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5.1 Warwick

5.2.1 Mapas

O primeiro mapa apresentado na Figura 18 (5) corresponde ao ambiente interno da UFPE, com as oito variáveis favoráveis e desfavoráveis internas com mais relações. Os pontos fortes estão do lado esquerdo da figura, enquanto pontos fracos estão do lado direito. As variáveis centrais são as que mais têm relações com as variáveis do outro núcleo. Neste

mapa, por mais confuso que possa parecer, devido à quantidade imensa de setas, é possível tirar algumas conclusões: (1) os elementos dos dois grupos estão bem interligados, mesmo considerando o lado desfavorável tendo um pouco mais de relações internas; (2) tanto as variáveis favoráveis quanto desfavoráveis possuem apenas relações azuis entre si, ou seja, dentro de cada grupo só existe reforço; (3) as relações entre um grupo e outro são todas vermelhas, ou seja, o aumento de fatores desfavoráveis sempre reduzirão os fatores favoráveis, assim como o aumento dos elementos favoráveis sempre provocará uma redução dos elementos desfavoráveis.

Figura 18 (5)- Ambiente interno da UFPE

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

O segundo mapa apresentado aqui é o ambiente externo da UFPE, apresentado na Figura 19 (5). Nesta figura, todas as ameaças estão do lado esquerdo e as oportunidades estão do lado direito. As ameaças, além de estarem em menor número, ainda são menos articuladas entre si, enquanto as oportunidades são bem mais interligadas. Neste mapa, assim como no anterior, cada núcleo apresenta apenas setas azuis entre suas variáveis. Mas neste mapa a

ameaça “Globalização e mercantilização com forte concorrência universitária” fortalece e é fortalecida por algumas oportunidades, demonstrando, assim, um comportamento ambíguo, onde pode produzir tanto situações favoráveis quanto desfavoráveis.

Figura 19(5)- Ambiente externo da UFPE

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Os arquétipos apresentados nas Figuras 20, 21 e 22 (5) representam situações de Sucesso ao Bem-sucedido, ou seja, apresentam dois fenômenos que estão acontecendo em paralelo e são mediados por uma variável central, e essa estrutura faz com que o circuito que estiver conseguindo obter mais sucesso acaba esgotando o sucesso do outro. Nos três casos não existe muita dificuldade de entendimento, pois em cada um deles existe um circuito com variáveis favoráveis, juntamente com um circuito com variáveis desfavoráveis e o que tiver mais força impera na dinâmica. Portanto, a orientação estratégica genérica nos três casos seria para investir no circuito de reforço com variáveis favoráveis. Dentre elas, vê-se um padrão repetitivo de três variáveis comuns nos três arquétipos: (1) Credibilidade e tradição da

instituição, (2) Capacidade de captação de recursos financeiros, e, (3) Quadro qualificado de docentes e discentes. Estas três variáveis devem ser consideradas, hipoteticamente, como eixos de orientação estratégica, e nunca, como focos exclusivos da estratégia. Em que pese elas serem hologramaticamente mais relevantes, não operam isoladas e dependem das demais para sua eficácia. Por outro lado, as deficiências mais comuns em dois dos três arquétipos são: (1) Visão acadêmica fragmentada, (2) Deficiência na qualidade dos cursos (graduação e pós), (3) Deficiência do ensino a distância – EAD, (4) Deficiência do design organizacional. Estas deficiências são consideradas como forças de restrição estratégica no campo de forças (LEWIN, 1935; ARGYRIS,1970;ARGYRIS e SCHÖN,1978), e, portanto, não permitirão crescimento equilibrado e harmonioso (ACKOFF, 1972), a menos que sejam diminuídas, modificadas ou extinguidas.

Figura 20 (5)- Arquétipo sucesso ao bem sucedido mediado pela variável ‘deficiência do ensino a

distância’

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Figura 21 (5)- Arquétipo sucesso ao bem sucedido mediado pela variável ‘deficiência na qualidade

dos cursos’

Figura 22 (5)- Arquétipo sucesso ao bem sucedido mediado pela variável ‘capacidade de captação de

recursos financeiros’

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

O único arquétipo com balanceamento do caso da UFPE é apresentado na Figura 23 (5), no qual todas as variáveis favoráveis, no lado esquerdo, estão se reforçando e formando uma série integrada de circuitos de reforço, estes, típicos de uma situação de crescimento com consequências indesejadas. Esta estrutura arquetípica aponta, especificamente, para uma dinâmica de Atratividade. A variável-chave para explicar esta dinâmica é a “Globalização e mercantilização com forte concorrência universitária”, pois mesmo sendo uma variável coproduzida pelo crescimento, se torna desfavorável, pois carrega em si mesma a atração por consequências desfavoráveis aos circuitos de crescimento favorável. Ela é co-influenciada por três variáveis favoráveis (“Qualidade e quantidade da produção acadêmica”, “Desenvolvimento econômico e social no Brasil, NE e PE” e “Novas tecnologias de ensino”), mas, por sua vez, esta variável pode gerar outras três (apresentadas do lado direito do mapa), que juntamente com ela retornam uma co-influência negativa em algumas variáveis dos circuitos de crescimento, minando-os em várias direções.

Figura 23 (5)- Arquétipo de atratividade por meio da ‘globalização e mercantilização com forte

concorrência universitária’

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Assim como nos arquétipos de limite ao crescimento, as diretrizes para enfrentar esse tipo de situação passam por desarticular as variáveis que estão provocando problemas e minando o crescimento, pois quanto mais crescimento, esperam-se cada vez mais problemas. Portanto, para reduzir os efeitos da “Globalização e mercantilização com forte concorrência universitária”, a UFPE poderia refletir sobre a sua contribuição direta ou indireta para esta situação. De modo hipotético, poderia começar a desenvolver programas e pesquisas para defender a importância e aumentar o controle da qualidade dos seus cursos (de graduação e pós) e, na medida possível, articular-se com seus concorrentes para legitimar, propagar e estruturar um acordo por outro nível de qualidade, tendo esse programa melhorado como um modelo para ajudar outras escolas e/ou outras universidades mais próximas, voluntárias ou mais necessitadas desse melhor controle, incentivando-as a melhorar, continuadamente, a qualidade dos cursos oferecidos.

Uma segunda linha de ação para essa situação seria reduzir a “Desigualdade no fomento à pesquisa entre regiões brasileiras”, de modo que a UFPE poderia selecionar alguns professores com mais conhecimento na área de fomento à pesquisa e promover palestras internas, inclusive convidando pessoas de outras universidades para formarem uma rede de

especialistas, voluntários ou não, na busca de serem mais competitivos no fomento e na distribuição justa desses recursos.

No documento Análise SWOT sistêmica (páginas 83-89)

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