• Nenhum resultado encontrado

Acurácia Diagnóstica das Biópsias Orientada e Dirigida no Diagnóstico dos Pólipos Endometriais e suas Variantes Histológicas

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de estudo clínico, prospectivo e comparativo, com amostra de conveniência. O grupo populacional foi constituído de pacientes atendidas pelo Setor de Endoscopia Ginecológica e Planejamento Familiar do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu. De janeiro de 2010 a dezembro de 2011, 281 mulheres foram submetidas à histeroscopia ambulatorial no Hospital das Clínicas (HC/FMB-UNESP), serviço terciário de referência regional. Durante a realização dos exames, para complementação diagnóstica, nas pacientes caracterizadas com pólipos endometriais foi realizada biópsia endometrial sob visibilização direta (biópsia dirigida), através de pinça do tipo crocodilo em técnica de apreensão e arrancamento, ou após o término do procedimento de histeroscopia, utilizando-se a cureta de Novak ou Pipelle de Cornier® (biópsia orientada), conforme a disponibilidade do material e rotina do serviço (Figura 1).

A histeroscopica ambulatorial foi realizada preferencialmente na primeira fase do ciclo menstrual nas pacientes no menacme, e em qualquer período em mulheres na pós-menopausa. Durante a realização da biópsia sob visibilização direta, optou-se por biopsiar a base e o ápice da lesão, pela maior possibilidade de degeneração maligna devido ao alto índice de mitoses na base dos pólipos, assim como pela maior chance de ocorrer necrose, no ápice da lesão, devido a problemas de irrigação sanguínea. Para a execução dos exames histeroscópicos foi utilizada óptica de 2,7 mm ou 2,9 mm com 30° de visão acoplada à camisa diagnóstica ambulatorial simples, com diâmetro total de 3,7 mm, ou à camisa ambulatorial cirúrgica (Trophyscope, Karl Storz®, Alemanha),

TESE DOUTORADO – DIAS DS, et al.

63 também denominada de sistema Bettocchi, com diâmetro final de 5,2 mm. O meio de distensão utilizado foi o soro fisiológico (0,9%), com infusão contínua à pressão em torno de 80 mmHg, e procedimento anestésico foi descartado. Também foram coletados dados referentes à idade das pacientes, ao índice de massa corpóreo (IMC), hábito tabagista, à presença de hipertensão arterial, diabetes mellitus, antecedentes obstétricos e de neoplasia mamária, padrão menstrual e uso de terapia hormonal ou tamoxifeno.

Após estudo histopatológico das biópsias, e exclusão de hiperplasias atípicas e neoplasias endometriais, 82 pacientes foram selecionadas e encaminhadas para ressecção histeroscópica cirúrgica dos pólipos endometriais (Figura 1). As indicações para remoção cirúrgica dos pólipos endometriais foram estabelecidas pela impossibilidade de ressecção ambulatorial devido ao tamanho do pólipo, sintomatologia refratária ao tratamento clínico, aspecto macroscópico suspeito da lesão, presença de fatores de risco para hiperplasia endometrial (idade avançada, hipertensão, obesidade, diabetes, antecedente de neoplasia ginecológica, uso de tamoxifeno) e o desejo da paciente frente ao seu diagnóstico. A histeroscopia cirúrgica foi realizada sob raquianestesia, com óptica de 4 mm e 30° de visão, revestida por ressectoscópio de 8,8 mm. O meio de distensão utilizado foi o sorbitol (3%) infundido através de Histeromat

de Hamou (Serie 2633, Karl Storz®, Alemanha) com pressão contínua em torno de 100

mmHg, fluxo variável e ajuste eletrônico de vácuo. A potência dos eletrodos foi ajustada para 110 volts, em torno de 100 watts para o corte e de 80 watts para a coagulação, com corrente monopolar. Para o estudo histopatológico, as amostras colhidas através das biópsias (orientada/dirigida) ou através da polipectomia foram fixadas em formaldeído 10% e encaminhadas ao Laboratório de Patologia Clínica do HC/FMB-UNESP.

