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4. ALTERNATIVAS À APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM MEIO URBANO

5.3. Desenvolvimento experimental

5.3.1. Materiais e métodos

5.3.1.2. Métodos

Como foi referido anteriormente, cada ensaio foi constituído por três replicados que foram realizados em diferentes períodos temporais. Como tal, a metodologia em baixo apresentada está descrita para a realização de cada replicado.

Para a realização de cada replicado foi definida metodologia de modo a estabelecer um procedimento para que todas as experiências fossem efetuadas com rigor e de igual forma.

Nos métodos definidos para a realização das experiências estão descritas as diferentes concentrações de cada um dos ensaios, bem como as condições de cada local testado, e como se desenvolveu todo o trabalho envolvente à realização de cada replicado.

Definição dos ensaios:

Para a realização deste estudo foram definidos cinco ensaios, com três replicados cada, em que cada uma das zonas de teste apresentavam condições diferentes que são descritas na definição de cada ensaio.

As quantidades de cada produto foram definidas para pulverizadores de dorso, com capacidade para 5L de calda, sendo cada pulverizador utilizado para pulverizar cada talhão.

 Ensaio 1 - Variação da quantidade de sal para as mesmas quantidades de

vinagre:

O primeiro ensaio consistiu na variação das quantidades de sal para as mesmas quantidades de vinagre de vinho branco, sendo os talhões definidos do seguinte modo:

 Talhão 1: Branco;

 Talhão 2: 3L de Água + 2L de Vinagre + 1kg de Sal;  Talhão 3: 3L de Água + 2L Vinagre + 1,5kg de Sal;

34  Talhão 4: 3L de Água + 2L de Vinagre + 2kg de Sal.

O Ensaio 1 consistiu na realização de três replicados.

- O primeiro replicado foi realizado numa zona de Portimão com pouca afluência de pessoas, caraterizada essencialmente pela presença de calçada portuguesa e com um historial de proliferação de infestantes bastante acentuada, principalmente em épocas do ano muito chuvosas. Trata-se de um local que costuma ser alvo de um a dois tratamentos, por ano, com glifosato, sendo o controlo de infestantes bastante difícil devido ao ressurgimento das mesmas. As infestantes presentes no local chegam a atingir de 10 a 20cm de altura. O primeiro replicado foi iniciado a partir de 15 de Setembro de 2015, tendo ocorrido aguaceiros nos dois dias posteriores à realização do mesmo. No local onde decorreu o teste foram definidos quatro talhões de 13m2. Em cada talhão foram pulverizados 5L, contabilizando uma dose de 0,38L/m2.

- O segundo replicado foi realizado numa urbanização pouco habitada, localizada fora da cidade, já sendo considerada em meio rural. O replicado foi efetuado num local de calçada adjacente a uma zona florestal de vegetação intensa com todo o género de espécies arbóreas. Trata-se de um local de teste com pouca ou nenhuma afluência de pessoas. Tal como no primeiro replicado, a proliferação infestantes é bastante intensa, atingindo tamanhos de 10 a 35cm, e sendo alvo de pelo menos um tratamento, por ano, com glifosato. O início da experiência deu-se a 22 de Setembro de 2015 e na área de testes foram definidos quatro talhões com 6,3 m2. Cada um dos alvos de tratamento foram pulverizados com 3L de mistura, contabilizando uma dose de 0,48L/m2.

- O terceiro replicado foi realizado na mesma urbanização, em meio rural, do replicado anterior, no entanto, as infestantes, presentes na zona de calçada testada, apresentavam estados de desenvolvimento mais reduzidos, fator este aferido pelo tamanho das mesmas, não atingindo mais de 10cm aquando da realização do replicado. O início da experiência ocorreu a 22 de Setembro de 2015, a par do replicado anterior, e tendo sido definidos talhões de 6,7 m2 e tendo sido utilizada uma dose de 0,52L/m2. A caraterização da área a tratar é idêntica à do replicado anterior, com pouca ou nenhuma afluência de pessoas, em calçada portuguesa e adjacente a uma zona rural intensa. Há que assinalar que a zona de calçada que foi pulverizada encontrava-se junto a uma habitação que promove sombra num grande período de tempo, sendo por isso mais húmida, bem como apresentava inclinação acentuada promovendo a escorrência de águas pluviais ou de lavagem de quintais.

