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É apresentado como resultado das informações coletadas, da aplicação das entrevistas utilizando CHD em triangulação com o questionário e documentações dos projetos de implantação do ERP, a análise final dos resultados com níveis de segurança e validade científica. A partir desse cruzamento, foi possível elaborar um quadro que foi denominado de matriz das categorizações de informações, representando pelo Quadro 15, no qual se destacam as categorias teóricas:

1. Sistemas de gestão e estratégias tecnológicas informacionais; 2. Controle e integração organizacional e vantagem competitiva; e 3. Cultura e mudanças organizacionais.

Quadro 15: Matriz das categorizações de informações (Gestores). SISTEMAS DE GESTÃO E ESTRATÉGIAS TECNOLÓGICAS INFORMACIONAIS CONTROLE E INTEGRAÇÃO ORGANIZACIONAL E VANTAGEM COMPETITIVA CULTURA E MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS

1. Motivações para aquisição de tecnologia de gestão empresarial

• Melhoria dos controles, padronização dos processos, qualidade e disponibilidade das informações e sua segurança.

• Atualização tecnológica para suportar e promover o crescimento da empresa. • Consolidar integração das

unidades de negócios. • Disponibilidade financeira e maturidade organizacional. • Redesenho e integração de processos. • Atendimento de exigências fiscais. • Aumento de vendas.

4. Eficiência e eficácia no fluxo das informações organizacionais

• Promover a confiabilidade das informações.

• Descentralização das informações.

• Eliminar barreiras do acesso as informações, principalmente de unidades remotas.

• Identificação de problemas em processos.

• Agilizar a tomada de decisões.

7. Culturas do mercado e rivalidade competitiva • Não elimina a competitividade, possibilita a implantação de novos controles e diminui vulnerabilidades.

• Adoção das melhores práticas são pré-requisitos para o êxito da implantação.

• O ERP é apenas um meio importante, a competividade dará pelo uso correto das informações e tomadas de decisões eficazes.

• Não elimina a diferenciação, por possibilitar adoção de programas específicos para manter a cultura da empresa.

2. Qualidade da informação e aumento da produtividade

• Maior qualidade através da segurança das informações. • Maior qualidade através da

integração de processos. • Maior qualidade na tomada de

decisão.

• Maior qualidade e produtividade através de novos recursos.

5. Controle nos processos de trabalho

• O controle promove segurança para gestão e previne contra manipulação de informações. • O controle não é falta de

liberdade, promove a padronização.

• Ampliação da capacidade de controlar o negócio através das informações.

• Promove o controle apenas com a existência de processos.

8. Mudança na atuação dos gestores estratégicos

• Disponibilidade de informações em tempo real. • Aumento na capacidade de

tomar decisões. • Grande mudança pela

confiança na qualidade e fluxo das informações.

• Ganho de tempo para atuar nas funções essenciais.

• Redução do Stress. • Pouca mudança.

3. Implementação de sistemas ERP

• Muito importante a preparação de equipe multifuncional para implantação.

• A preparação de usuários chaves foi essencial para o sucesso na implantação. • Superação de traumas e

barreiras a custo de muita persistência.

• Amplo treinamento para usuários finais.

• Modelo de implantação muito eficiente.

• No primeiro dia de produção tudo funcionou normalmente.

6. Custos e benefícios de implantação do ERP

• Benefícios serão cada vez maiores a médio e longo prazo.

• Os custos do ERP motivam a busca do crescimento dos negócios.

• Sem o ERP hoje já estaríamos pagando um custo alto. • Conseguimos mais benefícios

que custos.

• Não há custo contra a perda dos negócios.

Ainda no Quadro 15, foram relacionadas as categorias teóricas citadas anteriormente com as seguintes categorias empíricas:

1. Motivações para aquisição de tecnologia de gestão empresarial; 2. Qualidade da informação e aumento da produtividade;

3. Implementação de sistemas ERP;

4. Eficiência e eficácia no fluxo das informações organizacional; 5. Controle nos processos de trabalho;

6. Custos e benefícios de implantação do ERP; 7. Culturas do mercado e rivalidade competitiva; 8. Mudança na atuação dos gestores estratégicos.

Por fim, foram enquadradas as unidades de análises com suas respectivas categorias empíricas e teóricas, conforme pode ser visto no Quadro 15.

Segundo Bardin (1977), a categorização é uma atividade do tipo estruturalista que é utilizada no dia-a-dia e tem por finalidade a separação de elementos, como um tipo de inventário organizado e classificado. Respaldando esse procedimento, encontra-se em Oliveira (2007, p.93) a afirmação que “é preciso se estabelecer categorias para que se faça um trabalho sistematizado e coerente”, algo que se acredita ser verdadeiro porque favoreceu as análises dessa pesquisa com maior propriedade.

No Quadro 15, são apresentadas oito categorias empíricas, numeradas individualmente. Os marcadores seguem apresentando as unidades de análise. Essas unidades de análises representam em exatidão o conjunto de dados reunidos através dos instrumentos de pesquisa utilizados neste estudo (entrevista, questionário e análise documental), todos já mencionados no capítulo dos procedimentos metodológicos, e que formam as opiniões dos diretores, gerentes e especialistas técnicos. A fundamentação teórica utilizada para ancorar e dar sustentação às análises das unidades de análise está discutida no capítulo de revisão teórica, onde se estuda as categorias teóricas: sistemas de gestão e estratégias tecnológicas informacionais; controle e integração organizacional e vantagem competitiva; cultura e mudanças organizacionais.

Na seqüência, é feita a análise e discussão desses dados à luz da metodologia interativa, desenvolvida por Oliveira (2007), e que segundo Oliveira (2005, p. 66), essa metodologia é um processo didático que ocorre em três fases, a saber:

[...] as categorias teóricas dão suporte ao processo de análise, reportando-se ao capítulo da fundamentação teórica; as categorias empíricas são emanadas quando da aplicação dos instrumentais de pesquisa (a situação em questão) e, finalmente, as unidades de análise que são os dados, das entrevistas (uso da técnica do círculo hermenêutico-dialético), do questionário e das observações.

Assim procedendo, foi possível compilar todos os dados que são apresentados na forma de unidades de análise, extraídas desses instrumentos utilizados neste estudo com os diretores, gerentes e especialistas técnicos. Adicionalmente, foi incluído na análise dos quadros das categorias empíricas algumas das falas, em suas expressões originais, de alguns diretores e gerentes objetivando embutir um peso maior à análise. Além disso, foram incluídos comentários apartir das representações gráficas referente às opiniões dos especialistas técnicos, com o objetivo de confrontar os posicionamentos dos dois grupos pesquisados: os gestores e os técnicos especialistas.