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M EDIDAS DE P REVENÇÃO E M EDIDAS DE P ROTECÇÃO

Neste ponto serão identificadas as medidas de prevenção e as medidas de protecção para fazer face a cada cenário identificado (por sua vez associados aos riscos referidos anteriormente). As medidas de prevenção têm por objectivo diminuir a probabilidade de ocorrência do cenário ou do evento de risco e as medidas de protecção têm por objectivo diminuir a severidade do cenário, isto é, a redução do seu impacto.

3.4.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Face aos cenários de risco identificados, as medidas de prevenção que se encontram a ser tomadas são as que têm por objectivo reduzir a probabilidade de ocorrência dos eventos de riscos associados aos actos não voluntários, resultantes de procedimento incorrecto na operação das instalações ou por não cumprimento das normas e procedimentos de segurança. Também se encontram a ser tomadas medidas preventivas relacionadas com actividades efectuadas por terceiros, designadamente as decorrentes de obras e construções na proximidade dos gasodutos e instalações dos TSOs.

Assim e face ao que foi referido, podem ser identificadas as seguintes medidas de acção preventiva:

• Existência e cumprimento de procedimentos de operação das infra-estruturas, de acordo com as melhores práticas da indústria e respeitando a regulamentação;

• Existência e cumprimento de procedimentos e normas de segurança na operação das infra-estruturas, respeitando as melhores práticas da indústria, a legislação e o normativo em vigor;

• Existência de sinalização e faixas de servidão junto do gasoduto, assim como a sensibilização permanente junto da população e das autoridades competentes relativamente à infra-estrutura existente.

Todas as medidas referidas anteriormente têm impacto na redução da probabilidade de ocorrência de eventos de risco associados aos cenários 3.3.1 Falha no TGNL de Sines, 3.3.2 Falha na interligação de Campo Maior, e 3.3.3 Rupturas no gasoduto em locais críticos ou de potencial congestionamento da RNTGN.

Não existem medidas preventivas com o objectivo de reduzir a probabilidade de ocorrência do cenário 3.3.4 Perturbação no aprovisionamento pelos fornecedores de países terceiros. Para este cenário existem apenas medidas de protecção, mencionadas no parágrafo seguinte.

26 3.4.2 MEDIDAS DE PROTECÇÃO

Para aos cenários de risco identificados, encontram-se previstas um conjunto de medidas de protecção que têm por objectivo reduzir a severidade da ocorrência dos respectivos cenários. Na tabela seguinte apresenta-se um quadro resumo das medidas de protecção identificadas.

Medida Designação Descrição Data

1

Reversibilidade no ponto de interligação de Valença do Minho / Tuy

Com uma capacidade de 30 GWh/d nos meses de Inverno (de Novembro a Março) e de 40 GWh/d nos restantes meses do ano, permite o fornecimento ao norte do País.

Já existente

2 Construção da EC do Carregado

Fundamental para o aumento da capacidade de regaseificação do TGNL de Sines dos actuais 228,5 GWh/d para 321,3 GWh/d.

Antes de 2016

3

Construção do gasoduto Mangualde – Celorico – Guarda (fecho dos Lotes 5 e 6)

Constituirá uma alternativa de abastecimento aos pólos de consumo destes lotes e á região norte do País em caso de ruptura do gasoduto principal de transporte.

Antes de 2016

4 Construção do gasoduto Carriço – Cantanhede

Constituirá uma duplicação do troço de gasoduto a norte da JCT2500-bidoeira (redundância em caso de ruptura do gasoduto principal), permitindo igualmente aceder ao gás natural armazenado no AS do Carriço por uma segunda via.

Após 2016 5 Desenvolvimento do AS do Carriço (capacidade de armazenamento)

Necessário para o cumprimento da norma relativa ao aprovisionamento, artigo 8.º do Regulamento N.º994/2010, através da colocação em serviço da 5ª e 6ª cavidades, aumentando a capacidade de armazenamento de 2075 GWh para 3503 GWh. Antes de 2016 6 Desenvolvimento do AS do Carriço (capacidade da instalação de superfície – injecção e extracção)

Necessário para o cumprimento da norma relativa às infra-estruturas, artigo 6.º do Regulamento N.º994/2010, designadamente duplicando a capacidade de extracção para 171,4 GWh/d.

Após 2016

27 7 Construção da 3ª interligação

com Espanha

Com uma capacidade faseada de 75,0 GWh/d e 146,0 GWh/d, será necessária para o cumprimento da norma relativa às infra- estruturas, artigo 6.º do Regulamento N.º994/2010.

