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VIII. MEDIÇÕES ADICIONAIS NAS PARCELAS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

VIII.4 MEDIÇÃO E REGISTO DE DADOS 1 A O NÍVEL DA Á RVORE

i. NÚMERO DA ÁRVORE (C.2.1/C.1)

Todas as árvores presentes na parcela, com dap superior a 75 mm devem ser numeradas. Estas devem ser marcadas de 1 a n, de acordo com a sua proximidade ao centro, por um dos métodos apresentados no ponto VIII.2.1. Também se deve marcar com tinta, o número das 3 árvores mais próximas do centro na parcela de inventário.

ii. ESPÉCIE (C.2.4/C.1)

Identificar todas as espécies florestais presentes na parcela, utilizando os códigos descritos no anexo 4.

iii. COORDENADAS DA ÁRVORE (C.2/C.4)

No centro da parcela deverá medir-se a distância e o azimute do centro em relação a todas as árvores que fazem parte da parcela, para a sua posterior localização e monitorização.

NOTA: No local exacto do centro da parcela, deve ser introduzida no solo uma estaca de madeira ou metal, de modo a que seja facilmente localizado, em posteriores medições.

iv. IDADE EM POVOAMENTOS REGULARES (C.1/C.2/C.4)

Em povoamentos regulares de resinosas, calcula-se a média das idades para as 2 a 3 árvores, através da contagem de verticilos ou de sinais da existência deles. Em último caso pode-se recorrer ao uso da Verruma de Pressler.

No caso das folhosas, a idade é estimada em função do porte da árvore e das condições de crescimento (qualidade da estação). Dada a dificuldade desta avaliação, deve recorrer-se, sempre que possível, à inquirição local.

v. MEDIÇÕES DENDROMÉTRICAS A EFECTUAR AO NÍVEL DA ÁRVORE POR ESPÉCIE

(mm). Em cada árvore procede-se apenas a uma leitura do diâmetro a 1.30 m, na direcção do centro da parcela, devendo-se, no entanto, ter em conta os seguintes pontos:

a. árvore bifurcada a uma altura entre 1 m e 1.30 m – o diâmetro deverá ser medido a 1 m (dap1m) e a 1.30 m nas duas (ou mais) pernadas (dap1/dap2);

b. árvore bifurcada a uma altura inferior a 1 m – devem considerar-se duas árvores e medir-se o diâmetro a 1.30 m nas duas pernadas e nesse caso só se coloca um valor de diâmetro (em cada árvore) na coluna dap1/dap2 da ficha

de campo;

c. árvores muito grossas – medir a circunferência à altura do peito (cap) ou o perímetro à altura do peito (pap).

Regras para a medição dos diâmetros (com suta ou com fita de diâmetros):

a. A suta deverá estar sempre em boas condições para que os braços se mantenham perpendiculares à régua graduada e o braço móvel se desloque sem atrito;

b. A colocação da suta deve ser feita exactamente a 1.30 m. Com a fita de diâmetros, deverá ter-se especial cuidado em mantê-la em todo o perímetro da árvore a 1.30 m;

c. A medição será realizada com a ponta da suta sempre virada para o centro da parcela;

d. Se o terreno for declivoso, a altura de 1.30 m deve ser medida no ponto mais alto;

e. Para as árvores que, a 1.30 m, se encontram inclinadas, mede-se o comprimento ao longo do tronco acompanhando a inclinação segundo o eixo da árvore;

f. A régua graduada deve ficar bem encostada ao tronco de modo que exista perpendicularidade entre o eixo da árvore e o conjunto formado pela régua e os braços;

g. No caso das árvores resinadas, deve-se evitar as feridas de resinagem;

h. Se a 1.30 m o tronco tiver qualquer anomalia, por exemplo nó ou ferida, devem-se efectuar duas leituras, à mesma distância, uma abaixo e outra acima do nível que se pretende;

Principais causas de erro na medição com suta:

a. Deficiências na suta, especialmente se esta não formar um ângulo recto entre o braço móvel e a régua graduada. Verificar nesse caso com frequência a verticalidade do braço móvel comparando a largura entre as extremidades dos braços com a leitura feita na régua graduada;

b. Inclinação da suta em relação ao eixo da árvore; c. Colocação da suta a uma altura incorrecta;

d. Excessiva pressão do braço móvel contra a árvore; e. A forma da secção transversal da árvore.

