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MATERIAIS E MÉTODO

No documento FRANCISMAR ZAMBERLAN RAUSCH (páginas 30-48)

Para o desenvolvimento do presente trabalho, foram utilizados 32 ratos

(Rattus norvegicus, albinus, Wistar), machos, adultos, com peso entre 280 e

320 gramas, provenientes do biotério da UNIMAR – Marília / SP. Os animais foram divididos em 2 (dois) grupos contendo 16 cada um.

Os animais foram mantidos com ração comercial granulada para roedores (Ralston Purina of Brazil – São Paulo/SP – Brasil) e água ad

libitum. Estes foram alojados em caixas plásticas (4 animais por caixa) de

40 x 32 x 17 centímetros, no biotério da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Marília, com controle de temperatura entre 21 e 25 ºC e iluminação controlada (12 horas com luz e 12 horas sem). O manuseio dos animais foi feito de acordo com os princípios éticos propostos pelo Colégio Brasileiro de Experimentação Animal.

A intervenção cirúrgica foi realizada com anestesia geral, obtida por meio de infiltrações intramusculares do relaxante cloridrato de xilazina (Dopaser®), seguido do anestésico cloridrato de cetamina (Vetanarcol®), na dosagem indicada pelos fabricantes (Anexo II).

Fig. 1 - Embalagem comercial da droga Dopaser® - Laboratórios Calier Brasil (Barcelona / Espanha).

Fig. 2 - Embalagem comercial da droga Vetanarcol® - Laboratório Konig do Santana do Parnaíba (São Paulo / Brasil).

A anti-sepsia do campo operatório foi realizada com polivinilpirrolidona-iodado (PVPI – Rioquímica, São José do Rio Preto/SP – Brasil) embebido em gaze.

Nos ratos dos grupos experimentais inicialmente foi realizada a exodontia do incisivo superior direito, extraído por via alveolar, com

fórceps e sindesmótomo especialmente adaptados para este fim (OKAMOTO & RUSSO, 1973).

Fig. 3 - Embalagem comercial do PVP-I utilizado para anti-sepsia do campo operatório.

Fig. 4 - Sindesmótomo e fórceps adaptados por Okamoto & Russo (1973).

Fig. 5 - Sindesmótomo em posição para a luxação do incisivo superior direito.

Realizou-se primeiro a luxação do dente com sindesmótomo em ambas as faces mesial e distal do incisivo superior direito, seguida da extração com fórceps, buscando evitar a fratura radicular do dente (Fig. 4,5,6)

Em seguida, em 16 espécimes que se constituíam no Grupo I, fez-se a sutura da mucosa gengival com fios de polidiaxonona, e nos outros 16 ratos, que se constituíam no Grupo II, fez-se similar procedimento com o fio de nylon.

Fig. 6 - Fórceps em posição para a extração do dente de seu respectivo alvéolo.

Fig. 7 - Aspecto do alvéolo após a extração do dente.

Fig. 8 - Aspecto após a realização da sutura da mucosa do alvéolo, e os tipos de fios utilizados na sutura.

Sofreram eutanásia em número de 4 (quatro) animais do grupo experimental, nos 3º , 7º , 15º e 24º dias pós-operatórios. A eutanásia foi

feita empregando sobredosagem do anestésico Vetanarcol® por via intramuscular.

Após a eutanásia, a maxila direita foi separada da esquerda com lâmina número 11 acoplada ao cabo de bisturi, realizando-se para tanto, uma incisão ao nível do plano sagital mediano, acompanhando a sutura intermaxilar. Um outro corte, com tesoura reta de ponta romba, tangenciando a face distal do último molar, possibilitou a obtenção da peça com a mucosa gengival e o alvéolo dental direito. As 32 peças assim obtidas foram fixadas em formalina neutra a 10% (Aphoticário- Farmácia de manipulação, Araçatuba-SP) por um período mínimo de 24 horas e descalcificadas em solução de EDTA a 20 % (Aphoticário- Farmácia de manipulação, Araçatuba-SP), seguindo-se então a tramitação laboratorial de rotina, para a inclusão das peças em parafina para possibilitar a microtomia dos blocos no sentido longitudinal e vestíbulo-lingual.

Foram colhidos cortes semi-seriados de 6 (seis) micrometros de espessura que foram corados pela técnica de hematoxilina e eosina para a análise histológica com o auxílio de microscópio óptico comum.

5 RESULTADOS

Na descrição dos resultados serão consideradas, em função dos períodos pós-operatórios, as ocorrências verificadas ao nível da mucosa gengival e alvéolo dental.

3 DIAS:

Grupo I (Polidiaxonona). O epitélio da mucosa gengival mostra ausência de proliferação em todos os espécimes (Fig. 9). O tecido conjuntivo subjacente exibe polimorfonucleares neutrófilos em número elevado e ausência de fibroblastos.

O alvéolo dental junto à área superficial, apresenta acúmulo de polimorfonucleares neutrófilos ao lado de exudato inflamatório com alguns linfócitos (Fig. 10).

Ao nível do terço cervical nota-se pequena quantidade de remanescente do ligamento periodontal exibindo alguns fibroblastos ao lado de macrófagos e linfócitos. Nota-se ainda, raros fibroblastos invadindo o coágulo sanguíneo (Fig. 11).

Junto aos terços médio e apical, o ligamento periodontal remanescente mostra moderado número de fibroblastos, alguns macrófagos e linfócitos.

Adjacente ao ligamento periodontal remanescente, podem ser evidenciados alguns fibroblastos invadindo o coágulo sanguíneo (Fig.12).

Fig. 9 – Grupo I (Polidiaxonona). 3 dias. Epitélio da mucosa gengival mostrando ausência de proliferação. HE, original 1160 x.

