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4.1.1 Materiais

4.1.1.1 Substância química de referência e amostra

Cloridrato de diltiazem SQR disponibilizado pela Farmacopeia Brasileira lote 1024 (lote corrente) e teor de 100,2% em relação à substância dessecada; matéria-prima cloridrato de diltiazem fabricada por Piramal Healthcare Limited, lote DIL/M-00610 com validade até setembro/2014 e teor de 99,7% em relação à substância dessecada.

4.1.1.2 Reagentes

 Água ultrapura, obtida de sistema de purificação MILLIPORE MILLI-Q DIRECT Q3.

 Reagentes grau analítico: ácido fórmico anidro, ácido perclórico, anidrido acético, ácido nítrico, nitrato de prata, hidróxido de amônio, metanol, diclorometano, etanol anidro.

 Solventes grau CLAE: metanol, ácido trifluoroacético.

4.1.1.3 Equipamentos

 Aparelho de ultrassom UNIQUE 1400.

 Balança analítica SARTORIUS com precisão de 0,01 mg modelo BP210D.  Bomba de vácuo MILLIPORE.

 Espectrômetro SHIMADZU FTIR IR Prestige-21 com software IR Solution.  Estufa NABERTHERM TR 60.

 Equipamento para determinação de ponto de fusão METTLER TOLEDO FP62.

 Pastilhador de prensa hidráulica SHIMADZU SSP-10A.  Potenciômetro METROHM 827 pH Lab.

 Sistema de purificação de água MILLIPORE DIRECT Q3.  Titulador automático METTLER TOLEDO DL53.

4.1.2 Métodos

4.1.2.1 Determinação da solubilidade

A solubilidade do cloridrato de diltiazem foi determinada, separadamente, em água, metanol, diclorometano e etanol anidro, segundo os procedimentos descritos a seguir.

Pesaram-se cerca de 100 mg da amostra e transferiu-se para um tubo de ensaio de 15 mL. Adicionou-se 0,1 mL de solvente e agitou-se o tubo de ensaio, que foi deixado em banho de ultrassom por 10 minutos. Verificou-se se a amostra se solubilizou completamente. Se a amostra não se solubilizou, adicionou-se mais 0,9 mL de solvente e agitou-se o tubo de ensaio, que foi deixado em banho de ultrassom por 10 minutos. Se a amostra não se solubilizou novamente, foram adicionados mais 9 mL de solvente e o tubo de ensaio foi agitado e posteriormente deixado em banho de ultrassom por 10 minutos. No caso de a amostra ainda não ter solubilizado, o conteúdo do tubo de ensaio foi transferido para um erlenmeyer de 125 mL, adicionaram-se mais 90 mL de solvente e o erlenmeyer foi agitado e deixado em banho de ultrassom por 10 minutos. A solubilidade da amostra foi classificada de acordo com os critérios da Farmacopeia Brasileira 5ª edição (FARMACOPEIA, 2010), conforme a Tabela 2. A tabela se refere a 1 g da substância em determinado volume em partes (mililitros) do solvente. Por exemplo, para que uma substância seja considerada solúvel em um solvente, 1 g da mesma deve se dissolver em 10 a 30 mL do solvente. Como a massa de amostra pesada foi de 100 mg, a quantidade de solvente utilizada foi proporcional à quantidade da amostra.

Tabela 2 - Termos descritivos de solubilidade e seus significados (FARMACOPEIA, 2010)

Solvente Termo descritivo

Muito solúvel Menos de 1 parte

Facilmente solúvel De 1 a 10 partes

Solúvel De 10 a 30 partes

Ligeiramente solúvel De 30 a 100 partes

Pouco solúvel De 100 a 1000 partes

Muito pouco solúvel De 1000 a 10000 partes

Praticamente insolúvel ou insolúvel Mais de 10000 partes

4.1.2.2 Determinação do ponto de fusão

A amostra foi colocada em um capilar de vidro com uma das extremidades fechadas e submetida a aquecimento em equipamento de ponto de fusão automático. A temperatura inicial foi de 190 oC e a temperatura final foi de 230 oC, sendo a taxa de aquecimento de 2 oC/min. O ponto de fusão deve estar entre 207,5 e 212 oC (O’NEIL, 2006), sendo também relatado ponto de fusão de aproximadamente 213 °C, com decomposição (THE EUROPEAN, 2010).

4.1.2.3 Identificação

4.1.2.3.1 Reação do íon cloreto

Pesaram-se 10 mg da amostra e adicionaram-se cerca de 30 mL de água no balão volumétrico de 100 mL, que foi levado para banho de ultrassom por 10 minutos para facilitar a dissolução da amostra. Completou-se o volume com o mesmo solvente e homogeneizou-se. Adicionou-se 0,1 mL de ácido nítrico a 10 mL da amostra. Adicionou-se 1 mL de nitrato de prata 4,25% (p/v) e agitou-se o tubo manualmente. Adicionaram-se 2 mL de hidróxido de amônio 6 M e agitou-se o tubo. Deve-se obter um precipitado branco, insolúvel em ácido nítrico, mas solúvel em ligeiro excesso de hidróxido de amônio (FARMACOPEIA, 2010).

O espectro de absorção na região do infravermelho do cloridrato de diltiazem foi obtido na faixa de números de onda de 4000 a 650 cm-1. Foram preparadas pastilhas de cloridrato de diltiazem SQR e matéria-prima pesando-se 300 mg de brometo de potássio de grau espectroscópico e 1 mg de cloridrato de diltiazem, ambos previamente dessecados. O pó foi misturado e levado para prensa manual para preparação da pastilha. Obteve-se espectro na região do infravermelho para o cloridrato de diltiazem SQR e para o cloridrato de diltiazem matéria-prima. Os espectros foram comparados para confirmar a identidade da amostra.

4.1.2.4 pH

Dissolveu-se 1 g da amostra em água isenta de dióxido de carbono e diluiu-se para 20 mL com o mesmo solvente. O potencial hidrogeniônico (pH) deve estar situado entre 4,3 e 5,3 (THE EUROPEAN, 2010).

4.1.2.5 Perda por dessecação

Pesaram-se, exatamente, cerca de 2 g da amostra, reduzida a pó fino, e transferiu- se para pesa-filtro chato previamente dessecado durante 30 minutos a 105 °C. Após o resfriamento do pesa-filtro em dessecador, pesou-se o pesa-filtro tampado contendo a amostra. Agitou-se brandamente o pesa-filtro para distribuir homogeneamente a amostra. O pesa-filtro foi colocado na estufa, retirou-se sua tampa, que também foi deixada na estufa. A amostra foi dessecada em temperatura de 105 °C por 2 horas. Após o tempo especificado, a amostra foi retirada da estufa e deixada para esfriar até temperatura ambiente em dessecador, sendo então pesada novamente. O teste foi realizado em duplicata. A perda não deve ser maior que 0,5% do peso, segundo as Farmacopeias Americana e Europeia (THE UNITED, 2012; THE EUROPEAN, 2010).

4.1.2.6 Doseamento

Pesaram-se, exatamente, cerca de 400 mg da amostra dessecada em um béquer. Adicionou-se uma mistura de 2 mL de ácido fórmico anidro e 60 mL de anidrido acético. Titulou-se a amostra com ácido perclórico 0,1 M SV, previamente

padronizado, utilizando-se titulador automático. Determinou-se o ponto final potenciometricamente. O teste foi realizado em triplicata. O teor da amostra deve estar entre 98,5 e 101,0% em relação à substância dessecada (THE EUROPEAN, 2010).

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