Após 2016

8 Acordo de interoperabilidade nas Interligações

Acordo de Operação Conjunto das interligações de Valença do Minho / Tuy e Campo Maior / Badajoz

Já existente

9 Acordo de Assistência Mútua Enagas – REN (GTG)

Acordo de Assistência Mútua entre a Enagas e a REN, de Setembro de 2006. Permite o recurso a capacidade e quantidades de GN adicional perante situações de emergência.

Já existente

Falha no TGNL de Sines ou na interligação de Campo Maior

Para minimizar o impacto ou severidade destes cenários existem as medidas baseadas no mercado relativas à oferta, referidas no parágrafo 3.1.1, como as medidas de maior flexibilidade na importação, de diversificação das fontes de gás e das vias de aprovisionamento, de investimento em infra-estruturas, e da existência de fluxos bidireccionais, assumindo um papel preponderante as medidas 1, 5, 6 e 7, indicadas no quadro acima.

A construção da 3ª interligação com Espanha após o horizonte de 2016 (medida 7), permitirá o desvio de cargas de navios metaneiros para os terminais do norte da Península Ibérica, entrando o respectivo gás natural por este novo ponto de interligação.

Para o caso da falha na interligação de Campo Maior, a construção da EC do Carregado será fundamental para o aumento da capacidade que será possível aproveitar da regaseificação do TGNL de Sines, que passará dos actuais 228,5 GWh/d para 321,3 GWh/d.

Existem também medidas como a coordenação das actividades de despacho por parte dos operadores das redes de transporte, e os acordos contratuais para garantir a segurança do aprovisionamento de gás – medidas 8 e 9.

Rupturas no gasoduto em locais críticos ou de potencial congestionamento da RNTGN

Para minimizar o impacto ou severidade de uma ruptura a norte da JCT 2500 – Bidoeira, existem as medidas baseadas no mercado relativas à oferta, referidas no parágrafo 3.1.1, como as medidas de maior flexibilidade na importação, de diversificação das fontes de gás e das vias de aprovisionamento, de investimento em infra-estruturas, e da existência de fluxos bidireccionais, assumindo um papel preponderante:

• As medidas 1 e 3, de modo a permitir o fornecimento de gás a norte do ponto de ruptura. Como referido no ponto 3.3.3, verifica-se que, independentemente da altura

28 do ano, a capacidade de interligação por Valença do Minho será suficiente para garantir o fornecimento aos “Clientes protegidos”, mas não a totalidade dos consumos industriais da zona afectada. Nesta situação, será necessária a implementação de medidas não baseadas no mercado, de acordo com o Plano de emergência (PE), designadamente a interruptibilidade de parte do sector industrial (grandes empresas e PMEs) de modo a garantir o fornecimento aos “Clientes protegidos”;

• As medidas 4 e 7, de modo a permitir o fornecimento de gás a norte do ponto de ruptura, designadamente permitindo o acesso ao gás natural armazenado no AS do Carriço (medida 4) e deslocando para norte o ponto crítico, minorando a procura afectada e garantindo, também, uma verdadeira redundância à actual interligação de Campo Maior (medida 7).

Existem também medidas como a coordenação das actividades de despacho por parte dos operadores das redes de transporte, e os acordos contratuais para garantir a segurança do aprovisionamento de gás – medidas 8 e 9. No caso do Acordo de Assistência Mútua entre a Enagas e a REN, de Setembro de 2006 (medida 9), atendendo à actual capacidade no ponto de interligação de Valença do Minho / Tuy, poderá ser necessário a solicitação de capacidade adicional neste ponto de entrada à Enagas, para garantir o fornecimento ao norte do País neste cenário.

Perturbação no aprovisionamento pelos fornecedores de países terceiros

Para minimizar o impacto ou severidade deste cenário existem as medidas baseadas no mercado relativas à oferta, referidas no parágrafo 3.1.1, como as medidas de maior flexibilidade na importação, de diversificação das fontes de gás e das vias de aprovisionamento, de investimento em infra-estruturas, e da existência de fluxos bidireccionais, assumindo um papel preponderante as medidas 1, 5 e 7. A capacidade de armazenamento do AS do Carriço constitui a reserva de segurança primordial para fazer face a situações de escassez de gás natural e a 3ª interligação com Espanha permitirá o abastecimento do SNGN por fornecedores de gás natural que actuam no mercado ibérico, designadamente no norte de Espanha.

Existem também medidas como a coordenação das actividades de despacho por parte dos operadores das redes de transporte, e os acordos contratuais para garantir a segurança do aprovisionamento de gás – medidas 8 e 9.:

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