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ASPECTOS A SEREM

4. MATERIAIS E MÉTO DOS

Este capítulo é dedicado à descrição dos materiais e metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa. Apresenta primeiramente como se organizou a fundamentação teórica, depois detalha como foram estruturados e realizados os estudos de caso, seguido das variáveis de pesquisa e fontes de pesquisa utilizadas.

Gil (2002) define pesquisa como um procedimento racional, estruturado e sistêmico para investigar problemas científicos e tecnológicos, determinados e objetivos. Partindo dessa definição, a presente pesquisa aborda o planejamento e gestão do espaço físico dentro de Universidades Públicas, através da análise de estudos de caso.

A pesquisa é preponderantemente qualitativa, com coletas de dados através de visitas aos locais de trabalho, entrevistas e questionários com agentes envolvidos, análise de documentos.

Segundo Apolinário (2006), esse tipo de pesquisa apresenta algumas características: nem sempre trabalham com o conceito de variáveis; quando o fazem, nem sempre elas são predeterminantes; análise subjetiva dos dados; possibilidade de generalização baixa ou nula; comum principalmente nas ciências sociais; principal desvantagem: alta dependência da subjetividade do pesquisador (viés); o pesquisador envolve-se subjetivamente tanto na observação como na análise do objeto de estudo.

O desenvolvimento do trabalho está estruturado em revisão bibliográfica teórica- conceitual e metodológica e na realização de estudos de caso, em que o objeto da pesquisa é o processo de projetos juntos às Universidades. A revisão bibliográfica busca, de forma sucinta, caracterizar o estado da arte sobre processo de projetos, seus fluxos e atividades; gestão de projetos em órgãos públicos. O estudo de caso busca, por sua vez, confrontar o conhecimento estabelecido na temática abordada com evidências empíricas da realidade.

Fig ura 13 - De line a m e nto da p esq uisa

4.1 Funda m e nta ç ã o te ó ric a

A revisão bibliográfica foi desenvolvida por levantamento e revisão sistemática de referências pertinentes, através da busca com palavras-chaves nas bibliotecas universitárias da UFSCar, USP, UNICAMP, em anais de eventos científicos da área de interesse e em bases de dados científicas: InfoHab; Banco de teses e dissertações da CAPES, Portal de periódicos da CAPES, Scielo, Web of Science, Scopus, Sciencedirect.

Após seleção e análise de textos, a revisão bibliográfica se completa com o fichamento dos títulos de interesse e notas das partes relevantes da obra para serem utilizadas na redação da dissertação de mestrado.

Os principais temas revisados foram o processo de desenvolvimento de projetos e gestão de obras públicas. Também foram abordados temas como: PD - Planos Diretores de universidades nacionais, PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional, gestão da qualidade, desenvolvimento sustentável, construção sustentável.

ETAPA 1

Fundamentação teórica

ETAPA 2

Estudo de caso

Análise de documentos, projetos, observações, entrevistas, registros fotográficos.

Sistematização das evidências dos casos Análise e comparação dos estudos de caso Revisão bibliográfica (Estado da Arte)

Processo de projeto, gestão de obras públicas; gestão de qualidade; Planos Diretores, Plano de Desenvolvimento Institucional.

ETAPA 3

Análises e Conclusões

Confronto dos resultados com a revisão bibliográfica Considerações e conclusões

4.2 Estudo s de c a so – fa se e xplo ra tó ria

Com os estudos de caso, espera-se investigar melhorias no processo de análise a aprovação de projetos, contribuindo para ampliação dos conhecimentos na área de pesquisa e incrementando o estado da arte acerca do tema tratado.

Segundo Yin (2005) a metodologia de estudo de caso é adequada quando se deseja investigar e compreender fenômenos sociais através de abordagens empíricas e holísticas de problemas contemporâneos.

De acordo com o mesmo autor, o estudo de caso constitui uma abordagem voltada para investigar em profundidade fenômenos contemporâneos complexos que envolvem perguntas de pesquisa que buscam a compreensão de como se desenvolvem determinados processos e suas causas, que podem ser sintetizados nas perguntas: Como? e Por quê?

A estratégia escolhida é de estudos de caso múltiplos, que propiciam maior confiabilidade ao trabalho, uma vez que permite um maior número de evidências empíricas, provenientes de diferentes origens. E que também permite dois níveis analíticos complementares: a análise independente caso a caso (análise intracaso); e um segundo nível analítico representado pelo cruzamento e comparações entre os resultados dos múltiplos casos (análise entre-casos).