™ Alturas (C.2.4/C.1/C.3)

Existem diferentes alturas a medir, que dependem da espécie (ver Figura 12). As medições devem ser registadas na ficha de campo em decímetros (dm).

a. Altura total (htotal);

b. Altura da base da copa (hcopa)

Por base da copa entende-se o 1º verticilo com 3/4 dos ramos com folhas verdes;

c. Altura de descortiçamento (hvd)

Considerar apenas no caso de sobreiros. Por altura de descortiçamento vertical máxima entende-se a altura medida na vertical até ao ponto mais alto descortiçado nas pernadas.

Nas medições com o hipsómetro Vertex ter em atenção os seguintes pontos:

(ler o respectivo manual cuidadosamente)

a. Para a determinação da altura total, o observador deverá colocar-se numa posição em que veja com clareza a ponta da flecha e o 1.30 m de altura. No caso da árvore ter perdido a flecha então a referência passa a ser a ponta do ramo que a substituiu;

b. Se as árvores forem velhas, de copa larga e aplanada, devem-se efectuar as medições da maior distância possível;

d. Deve proceder-se à calibração do aparelho todas as manhãs ou após períodos de grande alteração de temperatura (por ex., aparelhos deixados no carro durante o período de almoço nos meses quentes).

Figura 12 – Esquema para localização de variáveis a medir na árvore

Utiliza-se a fita métrica para medir a altura nos povoamentos juvenis até 1.5 m de altura.

™ Medição da espessura da casca e da cortiça

As medições devem ser registadas na ficha de campo em milímetros (mm). Os valores resultantes desta medição são sempre pequenos, logo erros da ordem de 1 mm representam valores percentualmente muito elevados, daí a utilização do medidor de espessura exigir cuidados especiais.

Regras para a medição da espessura da casca/cortiça:

a. A espessura da cortiça deverá ser medida estando o operador virado de costas para o centro da parcela;

h

total

h

bif

h

f 1.30 m dap/cap

h

copa

h

vd

C

pern P 2 P 3 P 1

b. Não se deve pressionar o estilete de perfuração com violência e logo que se sinta a resistência própria do encosto ao lenho deve-se parar;

c. A espera do cursor deve estar completamente ajustada à superfície da cortiça; d. Faz-se a leitura com aproximação ao milímetro.

Principais causas de erro:

a. Incorrecta penetração do medidor, se for elevada a pressão no estilete de perfuração pode-se atingir o entrecasco com a consequente sobrestimação da espessura da casca/cortiça. Esta ocorrência é mais frequente durante a Primavera, quando se inicia um novo período de crescimento;

b. Deficiente colocação da espera do cursor; c. Contagem de varas ou de pernadas.

No caso do eucalipto, devem ser contadas todas as varas por toiça (nv) com diâmetro

inferior a 75 mm e superior a 50 mm.

No caso do sobreiro deverá ser contado o número total de pernadas (np) e o número de

pernadas produtoras e futuras produtoras de cortiça (npc) ao nível da primeira bifurcação

(se existir uma segunda bifurcação muito próxima da primeira, deverá considerar-se a ramificação como pernadas e não braças) (ver Figura 12).

vi. ANOTAÇÃO DO TIPO DE EXPLORAÇÃO E DO ANO DE DESCORTIÇAMENTO

No caso do sobreiro, deverá também registar-se o tipo de exploração e o ano de descortiçamento. Esta informação é essencial pelo que, caso não esteja registado nas árvores, dever-se-á obter por inquérito ao proprietário.

Árvores virgens (não exploradas) 0

Árvores exploradas em pau batido 1

Árvores exploradas em meças 2

vii. CLASSE SOCIAL (C.2.4)

em parte lateralmente; trata-se de árvores de maiores dimensões do que a das árvores médias do povoamento” (Alves, 1988).

C.“Árvores codominantes – aquelas cujas copas marcam o nível geral do coberto, usualmente de dimensões médias, suportam competição lateral e recebem plena luz vinda de cima e relativamente pouca lateralmente” (Alves, 1988).

I.“Árvores subdominantes – aquelas cujas copas são de dimensão mais pequena do

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