35  Ensaio 2 - Variação da quantidade de vinagre para as mesmas quantidades

de sal:

O segundo ensaio consistiu na variação das quantidades de vinagre para as mesmas quantidades de sal, sendo os talhões definidos do seguinte modo:

 Talhão 1: Branco;

 Talhão 2: 4L de Água + 1L de Vinagre + 2kg de Sal;  Talhão 3: 3,5L de Água + 1,5L de Vinagre + 2kg de Sal;  Talhão 4: 3L + 2L de Vinagre + 2kg de Sal.

O Ensaio 2 consistiu na realização de três replicados.

- O primeiro replicado foi realizado numa zona de calçada portuguesa estabelecida num jardim público com afluência acentuada de pessoas, até pelo facto de o mesmo ser adjacente a dois estabelecimentos de ensino. Trata-se de um pequeno jardim com historial de proliferação de infestantes reduzida, sendo apenas necessário um tratamento, por ano, com glifosato, podendo as infestantes atingir cerca de 10 a 15cm de altura e em reduzidas quantidades. A experiência deu início no primeiro dia de Setembro de 2015, com temperaturas altas e períodos muito secos. Os talhões foram definidos com uma área de 14,4m2, cada um, e sendo a dose utilizada para cada talhão de 0,35L/m2.

- O segundo replicado foi realizado numa zona de calçada portuguesa integrada num jardim confluente com uma zona arbórea intensa nas periferias da cidade de Portimão. Trata-se de um local onde apenas afluem pessoas para passear os seus animais de estimação, e sendo relativamente escondida no meio urbano. Durante o ano, o serviço de controlo de infestantes promovido pela EMARP passa nesse local pelo menos uma vez, fazendo a aplicação de glifosato, não sendo um local que está o ano inteiro livre de infestantes. Foram definidos quatro talhões com uma área de 6m2 e utilizada uma dose de mistura de 0,58L/m2. O início do replicado foi estabelecido a 18 de agosto de 2015 com temperaturas caraterísticas dessa altura do ano, muito elevadas.

- O terceiro replicado ocorreu numa localização central em Portimão num pavimento de mistura de pavet e calçada portuguesa adjacente a um relvado em que a rega se encontrava danificada e sucedendo escorrências de água para a zona de teste. O local é caraterizado pelo surgimento de infestantes de raiz forte e dimensão considerável nas zonas confluentes com os relvados instalados na referida localização. O replicado foi

36 iniciado no primeiro dia de Setembro de 2015 e para a realização do presente replicado foram estabelecidos quatro talhões com área individual de 5,2m2 e utilizada uma dose de 0,48L/m2 para cada talhão pulverizado.

 Ensaio 3 - Variação da quantidade de ácido acético para as mesmas

quantidades de sal:

Posteriormente à realização dos primeiros ensaios com variação de vinagre e variação de sal nas diferentes misturas, constatou-se que poderíamos estar perante uma boa alternativa à utilização de glifosato para o controlo de infestantes, e optou-se por substituir o vinagre pelo ácido acético, até pelo facto de este ser mais barato que o vinagre engarrafado vendido nos supermercados.

O ácido acético para realização das experiências foi adquirido a uma empresa de produtos químicos que fornece a substância num grau de pureza de 80% (ácido acético técnico) e de 99% (ácido acético glacial).

O ácido acético confinado em embalagens num grau de pureza de 99% permitiu a realização de diluições em água para as percentagens desejadas, definidas para 5L de calda. Como tal, neste terceiro ensaio procedeu-se à variação das concentrações de ácido acético (2,5%, 5% e 10%) para a quantidade máxima de sal anteriormente testada e com bons resultados, sendo os talhões definidos do seguinte modo:

 Talhão 1: Branco

 Talhão 2: Diluição de Ácido acético a 2,5% + 2kg de Sal;  Talhão 3: Diluição de Ácido acético a 5% + 2kg de Sal;  Talhão 4: Diluição de Ácido acético a 10% + 2kg de Sal.

- O primeiro replicado foi realizado em calçada portuguesa, característico pela intensa proliferação de infestantes e foram definidos quatro talhões com área individual de 12,8 m2, e utilizada uma dose pulverizada de 0,40L/m2 por talhão. O início do replicado ocorreu a 13 de outubro de 2015, numa altura em que as temperaturas são ligeiramente mais baixas comparativamente com as datas em que foram realizados o primeiro e segundo ensaio, no entanto tratava-se de um bom fator para comprovar até que ponto a temperatura poderia ser uma desvantagem no controlo de infestantes com este tipo de substâncias.

