• Nenhum resultado encontrado

MATERIAIS E MÉTODOS

4 MATERIAIS E MÉTODOS 1 Local e animais

O experimento foi realizado entre fevereiro e setembro de 2007, com as sincronizações ocorrendo do dia 23 de fevereiro até 31 de março de 2007, na Fazenda Lago Azul, situada no município de Avaí, SP, com latitude 22º08´48´´ S, longitude 49º19´59´´ W e altitude de 481 metros.

Utilizaram-se 53 ovelhas da raça Santa Inês, nulíparas e pluríparas, com idade entre 1 e 3 anos, peso médio de 41 kg (Quilograma) e escore corporal variando entre 2,5 e 3 (escala de um a cinco). As fêmeas foram mantidas em pastagem de capim Brachiaria brizantha, em sistema rotacionado, com sal mineral e água à vontade. Houve suplementação com capim napier picado (Pennistum purpureum) mais polpa cítrica nos meses de fevereiro a maio, e só com capim napier no período de junho a julho.

. Todos os animais utilizados no experimento foram examinados quanto ao estado clínico (anamnese e exame físico) e reprodutivo (avaliação do aparelho genital feminino e masculino), anteriormente ao início do experimento, e durante todo o período fez-se controle parasitário, através da contagem de ovos por grama de fezes.

4.2 Manejo experimental 4.2.1 Experimento I

Para este estudo, vinte e cinco ovelhas foram divididas aleatoriamente em três grupos experimentais: Grupo I (n = 10), Grupo II (n = 6) e Grupo III (n = 9) e tiveram o estro sincronizado com esponjas intravaginais impregnadas com 60 mg de acetato de medroxiprogesterona (Progespon, Syntex), inseridas na porção caudal da cérvix, permanecendo por 6 dias (protocolo de curta duração), 9 dias (protocolo de média duração) e 13 dias (protocolo de longa duração), respectivamente. No momento da retirada das esponjas administrou-se uma dose de 500 UI de gonadotrofina coriônica eqüina (Folligon®, Intervet), por via intramuscular, em cada fêmea. Nas figuras 1, 2 e 3 estão demonstrados esses três protocolos experimentais.

No dia da inserção dos pressários vaginais (D0), no momento da retirada dos mesmos (D6/GI, D9/GII, D13/GIII) e no dia da inseminação artificial (D8/GI, D11/GII, D15/GIII), colheu-se o sangue das ovelhas por venopunção jugular, em tubos de vácuo,

contendo anticoagulante (heparina), e o plasma foi congelado para posterior quantificação das concentrações plasmáticas de progesterona.

Figura 1 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do estro em ovelhas da raça Santa Inês no Grupo I.

D0 – dia zero; D6 – dia seis; D8 – dia oito; IATF – inseminação artificial em tempo fixo

Figura 2 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do estro em ovelhas da raça Santa Inês no grupo II.

D0 – dia zero; D9 – dia nove; D11 – dia onze; IATF – inseminação artificial em tempo fixo

Figura 3 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do estro em ovelhas da raça Santa Inês no grupo III.

Retirada da esponja e aplicação

de 500 UI de eCG

IATF 48 horas

D13 D15

D0

Retirada da esponja e aplicação

de 500 UI de eCG IATF

48 horas

D9 D11

Retirada da esponja e aplicação

de 500 UI de eCG IATF 48 horas D0 D6 D8 Introdução da esponja (60 mg MAP) Detecção do estro D0 Introdução da esponja (60 mg MAP) Detecção do estro Detecção do estro Introdução da esponja (60 mg MAP)

D0 - dia zero; D13 – dia treze; D15 – dia quinze; IATF – inseminação artificial em tempo fixo

4.2.2 Experimento II

Este experimento seguiu os mesmos protocolos descritos no Experimento I quanto a sua duração (Figuras 1, 2 e 3), diferindo apenas na dose de eCG utilizada. Os grupos IV (n = 10; 6 dias), V (n = 8; 9 dias) e VI (n = 10; 13 dias) receberam 350 UI de eCG no momento da retirada dos pessários intravaginais de MAP.

A colheita de sangue para a dosagem de progesterona plasmática também foi realizada nos mesmos momentos do experimento anterior.