Fig ura 14 - Métod o de Estudo de Ca so múltiplo. Ada ptad o de C osm os C orpora tion a pud Yin (2005)

DEFINIÇÃO E PLANEJAMENTO PREPARA ÇÃO, COLETA E ANÁLISE ANÁLISE E CONCLUSÃO

Relatório e análise do estudo de caso: CPO - Unicamp Relatório e análise do estudo de caso: DPDF - UEL Relatório e análise do estudo de caso: EDF - UFSCar Estudo de caso Unicamp Estudo de caso UEL Estudo de caso UFSCar Análise cruzada dos estudos de caso

Cruzamento dos estudos de caso com literatura estudada Conclusões Seleção dos casos Formulação do protocolo de coleta de dados Consolidação da teoria

Foram selecionadas três universidades públicas (duas estaduais e uma federal) para o desenvolvimento do estudo de caso: UFSCar – Universidade Federal de São Carlos, UEL – Universidade Estadual de Londrina e Unicamp – Universidade Estadual de Campinas.

As três universidades foram implantadas na mesma época (a Unicamp, UFSCar e UEL foram fundadas em 1966, 1968 e 1970, respectivamente) e são unidades autônomas, com suas unidades administrativas, de estudo e extensão presentes em seus campi. Apesar de possuírem mais de um campus, a pesquisa abordou somente

os campi principais de cada instituição e não suas unidades secundárias.

A escolha da UEL se deve ao fato da pesquisadora ter trabalhado como arquiteta projetista do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Físico da mesma por quase três anos. A escolha da UFSCar e da Unicamp se deve principalmente pela localização geográfica, pela facilidade de acesso e pelas afinidades e particularidades que apresentam entre si.

A pesquisa foi realizada junto aos escritórios internos de projetos das universidades e de alguns órgãos envolvidos no processo de projeto, como Prefeitura do Campus, setores administrativos, unidades de gestão de resíduos.

Na primeira fase da pesquisa foi feito um primeiro contato com os responsáveis pela gestão e planejamento do campus e profissionais envolvidos nos órgãos responsáveis pelo desenvolvimento e aprovação de projetos para verificação se o estudo de caso no local seria possível e para conhecer um pouco do processo de projeto de cada instituição.

Após verificação da viabilidade e disponibilidade para efetivação dos estudos, foram contempladas múltiplas fontes de evidências e diferentes técnicas de pesquisa de campo dos casos selecionados envolvendo estudos e análise de documentos, mapeamento de processos, setores, atores, atividades.

Foram analisados e estudados os diferentes instrumentos de planejamento existentes nas universidades selecionadas como: Planos Diretores, Planos de Desenvolvimento Institucional, manuais de orientações para desenvolvimento de projetos, planilhas,

Também foram realizados questionários, entrevistas com os órgãos e atores envolvidos nos processos de planejamento e gestão do campus, e equipes de projetos, para investigação de como se dá o desenvolvimento de projetos para novas obras para o campus e quais as metodologias empregadas no processo.

Fig ura 15 - C o nve rg ê nc ia de e vidê nc ia s. Ba se a do e m Yin (2005).

Fig ura 16 - Nã o c o nve rg ê nc ia de e vidê nc ia s (Sub e studos sepa ra do s). C o sm os C orpora tio n a pud Yin (2005).

Foi realizado o diagnóstico e análise qualitativa dos dados de forma sistemática, através da modelagem dos processos estudados e das práticas e procedimentos encontrados. Foi realizada análise individual de cada caso e cruzamento das informações, buscando as singularidades, convergências e divergências entre os casos.

Com a análise e comparação dos processos das universidades, foram identificadas similaridades e divergências entre os casos apresentados, possibilitando perceber vantagens e desvantagens dos modelos adotados pelas universidades. Após análise dos estudos de caso, foram sugeridas algumas diretrizes que podem ser tomadas para auxiliar no planejamento e gestão dos projetos dentro das universidades.

CONCLUSÕES Entrevistas e questionários Observações Registros em arquivos Documentos, projetos, PD Entrevistas Visitas ao local Análise de documentos Constatações Constatações Constatações Conclusões Conclusões Conclusões

4.3 Fo nte s de e vidê nc ia e va riá ve is de pe squisa

Yin (2005) discorre que cada tipo de fonte de evidência tem suas vantagens e desvantagens. Na Tabela 12 são ilustrados os pontos fortes e fracos das seguintes fontes de evidência: documentação, registros em arquivos, entrevistas, observações diretas e participante.

Ta b ela 12- Fonte s d e e vidê nc ia (YIN, 2005).

FONTE DE

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