AVALIAÇÃO HISTEROSCÓPICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DOS PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

64 Para análise dos dados foram calculadas medidas de posição e variabilidade, envolvendo a média, desvio padrão, mediana, valores mínimo e máximo, para as variáveis quantitativas; e frequências absoluta e percentual, para as variáveis qualitativas. Para estudo estatístico das variáveis quantitativas considerou-se o teste t de Student para amostras independentes, naquelas com aderência à normalidade, e na falta desta, o teste não paramétrico de Mann-Whitney. No caso das variáveis qualitativas utilizou-se o teste de Goodman para contrastes entre e dentro de populações multinomiais16,17. Para a concordância entre os resultados anátomo-patológicos das biópsias ambulatoriais e do produto final da cirurgia foram calculados a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos18. Os dados foram analisados através do programa SPSS para Windows, Versão 15.0, tendo sido adotado o nível de 5% de significância. Todas as pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido após terem sido fornecidas informações relevantes sobre o propósito do estudo, bem como os riscos possíveis da intervenção. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição.

RESULTADOS

Das 82 pacientes com diagnóstico de pólipo endometrial, encaminhadas posteriormente para polipectomia cirúrgica, 36 (43,9%) foram submetidas à biópsia endometrial sob visibilização direta e 46 (56,1%) à biópsia às cegas. A média etária dos grupos foi de 54 e 59 anos, respectivamente, sendo que 59,4% e 74% das mulheres encontravam-se na pós menopausa (p>0,05). Não houve diferenças em relação à paridade, ao índice de massa corpórea, uso de terapia hormonal e doenças associadas entre os grupos pesquisados (Tabela 1).

TESE DOUTORADO – DIAS DS, et al.

65 A principal manifestação clínica dos pólipos endometriais no grupo de pacientes submetidas à biópsia dirigida foi a hipermenorragia, em 30,6% dos casos, enquanto que no grupo de pacientes com biópsia orientada foi o sangramento pós-menopausa, em 34,8%. Trinta e três por cento e 39% das mulheres no grupo da biópsia dirigida e orientada, respectivamente, eram assintomáticas e apresentaram indicações para realizar o exame de histeroscopia devido a achados incidentais em exames ultrassonográficos de rotina (Tabela 2).

Quando analisados os resultados histopatológicos da polipectomia cirúrgica (padrão ouro), a biópsia orientada diagnosticou apenas 30,4% dos pólipos, enquanto que a biópsia dirigida diagnosticou 36,1% e 30,5% destes, quando realizada no ápice e na base da lesão, respectivamente (p>0,05). Dois casos de hiperplasia endometrial simples sem atipia e dois casos de hiperplasia complexa com atipia foram diagnosticados pela biópsia orientada em associação aos pólipos endometriais. Posteriormente, um dos casos de hiperplasia sem atipia revelou-se como pólipo endometrial, e o outro como adenocarcinoma de endométrio. Nas pacientes com diagnóstico de hiperplasia com atipia, após a realização de histerectomia, uma paciente apresentou adenocarcinoma de endométrio. Nenhum caso de hiperplasia foi diagnosticado pela biópsia dirigida. Os demais achados para cada tipo de biópsia podem ser analisados na Tabela 3.

A sensibilidade do exame histeroscópico ambulatorial variou de 86,1% a 100% para o diagnóstico de pólipo endometrial. A sensibilidade da biópsia dirigida no diagnóstico dos pólipos endometriais variou de 35,3% a 36,8%, quando realizada no ápice e na base da lesão respectivamente, enquanto que da biópsia orientada foi de 29,2%, com especificidades de 33,3%, 50% e 60%, respectivamente para cada tipo de biópsia. Os valores preditivos positivos foram de 75%, 77,8% e 87,5% e os valores preditivos negativos foram de 8,3%, 14,3% e 8,1%, quando comparados ao produto

AVALIAÇÃO HISTEROSCÓPICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DOS PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

66 final da polipectomia. A taxa de hiperplasia relacionada aos pólipos foi de 1,2% e a de câncer foi de 2,4% (Tabela 3).

