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MÉTODO

No documento CONIC-SEMESP (páginas 41-44)

Parte II RELATÓRIO CIENTÍFICO

3. MÉTODO

As autoras utilizaram os relatos das sessões de psicodrama do Centro Cultural São Paulo (CCSP) - disponíveis no site da Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP) - buscando relações entre os temas dos relatos e os eventos noticiados nos jornais O Estado de São Paulo (Estadão) e Folha de São Paulo, mais especificamente, das manchetes do caderno Metrópole (Estadão) e da revista ‘sãopaulo’ (Folha), nos domingos seguintes às sessões ocorridas no CCSP.

A seleção das manchetes esteve restrita aos domingos por caracterizar uma forma contingente à realização das sessões, assim como fazer esses cadernos se caracterizarem como uma síntese dos eventos que foram noticiados ao longo da semana.

A maioria dos relatos, referentes às sessões abertas de psicodrama, estão no site da Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP), assim como, outros foram recebidos através do contato com a coordenação do Psicodrama Público do CCSP (FEBRAP, 2017).

3.2 Instrumentos 3.2.1 Relatos do CCSP

Os relatos utilizados são das sessões de Psicodrama Público do CCSP, que ocorrem todos os sábados no período da tarde no CCSP. São conhecidos por abranger um público diverso, de todos os locais de São Paulo, com diferentes faixas etárias, gênero, sexualidade, etc. Os diretores procuram trazer propostas que abarcam questões sociais, justamente por ser um grupo tão amplo e heterogêneo.

No CCSP as sessões abertas de psicodrama têm como objetivo: “criar espaços públicos que possam acolher diferentes subjetividades, onde seja possível a troca de ideias, valores e experiências de vida a partir da construção coletiva de histórias dramatizadas”. Apesar de não conter um tema ou um roteiro pré-elaborado, sendo a realização do trabalho com o intuito de “colocar no palco questões trazidas pelas pessoas presentes” e como uma “atividade sem necessidade de inscrição nem retirada de ingressos”.

A leitura dos relatos foi feita separadamente por cada uma das pesquisadoras, e depois, comparado os temas que cada uma encontrou, a fim de identificar os temas dramatizados e as

manchetes dos jornais foram organizados em tabelas para que as autoras pudessem comparar ambos e perceber a ocorrência de alguma relação entre ambos.

3.2.2 Jornais

A escolha dos jornais, e a definição pelo: caderno Metrópole (Estadão) e a revista ‘sãopaulo’ (Folha) deveu-se ao fato dos jornais serem conhecidos como de maior circulação na cidade de São Paulo. O acesso às manchetes tanto do caderno quanto da revista foram possíveis através do acervo online, disponível ao público. Devido a alta circulação de ambos os jornais, o recorte elaborado do caderno e da revista deve-se a uma maior aproximação com as questões relacionadas na e da cidade.

3.2.2.1 Folha

Segundo Côrte (2007), a criação do jornal “Folha de S. Paulo” teve seu início em 1921, diante da elaboração da edição noturna, entitutada “Folha da Noite”, posteriormente, em 1925 consolidou-se a edição da manhã, dada como: “Folha da Manhã”. E 24 anos depois, desenvolveu-se a “Folha da Tarde”. No dia 1 de janeiro, estas três edições se fundem e assim houve a criação do jornal, conhecido atualmente como: “Folha de São Paulo”. Côrte (2007) também informa que o jornal na década de 80, adquiriu liderança diante da maior circulação no país, e com isto, ganhou ampla relevância na imprensa do Brasil (CORTE, 2007).

A proposta de criação da revista sãopaulo que acompanha o jornal “Folha de São Paulo” às edições de domingo, sua distribuição contempla a cidade e a Grande São Paulo. Contém o intuito de fornecer dicas e reportagens sobre o que movimenta e vem ocorrendo na cidade, conhece-se que há reportagens sobre temas diversos e entre eles colunas sobre: gastronomia, urbanismo, arquitetura, cinema, cultura pop, música e literatura. Ainda em expor roteiros de cultura e lazer, a programação nos cinemas, exposições, teatro, música, dança, passeios, restaurantes e bares da cidade (FOLHA UOL, 2018).