- A 23 de outubro de 2015 deu início o segundo replicado, e desta feita num tipo de pavimento ainda não testado anteriormente. Tratou-se de um pavimento de terra batida

37 com inclinação acentuada que promove a escorrência de águas pluviais e bastante favorável ao povoamento de diversas infestantes no local. Para a realização deste replicado procedeu-se à divisão da zona em talhões com 30m2 de área individual e sendo pulverizada uma dose de 0,17L/m2 (bastante inferior às doses anteriormente utilizadas). A par do início do segundo replicado, também se iniciou o procedimento para realização do terceiro replicado numa outra localização em Portimão.

- O terceiro replicado iniciou-se a 23 de outubro de 2015 numa zona de tráfego, na margem de uma estrada municipal caraterizada pelo pavimento em calçada e pelo escoamento de águas pluviais devido à sua inclinação. Foram definidos talhões individuais de 1,3m2, e tendo sido pulverizada a dose de mistura de 0,38L/m2. A área que foi definida é caraterizada por ser uma zona com pouca exposição solar e pouca afluência de pessoas.

 Ensaio 4 - Variação da quantidade de sal para as mesmas concentrações de

ácido acético:

O quarto ensaio consistiu na variação das quantidades de sal para as mesmas quantidades de ácido acético a 10% em 5L de calda. Foi escolhida a concentração de 10% devido a ter sido a que melhor eficácia atingiu no ensaio anterior. Os talhões foram definidos do seguinte modo:

 Talhão 1: Branco

 Talhão 2: 1kg de Sal + Diluição de Ácido acético a 10%;  Talhão 3: 1,5kg de Sal + Diluição de Ácido acético a 10%;  Talhão 4: 2kg de Sal + Diluição de Ácido acético a 10%.

- O primeiro replicado efetuou-se num pavimento de calçada localizado numa área turística da Cidade de Portimão, com bastante afluência de pessoas. Trata-se de uma área onde as infestantes são caraterizadas por reduzidos tamanhos, no máximo de 5cm, e sendo uma zona prioritária no controlo de infestantes pelo facto de ser um local ex- libris de Portimão, pela acentuada afluência turística nos meses de Verão. A zona estabelecida para realização deste replicado costuma ser alvo de dois a três tratamentos com glifosato, por ano, de modo a garantir um controlo eficaz de infestantes. O surgimento de infestantes surge normalmente com a chegada das primeiras chuvas do Outono, e em grandes quantidades pelo facto de o pavimento ser maioritariamente calçada, tanto em zonas de passeio como em zonas de tráfego rodoviário. O início do

38 replicado deu-se a 17 de novembro de 2015 e para a sua realização foram estabelecidos quatro talhões com uma área individual de 7,5m2 e tendo sido pulverizada uma dose de mistura por talhão de 0,27L/m2.

- O segundo replicado também deu início no mês de novembro de 2015 ao décimo primeiro dia. A caraterização do local de experiência passa por um pavimento em terra batida, com proliferação de infestantes bastante acentuada devido ao tipo de terreno bem como pelo facto de se tratar de uma localização com inclinação considerável, promovendo assim a escorrência de águas pluviais. Dois fatores que contribuem fortemente para a proliferação acelerada de infestantes bastante intensa, atingindo alturas consideráveis na ordem dos 20 a 30cm. Tendo em conta o historial deste local, o controlo nesta zona tem por norma o corte das infestantes com roçadora mecânica com posterior pulverização com glifosato de modo a obter a melhor eficácia possível ao longo do ano, o que é bastante difícil devido às condições ótimas de repovoamento para as infestantes. Para a realização do replicado foram estabelecidos quatro talhões, em que cada um apresentava uma área de 12,5m2 e tendo sido pulverizada uma dose por talhão de 0,4 L/m2.