DISCUSSÃO

Pólipos endometriais são estruturas que continuam a levantar dúvidas sobre sua patogênese, ocasionando recorrentes discussões sobre a conduta a ser tomada quando diagnosticados, além de serem causa comum de sangramento após a menopausa. Associados ao hiperestrogenismo, podem se manifestar em endométrio atrófico e inativo, e neste ambiente desenvolver um carcinoma19. Segundo a maioria dos estudos, a incidência de malignização dos pólipos endometriais varia de 0% a 4,8%20-23. Não existem, até o presente momento, parâmetros clínicos confiáveis para determinar a conduta frente ao diagnóstico de pólipo endometrial, em mulheres assintomáticas. Em virtude do diagnóstico frequente e da baixa taxa de malignização, muitos autores sugerem que os pólipos deveriam ser retirados somente nos casos de sintomatologia, isto é, aqueles que causam sangramento vaginal ou infertilidade, enquanto outra parcela de pesquisadores sugere a remoção sistemática de todos os pólipos endometriais1,2,24.

Condutas extremas como estas podem implicar em significativo impacto social. A primeira, ao excluir a possibilidade de diagnóstico precoce das neoplasias endometriais, anteriormente a sua manifestação clínica; e a segunda gerando custos demasiados, ocasionando sobrecarga ainda maior aos serviços de saúde, particularmente ao sistema público de atendimento. Diante disso, torna-se plausível a discussão de critérios para o melhor manejo dos pólipos endometriais, através da caracterização e análise crítica da eficácia de biópsias endometriais segundo as duas técnicas utilizadas na prática clínica.

TESE DOUTORADO – DIAS DS, et al.

67 Nesta pesquisa a taxa de sensibilidade da biópsia dirigida no diagnóstico dos pólipos endometriais variou de 35,3% a 36,8%, quando realizada no ápice e na base da lesão respectivamente, enquanto que da biópsia orientada foi de 29,2%. Tanto a biópsia sob visibilização direta quanto a biópsia às cegas apresentaram uma baixa capacidade diagnóstica para os pólipos endometriais, o que está de acordo com outros estudos que demonstraram uma sensibilidade entre 8% e 46%, um valor preditivo positivo de 31% a 100% e um valor preditivo negativo entre 7% e 58%, para a biópsia realizada às cegas2,11,25,26.

A literatura demonstra que a biópsia dirigida pela ultrassonografia não apresenta acurácia diagnóstica superior à biópsia às cegas27,28, o que pôde ser também observado na biópsia dirigida pela histeroscopia no presente estudo. Apesar da visibilização direta da biópsia dirigida, o diminuto fragmento extraído por instrumental com 5 French de diâmetro, em 48,6% esteve associado a material insuficiente ou inadequado. As biópsias, dirigida e orientada, mostraram-se ainda pouco específicas para diferenciação com as hiperplasias endometriais, e foram incapazes de diagnosticar o câncer de endométrio, quando associado aos pólipos endometriais, apesar do pequeno número de casos.

No presente estudo, a taxa de atipia (1,2%) e malignização (2,4%) está de acordo com outros estudos na literatura, segundo os quais varia entre 1% e 3,1%, e entre 0,8% a 3,2%, respectivamente1,29,30. Por outro lado, as taxas de hiperplasia sem atipia estão associadas aos pólipos entre 11% a 25%, havendo séries descritas com até 13% de pólipos malignos21,29-32. Além disso, a taxa de hiperplasia e malignização dos pólipos pode ser similar em mulheres com sangramento (3,2%) e sem sangramento (3,9%), a depender da população analisada24. Como fatores de risco para sua degeneração maligna, são considerados os associados ao câncer de endométrio, tais como idade

AVALIAÇÃO HISTEROSCÓPICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DOS PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

68 avançada, nuliparidade, menarca precoce, menopausa tardia, obesidade, hipertensão, diabetes, uso de tamoxifeno, entre outros23,30,33-35. Contudo, tem-se demonstrado que, embora a hipertensão, diabetes e obesidade sejam variáveis significativamente associadas aos pólipos endometriais, sua influência perde significância quando são realizados estudos de regressão logística multivariada para ajuste da idade36,37.

