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AMOSTRAS COM SUBSTRATO CIMENTÍCIO

6.6. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Para a avaliação dos resultados foram utilizados equipamentos durante e após a exposição de envelhecimento acelerado, os quais estão detalhados adiante.

151 6.6.1. Equipamentos e testes

 Durante o período de exposição:

Os equipamentos utilizados para medir as condições climáticas no local da exposição foram o Termo-higro-anemômetro (para medir a temperatura, velocidade do vento e umidade relativa do ar) e a bússola (que mediu a orientação solar).

O equipamento utilizado para verificar os efeitos da cor nas amostras foi o Espectrofotômetro da marca Minolta, modelo CM-508i, o qual registrou a colorimetria das amostras, em cada mês, no período de exposição das mesmas.

 Após o período de exposição:

Utilizou-se o equipamento, Alta II Reflectance Spectrometer, para medir a absortância das amostras-padrão e as amostras expostas ao intemperismo natural.

Foi utilizado também o equipamento Abrasion Tester –Modelo 187, para verificar a resistência a abrasão das amostras, por meio do teste de lavabilidade.

No teste de aderência foi utilizado um estilete com uma lâmina de aço, de aproximadamente 17 mm de largura; uma fita adesiva; medidor de espessura de película seca; gabarito para traçar o corte; borracha; e uma lupa – seguindo a

Norma NBR 11003 (ABNT: 2009) – Tintas – Determinação da aderência.

A seguir, são descritos os equipamentos e métodos utilizados.  Espectrofotômetro Minolta, modelo CM-508i

Utilizou-se o equipamento Espectrofotômetro da marca Minolta, modelo CM- 508i, para medir a alteração da cor das amostras, durante o tempo de exposição ao intemperismo, a fim de realizar uma análise colorimétrica quantitativa. Esta é registrada através das coordenadas colorimétricas do sistema CIElab, mencionadas anteriormente neste trabalho: luminosidade (L*), coordenadas de cromaticidade (a*, b*), variação da cor total (ΔE*), e o CMC – que possibilita a diferença absoluta da luminosidade, da saturação e do ângulo de tonalidade (h°) (BERNARDIN; RIELLA, 2013).

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Os espectrofotômetros são equipamentos que medem a diferença dos espectros de energia radiante, entre cada comprimento de onda incidente e o comprimento de onda refletido por um dado objeto. O mecanismo de medição é simples. Uma vez obtidos os valores de refletância das amostras, o equipamento fornece, as coordenadas cromáticas L*, a* e b* (DURÁN et. al., 1995 apud FIGUEIREDO et. al., 2004 ).

Neste procedimento, totalmente computadorizado, é medida inicialmente a amostra padrão, cujo equipamento registra todas as propriedades colorimétricas, através das coordenadas do sistema CIELab, e depois é medida a amostra exposta ao intemperismo, cujas informações são registradas e salvas pelo equipamento. Após medir as duas amostras, o equipamento gera uma comparação, através da tabela com as coordenadas DL*, Da*, Db*, De* e CMC, mostrando a diferença da cor entre as duas peças.

 Alta II Reflectance Spectrometer

O Alta II Reflectance Spectrometer analisa a refletância de cada espectro nos materiais, em um processo chamado espectroscopia.

A tecnologia do Reflectance Spectrometer constitui em um aparelho com sensoriamento remoto, capaz de medir os espectros de refletância, de uma superfície, com ondas do espectro visível e ondas curtas.

Visto que a soma dos valores da refletância e da absortância deve dar 1, achando o valor da refletância é possível verificar a absortância, podendo então alcançar o objetivo de constatar a possibilidade da variação deste requisito nas amostras deste trabalho.

O Reflectance Spectrometer possui 11 Leds que fornecem uma fonte

multiespectral com valores que vão de 470 a 940 nanômetros (nm) – remetendo

os espectros da radiação solar.

Para obter a reflexão de cada espectro, basta pressionar a cor do espectro que deseja medir. No momento em que o espaço do espectro estiver pressionado, vão aparecer diversos valores. Quando um valor permanecer fixo, este será o resultado da espectroscopia (MILTON et al., 2007).

A Figura 52 mostra o equipamento Alta II Reflectance Spectrometer que foi utilizado neste trabalho.

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Antes de medir cada amostra, é necessário medir inicialmente uma amostra branca “padrão”, a fim de obter uma base comparativa. Para cada amostra é necessário fazer doze medições, para cada espectro.

Figura 52 – O Alta II Reflectance Spectrometer utilizado para medir a refletância de cada espectro das amostras.

(Fonte: autora)

No Apêndice C estão disponíveis todas as tabelas com os resultados das medições neste equipamento.

