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2.2 VEDAÇÃO VERTICAL

2.2.2 Vedação vertical interna em drywall

2.2.2.2 Materiais componentes

Os materiais e componentes empregados na montagem da divisória são apresentados de acordo com sua função dentro do processo de execução, apresentados na tabela a seguir:

Tabela 7 - Componentes da vedação vertical interna em drywall

Fonte: Adaptado de TANIGUTI, 1999.

2.2.2.2.1 Perfis metálicos

Os perfis de aço para drywall são fabricados a partir de tiras cortadas de bobinas de aço de alta resistência (ZAR), com limite de escoamento não inferior a 230 MPa e espessura mínima de 0,50mm, revestida com zinco pelo processo contínuo de imersão a quente, com massa mínima de zinco classe Z275 g/m² e passam por perfilagem em conjunto de roletes garantindo a precisão das dimensões. O revestimento Z275 exerce a proteção galvânica do zinco que se sacrifica evitando a corrosão do aço ao longo dos perfis e principalmente nas áreas de corte, mesmo em regiões litorâneas ou em áreas industriais de alta agressividade.

Os montantes têm furação com dimensões e espaçamentos padronizados para passagem de instalações pelo interior das paredes. Caso haja a necessidade de furos extras em outras posições ao longo dos montantes, eles podem ser executados desde que feitos com serra copo, mantendo as dimensões da furação original, centralizados na largura dos montantes (Manual da Construção Industrializada).

2.2.2.2.2 Chapas de gesso

As chapas de gesso para drywall são constituídas de um miolo de gesso encontrado na natureza, como o mineral gipsita (pedra) cuja fórmula química é Ca(SO4)2H2O, revestido em ambos os lados por lâminas de cartão duplex

especialmente desenvolvido para drywall a partir de papel e papelão reciclados, que conferem resistência mecânica e propiciam excelente acabamento.

Quando parafusadas na estrutura de aço, as chapas de gesso fazem o fechamento e complementam a estruturação. Quanto maior a espessura e o número de chapas maior a resistência mecânica do conjunto.

Segundo a ABNT NBR 14715:2001, as chapas de gesso acartonado são “chapas fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão, onde uma é virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre a outra”. Segundo esta mesma norma, existem três diferentes tipos de chapas de gesso acartonado em função de suas condições de utilização, os são apresentados na tabela abaixo:

Tabela 8 - Tipos de chapas de gesso acartonado

Tipo de chapa Código Aplicação

Standard ST Paredes, revestimentos e forros em áreas secas Resistente à umidade RU Paredes, revestimentos e forros em áreas sujeitas à umidade por tempo limitado (de forma intermitente)

Resistente ao fogo RF Paredes, revestimento e forros em áreas secas, com chapas especialmente resistentes ao fogo Fonte: ABNT NBR 14715:2001

2.2.2.2.3 Parafusos

Os parafusos utilizados para fixação dos perfis entre si e fixação das chapas na estrutura são específicos para drywall: autoperfurantes e autoatarrachantes com acabamento de proteção a corrosão, zincados e fosfatizados, respectivamente.

O parafusamento adequado é fundamental para garantir a rigidez, a estabilidade e o bom desempenho diante dos esforços a que o sistema será submetido (Manual da Construção Industrializada).

2.2.2.2.4 Tratamento de juntas

O tratamento das juntas entre as chapas e o tratamento no encontro com as alvenarias e os tetos são feitos com fita e massa próprias para drywall, que, além de propiciarem acabamento a essas regiões, complementam a rigidez do sistema evitando trincas (Manual da Construção Industrializada).

2.2.2.2.5 Lã de vidro

Lã de vidro utilizada para melhorar o desempenho acústico e térmico dos sistemas construtivos drywall.

3 METODOLOGIA

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Para que fossem apresentados resultados relevantes, arbitramos trabalhar com uma edificação de grande porte, definindo como meta o mínimo 10 pavimentos.

Adotamos como premissa obter acesso a projetos existentes para que estes fossem a referência de nosso estudo, e assim, conhecendo as dificuldades da arquitetura e nos preparando para o universo do engenheiro calculista.

Conseguimos acesso ao projeto arquitetônico e as plantas de forma de uma edificação existente com 20 pavimentos. Realizamos adequações de forma deixá-lo com sua característica própria, sendo este de uso exclusivo para o estudo comparativo do TCC, não sendo apto à sua aplicação em obra. Atendendo ao pedido do engenheiro que disponibilizou os projetos, não vamos identificar a edificação do projeto original.

O desenvolvimento do trabalho consiste na interpretação do projeto arquitetônico e das plantas de forma bem como o seu lançamento no programa de cálculo, e assim, extrair os relatórios relevantes ao nosso estudo comparativo.

Foi adotado por nossa equipe trabalhar com o software Eberick V8, por ser o programa usado pela UNISUL na disciplina de projeto estrutural e por ser disponibilizado nos laboratórios de informática.

3.2 SOFTWARE EBERICK

Desenvolvido pela empresa AltoQI, o Eberick é um software para projeto estrutural em concreto armado moldado in-loco e concreto pré-moldado que engloba as etapas de lançamento, análise da estrutura, dimensionamento e o detalhamento final dos elementos, conforme parâmetros estabelecidos pela ABNT NBR 6118:2014 (http://www.altoqi.com.br).

De acordo com Andrade (2013, p.24), este software analisa a estrutura projetada por um pórtico espacial composto por vigas e pilares, representados por barras ligadas umas às outras através de nós. Já as lajes são calculadas de forma independente do pórtico.

Complementando, o mesmo autor descreve que:

O cálculo da estrutura é processado da seguinte forma: Os painéis de lajes são montados e calculados, por meio de grelhas; As reações das lajes são transmitidas às vigas onde estas se apoiam; O pórtico espacial da estrutura é montado, recebendo os carregamentos derivado das lajes; O pórtico é processado e os esforços solicitantes são utilizados para o detalhamento dos elementos estruturais (ANDRADE, 2013, p.24).

A AltoQI descreve em sua homepage (http://www.altoqi.com.br), que este software apresenta as seguintes características principais:

a) Entrada de dados gráfica em ambiente de CAD integrado, com possibilidade de importação da arquitetura em formato DXF;

b) Visualização tridimensional da estrutura;

c) Análise da estrutura em modelo de pórtico espacial, com verificação da estabilidade global;

d) Possibilidade de modelar as ligações entre os elementos (rótulas, engastes, ligações semi-rígidas);

e) Possibilidade de analisar os painéis de lajes em um modelo de grelha plana, com discretização semi-automática;

f) Dimensionamento dos elementos de acordo com a norma NBR 6118:2014;

g) Detalhamento dos elementos com possibilidade de edição da ferragem e atualização da relação de aço;

h) Geração de quantitativos de materiais por elemento, prancha, pavimento ou projeto;

i) Geração de diversos diagramas, apresentando reações de lajes e vigas, flechas em pavimentos, entre outros;

j) Geração de relatórios formatados graficamente, em versão interna (visualização dentro do programa), em formato HTML (para Internet) ou RTF (para leitura no Microsoft Word®);

k) Geração de pranchas de formato configurável distribuindo os detalhamentos.

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