Fig. 10 – Grupo I (Polidiaxonona). 3 dias. Junto à abertura do alvéolo evidenciado elevado número de polimorfonucleares neutrófilos e exsudato inflamatório com linfócitos. HE, original 160x.

Fig. 11 – Grupo I (Polidiaxonona). 3 dias. Terço cervical do alvéolo evidenciando raros fibroblastos invadindo o coágulo sanguíneo. HE, original 160x.

Fig. 12 – Grupo I (Polidiaxonona). 3 dias. Terço médio do alvéolo evidenciando alguns fibroblastos invadindo o coágulo sanguíneo. HE, original 160x.

3 dias -Grupo II (Nylon). O epitélio da mucosa gengival, em todos os espécimes, apresenta moderada proliferação a partir do tecido pré-

existente (Fig. 13). O tecido conjuntivo subjacente com numerosos capilares, apresenta raros fibroblastos, macrófagos e linfócitos (Fig. 14).

No interior do alvéolo dental ao nível do terço cervical, observam-se remanescentes do ligamento periodontal com discreto número de fibroblastos e raros linfócitos e macrófagos (Fig. 15). As demais áreas do mesmo terço, encontram-se ocupados por coágulo sanguíneo, observando- se a proliferação de alguns fibroblastos em seu interior.

Junto aos terços médio (Fig. 16) e apical, nota-se próximo ao remanescente do ligamento periodontal, numerosos fibroblastos invadindo o interior do coágulo sanguíneo.

Fig. 13 – Grupo II (Nylon). 3 dias. Epitélio da mucosa gengival com moderada proliferação. HE, original 160x.

Fig. 14 – Grupo II (Nylon). 3 dias. Alvéolo dental junto à área superficial mostrando tecido conjuntivo bem vascularizado e alguns fibroblastos, macrófagos e linfócitos. HE, original 160x.

Fig. 15 – Grupo II (Nylon). 3 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando remanescente do ligamento periodontal com discreto número de fibroblastos e raros linfócitos e macrófagos. HE, original 160 x.

Fig. 16 – Grupo II (Nylon). 3 dias. Terço médio do alvéolo evidenciando numerosos fibroblastos invadindo o coágulo sanguíneo. HE, original 160x.

7 DIAS:

Grupo I (Polidiaxonona). O epitélio da mucosa gengival apresenta discreta proliferação junto à borda do alvéolo dental (Fig. 17). O tecido conjuntivo subjacente exibe alguns fibroblastos, macrófagos e linfócitos.

O alvéolo dental junto à sua área superficial, apresenta elevado número de linfócitos e macrófagos ao lado de raros fibroblastos (Fig. 18).

No alvéolo dental ao nível do terço cervical, observa-se a proliferação de moderado número de fibroblastos ao lado de alguns macrófagos e linfócitos (Fig. 19). Nota-se ainda, pequena quantidade de coágulo sanguíneo remanescente.

Junto ao teço médio (Fig. 20) e apical, o alvéolo dental mostra a presença de pequenas espículas ósseas neoformadas com osteoblastos em suas bordas. O tecido conjuntivo nas proximidades exibe numerosos fibroblastos e vasos sanguíneos.

Fig. 17 – Grupo I (Polidiaxonona). 7 dias. Epitélio da mucosa gengival com discreta proliferação junto à borda do alvéolo dental. HE, original 160x.

Fig. 18 – Grupo I (Polidiaxonona). 7 dias. Junto à área superficial do alvéolo mostrando elevado número de macrófagos e linfócitos ao lado de raros fibroblastos. HE, original 160x.

Fig. 19 – Grupo I (Polidiaxonona). 7 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando moderada proliferação de fibroblastos. HE, original 160x.

Fig. 20 – Grupo I (Polidiaxonona). 7 dias. Terço médio do alvéolo mostrando pequenas espículas ósseas neoformadas com osteoblastos em suas bordas. HE, original 160x.

7 dias -Grupo II (Nylon). O epitélio da mucosa gengival recobre totalmente o alvéolo dental (Fig. 21). O tecido conjuntivo subjacente exibe discreto número de fibroblastos e alguns macrófagos e linfócitos (Fig. 22).

No alvéolo dental, ao nível do terço cervical, podem ser evidenciadas pequenas espículas ósseas neoformadas com osteoblastos em suas bordas (Fig. 23). Notam-se ainda áreas ocupadas por tecido conjuntivo bem vascularizados exibindo pequeno número de fibroblastos e raros linfócitos (Fig. 24). Ao nível dos terços médio (Fig. 25) e apical, notam-se pequenas trabéculas ósseas neoformadas ocupando maior extensão do alvéolo quando comparados ao observado no terço cervical.

Fig. 21 – Grupo II (Nylon). 7 dias. Epitélio da mucosa gengival recobrindo o alvéolo dental. HE, original 63x.

Fig. 22 – Grupo II (Nylon). 7 dias. Tecido conjuntivo subjacente ao epitélio com discreto número de fibroblastos e alguns macrófagos e linfócitos. HE, original 63x.

Fig. 23 – Grupo II (Nylon). Alvéolo dental junto ao terço cervical mostrando delgadas trabéculas neoformadas com osteoblastos em suas bordas. HE, original 160x.

Fig. 24 – Grupo II (Nylon). 7 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 160x.

Fig. 25 – Grupo II (Nylon). 7 dias. Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas ocupando maior extensão do alvéolo quando comparados ao terço cervical. HE, original 63x.

15 DIAS:

Grupo I (Polidiaxonona). O epitélio da mucosa gengival pouco

No documento FRANCISMAR ZAMBERLAN RAUSCH (páginas 30-48)

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