Após as medições, foi tirada uma média sobre todos os valores dos espectros, por meio de um trabalho colaborativo do Labcon – Laboratório de Conforto, da Escola de Arquitetura, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Neste processo, foram medidos os espectros das amostras que ficaram

expostas ao intemperismo natural, bem como das amostras “padrão”, que ficaram

guardadas durante toda a pesquisa experimental – para que suas propriedades originais fossem mantidas. Assim, foi possível fazer uma comparação sobre o efeito da absortância nas amostras, antes e após a exposição, a fim de verificar a possibilidade de alteração deste requisito durante a vida útil do sistema de revestimento.

 Teste de Lavabilidade

O teste de lavabilidade é feito para verificar a resistência da pintura em contato com agentes químicos (resistência à abrasão). Esta deve ser lavável, resistindo a um número mínimo de ciclos.

Um dos 11 espectros a serem medidos Botão que liga o

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De acordo com a NBR 15079 ABNT:2011, as tintas Standard – que serão as

utilizadas neste trabalho – devem ter uma resistência a abrasão úmida, com pasta abrasiva de no mínimo 40 ciclos. A resistência a abrasão das tintas de classificação Premium deve ser de no mínimo 100 ciclos.

Para a realização deste teste foi utilizado o equipamento Abrasion Tester – Modelo 187, como mostra a Figura 53.

Figura 53 – Equipamento Abrasion Tester –Modelo 187 utilizado para a realização do teste de lavabilidade.

(Fonte: autora)

Antes de realizar o teste de lavabilidade, foi feita uma pasta abrasiva –

confeccionada de acordo com a NBR15312-05: Resistência à abrasão – e

passada sobre a peça pintada.

Posteriormente foi colocada cada amostra na bandeja do equipamento (como mostra a Figura 53) e presa com uma garra metálica (para que a amostra não se movesse durante o teste).

Com a amostra fixada, o equipamento foi ligado. Neste momento, uma escova, presa por cabos metálicos, percorreu de uma extremidade a outra da bandeja e a cada ciclo percorrido, era registrado no equipamento. O ciclo é o espaço percorrido pela escova de uma extremidade a outra da bandeja metálica, aonde foi colocada a amostra.

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 Teste de Aderência

O teste de aderência foi feito em conformidade com a norma NBR 11003 ABNT: 2009 – Tintas – Determinação de Aderência, a qual determina dois

métodos, sendo: método A – corte em X e método B – corte em grade.

Nas amostras com substrato cimentício foi aplicado o método A e nas amostras de substrato cerâmico, o método B.

No método A (corte em X) são utilizados os seguintes equipamentos: lâmina de aço, fita adesiva, medidor de espessura de película seca, guia ou gabarito para traçar o corte, borracha e uma lupa com aumento de sete vezes (NBR 11003 ABNT: 2009, p. 1-2). Este método é utilizado para espessura de película seca maior ou igual a 70 µm e para tintasde fundo ricas em zinco, à base de silicatos.

Para a execução do corte em X, deve-se “selecionar uma área o mais plana

possível, livre de imperfeições, limpa e seca”. Posteriormente, “executar dois cortes de 40 mm de comprimento cada um, interceptados ao meio, formando o menor ângulo entre 35° e 45°, devendo os cortes alcançar o substrato” (NBR 11003 ABNT: 2009, p. 3). Após verificar com o auxílio da lupa se o substrato foi atingido, deve-se aplicar a fita adesiva, com 10cm, de maneira uniforme e contínua, no centro da interseção. Logo após, “alisar a fita com o dedo na área das incisões e em seguida esfregar firmemente a borracha no sentido longitudinal da fita para se obter uma uniformidade na transparência da fita aplicada” (NBR 11003 ABNT: 2009, p. 4). Ao final, remover a fita no intervalo de 1 min. a 2 min. da aplicação e verificar a área ensaiada, quanto ao destacamento. No anexo B estão disponíveis as classificações dos destacamentos, para auxiliar nos resultados do teste de aderência, conforme a NBR 11003 ABNT: 2009.

No método B são utilizados: um dispositivo de corte de seis gumes, fita adesiva, medidor de espessura, borracha, lupa com aumento de sete vezes e um pincel com cerdas macias. Este método é utilizado para espessura de película seca menor que 70 µm. Em área plana, livre de imperfeições, limpa e seca, deve- se “executar cortes cruzados em ângulo reto, de modo a alcançar o substrato, formando-se grade de 25 quadrados” (NBR 11003 ABNT: 2009, p. 4). Após verificar se o substrato foi atingido, deve-se limpar a superfície com o auxílio do pincel. Posteriormente, aplica-se a fita adesiva, da mesma maneira que no

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método A, para então analisar os resultados, de acordo com as classificações dos destacamentos, mencionados no Anexo B.

Antes de submeter as amostras aos testes, cada peça foi dividida em duas partes, com uma fita adesiva, de modo que em uma parte ficou destinada para a realização do teste de lavabilidade e a outra parte para o teste de aderência, como mostra a Figura 54.

Figura 54 – Amostra dividida em duas partes para a realização dos testes.

(Fonte: autora)

Fita adesiva dividindo as áreas dos testes.

Área do teste de aderência.

Área do teste de lavabilidade.

157 7. RESULTADOS