos ainda percorrer três etapas, que ele considera com sendo básicas para analisar os dados, ou seja: “a pré-análise, a descrição analítica e a interpretação inferencial” (BARDIN, 1997, p.21).

A pré-análise, constituiria a “organização do material”. A segunda etapa, que seria a “descrição analítica” seria, um aprofundamento teóricos dos dados, orientados pelas hipóteses, previamente formuladas. E por fim, a “fase de interpretação referencial” significa a reflexão, a intuição, produzida por meio de materiais empíricos, estabelecendo relações e se possível chegar á propostas básicas de transformações nos limites das estruturas específicas e gerais. (BARDIN, 1997, p.21, 22)

De acordo com a constatação de MINAYO, DESLANDES, GOMES, (2011) por meio de estudo realizado a partir da análise de Bardin (1997), chegou-se a conclusão, avanços no que se refere à interpretação dos dados por meio do estudo da análise de conteúdo, já começou a demonstrar características peculiares e mais complexas, a partir da década de 1970, pois,

[...] (a) a existência de mais de uma técnica para analisar conteúdos de mensagens; (b) a possibilidade de analisar conteúdos a partir da perspectiva qualitativa; (c) o uso de interferências que partem descrição dos conteúdos explícitos da comunicação para se chegar a dimensões que vão além da mensagem. Em outras palavras, através da análise de conteúdo, podemos caminhar na descoberta do que está por traz dos conteúdos manifestos, indo além das aparências do que foi comunicado” (p.84).

Ou seja, o que está implícito ao discurso pode ser muito mais revelador do que aquilo que se é relatado e estão presentes nesses detalhes a verdadeira expressão do esclarecimento sobre as hipóteses pré-estabelecidas. Esse exercício de contraposição e verificação, se dá por

meio da observação direta, pois uma expressão física por exemplo, muitas vezes se contrapõe ao que é revelado na fala do sujeito. Daí a importância da observação como parte da análise de conteúdo.

A observação como técnica eficiente na pesquisa qualitativa, nos oferece a possibilidade de detectar indicadores importantes extraídos sob o foco do pesquisador. Como nos esclarece LUDKE e ANDRÉ (1986),

Como principal método de investigação ou associada a outra técnica de coleta, a observação possibilita um contato pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado, o que apresenta uma série de vantagens. Em primeiro lugar, a experiência direta é sem dúvida o melhor teste de verificação da ocorrência de um determinado fenômeno. (p.26)

Observar é muito mais que um simples olhar fenômeno, pois muito para além doolhar, significantes e significados podem ser detectados e fornecerem instrumentos poderosos na análise dos dados. De acordo com o que sugere Triviños (1992),

[...] não é simplesmente olhar. Observar é destacar de um conjunto (objetos, pessoas, animais, etc.) algo especificamente, prestando, por exemplo, atenção em suas características ( cor, tamanho, etc.). Observar um fenômeno social, significa em primeiro lugar, que determinado evento social, simples ou complexo, tenha sido abstratamente separado de seu contexto para que, em sua, dimensão singular, seja estudado em seus atos, atividades, significados, relações, etc. Individualizam-se ou agrupam-se os fenômenos dentro de uma realidade que é indivisível, essencialmente para descobrir seus aspectos aparenciais e mais profundos, até captar se for possível, sua essência numa perspectiva especifica e ampla, ao mesmo tempo, de

contradições, dinamismos, de relações, etc (p.193).

Após a realização das entrevistas, partiremos, então, para a busca de um método de análise dos dados que serão obtidos a partir do discurso dos participantes, que constitui instrumento potencial neste tipo de pesquisa, uma vez que, de acordo com o mencionado anteriormente, valorizar a fala do sujeito, suas emoções, que muitas vezes são notadas apenas pela entonação do discurso. No entanto, devemos nos atentar a Minayo (2006), quanto ao critérios que essa técnica pressupõe,

Os pesquisadores que buscam a compreensão dos significados no contexto da fala, em geral negam e criticam a análise de frequência das falas e palavras como critério de objetividade e cientificidade e tentam ultrapassar o alcance meramente descritivo da mensagem, para atingir mediante

referência, uma interpretação mais profunda (p. 307).

A análise de conteúdos constitui um campo vasto de métodos e técnicas, que ancoradas por um referencial teórico coerente aos objetivos da pesquisa, garantem sua estrutura científica e coerente e o encontro dos osbjetivos almejados.

4.2 Caracterização dos Participantes e Campo de Estudos

A pesquisa foi realizada em uma cidade do interior Paulista, localizada a 277 quilômetros da capital. Conta com população estimada para o ano de 2015 em 226.508 de pessoas de acordo com dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Considerando os objetivos da pesquisa e o campo de estudo a ser investigado, os sujeitos que fazem parte de nosso objeto de estudo seriam classificados em dois grupos, os clientes de casas de prostituição, ou aqueles que buscam serviços sexuais e as prostitutas que oferecem esse tipo de trabalho, por algum tipo de troca, querem seja ela diretamente financeira ou não.

Quanto aos sujeitos da pesquisa, totalizamos um número de dez participantes. Contamos com a descrição de três participantes do sexo masculino, com idades entre 24 a 64 anos. As profissões são variadas, cujas características mais específicas estão inseridas no contexto do apêndice.

À participação feminina, totalizamos um número de sete participantes com faixas etárias entre 19 a 55 anos. A esse grupo de sete prostitutas, categorizamos os depoimentos de em três categorias diferenciadas. Determinamos necessário por assim fazê-lo, devido à diferenciação dos locais de atendimento e, portanto, o resultado obtido leva a uma diferenciação, tanto quanto, à abordagem ao cliente pela procura, quanto pela oferta do programa, e o modo em que ele ocorre, como demonstraremos posteriormente.

