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Para as análises sistemáticas foi analisado material encontrado em coleções científicas, bem como material coletado em atividades de campo.

As coleções técnicas de universidades, museus e instituições de pesquisa analisadas no presente estudo foram:

 Laboratório de Paleontologia da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto (USP) - 12 amostras.

 Núcleo de estudos Paleontológicos e Estratigráficos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - 27 mostras.

 Departamento de Paleoinvertebrados, Setor de Geologia e Paleontologia, Museu Nacional/UFRJ - 55 amostras.

 Laboratório de Paleontologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) - 74 amostras.

 Laboratório de Paleontologia e Sistemática do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc - USP) - 101 amostras.

 Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) - 40 amostras.  Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da Universidade Estadual de

Ponta Grossa (UEPG) - 251 amostras.

 Laboratório de Paleontologia de Macroinvertebrados (LAPALMA) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP- Bauru) - 153 amostras.

 Laboratório de Estudos de Comunidades Paleozoicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - 97 amostras.

Durante as visitas as coleções, todos os fósseis os quais eram encontrados representantes dos tentaculitoideos foram analisados. Na maioria dos casos as instituições possuíam o controle de quantas amostras possuíam tentaculitoideos. Em muitas vezes o material encontrava-se com uma classificação a nível específico prévio. As amostras coletadas em campo foram medidas (quando possível), tiradas fotos e analisadas posteriormente no laboratório.

Além das amostras observadas em coleções, foram analisadas amostras coletadas em atividades de campo no município de Doverlândia (GO) e as fornecidas

para a classificação sistemática pelo colega Msc. Fabio Augusto Carbonaro (FAPESP 2013/ 09683-3), onde desenvolve sua pesquisa de doutoramento.

Para as análises genéricas e específicas foram levados em consideração caracteres morfológicos bem como: formato da concha, presença ou não de anéis, a presença de macro e micro anéis, espessura dos anéis, formatos dos anéis, espaço interanular, formato da câmera embrionária e ângulo de crescimento.

Para as análises tafonômicas foram levadas em consideração apenas as amostras coletadas em novas atividades de campo ou observadas às amostras da coleção do Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde a maioria das amostras apresentam dados de coleta seguindo técnicas tafonômicas.

Com o intuito de maior profundidade dos dados estratigráficos e tafonômicos, os trabalhos de campo para a coleta de novos exemplares em afloramentos da Bacia do Paraná foram realizados com ênfase em afloramentos do Devoniano Médio que já possuem interpretações embasadas em estratigrafia de sequências. Os novos materiais estão depositados no acervo da coleção Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Também foram realizadas atividades de campo nos municípios de Tibagi e Arapoti, localizados no estado do Paraná, Bacia do Paraná.

A análise tafonômica utilizada teve como objetivo a identificação e quantificação dos diferentes fenômenos que contribuíram para a introdução de tendenciamentos, procurando esclarecer a questão da aloctonia ou autoctonia dos fósseis e da resolução temporal, incluindo-se aí o problema do time-averaging (mistura temporal) na formação dos níveis fossilíferos.

Para as coletas a nível tafonômico, adotou-se o “Protocolo tafonômico/ paleoecológico” proposto por Simões e Ghilardi (2ŃŃŃ), com o objetivo de se aprimorar o referencial de coleta de precisão (onde os dados são adquiridos cm a cm em quadrículas previamente demarcadas, sempre da base ao topo da exposição da rocha, constituindo-se num processo de varredura dos bioclastos e fósseis) dos dados diretamente nos afloramentos, sendo necessários alguns procedimentos inéditos e diferenciados daqueles utilizados para a coleta com o objetivo de caracterização puramente taxonômica. O protocolo foi direcionado por Bosetti (2004), com as seguintes etapas:

1ª etapa: Envolvem atividades preliminares da pesquisa paleoecológica como, por exemplo, a delimitação do escopo de estudo, os tipos de concentrações fossilíferas, o intervalo estratigráfico e as fácies sedimentares envolvidas.

2ª etapa: Inclui as atividades de coleta, localização e reconhecimento no campo. 3ª etapa: Abrange as atividades de laboratório.

4ª etapa: Envolve análise qualitativa, como a descrição das feições tafonômicas. 5ª etapa: Inclui análise quantitativa para os elementos de cada unidade estudada. 6ª etapa: Interpretação dos dados.

As amostras coletadas foram analisadas: posição em relação ao plano de acamamento, feições tafonômicas, biometria, local de procedência, observação das características morfológicas, como: presença de macroanéis, microanéis, anéis, estrias, presença ou não de câmara embrionária e linhas de crescimento, tipo de sedimento da rocha e associações fossilíferas.

Aproximadamente 10 amostras foram utilizadas para a realização de Espectroscopias de raios-X: Espectroscopia de Energia Dispersiva (MEV-EDS) e Energia Dispersiva de Fluorescência de Raios-X (EDXRF). Dentre as técnicas analíticas para investigar e caracterizar os elementos químicos presentes nos de diversos tipos de materiais, a espectroscopia de energia dispersiva (EDS) e a energia dispersiva por fluorescência de raios X (EDXRF) têm se mostrado muito eficazes, com aplicações bem estabelecidas em diversas áreas científicas. Estas técnicas possuem características vantajosas como a possibilidade de realizar análises em diferentes pontos sobre pequenas áreas, permitindo a comparação entre os elementos químicos dos vários locais de uma mesma amostra (FIGUEIREDO et al., 2011). Ambas as técnicas consistem na detecção de raios-X característicos emitidos pela amostra analisada. Na técnica EDS, a fonte de ionização do material é um feixe de elétrons, enquanto que no EDXRF são utilizados raios-X. As análises com EDXRF podem ser realizadas com equipamentos portáteis (PEDXRF) e/ou utilizando fontes de luz sincrotron.

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