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SUMÁRIO

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Etapas de estudo ... 51 4.2 Seleção e preparo dos blocos de dentes bovinos (Etapas A e B) ... 51 4.3 Polimento do esmalte de dentes bovinos (Etapas A e B) ... 52 4.4 Análise de microdureza de superfície do esmalte inicial

(Etapas A e B) ... 54 4.5 Fase experimental in vitro (Etapa A) ... 54 4.5.1 Indução de lesão de cárie artificial em esmalte ... 55 4.5.2 Aplicação do Infiltrante de cárie (Icon) ... 58 4.5.3 Novo desafio ácido ... 59 4.5.4 Análise de microdureza de superfície do esmalte final ... 59 4.5.5 Análise de microdureza longitudinal do esmalte ... 60 4.6 Fase experimental in situ (Etapa B) ... 61 4.6.1 Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa ... 61 4.6.2 Seleção dos voluntários ... 61 4.6.3 Confecção dos aparelhos intrabucais palatinos ... 62 4.6.4 Fase experimental ... 63 4.6.5 Aplicação do Infiltrante de cárie (Icon) ... 63

4.6.6 Novo desafio ácido ... 64 4.6.7 Análise de microdureza de superfície do esmalte final ... 64 4.6.8 Análise de microdureza longitudinal do esmalte ... 64 4.7 Processamento dos dados ... 64 4.8 Análise estatística ... 65

5 RESULTADOS ... 67

5.1 Fase in vitro (Etapa A) ... 69 5.2 Fase in situ (Etapa B) ... 72

6 DISCUSSÃO ... 75

7 CONCLUSÕES ... 85

REFERÊNCIAS ... 89

ANEXOS ... 103

Introdução 23

1 INTRODUÇÃO

Uma grande evolução no conhecimento da doença cárie, nas últimas décadas, permitiu estratégias fundamentadas para o seu tratamento, incluindo a intervenção das lesões incipientes capaz de evitar a progressão para a fase de cavitação, o que exigiria abordagens mais agressivas (MORENO; ZAHRADNIK, 1979; ARENDS; CHRISTOFFERSEN, 1986; TEN CATE, 1997; FEATHERSTONE, 2008; KIDD, 2011).

A maioria destes tratamentos se baseia na promoção do re-equilíbrio do processo entre a remineralização e a desmineralização, minimizando a continuidade da desmineralização (MORENO; ZAHRADNIK, 1979; MOUNT; NGO, 2000; BUZALAF et al., 2011). Neste balanço, o uso de agentes fluoretados exerceu papel fundamental paralelamente à abordagem de conter e remover os demais agentes etiológicos da cárie (KEYES; SHOURIE, 1949; TEN CATE; FEATHERSTONE, 1991; FEATHERSTONE, 2000; MAGALHÃES et al., 2007; CURY; TENUTA, 2009; BUZALAF et al., 2011; LYNCH et al., 2011; RAO; MALHOTRA, 2011).

O uso de produtos químicos é proposto considerando que a lesão de cárie inicial, que se manifesta clinicamente como uma mancha branca, resulta de um comprometimento incipiente em nível ultra-estrutural, ainda capaz de se reestruturar cristalinamente (FERJERSKOV; KIDD, 2005; TASHIMA, 2006). Neste momento, a lesão se caracteriza pela superfície externa aparentemente intacta, com desmineralização na subsuperfície (MORENO; ZAHRADNIK, 1979; ARENDS; CHRISTOFFERSEN, 1986; TASHIMA, 2006).

