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5.4 Construção

5.4.6 Métrica HEUA

A métrica MHEUA assim como o método ACCESSA, podem ser utilizados em sis- temas web, independentemente do processo PDWAU. Essas técnicas avaliam a usabilidade e acessibilidade, além de indicarem possíveis melhorias. (DIAS, 2014).

Aplicou-se o HEUA para o sistema SolicitaUFF, para isso, utilizou-se o questio- nário HEUA, onde, é necessário que um especialista10 siga alguns passos: verifique todos

os requisitos contidos nas dez questões (Q) de HEUA, decidindo se o sistema atende, não atende ou se não se aplica; aplicar a fórmula Qt para todas as questões; encontrar MHEUA; e observar os resultados.

Seguindo o proposto no PWDAU, após aplicar o HEUA, um conjunto de medidas deve ser calculado para obter um resultado quantitativo. Esse resultado vai indicar o quanto de requisitos de usabilidade e acessibilidade é contemplado pelo sistema web.

𝑄𝑡 = 𝐴 − 𝑁 𝑆

𝑅𝐸𝑄 − 𝑁 𝐴 * 100 (5.1)

Capítulo 5. Processo de desenvolvimento do SolicitaUFF 41 𝑀 𝐻𝐸𝑈 𝐴 = ∑︀10 𝑖=1𝑄𝑡 10 (5.2) Onde:

∙ Qt são as questões (t variando de 1 a 10); e ∙ S é o total de requisitos que o sistema “atende”;

∙ NS é o total de requisitos que o sistema “não satisfaz”; ∙ NA é o total de requisitos que “não se aplica” ao sistema;

∙ REQ é a quantidade de requisitos existentes para cada questão a ser respondida (requerimentos);

∙ MHEUA é o resultado final.

Tabela 6 – Qt e MHEUA do SolicitaUFF

Questões Requisitos Atende Não Satisfaz Não se aplica Qt

Q1 10 2 1 7 67 Q2 8 4 1 3 80 Q3 13 6 1 6 86 Q4 11 7 0 4 100 Q5 19 10 4 5 71 Q6 6 6 0 0 100 Q7 14 6 4 4 60 Q8 5 4 1 0 80 Q9 3 3 0 0 100 Q10 4 1 1 2 50 MHEUA 79,4

“O resultado obtido em MHEUA pode variar de -100 a +100, e, gra- dualmente, apresenta valores que correspondem a diferentes níveis de adequação em termos de acessibilidade e usabilidade. Assim, quando os valores positivos aumentam, significa que um sistema tem um melhor nível de acessibilidade e usabilidade. Por outro lado, quando os valores negativos diminuem, isso pode indicar que os requisitos de acessibilidade e usabilidade não foram bem empregados no sistema web sob avalia- ção. Portanto, um sistema web com um valor maior de MHEUA é mais acessível e usável, em comparação com outro com um valor menor de MHEUA.” (DIAS, 2014).

Capítulo 5. Processo de desenvolvimento do SolicitaUFF 42

5.5

Implantação

A implantação ficará a cargo da STI-UFF, em seu ambiente, porém alguns cui- dados tiveram que ser tomados no desenvolvimento para que a implantação ocorresse de forma padronizada, dentre eles: A configuração de um arquivo de compilação de imagens Docker11, do NGINX12 como servidor web e garantir que as requisições não dependam de estado (arquitetura “stateless”).

11

https://www.docker.com, acesso em: 25/11/2018

12

43

6 SolicitaUFF

Neste capítulo a versão final do SolicitaUFF para este trabalho será exposta por meio de suas funcionalidades. O sistema disponibiliza diferentes funcionalidades de acordo com o grupo do usuário que está realizando o acesso.

6.1

Funcionalidades

Na visão do aluno, durante o período de ajuste é possível realizar as solicitações de inscrição em disciplinas, cancelamento de inscrição e mudança de turma. A qualquer momento pode-se solicitar o aproveitamento de disciplinas já cursadas na UFF, declara- ções personalizadas e visualizar recados da coordenação, assim como visualizar as listas das solicitações já realizadas e o detalhamento de cada solicitação.