O perfil do leitor da revista se insere nas categorias: classe econômica, sexo e faixa etária, segundo o site (PUBLICIDADE FOLHA, 2018).

Segundo Côrte (2007) o Jornal Estado de São Paulo, popularmente conhecido como: “Estadão”, teve sua fundação a partir de um grupo de republicanos, na data de 4 de janeiro de 1875. O jornal denominou-se na época como: ‘A Província de São Paulo’ (CÔRTE, 2007). Este jornal, ‘A Província de São Paulo’ caracterizou-se como pioneiro na venda avulsa, uma vez que até o momento os jornais em circulação de São Paulo eram distribuídos apenas aos assinantes ou por procura dos leitores na redação do jornal. Na época, a capital de São Paulo continha 2.992 prédios e aproximadamente 20 mil habitantes (CÔRTE, 2007). Com a abolição da escravatura, o jornal comemorou a presença desta data na história do Brasil e anos mais tarde, em meio a ditadura militar e a censura nos meios de comunicação, o ‘Jornal da Tarde’ (1966) também vinculado ao Jornal Estado de São Paulo, se recusou a eliminar algumas matérias, porém, houve a ocorrência de repetidas ocasiões, a publicação de versos de Camões, em Os Lusíadas; assim como de receitas de doces e bolos no lugar de outros conteúdos censurados. Após o término da censura, o Jornal Estado de São Paulo (OESP) celebrou o centenário de sua fundação (CÔRTE, 2007).

Atualmente, o caderno Metrópole passou por algumas modificações, dentre elas, sob a criação de novas seções, destinadas a aumentar a dedicação aos assuntos relacionados a Grande São Paulo, assim como em “ampliar a cobertura de temas que afetam o dia a dia do paulistano e investir no debate de soluções urbanas e temas relevantes na metrópole.” (ESTADÃO, 2010). Ao mesmo tempo em que permanecerá a noticiar fatos importantes das demais cidades.

Em relação às novidades do caderno Metrópole, a editora Viviane Kulczynski diz que: "As matérias do caderno devem ser construídas sob a perspectiva do cidadão e conter informações que afetem diretamente a vida da cidade, de decisões da administração a projetos urbanísticos". Sem deixar de mencionar que o Metrópole contém circulação em todos os dias da semana pela Grande São Paulo, no litoral sul de São Paulo e na região de Campinas. E reitera-se que o jornal O Estado de São Paulo contém uma das maiores circulações de mídia impressa no país (FOLHA UOL, 2018).

Neste primeiro caderno do jornal que contém o Metrópole, destina-se também a noticiar assuntos como: Política e Internacional (ESTADÃO PUBLICIDADE, 2018). Para além dessas regiões, os leitores têm acesso ao caderno Cidades, caderno pelo qual também abriga as mesmas mudanças e dedicação que o caderno Metrópole (ESTADÃO PUBLICIDADE, 2018). Ainda sobre o caderno Metrópole, nota-se que sua circulação aos

domingos contém a maior circulação quando em comparativo as impressões ao longo da semana (ESTADÃO PUBLICIDADE, 2018).

Diante da apresentação da constituição deste jornal e respectivo caderno, confere-se que a escolha pelo Metrópole se mostra pertinente às questões referentes à cidade. A proposta em utilizar na pesquisa as manchetes dos jornais: Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo é devido pois são dois jornais de grande circulação na cidade de São Paulo, pois contém ampla divulgação dos eventos ocorridos na cidade, local em que se realizam os atos (PUBLICIDADE FOLHA, 2018).

No documento CONIC-SEMESP (páginas 41-44)

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