A primeira categoria refere-se a um grupo de três participantes, que, fazem parte de casas de prostituição e atendem basicamente aos clientes da casa, em dependências destinadas a esse fim, no próprio local de trabalho.

Outro grupo de prostitutas, o qual compõe duas delas, que fazem parte de uma casa de show, situada em uma região periférica, no entanto, compõe, uma área nobre, com imóveis destinados à áreas para lazer. Trata-se de uma chácara de luxo, e, popularmente é

conhecida como o local das prostitutas universitárias, embora não tenhamos encontrado nenhuma.

O terceiro grupo, aborda prostitutas que concentram seus “pontos” – que são locais negociados previamente com cafetões e necessitam de pagamento de locação mensal, em uma avenida, conhecida popularmente como “Rua da Zona”. Trata-se de uma avenida, em que se concentra um número aproximado de dez casas de show, um motel e dois bares. As garotas circulam pela avenida a procura da abordagem dos clientes e realizam os programas em suas residências, ou no motel da “Rua da Zona”.

As referidas casas de show, as quais encontramos encontramos na “Avenida da Zona do Meretrício” esteticamente assemelham-se a áreas de lazer, que possuem em suas dependências, churrasqueira, piscina. Em seu interior, apenas, é que pode-se discernir de uma área destinada ao lazer familiar, pois há um grande bar, com um acervo de muitas marcas e tipos diferenciados de bebidas e um palco para a apresentação de espetáculos. Os palcos são totalmente estruturados em questão de iluminação e som, com jogos de luzes, geralmente muito brilhantes e coloridas, uma passarela e também uma barra para prática de pole dance. Em todos os estabelecimentos o som é gerado a partir de uma jukebox, que consiste em uma máquina eletônica, que reproduz músicas. Geralmente necessita de moedas ou fichas para que o acervo seja disposto e o cliente possa escolher o álbum a ser ouvido no momento, de acordo com sua preferência. As músicas utilizadas em nosso trabalho de pesquisa fazem parte do repertório ouvido , em momentos de visitas as casas de prostituição.

Nosso campo de estudo permeou entre a chamada “Avenida da Zona do Meretrício”, e uma Boate, em uma chácara localizada em um bairro periférico de uma cidade do interior do Estado de São Paulo e verificou-se que o oferecimento e a abordagem ao cliente é diferenciado, de acordo com cada local. As prostitutas que circulam na rua necessitam atrair os clientes. Elas possuem técnicas diferenciadas quanto à busca pelos clientes. Algumas preferem ficar sentadas em bancos próprios, que elas trazem de casa e ficarem ali, em uma posição mais sensual e submissa aquéles que por algum motivo, param o veículo e aí sim, ela se levanta para negociar ao programa. Outras circulam nos limites de seus espaços, na tentativa de chamar atenção aos que transitam, os fazerem parar e tentar convencê-los ao programa. Outras preferem concentrarem-se em grupos em seus “pontos”, para garantir a segurança pessoal, aguardando ofertas, num mercado entre prostitutas e travestis, em que uns protem aos outros. Observasse que nessse momento eles estão unidos e não configuram-se como rivais ou oponentes. O cliente é quem faz a escolha de quem deseja, para o momento.

4.3 Procedimentos da Pesquisa

Por tratar-se de uma pesquisa de campo, de cunho qualitativo, alguns procedimentos foram respeitados para a realização desta. O primeiro passo consistiu em informar aos sujeitos entrevistados a importância e os objetivos da realização pesquisa. Já o procedimento posterior, trata-se da realização da entrevista, que necessita de um gravador para que não corra o risco de perder nenhum dado. Atenta-se aqui que a utilização do gravador faz parte de uma negociação de consentimento entre o sujeito a ser entrevistado. O terceiro procedimento consiste na transcrição das entrevistas, trata-se de descrever todos os relatos ocorridos durante a fala entre o sujeito e o entrevistador. O último passo consiste na análise do material coletado por meio das entrevistas.

4.4 Procedimentos de coletas de dados

O município em que foi desenvolvida a pesquisa localiza-se no interior do Estado de São Paulo, localizada a 277 quilômetros da capital. Ocupa um dos primeiros lugares entre as 100 melhores cidades3 do Brasil para se viver.

Assim como em outras cidades do Estado, com características urbanas semelhantes a cidade escolhida para realizarmos a pesquisa, verificamos a existência de casas específicas que prestam serviços sexuais.

Observamos que a prostituição ocorre em alguns locais isolados, como chácaras, algumas ruas e avenidas, onde transexuais e prostitutas dividem o espaço.

A “Zona do Meretrício”, como assim é retratada pelos populares, encontra-se encrustada entre os distritos industriais e um jardim residencial, que fica localizado na região semiperiférica do um município. As casas que abrigam as garotas de programa se alinham em uma única quadra, o movimento é muito intenso, entre lá circulam veículos o tempo todo, uma vez que com a expansão demográfica, foram criados novos bairros e aquela avenida se tornou uma via de acesso importante a esses residenciais.

Nesta etapa da pesquisa, os procedimentos de coleta iniciaram primeiramente com visitas constantes, tanto durante o período diurno, quanto noturno na avenida em que

3Cidades:Essa informaçãoé de domínio público, intitulada como: As 100 melhores e (piores)cidades brasileiras para viver em 2013

localizam-se a maior concentração de Boates que oferecem prostitutas e shows, inclusive sensuais, como stripetease4.

Essas visitas ficavam estritamente fadadas a um passeio rápido de automóvel, com os vidros fechados, sem nenhum outro tipo de contato, uma vez que os seguranças das boates,

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