• Nenhum resultado encontrado

Módulo 4 – Procedimentos Operativos dos Sistemas de Distribuição

3. Política de Acesso às Redes das Concessionárias

3.1. PRODIST

3.1.4. Módulo 4 – Procedimentos Operativos dos Sistemas de Distribuição

Este módulo do PRODIST [11] visa estabelecer os procedimentos de operação dos sistemas de distribuição para que as distribuidoras e demais entidades envolvidas formulem os planos e programas operacionais dos sistemas de distribuição, incluindo previsão de carga, programação de intervenções em instalações, controle de carga em situações de contingência ou emergência, controle de qualidade da energia e coordenação operacional dos sistemas.

Os procedimentos operativos estabelecidos neste módulo são aplicáveis aos Centros de Operações – CO da distribuidora, do Centro de Despacho de Geração Distribuía (CDGD) e demais órgãos de operação de acessantes. Por isso, este módulo é importante para a compreensão das necessidades operacionais de unidades de geração distribuída bem como das exigências da distribuidora para a operação no ponto de conexão.

Seção 4.1 – Dados de carga e de despacho de geração

Esta seção estabelece os procedimentos e requisitos para o fornecimento de informações de carga e de despacho de geração por parte dos acessantes às distribuidoras.

As informações de carga e de despacho de geração, dados previstos (horizonte de até 5 anos) e verificados, servem para:

• o desenvolvimento de estudos de planejamento e programação da operação elétrica e energética e para os estudos de ampliações e reforços;

• permitir ajustes nos dados de carga;

• compor os dados de carga verificados da distribuidoras.

Seção 4.2 – Programação de intervenções em instalações

São estabelecidos nesta seção os procedimentos e requisitos para a programação, coordenação e execução de intervenções em instalações de distribuição e de instalações de acessantes que interferem no sistema de distribuição, visando garantir a operacionalidade dos equipamentos e minimizar os riscos para o sistema elétrico.

Seção 4.3 – Controle da carga

Estabelece os procedimentos a serem implementados e os critérios básicos a serem adotados junto aos acessantes do sistema de distribuição para o controle de carga em situações de contingência ou emergência.

As atribuições das Centrais Geradoras não Despachadas Centralizadamente ou Centro de Despacho da Geração Distribuída – CDGD, quando acionadas pelo Centro de Operações – CO da distribuidora, são: fornecer as informações relacionadas a sua geração, disponibilizar eventuais folgas de geração e suspender ou cancelar manutenção de centrais geradoras.

Seção 4.4 – Testes das instalações

Esta seção define os procedimentos e responsabilidades das distribuidoras e dos acessantes para a realização de testes das instalações nas atividades de vistoria, aceitação das instalações e avaliação da qualidade de atendimento no ponto de conexão.

No caso das Centrais Geradoras não Despachadas Centralizadamente, as distribuidoras têm o direito de exigir e acompanhar os seguintes testes:

• desempenho de funcionalidade, coordenação e ajustes de todas as funções de proteção mínimas;

• avaliação do desempenho dinâmico de sistemas de controle de tensão e de freqüência;

• testes aplicados no disjuntor de conexão que atestem a sua adequada operação durante a eliminação de defeitos, incluindo a sua operação manual ou automática;

• levantamento da curva de capabilidade das centrais geradoras;

• levantamento dos limites mínimos e máximos de geração de potência ativa.

Seção 4.5 – Coordenação operacional

Nsta seção são estabelecidos os procedimentos mínimos para o relacionamento operacional entre o Centro de Operação – CO da distribuidora e o Centro de Despacho da Geração Distribuída – CDGD. As atribuições do CO da distribuidora são:

• coordenar, supervisionar, comandar e executar as ações operativas nas instalações de distribuição que não pertencem à rede de operação do Sistema Interligado Nacional – SIN;

• obter com os acessantes as informações necessárias para a coordenação, supervisão e controle da operação de instalações;

• elaborar, atualizar e disponibilizar aos acessantes as instruções de operação com procedimentos para instalações que interferem no sistema de distribuição;

• informar aos acessantes sobre condições operativas no sistema de distribuição que possam interferir na operação de suas instalações. As atribuições do CDGD são:

• supervisionar, comandar e executar as ações determinadas pelo CO para a operação em suas instalações de conexão;

• informar ao CO da distribuidora acessada a programação de geração para o período que for definido e as alterações nos limites e restrições operacionais de suas instalações;

• comunicar imediatamente ao CO os desligamentos de emergência efetuados ou ocorridos em suas instalações;

• organizar e manter atualizados, normas, instruções e diagramas para operação das instalações;

• implantar os procedimentos definidos nas instruções de operação nas instalações sob sua responsabilidade;

• disponibilizar ao CO instruções de operação específicas, quando solicitado;

• manter pessoal habilitado para o relacionamento operacional durante 24 horas por dia.

O Centro de Despacho da Geração Distribuída – CDGD realiza a gestão técnica e administrativa das centrais geradoras integrantes do agrupamento, sendo suas funções:

• limitação da potência a ser injetada no sistema de distribuição;

• controle de tensão e potência reativa;

• desconexão das centrais geradoras, quando necessário;

• coordenação dos procedimentos de entrada e saída de serviço;

• capacidade de definir previsões de produção de energia.

Operação ilhada

Caracteriza-se como operação ilhada a operação de central geradora alimentando uma parcela eletricamente isolada do sistema de distribuição. A distribuidora deve realizar estudos e instruções operativas e de segurança específicos para a operação ilhada, estabelecendo as condições em que esta operação é permitida. Estas condições e instruções operativas e de segurança devem constar no Acordo Operativo estabelecido entre a central geradora e a distribuidora.

A central geradora responsável pelo controle de freqüência da parcela eletricamente isolada deve ser dotada de controle automático de geração (CAG), ou qualquer outra tecnologia capaz de desempenhar a mesma função, caso a operação ilhada seja utilizada permanentemente.

A central geradora deve fornecer as informações necessárias para a elaboração de estudos de regime permanente e dinâmico. Quando solicitado pela distribuidora,

a central geradora deve adequar os parâmetros dos sistemas de controle para garantir o desempenho adequado do sistema.

Recursos de comunicação de voz e de dados

Para os serviços de comunicação de voz entre o CO e o CDGD é exigida a disponibilidade de linha telefônica fixa e móvel do sistema público nacional de telecomunicações. Quanto aos serviços de comunicação de dados, cabe aos acessantes disponibilizar os dados solicitados pela distribuidora que foram definidos no Acordo Operativo. A implementação, qualidade e disponibilidade desses serviços, de responsabilidades do acessante, devem ser estabelecidas entre as partes e definidas no Acordo Operativo.

3.1.5.

Módulo 5 – Sistemas de medição

O módulo 5 do PRODIST [11] trata dos sistemas de medição das grandezas elétricas do sistema de distribuição, apresentando os requisitos mínimos para a especificação de materiais, equipamentos, projeto, montagem, comissionamento, inspeção e manutenção dos sistemas de medição.