Por não existirem parâmetros clínicos confiáveis, e pela baixa acurácia da biópsia endometrial no diagnóstico de lesões intrauterinas focais, recomenda-se a remoção de todos os pólipos endometriais, priorizando os casos de pacientes com idade avançada, com sintomatologia e fatores de risco potencialmente relacionados à malignização dos pólipos. Para minimizar custos, biópsia excisional ambulatorial dos pólipos menores deve ser realizada com camisa ambulatorial operatória (sistema Bettocchi), deixando a remoção cirúrgica com ressectoscópio para os casos de pólipos maiores que o óstio cervical, e nos casos de polipose difusa.

CONCLUSÃO

Conforme demonstrado no presente estudo, as biópsias ambulatoriais, orientada e dirigida, apresentaram baixa acurácia diagnóstica para os pólipos endometriais, quando comparadas ao produto final da polipectomia.

REFERÊNCIAS

1. Antunes A Jr, Costa-Paiva L, Arthuso M, Costa JV, Pinto-Neto AM. Endometrial polyps in pre- and postmenopausal women: factors associated with malignancy. Maturitas. 2007;57(4):415-21.

2. Salim S, Won H, Nesbitt-Hawes E, Campbell N, Abbott J. Diagnosis and management of endometrial polyps: a critical review of the literature. J Minim Invasive Gynecol. 2011;18(5):569-81.

3. Schwärzler P, Concin H, Bösch H, Berlinger A, Wohlgenannt K, Collins WP, et al. An evaluation of sonohysterography and diagnostic hysteroscopy for the assessment of intrauterine pathology. Ultrasound Obstet Gynecol. 1998;11(5):337-42.

TESE DOUTORADO – DIAS DS, et al.

69

4. Liedman R, Lindahl B, Andolf E, Willen R, Ingvar C, Ranstam J. Disaccordance between estimation of endometrial thickness as measured by transvaginal ultrasound compared with hysteroscopy and directed biopsy in breast cancer patients treated with tamoxifen. Anticancer Res. 2000;20(6c):4889-91.

5. Makris N, Skartados N, Kalmantis K, Mantzaris G, Papadimitriou A, Antsaklis A. Evaluation of abnormal uterine bleeding by transvaginal 3-D hysterosonography and diagnostic hysteroscopy. Eur J Gynaecol Oncol. 2007;28(1):39-42.

6. Leone FP, Carsana L, Lanzani C, Vago G, Ferrazzi E. Sonohysterographic endometrial sampling and hysteroscopic endometrial biopsy: a comparative study. Ultrasound Obstet Gynecol. 2007;29(4):443-8.

7. Tinelli R, Tinelli FG, Cicinelli E, Malvasi A, Tinelli A. The role of hysteroscopy with eye-directed biopsy in postmenopausal women with uterine bleeding and endometrial atrophy. Menopause. 2008;15(4pt1):737-42.

8. Nagele F, O’Connor H, Baskett TF, Davies A, Mohammed H, Magos AL.

Hysteroscopy in woman with abnormal uterine bleeding on hormone replacement therapy: a comparison with postmenopausal bleeding. Fertil Steril. 1996;65(6):1145-50. 9. Machado F, Moreno J, Carazo M, León J, Fiol G, Serna R. Accuracy of endometrial

biopsy with the Cornier pipelle for diagnosis of endometrial cancer and atypical hyperplasia. Eur J Gynaecol Oncol. 2003;24(3-4):279-81.

10. Epstein E. Management of postmenopausal bleedind in Sweden: a need for increased use of hydrosonography and hysteroscopy. Acta Obstet Gynecol Scand. 2004;83(1):89- 95.

11. Svirsky R, Smorgick N, Rozowski U, Sagiv R, Feingold M, Halperin R, et al. Can we rely on blind endometrial biopsy for detection of focal intrauterine pathology? Am J Obstet Gynecol. 2008;199(2):115.e1-e3.

