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e 4 Problemas Definição

3.4. Manual de acolhimento

O manual “Bem- vindo à Efacec” que é entregue aos novos trabalhadores, aquando da sua integração na empresa, é um documento em formato A4 disponível na Intranet, e que integra um índice com 3 grandes partes:

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A Efacec

Regulamentos e práticas recomendadas

Serviços partilhados

Depois de uma apresentação de Bem-vindo à Efacec, assinada pela Equipa de Desenvolvimento Corporativo em que é referido esperamos que em breve esteja integrado na sua equipa e trabalho, contribuindo activamente para o crescimento e desenvolvimento da nossa empresa, são apresentados os elementos que foram preparados para facilitar a integração do novo trabalhador. São eles:

A apresentação do novo trabalhador, por parte da chefia, aos colegas de trabalho e aos responsáveis pelo fornecimento da logística

O recebimento de uma pasta contendo os documentos e formulários para um conhecimento da empresa e para concretização dos primeiros passos em matéria administrativa

A visita às instalações organizada pela chefia ao local de trabalho, e às áreas sociais

O programa de conhecimento da empresa com visitas a outras instalações A primeira parte do manual, intitulada Efacec, integra a mensagem do presidente, a missão e visão, a política de gestão e código de ética, os marcos históricos da empresa, informação sobre os accionistas e o desempenho económico, a organização e os contactos dos vários pólos da empresa.

A mensagem do presidente parte da história da empresa para explicar a atitude ce ntral da procura do crescimento e desenvolvimento na satisfação das necessidades actuais do mercado como também no reforço da actuação internacional. Depois de se enumerar os factores estratégicos fundamentais que contribuem para o sucesso da empresa, entre os quais o elevado respeito pelos stakeholders, nomeadamente os trabalhadores, e de referir o elevado empreendedorismo, espírito inovador, audácia e dinamismo dos trabalhadores, conclui que cada um dos trabalhadores tem um papel na construção, desenvolvimento e sucesso da empresa. Para tal, apela a uma atitude de autonomia, responsabilidade, capacidade de decisão e de transformação de problemas em oportunidades, visando a melhoria contínua do desempenho individual, das equ ipas, e do negócio. Termina a mensagem referindo-se novamente ao cenário de internacionalização onde cada trabalhador é parte activa no processo de crescimento internacional e onde cada um deve ser capaz de agir e pensar a Efacec como uma organização cuja dimensão extravasa as fronteiras do nosso país.

A segunda parte do manual intitulada Regulamentos e Práticas Recomendadas, inclui vários pontos relativos a questões de segurança e saúde no trabalho e vários pontos em que são abordados os direitos dos trabalhadores.

Depois de ter em destaque os números de telefone de emergência em cada um dos pólos, no ponto designado “Trabalho” é dado especial destaque aos requisitos e procedimentos de higiene e segurança da área de trabalho, que os trabalhadores devem conhecer e que as chefias devem fazer cumprir. É referido que com o objectivo de proporcionar um ambiente saudável e seguro, a empresa dispõe de apoio médico pessoal e em cada pólo, existem responsáveis técnicos pelas áreas de higiene e segurança, e equipas de emergência, que actuam em caso de acidente.

41 Relativamente às questões da higiene e segurança, a perspectiva que é veiculada neste manual é a de informar dos direitos mas também de responsabilizar o trabalhador pela comunicação de qualquer avaria ou situação anómala nos equipamentos de protecção ou máquinas, e que a sua atitude pode ser decisiva. Para tal, é referido que os novos trabalhadores devem sempre receber formação específica de Higiene e Segurança, e são apresentadas as regras básicas de segurança e a sinalética de segurança.

A mesma perspectiva de direitos e deveres existe no ponto dedicado à Medicina no Trabalho, em que os novos trabalhadores são informados sobre os exames médicos a que terão de sujeitar-se aquando da admissão na empresa, os exames periódicos e ocasionais, e a assistência imediata a acidentes. No ponto dedicado ao Ambiente, são reforçados os princípios constantes do Código de Ética em que se espera que o trabalhador “contribua activamente para a utilização dos recursos e para a prevenção da poluição” relacionada com as actividades da empresa.

O sistema de compensações aos trabalhadores, as relações laborais e contratos, os horários de trabalho, o calendário laboral, o reembolso de despesas, os seguros, e as associações dos trabalhadores, são os temas que surgem em destaque ainda nesta segunda parte do manual. Também aqui, a perspectiva é a de informar dos direitos, muitos com base na legislação existente e outros com base nos princípios da organização. Exemplo disso é a informação sobre os vários contratos colectivos de trabalho que são usados em função da empresa do grupo. Relativamente à assiduidade, o trabalhador é informado que pode usar a Web-RH, disponível na Intranet, para consultar os registos de presença ou justificar as faltas. Na empresa, todos os trabalhadores têm direito a um seguro de saúde, e à utilização de cantina em que o custo das refeições é integralmente subsidiado pela empresa.

A informação sobre as “associações de colaboradores” inclui a designação, as actividades e o histórico das mesmas. Uma associação desportiva que tem como objectivo “o bem-estar e o desenvolvimento sócio cultural dos seus associados” com regalias extensivas aos familiares, e um centro cultural e desportivo filiado no Inatel que tem como objectivo “promover o melhor aproveitamento dos tempos livres dos seus associados e familiares” através de actividades culturais, desportivas, recreativas e acções de carácter social. Na área cultural, o Centro dispõe de biblioteca e videoteca, de promoção de espectáculos culturais, visitas culturais e bolsas de estudo. Na área recreativa, promove convívios e excursões, campos de férias, celebrações do dia mundial da criança e festa de Natal.

A terceira e última parte do manual intitulada Serviços Partilhados, dedica-se ao desenvolvimento corporativo abordando os temas: gestão das pessoas, desenvolvimento sustentável, inovação, sistema de gestão e, comunicação corporativa. Aborda ainda o conhecimento das áreas administrativa- financeira, os serviços gerais, os serviços de procurement15, os sistemas de informação, para além de apresentar as regras de utilização dos recursos informáticos.

15

Este serviço desenvolve a sua actividade de compras genéricas em parceria com a central de compras do grupo José de Mello e mantém recursos locais nas unidades do grupo para as compras mais específicas.

42 Trata-se de um documento em que estão reunidos um conjunto de informações da história e cultura da empresa e também de procedimentos que podem contribuir para facilitar a integração dos novos trabalhadores.

O apelo à participação do trabalhador nas actividades da empresa, a reafirmação da necessidade de competências ao nível da autonomia, de dinamismo e da construção da empresa, a par do reconhecimento dos trabalhadores como pilares fundamentais no desenvolvimento do negócio, vêm reforçar a importância que a empresa atribui ao papel activo dos trabalhadores nas dinâmicas da empresa.

Toda a estrutura e organização do manual se inscreve numa lógica de ajudar o novo trabalhador a perceber o posicionamento da empresa no mercado, mas também a conhecer as normas internas e algumas informações úteis. O estilo da linguagem é didáctico (Estrela et al, 2003), com actos de fala reguladores, em que é notória uma adequação aos contextos da acção, uma alta definição terminológica, uma explicitação total do sentido e uma implicação cultural. O uso frequente da 1ª pessoa do plural (nós, da nossa, o nosso …) parece invocar um acolhimento afável e uma tentativa de criar um sentido de pertença e de aproximação do novo trabalhador à empresa.