Para os usuários das coordenações, é possível listar as solicitações realizadas pelos alunos do curso, visualizar o detalhamento de cada solicitação e alterar o status da soli- citação, garantindo que ela não poderá mais ser cancelada ao sair do status de pendente e provendo acompanhamento para o aluno do andamento da sua solicitação. Dentre os status possíveis temos: pendente, executando, deferido e indeferido.

As telas das funcionalidades de solicitação de inscrição em disciplina, cancelamento de inscrição, mudança de turma, declaração personalizada e aproveitamento de disciplina encontram-se expostas na visão do aluno do ANEXO D.1 ao D.4, enquanto a visão da coordenação pode ser observada no ANEXO D.5. Optamos por não exemplificar todas as telas da coordenação pois as outras funcionalidades omitidas da coordenação podem ser extrapoladas a partir das telas já exemplificadas na visão do aluno.

O SolicitaUFF foi desenvolvido utilizando técnicas de layout responsivo, ou seja, o conteúdo da página se adéqua ao tamanho da tela, para garantir a interação eficiente em dispositivos móveis e desktop. Com isso, conseguimos eliminar a necessidade de um apli- cativo distinto para cada plataforma de sistemas operacionais dos diferentes dispositivos móveis, como mostrado no ANEXO D.6.

6.2

Cenários de Interação

Os cenários de interação buscam mostrar como o sistema ajuda a resolver os pro- blemas apontados pelos cenários de problemas do Capítulo 5. No cenário 1 a persona Roberta interage com o SolicitaUFF, já no cenário 2 abordamos a interação de pessoas com deficiência visual, no caso, a persona Ana Júlia interage com o SolicitaUFF.

Capítulo 6. SolicitaUFF 44

Cenário 1: Alterar plano de estudos

Na primeira semana de aula, Roberta, estudante de Graduação, deseja realizar uma alteração no seu Plano de Estudos. Ela acessa o SolicitaUFF e percebe que o menu de Período de Ajuste está liberado para acesso, em seguida ela clica em Plano de Estudos para conferir as disciplinas que está inscrita.

Capítulo 6. SolicitaUFF 45

Roberta, após visualizar o seu plano, decide inscrever-se em uma nova disciplina através do botão solicitar inscrição. Ela preenche o formulário na nova página digitando o nome da disciplina que deseja cursar e selecionando a opção correta dentre as retornadas pela busca, em seguida ela seleciona a turma escolhida.

Figura 2 – Tela de inscrição em disciplinas

Após a solicitação, Roberta verifica os dados que o sistema retornou como cadas- trados.

Capítulo 6. SolicitaUFF 46

Cenário 2: Solicitar inscrição em disciplina pelo SolicitaUFF.

Após inspecionar seu plano de estudos, Ana Júlia resolve realizar uma solicitação de inscrição em disciplina.

Figura 4 – Tela do plano de estudos com o link para nova inscrição selecionado

Após realizar a busca pela disciplina e selecionar a turma, Ana Júlia confirma a sua solicitação de inscrição.

Figura 5 – Tela de nova solicitação de inscrição em disciplina com dados preenchidos e botão de confirmação selecionado

Capítulo 6. SolicitaUFF 47

Após a confirmação, a primeira mensagem que Ana Júlia recebe do sistema, é a informação de que sua solicitação foi de fato realizada.

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7 Considerações Finais

Neste trabalho buscou-se desenvolver um sistema acadêmico-administrativo cujo objetivo foi agilizar e informatizar as atividades realizadas pelos alunos e coordenações da Universidade Federal Fluminense. Para atingir nosso objetivo, buscamos aplicar uma me- todologia focada no desenvolvimento de sistemas seguindo as diretrizes de acessibilidade e as heurísticas de usabilidade.

Para guiar o desenvolvimento do SolicitaUFF tivemos como metas permitir que os usuários de leitores de tela tenham acesso à toda a informação disponível no sistema e livre navegação entre as funcionalidades, além de permitir que o sistema adéque-se às diversas configurações de tamanho de fonte dos usuários. Para as metas de usabilidade, todo usuário deve ser capaz de encontrar as informações no sistema, de entender as informações no sistema e o sistema deve prover retorno claro e preciso para o usuário após uma ação ser efetuada. Dito isso, concluímos que as metas foram alcançadas com sucesso pelo SolicitaUFF.

