• Nenhum resultado encontrado

6. ANÁLISES E RESULTADOS

6.1 INDICADORES AMBIENTAIS

6.1.5 Mapa de Vulnerabilidade Ecodinâmica

A vulnerabilidade ecodinâmica é o resultado de um relacionamento de planos de informações estruturados no ambiente Arcgis 9.1 . Este resultado é um relacionamento ponderado26 da dinâmica dos solos, declividade, densidade de drenagem e do uso e ocupação do solo. Neste sentido, o mapa demonstra o grau de vulnerabilidade do ambiente à morfogênese, distribuídos em unidades homogêneas.

A dinâmica do ambiente Mapa de Vulnerabilidade Econômica aponta uma variação que vai da Baixa Vulnerabilidade à Muito Alta Vulnerabilidade. Estes ambientes são caracterizam-se pela da ocupação humana e fornecendo informações sobre a dinâmica do ambiente, com os resultados da restrição da ocupação, conservação e preservação da paisagem. Neste contexto, foram definidas quatro classes que procuram sintetizar o grau da vulnerabilidade da morfodinâmica do ambiente.

a) Muita Baixa Vulnerabilidade

Nestas unidades, a uma forte estabilidade na evolução do modelado, sendo imperceptíveis as mudanças provocadas pelos processos mecânicos, originários dos processos erosivos dos depósitos de rebaixamento. A ação da dinâmica fluvial e lenta em declives suaves, formados por cursos d’água meandrantes compostas por relevos residuais denundados nos fundos dos vales. A cobertura vegetal e muito fechada e freia o desencadeamento dos processos mecânicos da morfogênese, que combina fatores morfogêneticos, e é definida pelos fitoecologistas como clímax. Os solos são maduros, profundos com uma textura variando entre argilosa a muito argilosa. Esta classe foi encontrada em números reduzidos nos fundo dos vales do Rio Soledade, Rio Invernadinha, Arroio do Cupim, Arroio do Açude, Córrego da Sepultura, Rio Irapua, Arroio do Alagado, Córrego Água Bonita, Arroio do Ipê, Arroio da Campina, Córrego Água Bonita, Arroio Campestre do Veado, Rio de Trás, Córrego João Ricardo, Rio Campo Nova, Rio Paraíso da Serra, Rio Ponte Alta, Rio Matador e Rio Barro Branco. Nestas unidades, e propicio ao uso agrícola e a ocupação do território, onde deve ser respeitando a sustentabilidade do ambiente ecológico , ou seja, seu clímax.

26

b) Baixa Vulnerabilidade

Estas unidades apresentam uma evolução muito lenta e dificilmente perceptível do modelado. Sua cobertura vegetal é densa, freando os processos de desencadeamento mecânico da morfogênese. A dessecação do solo é moderada e sem incisão violenta dos cursos d’água. Os solos com preponderância à pedogênese são solos maduros, profundos e muito argilosos. O relevo é plano e denundado nos fundos dos vales. No sistema morfogenético não ocorrem incisões violentas. Esta classe foi encontrada em números reduzidos próximo ao fundo dos vales do Rio Soledade, Rio Invernadinha, Arroio do Cupim, Arroio do Açude, Córrego da Sepultura, Rio Irapua, Arroio do Alagado, Córrego Água Bonita, Arroio do Ipê, Arroio da Campina, Córrego Água Bonita, Arroio Campestre do Veado, Rio de Trás, Córrego João Ricardo, Rio Campo Nova, Rio Paraíso da Serra, Rio Ponte Alta, Rio Matador e Rio Barro Branco. Nestas unidades, o uso agrícola e a ocupação do território podem ser consolidados, respeitando a sustentabilidade do ambiente ecológico.

