3.2.1 Levantamento de Dados
Foram levantados dados com base nas bibliografias pesquisadas buscando esclarecer a
importância da cibernética para a Defesa, os riscos de uma Guerra cibernética e de ataques
cibernéticos bem como se há ou não a necessidade da criação da 4ª Força Armada, a Força de
Defesa Cibernética no atual contexto em que se encontra situado o Brasil. Para isso foram
retirados dados de artigos, livros, e demais publicações científicas que tiveram a devida
credibilidade e estavam atualizadas e coerentes com os objetivos do trabalho.
3.2.2 Análise de Conteúdo
Com base nos dados levantados pelas pesquisas bibliográficas, foram analisados a sua
veracidade, atualidade e relevância para o trabalho, e atendendo aos requisitos essas
informações foram adicionadas ao projeto para fundamentar as afirmações feitas, responder as
questões levantadas e justificar os pontos de vista apresentados.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho buscou verificar os motivos que estão levando os países a criarem uma
nova força armada, a Defesa Cibernética, e verificar a importância do espaço cibernético no
balanço de poder, com o que foi apresentado podemos verificar que o espaço cibernético é de
grande importância para a soberania de um país, o domínio cibernético deixou de ser apenas
uma questão de roubo de informações e de guerra informacional e passou a ser uma séria
ameaça não só as relações internacionais entre os países como também as suas estruturas
críticas.
No trabalho foi citado o exemplo do Irã, que sofreu um grande atraso em seu projeto
nuclear devido aos ataques sofridos pela arma cibernética STUXNET. Isso é um dos exemplos
de como o poder de ataque cibernético é eficaz na projeção de poder de uma nação sobre a
outra, nesse exemplo vemos os Estados Unidos atrasando em anos um dos principais projetos
iranianos sem ter de mobilizar nenhuma tropa, sem baixas de seus soldados e sem nenhum tipo
de conflito armado, inclusive por um bom tempo nem se sabia que as falhas nas centrífugas das
usinas nucleares tinha sido um ataque externo.
A cibernética pode e já está sendo empregada para demonstrar força e não somente isso
mas igualar países com poderio bélico muito diferentes, uma vez que no ciberespaço o que
conta é a qualidade do recurso humano empregado e o nível de investimento em hardwares de
ponta, sendo um único hacker capaz de fazer um grande estrago como já aconteceu em diversas
ocasiões. Hoje a defesa cibernética deve ser encarada com muita responsabilidade uma vez que
os ataques cibernéticos hoje em dia são em termos de ameaça a soberania de um país
comparados a ataques de grupos terroristas como o Estado Islâmico.
A questão abordada por esse trabalho é o porquê de se criar uma nova Força Armada
para a defesa do ciberespaço e a resposta é simples, pois assim como o ar, o mar e a terra nós
também estamos em constante ameaça no nosso domínio cibernético, sendo constantemente
atacados por inimigos internos e externos. Esse espaço não pode ser negligenciado pois ele é a
materialização da guerra informacional e as armas que estão sendo desenvolvidas para serem
usadas nesse novo ambiente tem efeitos tão eficazes quanto qualquer outro ataque convencional
uma vez que abala a confiança do povo no Estado, expõe o país a incertezas geopolíticas e afeta
relações internacionais.
A ideia da Força Cibernética como sendo uma nova realidade de Força Armada já está
bem visível, os países líderes no avanço cibernético já empregam um esforço conjunto de todas
as Forças Armadas junto de colaboradores civis, os Estados Unidos por exemplo uma potência
não só econômica mas também militar já conta como visto anteriormente neste trabalho com o
USCYBERCOM que é um dos 11 comandos unificados do país sendo diretamente subordinado
ao Departamento de Defesa americano e contando com integrantes de todas as forças armadas
unidos para combater no ciberespaço.
O Brasil já vem realizando esforços na defesa cibernética, sendo talvez o mais
importante de todos a criação do Com D Ciber, que veio para integrar e unir não apenas os
órgãos de inteligência do Exército mas também as forças armadas, as demais agências de
segurança e as universidades buscando principalmente capacitar as Forças Armadas para
combater nesse novo domínio estratégico que surgiu nos últimos anos, porém, assim como
USCYBERCOM nos Estados Unidos o Comando de Defesa Cibernética Brasileiro deveria ser
subordinado diretamente ao Ministério da Defesa ou ao menos ser equiparado em importância
aos demais comandos militares de área que temos em nosso país.
Contudo a mudança não espera que nós estejamos preparados para acontecer, ela
continuará ocorrendo e depende de nossa adaptabilidade ao novos tempos e as novas guerras a
segurança do país, a guerra cibernética existe e suas consequências vão muito além de apenas
vazamento de e-mails e espionagens diversas, países com menos capacidade bélica já estão se
capacitando para usar a cibernética a seu favor, para se equiparar aos mais desenvolvidos não
apenas para se proteger, mas também para projetar poder e influência.
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Luiz Gustavo Jorge da Silva
(páginas 33-37)