12. Bettocchi S, Di Venere R, Pansini N, Pansini MV, Pellegrino A, Santamato S, et al. Endometrial biopsies using small-diameter hysteroscopes and 5F instruments: how can we obtain enough material for a correct histologic diagnosis? J Am Assoc Gynecol Laparosc. 2002;9(3):290-2.

13. Bettocchi S, Ceci O, Nappi L, Di Venere R, Masciopinto V, Pansini V, et al. Operative office hysteroscopy without anesthesia: analysis of 4863 cases performed with mechanical instruments. J Am Assoc Gynecol Laparosc. 2004;11(1):59-61.

14. Di Spiezio Sardo A, Bettocchi S, Spinelli M, Guida M, Nappi L, Angioni S, et al. Review of new office-based hysteroscopic procedures 2003-2009. J Minim Invasive Gynecol. 2010;17(4):436-48.

15. Miranda SMN, Gomes MT, da Silva IDCG, Girão MJBC. Pólipos endometriais: aspectos clínicos, epidemiológicos e pesquisa de polimorfismos. Rev Bras Ginecol Obstet. 2010;32(7):327-33.

16. Goodman LA. Simultaneous confidence intervals for contrasts among multinomial populations. Ann Math Stat. 1964;35(2):716-25.

17. Goodman LA. On simultaneous confidence intervals for multinomial proportions. Technometrics. 1965;7(2):247-54.

AVALIAÇÃO HISTEROSCÓPICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DOS PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

70

18. Zar JH. Biostatistical analysis. 5th ed. New Jersey: Prentice Hall; 2009.

19. Maia HJr, Maltez A, Studard E, Athayde C, Coutinho EM. Effect of previous hormone replacement therapy on endometrial polyps during menopause. Gynecol Endocrinol. 2004;18(6):299-300.

20. Perez-Medina T, Bajo J, Huertas MA, Rubio A. Predicting atypia inside endometrial polyps. J Ultrasound Med. 2002;21(2):125-8.

21. Ben-Arie A, Goldchmit C, Laviv Y, Levy R, Caspi B, Huszar M, et al. The malignant potential of endometrial polyps. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2004;115(2):206- 10.

22. Martín-Ondarza C, Gil-Moreno A, Torres-Cuesta L, García A, Eyzaguirre F, Díaz- Feijoo B, et al. Endometrial cancer in polyps: a clinical study of 27 cases. Eur J Gynaecol Oncol. 2005;26(1):55-8.

23. Wethington SL, Herzog TJ, Burke WM, Sun X, Lerner JP, Lewin SN, et al. Risk and predictors of malignancy in women with endometrial polyps. Ann Surg Oncol. 2011 dec. doi: 10.1245/s10434-011-1815-z.

24. Lieng M, Qvigstad E, Sandvik L, Jørgensen H, Langebrekke A, Istre O. Hysteroscopic resection of symptomatic and asymptomatic endometrial polyps. J Minim Invasive Gynecol. 2007;14(2):189-94.

25. Pasqualotto EB, Margossian H, Price LL, Bradley LD. Accuracy of preoperative diagnostic tools and outcome of hysteroscopic management of menstrual dysfunction. J Am Assoc Gynecol Laparosc. 2000;7(2):201-9.

26. Bettocchi S, Ceci O, Vicino M, Marello F, Impedovo L, Selvaggi L. Diagnostic inadequacy of dilatation and curettage. Fertil Steril. 2001;75(4):803-5.

27. Metzger U, Bernard JP, Camatte S, Lelièvre L, Robin F, Lefrère-Belda MA, et al. Sono- guided endometrial biopsy: comparison with hysteroscopy biopsy. Sono-guided endometrial biopsy using the Bernard catheter had no impact on endometrial assessment by sonohysterography. Gynecol Obstet Invest. 2004;58(1):26-31.