c) Média Vulnerabilidade

A principal característica desta unidade é a transição entre o meio estável e instável, ou seja, um balanço entre as inferências morfogenéticas e pedogenéticas em um mesmo espaço. Este processo é pelicular e retira a parte superior do perfil pedológico, sob um efeito de ablação lenta, porém crônica, na parte superior do solo, enquanto prossegue o seu desenvolvimento em profundidade, onde o efeito morfidinâmico supera a pedogênese em rapidez. Assim, o efeito destas unidades é susceptível ao fenômeno da dinâmica natural, transformando-se em meios estáveis. Os solos destas unidades têm pouca profundidade e textura média e incipiente, assim como fragilidade ao processo de erosão. Estas unidades encontram-se, na grande maioria, em áreas de relevo ondulado, sendo uma fronteira entre os meios estáveis e instáveis próximos aos fundos dos vales, representando uma grande proporção do território do município de Bom Retiro – SC, encontrando-se em todas as suas Bacias Hidrográficas.

Vale ressaltar que nestas unidades a cobertura vegetal deve ser densa e os planos de manejo do ambiente devem ser aplicados, pois a intensificação de seu uso pode acelerar o processo de instabilidade do ambiente ecodinâmico.

d) Alta Vulnerabilidade

Nestas unidades a característica marcante é a ação da morfogênese, que exerce uma forte influência nos demais componentes do ecossistema analisado. Neste ambiente, as condições

característica das regiões de montanhas. O modelado do relevo é irregular e apresenta fortes deformações, onde o processo de dessecação tem uma correlação direta com o efeito cinético dos cursos d’água sobre o solo. Os solos destas unidades são rasos e apresentam uma textura média argilosa, sendo suscetíveis aos efeitos da erosão. Estas unidades apresentam relevos acidentados, sendo uma fronteira entre a Média Vulnerabilidade nas encostas dos vales, representando uma grande proporção do território do município de Bom Retiro – SC, encontrando-se em todas as suas Bacias Hidrográficas.

e) Muito Alta Vulnerabilidade

É a mais vulnerável das unidades, os efeitos da morfogênese sobre o ambiente são catastróficos com uma geodinâmica interna intensa. Estas unidades apresentam uma alta densidade de drenagem com uma baixa permeabilidade do solo, é estão situados nas cabeceiras das nascentes dos rios. Seus declives são acentuados e contêm as mesmas características mais dinâmicas Alta Vulnerabilidade. Esta classe foi encontrada em número reduzido nos relevos mais acidentados do Arroio Campestre do Veado, Rio de Trás, Rio Campo Novo, Rio Paraíso da Serra, Rio Ponte Alta, Rio Matador, Rio Barro Branco, Rio do Meio e Rio da Negrinha.

Os feitos erosivos são dinamicamente acelerados, onde a intervenção antrópica deve ser controlada com medidas extremas. O processo de recuperação destas unidades é difícil e muito lento, devendo-se tornar seu acesso restritivo a qualquer forma de exploração. Cabe ressaltar que estas unidades devem ser desapropriadas e transformadas em parques municipais, com forte fiscalização para manter o equilíbrio e a estabilidade do ecossistema.

O quadro representa os percentuais e a definição das áreas como suas respectivas classes de vulnerabilidade ecodinâmica.

Quadro 6 - Vulnerabilidade Ecodinâmica

Fonte: Marcelo Santos Oliveira, 2006.

No resultado obtido no relacionamento dos planos de informação, verifica-se que o município de Bom Retiro - SC contem grandes variações altimétricas, uma grande quantidade de nascentes uma Floresta Ombrófila Mista marcante e exuberante. Na análise da vulnerabilidade ecodinâmica, a classe mais marcante e a media representando 50,15% do município, sendo sua dinâmica frágil e instável ao seu uso. As classes com uma vulnerabilidade muito alta estão localizadas próximas as cabeceiras das nascentes e nas áreas com relevo mais acidentado representando 3,42% do município. Ao nos referirmos às áreas de com a vulnerabilidade muito baixa, observa-se que são esparsas e distribuídas nos fundos dos vales com forte ação antrópica com uma área de 1,39 % do território.

Assim sendo, torna-se imprescindível formular políticas sólidas quanto ao uso do território municipal, ressaltando que a formulação de estratégias de uso do território, nestas unidades, deve ser conduzida com muita cautela e reflexão dos gestores municipais, na formulação de planos de manejo

Documentos relacionados