Apesar do êxito destas abordagens, a ideia do uso de agentes mecânicos data da década de 70 (DAYILA et al., 1975; ROBINSON et al., 1976) e foi retomada, destacando-se o emprego do agente resinoso com o nome comercial de Icon. Este produto em particular é composto essencialmente por um dimetacrilato, o TEGDMA, o que lhe confere um alto poder de penetração. Esta resina fluida teria a capacidade de preencher os poros do esmalte afetado, paralisando assim a sua progressão (PARIS; HOPFENMULLER; MEYER-LUECKEL, 2010; MEYER-LUECKEL et al., 2011; PARIS et al., 2011; ARAÚJO et al., 2014). Além da capacidade funcional de

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paralisar a lesão, a vantagem estética do produto também é apontada, já que ele se mostra efetivo em mascarar as lesões de mancha branca, reproduzindo um índice de refração mais próximo a do esmalte não alterado (KIM et al., 2011; TORRES et al., 2011). Considerando esses benefícios em potencial, este novo produto tem sido objeto de estudo de vários trabalhos (PARIS; MEYER-LUECKEL, 2010; BELLI et al., 2011; MEYER-LUECKEL et al., 2011; TORRES et al., 2012; ARAÚJO et al., 2014; PARIS et al., 2014; LAUSCH et al., 2015).

Entretanto, com base nos trabalhos que investigaram o mecanismo de ação dos infiltrantes, ainda existe uma falta de consenso de sua eficiência, considerando fatores como sua capacidade de penetração (profundidade) (PARIS et al., 2007; MEYER-LUECKEL; PARIS, 2008), o nível de comprometimento inicial da lesão ativa (PARIS et al., 2011), a forma de desmineralização prévia proposta (tipo e tempo de condicionamento ácido) (MEYER-LUECKEL; PARIS; KIELBASSA, 2007), o pré- tratamento da lesão (álcool, acetona ou nenhum) (PARIS et al., 2013b), o tempo de aplicação do material (MEYER-LUECKEL et al., 2006) e, principalmente, a sua resistência ao desafio ácido após aplicação (TORRES et al., 2012), averiguando, assim, a resistência deste tipo de tratamento frente a uma nova situação de desafio cariogênico.

Um dos fatores relevantes destas investigações recai sobre o uso de substratos cariados artificialmente produzidos (BELLI et al., 2011; PARIS et al., 2013a; ARAÚJO et al, 2014). Considerando que as lesões artificiais devem reproduzir desmineralizações subsuperficiais, com o mínimo de lesão superficial (MAGALHÃES et al., 2009), é preciso garantir uma forma mais aproximada desta condição para se interpretar os dados que possam ser extrapolados clinicamente.

Trabalhos como de Magalhães et al. em 2009 demonstraram por meio de análises de microdureza longitudinal e microradiografia, que os diferentes protocolos de indução de lesões incipientes de cárie determinam características distintas de desmineralização. A análise de microradiografia demonstrou a perda mineral, enquanto que a microdureza longitudinal apresentou informações referentes à resiliência do esmalte, o que pode ser interessante para o uso conjunto com um material resinoso como o infiltrante, que irá envolver os cristais de hidroxiapatita.

Introdução 25

Nos estudos sobre a análise do efeito de diversos agentes químicos, sobretudo os fluoretados, na área de subsuperfície de lesões de cárie, a microdureza longitudinal tem sido eficiente nas análises comparativas entre estes produtos (KIELBASSA et al., 1999; MORON, 2011).

Desta forma, analisar os diferentes protocolos de indução de lesões incipientes de cárie seria interessante para analisar esta interação com o agente físico-mecânico do infiltrante.

Adicionalmente, o uso de infiltrante resinoso, tal qual o uso de agentes fluoretados deve ser utilizado simultaneamente ao controle dos fatores etiológicos da cárie. Um ambiente em constante desafio ácido ainda é esperado, despertando assim a atenção na resistência dos tratamentos oferecidos diante deste desafio (TORRES et al., 2012).

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do infiltrante de cárie (Icon) sobre lesões cariosas artificiais produzidas por diferentes protocolos, e a eficiência deste tratamento após novo desafio ácido por modelos experimentais in vitro e in situ, utilizando a microdureza de superfície e longitudinal.

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