• Nenhum resultado encontrado

MATERIAIS E MÉTODOS

4.

O trabalho foi realizado em duas etapas: a primeira corresponde à obtenção dos dados de emissões de gases de combustão da queima do GNV no caminhão de coleta de lixo, que foi monitorado em condições reais de trânsito urbano, trânsito estrada e também com o veículo parado, variando a rotação; a segunda corresponde à avaliação do impacto ambiental do uso do GNV, aplicando a metodologia da ACV.

Obtenção dos dados de emissão 4.1.

Especificações do veículo de coleta de lixo 4.1.1.

O caminhão cedido pela IVECO ao projeto é do modelo Tector (Figura 4.1), e possui motor dedicado a GNV (ciclo Otto) de 6 cilindros, sendo 2 válvulas por cilindro, com gerenciamento eletrônico, comando de válvula no cabeçote e injeção eletrônica. O motor de 5,88L possui potência máxima de 147 kW em 2500 rpm e torque máximo de 650 N.m a 1200 rpm.

Figura 4.1 - Vista lateral do caminhão de coleta de lixo utilizado na medição dos gases emitidos Fonte: O autor (2013)

42

O caminhão é equipado com 6 cilindros de GNV de 20m3 cada, num total de

120m3, sendo três cilindros dispostos em cada lado. Sua capacidade de carga é de

7,5 a 8,0 toneladas de lixo.

O veículo conta com um catalisador de três vias para tratamento dos gases da pós-combustão, que pode reduzir eficazmente os três compostos nocivos do gás de escape: CO, CXHY e NOX. Os dois primeiros são oxidados e geram CO2 e CO2 e

H2O, respectivamente; enquanto o terceiro é reduzido a N2.

Especificações dos combustíveis utilizados 4.1.2.

O gás natural utilizado no abastecimento do caminhão foi fornecido pela Sulgás e foi importado da Bolívia através do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Com 3.150 km de comprimento total, o gasoduto chega ao Brasil pelo Mato Grosso e vai até a cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul (Sulgás, 2013).

A composição média do GNV foi calculada a partir de dados diários durante o ano de 2012 fornecidos pela Sulgás e são mostrados na Tabela 4.1. Além da quantidade de hidrocarbonetos, também são monitoradas as concentrações de nitrogênio (N2), dióxido de carbono (CO2) e sulfeto de hidrogênio (H2S).

Tabela 4.1- Composição dos gases utilizados no caminhão.

GNV Biogás CH4 (%) 89,2 94 C2H6 (%) 5,91 a C3H8 (%) 1,81 a C4H10 (%) 0,97 a CO2 (%) 1,39 0,2 N2 (%) 0,71 4,2 O2 (%) a 1,6 H2S (mg/m3) 2,7 <1 a não detectado

Alternativamente ao GNV, o biogás também foi utilizado no mesmo veículo, na cidade de Montenegro (RS), onde é produzido. O biogás é produzido na usina de compostagem, através da biodigestão de dejetos de aves poedeiras na planta piloto das empresas ECOCITRUS – NATUROVOS em parceria com a Sulgás, que

43

forneceu o combustível para testes e os dados de composição do mesmo, mostrados na Tabela 4.1.

Cenários de testes e monitoramento por satélite 4.1.3.

O caminhão esteve em serviço na empresa Revita (credenciada pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre - DMLU) durante o monitoramento. Os resíduos sólidos domiciliares são coletados porta-a-porta nas vias públicas, com caminhões equipados com compactadores, transferidos para Estação de Transbordo Lomba do Pinheiro (ETLP), Bairro Lomba do Pinheiro, na zona leste da cidade, de onde posteriormente são transportadas por carreta rodoviária até um aterro sanitário situado no município de Minas do Leão (Prefeitura de Porto Alegre, 2013).

Os testes em campo foram realizados em quatro diferentes situações. Foram duas situações durante a coleta do lixo, em rotas definidas pela empresa Revita na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, executadas em dois turnos, de segunda a sábado. A Figura 4.2a mostra a rota ID03 na região norte da cidade e a Figura 4.2b mostra a rota PD01 na região leste. As outras duas situações referem-se ao deslocamento do caminhão a partir de um ponto da região de coleta até a estação de transbordo, sendo a ida até a estação com o caminhão com a máxima capacidade de carga e a volta até a rota de coleta apenas com a carga da tara do caminhão.

