• Nenhum resultado encontrado

O cabo de aço que aciona o profundor pode ter o seu trajeto descrito da seguinte forma: o cabo de aço começa no dado esquerdo do bellcrank de comando do profundor, e é fixo a essa por um pequeno parafuso travador. Estende-se até a parede posterior do cock pit onde é introduzido no orifício pequeno do terminal de cabo que atravessa essa parede, pelo outro lado é conduzido pelo conduíte até o pino posterior do eixo, onde o conduíte é fixo e o cabo de aço segue novamente desencapado. Na seqüência passa por dentro da alavanca onde é preso, impedindo que deslize por dentro dessa e dessa forma assimila os seus movimentos longitudinais.

Após passar pela alavanca, vai em direção ao pino anterior, onde passa a ser guiado novamente por um conduíte, esse passa pela parede de fogo e forma um U ao encontrar outro terminal situado na parede de fogo com a outra extremidade voltada para dentro do cock pit.

Saindo pelo orifício desse terminal, cruza novamente o cock pit, passando por debaixo do eixo de comando de flape e posteriormente pelo orifício da parede posterior do cock pit entrando novamente no cone de acuda, chegando e sendo fixado ao lado direito do bellcrank de comando do profundor.

A fenda na parede de fogo foi protegida por grommet para evitar desgastes ao conduíte.

Para a fixação do cabo de aço à alavanca é utilizada uma peça semi-cilíndrica fixada por dois parafusos à alavanca. Uma vez retirada essa peça, surgirá um corte na alavanca que permite a remoção do cabo pela sua lateral. Uma vez passado o cabo de aço por esse corte, basta posicionar novamente a peça semi-cilíndrica no lugar e

apertar os parafusos. Para a fixação dos parafusos de fixação do cabo, foram feitas roscas na própria alavanca.

O pino dianteiro também é transpassado por um outro pino estreito com extremidade roscada que transmite o movimento lateral do sistema para as hastes de comando dos ailerons.

A articulação entre essas hastes pode ser feita simultaneamente à movimentação dos cabos sem haver qualquer interferência entre os sistemas.

Dessa forma, esse conjunto, denominado manche transmitirá dois movimento para a aeronave, o movimento transversal do manche, que faz o avião girar sobre o seu eixo transversal dado pelos ailerons, e o movimento que faz o avião subir e descer pelo comando do profundor, .

Assim sendo, quando se empurra o manche para o painel, o cabo atuará sobre o bellcrank do profundor, e esse bellcrank comandará o profundor através de uma haste movimentando o profundor para baixo e isso provocará a queda do nariz da aeronave.

Por outro lado, se puxarmos o manche, através do mesmo mecanismo, mas de forma inversa, o profundor será movimentado pra cima e o nariz o avião subirá.

Caso o comando do manche seja lateral para a direita, o manche empurrará a haste direita e puxará a haste esquerda de forma a levantar o aileron direito e abaixar o aileron esquerdo, fazendo com que o avião se incline para a direita, e conseqüentemente, atuará de forma inversa se comandado para o lado esquerdo.

Como o movimento lateral está ligado ao eixo do manche e o movimento transversal está ligado à alavanca, mas através de cabos e conduítes flexíveis, é

possível realizar ambos os movimentos simultaneamente de forma autônoma, sem que haja qualquer interferência entre eles.

5.11 PEDAIS

Para visualizar o mecanismo de funcionamento dos pedais, consulte o diagrama número 4.

Os pedais são responsáveis pela movimentação do leme da aeronave, normalmente em aviões reais, controla-se o leme pelo movimento dos pedais pressionando-os como um todo e aciona-se os freios individualmente de cada roda com o movimento apenas da sua parte superior de cada pedal.

Como o objetivo desse modelo é estudar as superfícies aerodinâmicas e seus comandos, não há a função de freios.

Os pedais do leme quando acionados, movimentam-se de forma paralela ao eixo longitudinal do avião devido aos dois eixos distintos fixados ao piso o cock pit e ligados, a cada um, uma das hastes que suportam os pedais, como há também articulação nos pedais esse movimento paralelo torna-se natural.

Os eixos que suportam as hastes dos pedais foram frisados para assimilar arruelas de pressão e embuchamento de bronze para melhorar suas características funcionais.

Os pedais têm sapatas de nylon instaladas nas hastes que deslizam sobre o piso do cock pit e impedem a raspagem das hastes sobre o piso, e um batente limitador instalado entre as hastes que limitam os movimentos dos pedais para impedir quaisquer danos ao sistema por uso indevido ou excesso de curso.

Com a movimentação dos pedais seu movimento é transmitido por meio de cabos de aço até o bellcrank do leme, que está situada no cone de cauda, no mesmo eixo que fixa o bellcrank do profundor. Os bellcranks agem de forma independente, devido à espaçadores de bronze dispostos entre si, que além de cumprir a função de distanciar os bellcranks ainda ajuda no leve deslizamento dos sistemas, diminuindo o atrito e conseqüentemente o desgaste.

O percurso do cabo de aço dos pedais pode ser facilmente seguido mesmo visualmente, pois é disposto de forma retilínea e sem a necessidade de conduítes.

O cabo é fixo primeiramente na barra posterior dos pedais, sua fixação é por meio de um pequeno parafuso situado sobre essa barra.

Para a fixação basta introduzir o cabo em um pequeno orifício na parte posterior da barra e apertar o parafuso no orifício perpendicular que é roscado, logo acima do furo do cabo.

O cabo é estendido então, passando sob o eixo de comando dos flapes e logo depois transpassa um buraco na parede posterior do cock pit, passando assim para o cone de cauda e chegando ao bellcrank de comando do leme.

Nesse bellcrank há dois furos para a fixação dos cabos, um em cada extremidade, semelhantes ao descrito acima. Pode-se fixar os cabos de aço da mesma forma em todos os ofícios.

Do outro lado do bellcrank há o outro orifício para a fixação do cabo de retorno, que é disposto similarmente ao anterior, só que do outro lado.

Uma vez que se aciona o pedal direito, por efeito gangorra o esquerdo recua na mesma proporção e vice versa. Esse movimento é transferido para o bellcrank através dos cabos de aço.

No bellcrank há um orifício na extremidade esquerda onde é fixada a haste que transmite esse movimento de forma longitudinal até a barbatana do leme que o transforma em movimento de abano.

5.12 MOTOR DA HÉLICE

O motor da hélice foi fixado ao novo nariz por meio de uma chapa de alumínio de 2,0mm, dobrado em suas extremidades em formato adequado para ser encaixado à parte de fibra de vidro dando rigidez ao sistema. Essa chapa de alumínio está fixa à fibra de vidro por meio de 4 parafusos com porcas e o motor está fixo ao alumínio. Foi necessário confeccionar-se 4 buchas em ângulo, que colocadas nos parafusos de fixação do motor, retificam o ângulo de saída do eixo do motor à estrutura do avião. Na transposição do eixo pelo nariz do avião foi instalado um rolamento calçado por uma bucha de borracha fixa por uma armação de aço inox. Esse implemento garantiu grande rigidez para o sistema e excelente fixação para a hélice como vemos na foto 33 a seguir.

Documentos relacionados