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Os ensaios de condutividade hidráulica foram realizados na Universidade Federal de Alagoas - Campus de Arapiraca tendo início no dia 19 de Julho de 2018, onde foram coletadas 18 amostras de três solos distintos, sendo eles: LATOSSOLO VERMELHO- AMARELO Distrófico, ARGISSOLO AMARELO e LATOSSOLO AMARELO.

Para esta coleta foram utilizados 3 metros de tubo de PVC branco de 50 PN, que foram cortados em 18 partes menores de 0,15 m de altura, que foram cravados e retirados três amostras da profundidade de 0 – 20 cm do solo e outras três amostras da profundidade de 20 – 40 cm de cada solo já citado. Foram colocadas telas de nylon preso com liga, para evitar perda de solo no fundo de cada amostra, em uma bandeja biopratika estes solos foram colocados para alcançarem a capacidade de campo em um período de 24 horas, em seguida realizou-se os ensaios, em que por meio de uma mangueira flexível, adaptando a saída do recipiente a uma outro recipiente, cheio de água, as amostras de solo passavam a serem abastecidas em um período de 10 minutos cada, por fim, foram coletados os valores drenados nesse período de tempo.

A partir dos dados obtidos em campo foi possível determinar a equação da condutividade hidráulica. Há uma diversidade de opções de ensaios de campo para determinação da condutividade hidráulica dos solos. No entanto, todo ensaio de condutividade hidráulica é baseado nos princípios da Lei de Darcy (1856) para o movimento da água no solo.

De acordo com a Lei de Darcy, a velocidade de percolação da água no solo é proporcional ao gradiente hidráulico através de um fator de proporcionalidade, denominado de condutividade hidráulica.

Equação da condutividade hidráulica do solo:

equação 1:𝐾𝑜 = 𝑉 𝑥 𝐿

𝐴 𝑥 𝑡 (ℎ+𝐿)

Onde:

K0 = Condutividade Hidráulica(cm.min-1);

V = Volume de água coletado (cm3); L = Espessura da amostra de solo (cm);

A = Área da seção transversal da amostra de solo (cm2); t = Tempo de coleta do volume de água (min);

h = Altura da lâmina de água (cm). REULTADOS E DISCUSSÕES

Verifica-se na Tabela 1 os valores de volume de água coletado, área da seção transversal da amostra de solo, espessura da amostra de solo, altura da lâmina de água e o tempo de coleta do volume de água, para assim, determinar a condutividade hidráulica do solo saturado.

Quadro 1. Tipos e profundidade de solos diferentes, obtendo valores de volume (V), área (A), espessura da amostra (L), altura (h) e tempo de coleta (t).

As propriedades hidrodinâmicas do solo avaliadas na condição de saturação, como a condutividade hidráulica saturada por exemplo, apresentam variabilidade muito elevada (PEREIRA et al, 2015).

Um procedimento a ser considerado para uma melhor quantificação de K0 ao longo de um perfil

de solo é a coleta de amostras em cilindros de amplos diâmetros ou até mesmo a determinação direta no campo, de tal forma que com esses procedimentos, torna-se possível minimizar as influências negativas que pequenas amostras podem exercer na determinação desse parâmetro no que se relaciona a representatividade das reais condições do solo (MARQUES et al., 2008). Conforme a classificação da condutividade hidráulica em meio saturado sugerido por Ferreira (1999) apud Freire et al. (2003) apresentada na Tabela 2, pode-se constatar que a K0 foi

classificada como muito rápida e moderadamente rápida (Tabela 3).

Quadro 2. Classificação da condutividade hidráulica em meio saturado K0 em cm h-1 sugerida

Quadro 3. Tipos e profundidade de solos diferentes com a respectiva classificação de cada um deles.

CONCLUSÕES

A condutividade hidráulica do solo saturado (K0) foi classificada como muito rápida para o solo

arenoso na profundidade de 0 – 20 cm e moderadamente rápida na profundidade de 20 – 40 cm. Para os solos de textura média e argila, em ambas profundidades, sua condutividade hidráulica foi classificada como moderadamente rápida.

REFERÊNCIAS

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CLEARY, R. W. Águas subterrâneas. Princenton Groundwater Inc.: Clean Environment Brasil, 1989. 117 p. Disponível em: <http:WWW.clean.com.br/cleaery.pdf.>

FERREIRA, P. A. Curso de engenharia de irrigação, módulo II: drenagem. ABEAS: Brasília, 1987. 86p. (modulo, 2).

FREIRE, Maria B. G. dos S. et al. Condutividade hidráulica de solos de Pernambuco em resposta à condutividade elétrica e RAS da água de irrigação. Rev. bras. eng. agríc. ambient. [online]. 2003, vol.7, n.1, pp. 45-52.

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HURTADO, A. L. B.; CICHOTA, R.; VAN LIER, Q. de J. Parametrização do método do perfil instantâneo para a determinação da condutividade hidráulica do solo em experimentos com evaporação. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 2, p. 301-307, 2005.

LIBARDI, P. L. Dinâmica da água no solo. São Paulo: EDUSP, 2005. 335p.

MARQUES, J.D.; LIBARDI, P.L.; TEIXEIRA, W.G.; REIS, A.M. Estudo de parâmetros físicos, químicos e hídricos de um Latossolo Amarelo, na região Amazônica. Acta Amazônica, 34 (2): 145-154, 2008.

PEREIRA, M. M. Determinação da condutividade hidráulica saturada em um permeâmetro de carga constante. São Cristóvão/SE. XXV CONIRD – Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, 2015.

SILVA, J. R. L. da; MONTENEGRO, A. A. A.; SANTOS, T. E. M. dos. Caracterização física e hidráulica de solos em bacias experimentais do semiárido brasileiro, sob manejo conservacionista. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 1, p. 27- 36, 2012.

1Mestrando, Agricultura e Ambiente, Universidade Federal de Alagoas, Av. Manoel Severino

Barbosa, CEP 57309-005, Arapiraca, AL. Fone (82)9 99288267. E-mail: cinara_cbs@hotmail.com.

2 Mestrando, Agricultura e Ambiente, UFAL, Arapiraca, AL. 3 Prof. Doutor, Depto de Agronomia, UFAL, Arapiraca, AL.

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