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1 INTRODUÇÃO

2.3 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA E LUCRATIVIDADE

2.3.2 Lucratividade e índices

2.3.2.1 Margem bruta

A Margem Bruta, segundo Gitman (2006), mensura quanto de cada venda em unidade monetária sobra após a empresa ter pagado por seus produtos, ou seja, mede a rentabilidade do negócio, conforme a Figura 7.

Figura 7 – Fórmula da margem bruta

Fonte: Gitman (2006, p. 83).

A Margem Bruta, segundo Horngren, Sundem e Stratton (2004, p. 51), (também chamada de 'lucro bruto') “é o excesso das vendas sobre o custo dos

produtos vendidos (isto é, o custo da mercadoria adquirida ou manufaturada e vendida)”.

2.3.2.2 Margem de contribuição

A Margem de Contribuição é um elemento fundamental para decisões de curto prazo, possibilitando análise de redução dos custos, análise de quantidades de vendas e redução dos seus respectivos preços de vendas. É o valor decorrente da venda do produto, após a dedução dos custos e despesas variáveis alocadas ao produto. (WERNKE, 2004).

A margem de contribuição é a margem bruta, obtida pela venda de um produto ou serviço, que excedem seus custos variáveis. Em outras palavras, a margem de contribuição é o mesmo que lucro variável unitário, ou seja, o preço unitário do produto deduzido de custos e despesas variáveis necessárias para produzir e vender o produto. (PADOVEZE, 2013, p. 295).

Rocha e Martins (2015) complementam que a Margem de Contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade após ser deduzido, do preço de venda respectivo, os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado. Conforme a Figura 8.

Figura 8 – Fórmula da margem de contribuição MCT= RL - CV - DV em que:

MCT= Margem de Contribuição Total de um Produto Individual. RL= Receita Líquida do Produto.

CV= Custo Variável do Produto. DV= Despesa Variável do Produto.

Fonte: Rocha e Martins (2015, p. 66), adaptada pela autora.

Wernke (2004) cita algumas vantagens das margens de contribuições, tais como:

a) é um instrumento para analisar a viabilidade de aceitação de pedidos de maneiras especiais;

b) auxiliam na administração definindo quais produtos merecem mais esforço nas vendas e quais fornecem mais rentabilidade para a empresa; c) são fundamentais para a decisão dos gestores na comercialização ou não

dos produtos;

d) podem ser usadas para definir reduções de preços, descontos, publicidades e propagandas para o aumento do número de vendas;

e) auxilia na compreensão dos gerentes em relação a custos, preços e lucros, otimizando as decisões.

2.3.2.3 Margem líquida

Segundo Padoveze (2017), a Margem Líquida é um indicador que mensura a lucratividade representando o lucro líquido após o desconto de todos os gastos (matéria-prima, fretes, impostos), conforme a Figura 9.

Figura 9 – Fórmula da margem líquida

Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita Operacional Líquida Fonte: Padoveze (2017, p. 552).

Segundo Matarazzo (1993), a Margem Líquida demonstra a quantidade de vendas de forma relativa, pois não adianta aumentar o volume de vendas se o lucro diminuir.

2.3.2.4 Margem de segurança

De acordo com Wernke (2004), a Margem de Segurança ocorre quando a quantidade de vendas supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio, sendo assim, representa a quantidade de vendas que a empresa pode deixar de ter sem que resulte em prejuízos.

“A margem de segurança é a diferença entre o nível esperado de vendas e as vendas referentes ao ponto de equilíbrio”. (JIAMBALVO, 2009, p. 105).

2.3.2.5 Ponto de equilíbrio

O Ponto de Equilíbrio corresponde ao número de unidades que devem ser vendidas para que a empresa não obtenha prejuízo e nem lucro. (JIAMBALVO, 2009).

O ponto de equilíbrio mostra o nível de atividade ou o volume operacional, quando a receita total das vendas se iguala ao somatório dos custos variáveis totais mais os custos a as despesas fixas. Assim, o ponto de equilíbrio evidencia os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que à custa de um lucro zero. (PADOVEZE, 2006, p. 281).

Segundo Wernke (2004), o Ponto de Equilíbrio é de extrema importância para que o gestor saiba o número de vendas necessário para que a empresa não possua prejuízo, ou ainda, para que a mesma possua lucros.

Figura 10 – Representação gráfica do ponto de equilíbrio

Fonte: Wernke (2004, p. 49).

O gráfico da Figura 10 expressa o ponto de equilíbrio, demonstrando o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro ou prejuízo.

Vendas ($) Receitas Totais Custos Totais Ponto de Equilíbrio Área de lucro Custos Fixos Área de Prejuízo Unidades

3 METODOLOGIA

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O tipo de pesquisa proposta para o trabalho será a bibliográfica complementada com um estudo de caso. Gil (2010) define pesquisa “como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Visto que a proposta tem por objetivo principal apresentar qual o lucro dos produtos vendidos por meio do método de custeio por absorção em uma empresa que atua no segmento moveleiro, situada na Serra Gaúcha com atuação em todo território nacional.

Em relação à pesquisa bibliográfica, Lakatos e Marconi (2005) observam que o trabalho é desenvolvido a partir de materiais já elaborados, constituído de livros, revistas e artigos científicos. Gil (2010) complementa ainda que toda pesquisa acadêmica necessite em algum momento de revisão bibliográfica.

Já o estudo de caso para Gil (2010), caracteriza-se em um estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita um amplo e detalhado conhecimento. Para Mattar (2007), o método de estudo de caso pode envolver registros já existentes a análise de fatos, entrevistas estruturadas e não estruturadas, entre outros. Ainda complementa que o estudo pode ser feito com pessoas, organizações ou até mesmo situações.

Quanto aos objetivos, caracteriza-se como pesquisa descritiva. Gil (2010) afirma que a pesquisa descritiva estuda as características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Köche (2013) complementa que a pesquisa descritiva, ou não experimental, estuda uma ou mais variáveis de um determinado fenômeno sem manipulá-las.

Na abordagem do problema, a pesquisa é classificada como qualitativa, que segundo Bauer e Gaskell (2011), a pesquisa qualitativa evita números e lida com interpretações das realidades sociais, possuindo caráter exploratório que induz mais reflexão para a análise de resultados.

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