A Revita permitiu acesso ao sistema de monitoramento por satélite (GPS - GIS EYES), que fornece dados em tempo real de posicionamento, velocidade e horário do veículo; também é possível acessar os relatórios estatísticos de datas anteriores. Esses dados foram utilizados para estimar a distância percorrida durante as análises, bem como observar se o caminhão estava em coleta ou no trecho de transbordo.

44

Figura 4.2 - Rotas de coleta de lixo percorrida pelo caminhão do projeto na cidade de Porto Alegre. 4.2a) Rota ID03 4.3b) Rota PD01

Fonte: Costa, 2013.

Registros operacionais 4.1.4.

Visando a obtenção de dados como: distância percorrida pelo caminhão, quantidade de lixo recolhido, tempo da coleta, entre outros, uma planilha de controle do monitoramento do veículo (Figura 4.3) foi desenvolvida e preenchida diariamente por um integrante do grupo de pesquisa e recolhida juntamente com os dados do analisador de gases.

a

45

Figura 4.3 - Planilha controle a ser preenchida pelos motoristas do caminhão para obtenção de dados Fonte: Costa, 2013.

Analisador de gases 4.1.5.

As concentrações de O2, CO, CO2, NOx, SO2 e CxHy no escapamento do

caminhão foram medidas utilizando um analisador de gases Testo, modelo 350 (Figura 4.4a). A unidade de controle é um instrumento de medição portátil para medições in situ. Está equipado com uma unidade de sonda de pressão diferencial integrada, que mede temperatura, velocidade, pressão e diferença de potencial elétrico. Os dados podem ser acompanhados em tempo real na unidade de controle ou armazenados.

46

Figura 4.4 - Analisador de gases utilizado na obtenção dos dados de emissão. 4.4a) Instrumento isolado e 4.4b) Sonda instalada no escapamento

Fonte: Costa, 2013.

A sonda foi instalada no escapamento do caminhão (Figura 4.4b) e a unidade de controle armazenada em uma caixa instalada especialmente na carroceria. As faixas de medição e resolução do analisador são mostradas na Tabela 4.2.

Tabela 4.2 - Faixa de medição e resolução dos parâmetros medidos do analisador Testo 350 Parâmetro de

medição Faixa de Medição Resolução

O2 0…25vol.% 0,01vol.%

CO 0…10000ppm 1ppm

NO 0...4000ppm 1ppm

NO2 0...500ppm 0,1ppm

SO2 0...5000ppm 1ppm

CO2 0...50vol.% 0,01Vol.% (0…25Vol.%) 0,1Vol.% (> 25Vol.%)

HC Gás Natural: 100…40000ppm 10ppm Propano: 100…21000ppm 10ppm Butano: 100…18000ppm 10ppm Fonte: Manual de Instruções Testo, 2012

47

A Figura 4.5 mostra o diagrama esquemático do funcionamento do analisador. Os gases de combustão resfriados e filtrados são bombeados e misturados em uma câmara com ar limpo para diluição para então passarem nos sensores.

Figura 4.5 - Diagrama esquemático do funcionamento do analisador de gases Fonte: Manual de Instruções Testo, 2012

Uma variedade de princípios de medição é utilizada para determinar a concentração de gases diferentes numa mistura gasosa no analisador de gases.

Os sensores utilizados na determinação de O2, CO, SO2 e NOX trabalham de

acordo com o princípio de potenciometria eletroquímica seletiva de íons. Os sensores são preenchidos com uma solução eletrolítica aquosa, onde dois ou três eletrodos são colocados na solução com um campo elétrico aplicado a eles. A corrente gerada é convertida em medida de concentração (Practical Guide for Emission and Process Measurements, 2013).

O sensor de CO2 utiliza um sensor fotométrico, onde o gás absorve radiação

infravermelha (IV) do espectro eletromagnético, no comprimento de onda que é específico para o gás. O aumento da concentração de gás provoca um aumento correspondente na absorção de infravermelho e, assim, uma diminuição na intensidade da radiação recebida pelo detector de IV (Practical Guide for Emission and Process Measurements, 2013).