28. Gorlero F, Nicoletti L, Lijoi D, Ferrero S, Pullè A, Ragni N. Endometrial directed biopsy during sonohysterography using the NiGo device: prospective study in women with abnormal uterine bleeding. Fertil Steril. 2008;89(4):984-90.

29. Bakour SH, Khan KS, Gupta JK. The risk of premalignant and malignant pathology in endometrial polyps. Acta Obstet Gynecol Scand. 2000;79(4):317-20.

30. Savelli L, De Iaco P, Santini D, Rosati F, Ghi T, Pignotti E, et al. Histopathologic features and risk factors for benignity, hyperplasia, and cancer in endometrial polyps. Am J Obstet Gynecol. 2003;188(4):927-31.

31. Hileeto D, Fadare O, Martel M, Zheng W. Age dependent association of endometrial polyps with increased risk of cancer involvement. World J Surg Oncol. 2005;3(1):8. 32. Kassab A, Trotter P, Fox R. Risk of cancer in symptomatic postmenopausal women

with endometrial polyps at scan. J Obstet Gynaecol. 2008;28(5):522-5.

33. Reslová T, Tosner J, Resl M, Kugler R, Vávrová I. Endometrial polyps. A clinical study of 245 cases. Arch Gynecol Obstet. 1999;262(3-4):133-9.

TESE DOUTORADO – DIAS DS, et al.

71

34. Cohen I. Endometrial pathologies associated with postmenopausal tamoxifen treatment. Gynecol Oncol. 2004;94(2):256-66.

35. American Association of Gynecologic Laparoscopists. AAGL practice report: practice guidelines for the diagnosis and management of endometrial polyps. J Minim Invasive Gynecol. 2012;19(1):3-10.

36. Nappi L, Indraccolo U, Sardo ADS, Gentile G, Palombino K, Castaldi MA, et al. Are diabetes, hypertension, and obesity independent risk factors for endometrial polyps? J Minim Invasive Gynecol. 2009;16(2):157-62.

37. Costa-Paiva L, Godoy CE Jr, Antunes A Jr, Caseiro JD, Arthuso M, Pinto-Neto AM. Risk of malignancy in endometrial polyps in premenopausal and postmenopausal women according to clinicopathologic characteristics. Menopause. 2011;18(12):1278- 82.

AVALIAÇÃO HISTEROSCÓPICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DOS PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

72

† Sinéquias, septo, útero unicorno, remoção de dispositivo intra-uterino (DIU). * Estenose de canal cervical, sangramento ativo, exame não tolerado pela paciente. § 09 pacientes sem biópsia endometrial.

Figura 1. Distribuição dos principais achados histeroscópicos e número de pacientes

submetidas à polipectomia cirúrgica, durante o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011, no Serviço de Endoscopia Ginecológica e Planejamento Familiar da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP.

281 Histeroscopias Diagnósticas Jan./2010 a Dez./2011 8 Pólipo Endocervical 22 Sinais Sugestivos de Hiperplasia 6 Pólipo Endometrial + Mioma Submucoso 91§ Pólipo Endometrial 4 Câncer de Endométrio 89 Compatível com Normalidade 14 Mioma 36* Não Avaliadas 11† Outros 82 Polipectomia Cirúrgica 46 Biópsia Orientada 36 Biópsia Dirigida

TESE DOUTORADO – DIAS DS, et al.

73 Tabela 1. Distribuição das características epidemiológicas e clínicas das 82 pacientes, com diagnóstico de pólipo endometrial, submetidas à biópsia endometrial sob visibilização direta (dirigida) e às cegas (orientada).

IMC (índice de massa corpórea); TH (terapia hormonal).

* Mediana e valores mínimo e máximo entre parênteses (Teste de Mann-Whitney). † Média ± desvio padrão das variáveis segundo grupo (Teste t de Student). n % (Teste de Goodman).

