pode contribuir para que o País reduza suas emissões, principalmente as originárias do
desmatamento e da degradação florestal (LA ROVERE, 2017).
1.6 O Mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal
(REDD)
Além da promoção de uma agropecuária de baixo carbono, através dos esforços do
Plano ABC, é necessária também a redução de emissões pela implementação de políticas para
o controle do desmatamento e da degradação florestal, principalmente na Região Amazônica,
que tem sua economia baseada na exploração, muitas vezes desordenada, dos recursos naturais,
o que tem implicado na degradação desse grande ativo natural (LA RAVORE et al., 2014;
FEARNSIDE, 2008).
A Amazônia brasileira, segunda maior cobertura florestal do mundo, é responsável
pela reserva de pelo menos 100 bilhões de toneladas de carbono, equivalente a mais de 10 vezes
a quantidade emitida por ano em todo o globo (SOARES-FILHO et al., 2010a). Além do
armazenamento de carbono, a Floresta Amazônica produz outros importantes serviços
ambientais, como a regulação do sistema climático mundial, dos fluxos de energia e de água, e
outros (FEARNSIDE, 2008; SOARES-FILHO et al., 2010a).
Assim, tendo em vista a importância do setor florestal no aquecimento global, a
UNFCCC propôs, durante a COP-11 – realizada no ano de 2005, em Montreal –, uma iniciativa
para reduzir as emissões do desmatamento florestal (RED2, sigla em inglês) em âmbito mundial
(ARIMA et al., 2014).
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