48

Já o funcionamento da célula de hidrocarbonetos é baseado no método de filamento catalítico. O gás reage com um material catalítico pré-aquecido e o aumento de temperatura, através do seu calor de combustão, resulta numa alteração da sua condutividade elétrica. Este processo funciona apenas com oxigênio suficiente disponível nos gases de combustão. Quando o teor de O2 atinge níveis

inferiores a 3%, a célula desliga automaticamente (Practical Guide for Emission and Process Measurements, 2013).

Nos testes em campo, esse limite foi atingido várias vezes e não foi possível obter os teores de hidrocarbonetos. Para que fosse possível obter as concentrações de hidrocarbonetos (assumidos como metano) a partir do monitoramento das emissões dos demais componentes dos gases exaustos, foram realizados ensaios com o caminhão parado e com o sensor posicionado no final do escapamento, onde há uma desconhecida diluição com o ar, mas que permite a leitura dos teores de metano. Foi observada que a relação entre as emissões de O2 e CXHY se mostraram

inversamente proporcionais. Dessa forma, as quantidades relativas de CXHY para

todas as medidas foram estimadas a partir da relação com O2 através de regressão

linear, de onde obteve-se a Equação 4.1 mostrada a seguir:

%CH4= -0,499ln(%O2) + 1,5442 (R² = 0,9518) (4.1)

Já os teores de SO2 não foram monitorados nas análises, pois o analisador

não tem compartimento para todas as células simultaneamente. Dessa forma, as quantidades relativas de SO2 para todas as medidas foram estimadas a partir da

relação com O2, da mesma forma que os hidrocarbonetos, através de regressão

linear em três faixas distintas de O2, conforme a Tabela 4.3:

Tabela 4.3 - Equações obtidas para estimativa dos teores de SO2 a partir do teor de O2.

Condição Equação Coeficiente de

correlação O2 <3,78 %SO2 = -0,0121(%O2) + 0,0559 R² = 0,95 3,78 <O2 <9,56 %SO2 = -0,0011(%O2) + 0,0128 R² = 1

49

Sistema de aquisição de dados (Datalogger) 4.1.6.

Um aquisitor de dados da marca Fuel Tech® modelo Pro24 foi instalado para obtenção de dados do sistema eletrônico de controle do motor. O FuelTech Pro24 Datalogger efetua a leitura e o armazenamento de dados de qualquer sensor analógico com sinal de saída na faixa de 0 a 5V, além da leitura de sinais de frequência, possibilitando uma análise detalhada do funcionamento do motor e informações externas do veículo. Este equipamento possui quatro canais para captura de sinais de rotação e 16 canais analógicos, configuráveis, além de um canal interno que informa a tensão da bateria e possui conexão USB que possibilita fácil ligação em qualquer notebook ou computador (Manual de Instalação e Operação Fueltech, 2012).

A temperatura do ar e rotação do motor foram os parâmetros utilizados no cálculo das emissões. Os dados foram consultados e extraídos através do software FuelTech Datalogger 3.58.

Os dados obtidos no analisador de gases foram correlacionados com os dados da planilha controle, do sistema GPS e do aquisitor de dados a fim de gerar todas as informações necessárias na construção do inventário das emissões gasosas.

Considerações Gerais para Avaliação do Impacto Ambiental 4.2.

Definição de objetivo e escopo do estudo 4.2.1.

O objetivo desse estudo é avaliar o impacto das emissões gasosas do caminhão abastecido a GNV e biogás, aplicando um método de avaliação de impactos ambientais usualmente empregado em ACV e utilizando a série de normas ISO14040-14044. Em um trabalho futuro, esse inventário poderá ser utilizado em uma ACV completa desses combustíveis.

50

A fronteira do sistema envolve a utilização do combustível no veículo de coleta de lixo e representa a fase de uso do combustível conhecida como tanque-a- roda.