- A par do primeiro e segundo replicado, em novembro, também deu início o terceiro replicado ao décimo sétimo dia do mês, com condições climatéricas idênticas às dos primeiros replicados. Numa área em que a comunidade de infestantes era bastante intensa e numerosa, num corredor com pouca afluência de pessoas, entre dois edifícios e com uma exposição solar bastante reduzida, e pavimento em calçada portuguesa. Para a realização do terceiro replicado do quarto ensaio foram estipulados quatro talhões com uma área individual de 0,5m2 e tendo sido pulverizado cada talhão com uma dose de 0,49 l/m2 de cada mistura.

 Ensaio 5 - Comparação de eficácia entre o herbicida à base de glifosato com

os constituintes nas concentrações que atingiram melhor eficácia:

Por fim, após selecionar as concentrações ideais dos constituintes que atingiram melhor eficácia no controlo de infestantes, procedeu-se à comparação de eficácia com o herbicida, à base de glifosato, utilizado pela EMARP.

A mistura que promoveu a melhor eficácia demonstrou ser uma excelente alternativa à aplicação de glifosato em meio urbano. Como tal, era necessário comparar a sua eficácia com a do glifosato no controlo de infestantes.

39 Na realização deste ensaio era expectável, nos primeiros dias de monitorização, que os talhões pulverizados com glifosato não apresentassem eficácia apreciável pelo modo como atua este herbicida. Trata-se de um herbicida sistémico que atua ao nível da translocação até à raiz da planta e para que o herbicida exerça a sua ação final, que é a morte da planta, basta que uma pequena percentagem seja absorvida e translocada até atingir o local de ação (Moreland, 1980 in Silva, 2004), ao contrário da mistura com ácido acético e sal que funciona por contato, ou seja, a planta tem de ser bem pulverizada devido ao facto de a mistura atuar onde contata e não por translocação até à raiz.

Os talhões foram definidos do seguinte modo:  Talhão 1: Branco;

 Talhão 1: Glifosato;

 Talhão 2: Diluição de Ácido acético a 10% + 2kg de Sal.

O presente ensaio foi realizado nos meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016, característicos por condições meteorológicas adversas, bastante húmidos, ou seja, em condições distintas dos ensaios anteriormente realizados.

- O primeiro replicado deu início a 4 de dezembro de 2015, numa zona de calçada portuguesa integrada numa área urbana com pouca afluência de pessoas nessa altura do ano, e bastante caraterizada pelo surgimento de comunidades intensas de infestantes. Trata-se de um local que costuma ser alvo de tratamento com glifosato, de uma a duas vezes por ano. Para a realização do presente replicado foram estabelecidos três talhões com uma área de 20m2 tendo sido pulverizado em cada talhão tratado uma dose de 0,20L/m2. Durante a monitorização do presente replicado, choveu em diversos dias, fator este que poderia influenciar os resultados.

- O segundo replicado foi realizado numa zona de terra batida num canteiro sem inclinação junto a uma zona de passeio, onde em dias de chuva costuma formar lamaçal. As expectativas eram enormes devido à sua fixação de água. O replicado deu início a 15 de dezembro de 2015, igualmente com condições atmosféricas adversas, e foram estabelecidos três talhões com uma área de 25m2 e tendo sido pulverizada uma dose de 0,2L/m2 em cada talhão tratado das respetivas substâncias.

- O terceiro e último replicado do presente ensaio foi realizado num pavimento em pavet, em zona de pouca afluência de pessoas e deu início a 21 de dezembro de 2015 em condições idênticas à dos dois primeiros replicados. No entanto, o replicado foi

40 realizado em infestantes em estado de desenvolvimento mais atrasado face às anteriores, fator este constatado pela dimensão das mesmas. Foram então definidos os três talhões com uma área individual de 10m2 e tendo sido pulverizado nos talhões tratados uma dose de 0,3L/m2 de cada mistura para o respetivo talhão.

Diluição:

Antes do desenvolvimento de cada replicado foi necessário proceder à diluição dos constituintes a serem testados. Consoante os constituintes da solução, foram definidos procedimentos diferentes para realizar a diluição.

As quantidades dos constituintes da solução utilizadas para cada ensaio foram descritas anteriormente na definição dos ensaios.