4.2.3 Detecção do estro pós-tratamento

A observação de estro realizou-se após a retirada dos pessários intravaginais das

ovelhas, com a utilização de seis fêmeas androgenizadas que receberam três aplicações de hormônio (30 mg propionato de testosterona, 60 mg

fempropionato de testosterona, 60 mg decanoato de testosterona - Durateston, via intramuscular), sendo a primeira (250mg/animal) uma semana antes de começar a detecção do estro, a segunda (125mg/animal) 19 dias após a primeira aplicação e a terceira (125mg/animal) 14 dias após a segunda.

Na região esternal desses animais foi colocada uma mistura de óleo comestível mais pó xadrez (cor vermelha) e, no intervalo de 24 a 48 horas, após a retirada da esponja, o estro foi detectado pela manhã. As ovelhas que estavam em estro eram identificadas pela presença de tinta na região da garupa, caracterizando a receptividade dessas ao rufião. Porém, como as fêmeas androgenizadas detectaram um baixo número de ovelhas em estro, os grupos II e V foram refeitos, mas utilizando um carneiro mantido preso à corda e sempre impedido de fazer a monta.

4.2.4 Inseminação artificial

O sêmen foi colhido do reprodutor (um carneiro mestiço - Dorper x Texel), por meio de vagina artificial, e avaliado quanto às características físicas e morfológicas, volume, cor, aspecto, motilidade progressiva, vigor, turbilhonamento e concentração espermática. A diluição do sêmen realizou-se com leite desnatado Longa Vida, na proporção de uma parte de sêmen para duas de meio diluidor.

A inseminação artificial foi realizada com sêmen fresco, aproximadamente 48 horas após a retirada da esponja contendo progestágeno, através da técnica cervical superficial, em todas as ovelhas sincronizadas, marcadas ou não pelo rufião. Porém aquelas efetivamente detectadas em estro tiveram preferência na ordem de inseminação.

4.2.5 Diagnóstico de gestação

Cerca de 60 dias após a inseminação, procedeu-se ao diagnóstico de gestação

com aparelho de ultrassonografia Aloka 500 (Aloka Co. Ltda., Japão), acoplado a um transdutor de linear de 5 MHz, posicionado na região retal.

4.2.6 Dosagem de progesterona

O sangue colhido nos diferentes momentos citados anteriormente foi centrifugado a 125g (intensidade de centrifugação em gravidade), por 15 minutos, e o plasma resultante acondicionado em eppendorff e mantido em freezer a -20ºC.

A dosagem de progesterona foi realizada no Laboratório de Endocrinologia da FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, através de radioimunoensaio (RIA), utilizando-se kits comerciais para progesterona (Coat-A-Count Progesterona, fase sólida, Diagnostic Products Corporation, 5700 West 96th Street, Los Angeles, CA 90045-5597, USA).

4.2.7 Análise estatística

O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, considerarando-se os animais como repetições e os protocolos de sincronização (GI, GII, GIII, GIV, GV e GVI) como tratamentos.

As análises estatísticas das características avaliadas foram realizadas conforme Sampaio (1998), empregando-se o pacote estatístico Statistical Analysis System (SAS) – versão 5.0 (1996). Para todos os testes estatísticos foi utilizado o nível de significância de 5%. Assim, realizou-se a seguinte sequência de análises:

1 – A consistência dos dados e a análise descritiva (médias e desvio padrão) das características de interesse ao estudo testaram-se mediante o emprego do PROC MEANS;

2 – As dosagens de progesterona (intervalo entre a retirada da esponja e estro) foram comparadas nos diferentes grupos (GI, GII, GIII, GIV, GV e GVI) e confrontadas nos

diferentes experimentos (I e II), por meio do PROC GLM, utilizando-se o teste de Student – Newman – Keuls (SNK);

3 – Para comparação das taxas de prenhez e estro entre as fêmeas submetidas aos diferentes protocolos de sincronização utilizou-se o teste qui-quadrado;

4 – A prolificidade foi comparada nos diferentes grupos (G1, GII, GIII, GIV, GV e GVI) e confrontada nos diferentes experimentos (I e II), por meio do PROC GLM, utilizando-se o teste de Student – Newman – Keuls (SNK);

Documentos relacionados