Os públicos-alvo do estudo são pesquisadores e consultores que busquem informações sobre o uso de gás em veículos pesados. A principal razão para a realização do estudo é devido ao pequeno número de estudos que monitorem as emissões em condições reais de trânsito no país.

Função e Unidade funcional 4.2.1.1.

Como este estudo tem por objetivo avaliar o impacto das emissões gasosas somente na fase de uso do gás no veículo de coleta de lixo, tanto a função como a unidade funcional não serão aqui definidas.

Fluxo de referência 4.2.1.2.

A base de cálculo necessita ser utilizada para remeter todos os aspectos finais encontrados. O valor escolhido foi de 1 km percorrido pelo caminhão, por ser o valor do fluxo de referência mais utilizado nos principais trabalhos previamente analisados. A quantidade de lixo coletada não pode ser utilizada como fluxo de referência, pois não foi possível relacionar a quantidade de lixo com a respectiva análise de gases, visto que a análise era realizada em pequenos intervalos de tempo e os dados de quantidade de lixo eram diários. O fluxo de referência também não pode ser definido em função de energia requerida por falta de dados coletados, como consumo de combustível, por exemplo.

Análise do Inventário 4.2.2.

Balanço de massa da queima do biogás e gás natural 4.2.2.1.

Tanto o resultado das concentrações relativas dos gases exaustos medidos no analisador, quanto os dados de rotação e temperatura obtidos no datalogger foram coletados a cada segundo. Como essas concentrações apresentaram

51

variações consideráveis em rotas de coleta, decidiu-se aplicar balanços de massa para obter, a cada segundo, as quantidades absolutas de gases emitidos pelo caminhão em uso. Depois se integrou os valores obtidos para levantar as quantidades absolutas emitidas em cada rota, para posterior análise de impacto.

As considerações e equações no cálculo são descritas em seis passos para melhor entendimento, a seguir.

1º Passo: Por se tratar de um motor quatro tempos, cada ciclo corresponde a duas rotações. Considerando a rotação obtida no aquisitor de dados; calculou-se a vazão de volume admitido por segundo, utilizando a Equação 4.1.

Va = çã × Vm × (4.1)

onde Va é o volume admitido em m3.s-1, Rotação é a rotação do motor em rpm, Vm

corresponde ao volume do motor (5,88x10-3m3) e o terceiro termo corresponde a

conversão de minutos a segundos.

2º Passo: A vazão molar de mistura injetada foi calculada utilizando a equação de estado para gases ideais (Equação 4.2), considerando a pressão como a de injeção fornecida pela IVECO (9,12x105Pa) e temperatura obtida no aquisitor de dados;

̇ = (4.2)

onde ̇ é a vazão molar de mistura injetada em mol/s, P é a pressão de injeção (Pa), Va é o volume admitido (m3.s-1), R é a constante universal dos gases

(8,31J.mol-1.K-1) e T é a temperatura da mistura na injeção em K.

As vazões molares de GNV e ar são calculadas conforme as Equações 4.3 e 4.4, levando em consideração a relação de 1 mol GNV para 17 de ar (fornecida pela IVECO);

52

ṅGNV= ṅt × 0,055 (4.3)

onde ̇ é vazão molar de GNV em mols.s-1, ̇ é a vazão molar da mistura em

mols.s-1 e o termo 0,055 (mol GNV. mol-1) corresponde a fração de GNV na mistura.

̇AR= ̇ × 0,945 (4.4)

onde ̇ é vazão molar de ar em mols.s-1, ̇ é a vazão molar da mistura em

mols.s-1 e o termo 0,9455 (mol ar. mol-1) corresponde a fração de ar na mistura.

3º Passo: O balanço de massa foi feito em função do Nitrogênio, considerando que a fração desse gás que reage é desprezível. Portanto a vazão molar de Nitrogênio que entra no motor é igual na saída e foi calculada conforme Equação 4.5.

̇N2= ( ̇ GNV× 0,0071) + ( ̇AR × 0,79) (4.5)

onde ̇N2 é a vazão molar de N2 (mols.s-1), ̇GNV é vazão molar de GNV (mols.s-1),

0,0071 é fração de N2 no GNV, ̇AR é a vazão molar de ar em mols.s-1e 0,79 é a

fração de N2 no ar.