Diluição de água com vinagre e sal:

Para proceder à diluição dos três constituintes da solução (água, vinagre e sal):

 Mediram-se os três constituintes nas quantidades desejadas consoante o ensaio que se estava a realizar (pesagem do sal e medição das quantidades desejadas de vinagre e de água);

 Após medidas as quantidades desejadas, adicionaram-se os três constituintes numa bacia de mistura;

 Procedeu-se ao agitamento mecânico com um misturador de tintas acoplado a um berbequim;

 Após a solução estar homogeneizada efetuou-se o transvaze para o pulverizador de 5L de capacidade;

 Para cada replicado realizaram-se três diluições (cada diluição com diferentes quantidades dos constituintes foi destinada a um respetivo pulverizador de 5L).

Diluição de água com ácido acético e sal:

Para a realização da mistura de água com ácido acético e sal procedeu-se da seguinte forma:

 Mediram-se os constituintes nas quantidades desejadas, consoante o ensaio que estava a ser realizado (pesagem do sal, medição do ácido acético e água);

41  Após a medição dos diferentes constituintes, numa bacia de mistura adicionou-

se a água e o sal, e procedeu-se ao agitamento mecânico com misturador de tintas acoplado a um berbequim de modo a dissolver o sal na água;

 Após o sal estar completamente dissolvido, adicionaram-se as quantidades de ácido acético desejado, e procedeu-se ao agitamento rápido com vareta (o ácido acético foi adicionado posteriormente devido ao seu cheiro intenso e pelo facto de este se homogeneizar facilmente);

 Após a solução estar homogeneizada, transvazou-se a solução da bacia de mistura para o respetivo pulverizador;

 Para cada replicado realizaram-se três diluições (cada diluição com diferentes quantidades dos constituintes foi destinada a um respetivo pulverizador de 5L).

Diluição de herbicida com glifosato:

O herbicida à base de glifosato utilizado pela EMARP encontrava-se confinado em embalagens de 20L em estado concentrado, e segundo o rótulo, para efetuar a diluição a proporção é de 1L de herbicida concentrado para 100 L de água, e como tal para proceder à sua diluição num pulverizador de 5L foi necessário:

 Adicionar 5cl de herbicida concentrado ao pulverizador e perfazer com água;  Agitar o pulverizador.

Realização dos replicados:

Após efetuadas as diluições e selecionado o local em meio urbano a ser tratado, prosseguiu-se do seguinte modo:

 Dividiu-se a zona a tratar em quatro talhões (ou três talhões no Ensaio 5), de modo a estabelecer três talhões com diferentes concentrações dos constituintes e um quarto talhão definido como Branco de modo a servir de comparação com os restantes;

 Mediram-se os talhões para calcular a dose consoante os L gastos (L/m2);

 Procedeu-se à pulverização dos talhões (um pulverizador de 5 L para cada talhão);

 Após a realização de cada pulverização lavaram-se os pulverizadores utilizados, de modo a remover os detritos de sal na tubagem para que as mesmas não ficassem obstruídas;

42  Monitorizou-se a zona tratada aos 3, 7, 14, 21 e 28 dias após aplicação das

misturas;

 Determinaram-se as percentagens de controlo de infestantes através da contagem do número de infestantes no local que sofreram dano.

Avaliação da eficácia dos herbicidas testados sobre as comunidades infestantes:

A eficácia das diferentes misturas testadas no controlo de infestantes em meio urbano foi avaliada aos 3, 7, 14, 21 e 28 dias após a sua aplicação (D.A.A.), de acordo com os sintomas visuais, numa escala de 0 a 100%, em que 0 equivale a nenhum dano visível nas infestantes estabelecidas em cada talhão e 100 ao controlo total de infestantes. Dentro da referida escala foram definidos valores satisfatórios (≥50%), bons (≥70%) e ótimos (≥90%) (Frans, 1972 in Silva, 2004).

As percentagens de eficácia do tratamento foram obtidas através da contagem do número de infestantes que apresentavam dano nos talhões pulverizados a cada dia de monitorização, sendo assim possível avaliar os graus de eficácia de cada mistura. Em cada replicado foram determinadas as percentagens de controlo de infestantes, e por fim, em cada ensaio foram calculadas as percentagens médias de eficácia, com os respetivos desvios-padrão de modo a avaliar a dispersão de resultados no ensaio. Os resultados das médias e desvios-padrão foram obtidos através do programa informático Microsoft Excel através das fórmulas da Média e Desvio-Padrão calculadas por análise das amostras (percentagens do controlo de infestantes de cada replicado, obtidas através da contagem das plantas com dano a cada dia de monitorização, como foi referido

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