Através da metodologia escolhida, pudemos aprofundar nosso conhecimento da usabilidade e acessibilidade, pois aplicamos os conceitos desde o início do desenvolvimento do sistema. Aprendemos a incluir personas e cenários no processo de desenvolvimento para compreender a necessidade dos usuários e a incluir avaliações automatizadas e objetivas para validar nossos resultados em conformidade com a WCAG 2.0 1 e eMAG2.

As limitações desse trabalho estão no fato de não termos conseguido aplicar o método ACCESSA3 em sua totalidade. A perspectiva do usuário e os testes com os usuá-

rios finais não puderam ser feitas, assim como a perspectiva do especialista, não pôde ser aplicada, pois depende diretamente das perspectivas anteriores. Esta falta porém, foi compensada, em parte, com a aplicação do questionário HEUA4, pois este avalia objeti- vamente a usabilidade e a acessibilidade.

Como trabalhos futuros pode-se realizar testes com usuários para contribuir com o aprimoramento do sistema, além de ampliar o sistema para abranger outras necessidades das coordenações e alunos que sejam referentes às solicitações. Também seria interessante explorar os processos realizados entre coordenações que por vezes foram relatados durante as entrevistas e que também são necessários para atender as necessidades dos alunos.

1 Web Content Accessibility Guidelines

2 Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico

3 Approach to improve the aCCESsibility and uSAbility of existing web system

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Referências

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CARROLL, J.; ROSSON, M. B. Human-computer interaction scenarios as a design

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DIAS, A.; FORTES, R.; MASIERO, P. Heua: A heuristic evaluation with usability and accessibility requirements to assess web systems. W4A 2014 - 11th Web for All

Conference, 04 2014. Citado 3 vezes nas páginas 21, 22 e 23.

DIAS, A. et al. An approach to improve the accessibility and usability of existing web system. p. 39–48, 09 2013. Citado 3 vezes nas páginas 21, 22 e 23.

DIAS, A. L. Um processo para sistemas web com foco em acessibilidade e usabilidade. 2014. Citado 4 vezes nas páginas 20, 38, 40 e 41.

HEERDT, M. L.; LEONEL, V. Metodologia Científica e da Pesquisa. 5. ed. [S.l.]: UnisulVirtual, 2007. ISBN 9788578170295. Citado na página 24.

LÓPEZ, J. M. et al. Methodology for identifying and solving accessibility related issues in web content management system environments. ACM, New York, NY, USA, p. 32:1–32:8, 2012. Disponível em: <http://doi.acm.org/10.1145/2207016.2207043>. Citado na página 21.

MELO, A. M. Acessibilidade e inclusÃo digital. In: Companion Proceedings of the 13th

Brazilian Symposium on Human Factors in Computing Systems. Porto Alegre, Brazil,

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MELO, M. D. P. e Francisco Ricardo Lins Vieira de. Estrutura e funcionamento dos núcleos de acessibilidade e inclusão nas universidades federais da região sudeste. Revista

Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 12, n. 3, p. 1610–1627, 2017. ISSN 1982-5587.

Disponível em: <https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/10354>. Citado 2 vezes nas páginas 12 e 14.

NARASIMHAN, N. e-Accessibility Policy Handbook for Persons with Disabilities. Elsevier Editora Ltda., 2010. 5-6 p. Disponível em: <http://www.e-accessibilitytoolkit- .org/toolkit/eaccessibility basics>. Acesso em: 23.5.2018. Citado 2 vezes nas páginas 15 e 26.

NIELSEN, J. 10 usability heuristics for user interface design. 1995. Disponível em:

Referências 50

NIELSEN, J. Usability 101: Introduction to usability. 2012. Disponível em: <https:/- /www.nngroup.com/articles/usability-101-introduction-to-usability/>. Citado 3 vezes nas páginas 18, 19 e 26.

OLIVEIRA, C. B. de. Jovens deficientes na universidade: experiências de acessibilidade? Revista Brasileira de Educação, 2018. Disponível em: <http://uaeh.redalyc.org/articulo- .oa?id=27529319009>. Citado na página 14.

WEBAIM. 2017. Disponível em: <https://webaim.org/projects/screenreadersurvey7/>. Citado na página 13.

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ANEXO A – Entrevistas

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