4º Passo: Na saída, a composição de N2 foi determinada por diferença (Equação

4.6):

%N2= 100 - (%O2+ %C 2+ %C + %CXHY+ %NOX + %SO2) (4.6)

onde %N2 corresponde ao percentual de N2 na saída, %O2, %CO2, %CO, %CXHY,

%NOX e %SO2 são os percentuais de O2, CO2, CO, CXHY, NOX e %SO2,

53

5º Passo: a vazão molar da saída foi, por fim, calculada conforme Equação 4.7, em função do N2:

̇s= ( ̇N% N2 ×100

2 ) (4.7)

onde ̇s corresponde a vazão molar da saída (mols.s-1), ̇N2 é a vazão molar de N2

(mols.s-1) e %N

2 corresponde ao percentual de N2 na saída.

6º Passo: As quantidades de cada espécie produzida foram calculadas utilizando a composição da saída conforme Equação4.8.

̇poluente= ṡ × % poluente × MMpoluente (4.8)

onde ̇poluente é vazão mássica do poluente na saída (g.s-1), ṡ é a vazão molar da

saída (mol.s-1), %

poluente é o percentual do poluente na saída e MMpoluente é a massa

molar do poluente (g.mol-1).

Construção do Inventário 4.2.2.2.

O resultado do balanço de massa da queima deu origem aos valores de emissões gasosas. Além das emissões e a distância correspondente, foi anotado o perfil do trecho observado no GPS, que indica se o caminhão estava em coleta ou em transbordo (cheio ou vazio), além da distância percorrida no período.

A partir da observação do perfil das análises, essas foram agrupadas e separadas. Todas as análises de mesmo perfil tiveram seus valores de emissão e distância somadas, dando origem a quatro perfis: transbordo cheio (TB Cheio), transbordo vazio (TB Vazio), coleta na rota ID03 (ID03) e coleta na rota PD01 (PD01). Para os trechos em transbordo, o inventário foi construído a partir do balanço de uma análise de trinta minutos cada; enquanto que para a rota ID03 foram

54

realizadas cinco análises, totalizando cento e setenta minutos de medição e para a rota PD01 esse total foi de três análises, totalizando sessenta minutos de medição.

Um segundo inventário foi construído com as emissões referentes ao caminhão abastecido com GNV e biogás em autoestrada, com o intuito de comparar emissões para diferentes combustíveis. A esses dados, foram adicionados os valores das emissões estimadas para um caminhão da base de dados ELCD®,

abastecido com uma mistura de 95% diesel e 5% biodiesel, de 3,3 toneladas de peso, com capacidade de 7,5 toneladas de carga, a uma velocidade de 27km/h.

Diante da impossibilidade de medição já explicada anteriormente dos teores de CH4 e SO2, que foram estimados a partir de correlações com o Oxigênio,

foi realizada uma análise de sensibilidade nas categorias de impacto de aquecimento global e acidificação, onde esses poluentes podem contribuir de forma significativa. Os potenciais de aquecimento global e acidificação foram calculados levando em consideração uma variação de -100 a 100% dos valores estimados de CH4 e SO2, respectivamente e então foi plotado a variação no potencial em função

da variação dos teores estimados. A análise de sensibilidade para a categoria Eutrofização terrestre não foi realizada pois seu único contribuinte (NO) não foi estimado como os teores de CH4 e SO2.

As tabelas com os valores desses inventários estão disponíveis no Anexo A. Método de cálculo

4.2.3.

O software utilizado para modelagem é o Simapro 7.2.4v, e o método EDIP (Environmental Design of Industrial Products) 2003 1.02v foram utilizados para efetuar o cálculo da avaliação do impacto.

55

Categorias de Impacto 4.2.4.

As categorias de impacto ambiental, os modelos de caracterização e os indicadores de categorias utilizados nesse trabalho, baseiam-se no método EDIP, descrito por Wenzel et al. (1997).

Dentre as categorias de impacto fornecidas pelo método, foram escolhidas as seguintes:

 Potencial de Aquecimento Global (PAG);  Potencial de Acidificação (PA);

Documentos relacionados