** Diferença significativa se p<0,05.

Variável Biópsia Endometrial

Dirigida (n=36) Biópsia Endometrial Orientada (n=46) Valor p**

Idade (anos)* 54 (35;75) 59 (24;72) >0,05 IMC (Kg/m2)† 30,7 ± 5,9 32,2 ± 5,8 >0,05 Número gestações* 3 (0;8) 3 (0;9) >0,05 Número partos* 3 (0;7) 2 (0;9) >0,05 Número abortos* 0 (0;3) 0 (0;2) >0,05 Número cesarianas* 1 (0;3) 1 (0;4) >0,05 Hipertensão, n (%) 21 (58,3) 29 (63,0) >0,05 Diabetes Mellitus, n (%) 5 (13,9) 13 (28,3) >0,05 Dislipidemia, n (%) 2 (5,6) 7 (15,2) >0,05 Hipotireoidismo, n (%) 2 (5,6) 2 (4,3) >0,05 Tabagismo, n (%) 4 (11,1) 9 (19,6) >0,05 Usuária TH, n (%) 2 (5,6) 6 (13,0) >0,05 Câncer de Mama, n (%) 1 (2,8) 3 (6,5) >0,05

AVALIAÇÃO HISTEROSCÓPICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DOS PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

74 Tabela 2. Distribuição das principais manifestações clínicas das 82 pacientes, com diagnóstico de pólipo endometrial, submetidas à biópsia endometrial sob visibilização direta (dirigida) e às cegas (orientada).

Variável Biópsia Endometrial Dirigida (n=36) Biópsia Endometrial Orientada (n=46) Valor p*

Hipermenorragia, n (%) 11 (30,6) 8 (17,4) >0,05 Metrorragia, n (%) 3 (8,3) 2 (4,3) >0,05 Sangramento Pós-Menopausa, n (%) 9 (25,0) 16 (34,8) >0,05 Assintomática, n (%) 12 (33,3) 18 (39,1) >0,05 Pólipo Cervical, n (%) 2 (5,6) 9 (19,6) <0,05 Infertilidade, n (%) 0 (0,0) 2 (4,3) >0,05

TESE DOUTORADO – DIAS DS, et al.

75 Tabela 3. Distribuição dos resultados histopatológicos de acordo com o tipo de biópsia realizada e seus respectivos valores de sensibilidade, especificidade, preditivo positivo (VPP) e preditivo negativo (VPN) para o diagnóstico de pólipo endometrial, de acordo com o resultado histopatológico da polipectomia cirúrgica (n=82).

E. (endométrio); VPP (valor preditivo positivo); VPN (valor preditivo negativo).

* muco, fragmentos ectocérvice, endométrio misto, metaplasia tubária, mioma, adenomiose. ** Padrão Ouro. Variável Biópsia Endometrial Dirigida (Ápice) (n=36) Biópsia Endometrial Dirigida (Base) (n=36) Biópsia Endometrial Orientada (n=46) Polipectomia** Cirúrgica (n = 82) E. Proliferativo, n (%) 1 (2,8) 1 (2,8) 2 (4,3) 5 (6,1) E. Secretor, n (%) 2 (5,5) 1 (2,8) 3 (6,5) 2 (2,4) E. Atrófico, n (%) 3 (8,3) 2 (5,5) 5 (10,9) 10 (12,2) Pólipo Endometrial, n (%) 13 (36,1) 11 (30,5) 14 (30,4) 77 (93,9)

Hiperplasia sem Atipia,

n (%) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (4,3) 0 (0,0) Hiperplasia Atípica, n (%) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (4,3) 1 (1,2) Adenocarcinoma de Endométrio, n (%) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (2,4) Material Insuficiente, n (%) 16 (44,4) 19 (52,7) 22 (47,8) --- Outros*, n (%) 1 (2,8) 2 (5,5) 1 (2,2) 6 (7,3) Sensibilidade (%) (35,3) (36,8) (29,2) --- Especificidade (%) (33,3) (50,0) (60,0) --- VPP (%) (75,0) (77,8) (87,5) --- VPN (%) (8,3) (14,3) (8,1) ---

AVALIAÇÃO HISTEROSCÓPICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DOS PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

76

3.1.A

RTIGO

2

Avaliação de Parâmetros Clínicos, Ultrassonográficos, Histeroscópicos

Documentos relacionados